93 - Lewis-Bergmann
A brisa quente da noite de Los Angeles balançava suavemente as cortinas do quarto do hotel. Depois de escaparem da festa sem que os outros percebessem, Petra e Julia encontraram refúgio na varanda, longe do barulho e da agitação da celebração.
As luzes da cidade brilhavam ao redor, refletindo no vidro da sacada. Julia estava sentada entre as pernas de Petra, o corpo relaxado contra o dela, brincando distraidamente com os dedos da noiva. O silêncio confortável entre as duas era preenchido apenas pelos sons distantes e dispersos vindos das ruas.
De repente, Petra murmurou, com um tom casual, mas carregado de provocação:
— Julia Lewis me parece um bom nome.
Julia ergueu uma sobrancelha e riu, reconhecendo a intenção por trás das palavras.
— E por que não Petra Bergmann? — rebateu, fingindo desafio.
Petra virou o rosto para encará-la, um sorriso travesso brincando em seus lábios.
— Sério? Acho que gosto mais do som de Petra Lewis. Tem um ar sofisticado.
Julia riu e apertou levemente as mãos de Petra entre as suas antes de virar o rosto para observá-la. Petra, no entanto, continuava encarando a vista da cidade, fingindo distração, mas Julia notou a forma como seus dedos se entrelaçavam nos dela, um pequeno gesto que sempre revelava seu nervosismo.
— Ju, você tá encarando — Petra murmurou, sentindo o rosto esquentar sob o olhar atento da noiva.
Julia sorriu, se inclinando para deixar um beijo suave na bochecha de Petra.
— Você fica tão linda e fofa quando está com vergonha.
Petra bufou, virando o rosto para longe, mas Julia riu e segurou seu queixo suavemente, forçando-a a encará-la de novo.
— Adoro o fato de que, mesmo depois de todos esses anos, você continua exatamente do mesmo jeitinho — disse Julia, a voz carregada de ternura.
Petra revirou os olhos, mas seu sorriso a traiu.
— Você adora provocar, né?
— Eu adoro você — corrigiu Julia, deslizando as mãos até o pescoço de Petra antes de capturar seus lábios em um beijo lento e profundo.
A cidade abaixo delas continuava vibrante e viva, mas ali, na varanda daquele quarto de hotel, o mundo de Julia e Petra se resumia apenas às duas.
O beijo se prolongou, lento e profundo, como se ambas quisessem gravar aquele momento na memória. Quando se afastaram, Petra manteve os olhos fechados por mais alguns segundos, sentindo a brisa quente acariciar seu rosto. Julia sorriu, observando a expressão relaxada da noiva.
— No que está pensando? — perguntou, a voz baixa.
Petra abriu os olhos, um brilho suave refletindo neles.
— Em como tudo isso parece surreal.
Julia franziu levemente as sobrancelhas, deslizando os dedos pelo braço de Petra.
— Isso é bom, não é?
Petra riu baixinho e assentiu.
— Sim. Eu só... não achei que chegaria aqui. Que nós chegaríamos.
Julia observou a forma como Petra mordia de leve o lábio inferior, um gesto que sempre revelava quando ela estava tentando encontrar as palavras certas. Então, decidiu aliviar a tensão, deslizando os dedos pelo anel pelas mãos da morena.
— Você está oficialmente presa a mim agora. Sem escapatória, Lewis.
Petra soltou uma risada, entrelaçando seus dedos aos de Julia.
— Você também, Bergmann.
Julia arqueou uma sobrancelha.
— Então vai admitir que ficaria bem como Petra Bergmann?
Petra revirou os olhos, fingindo exasperação.
— Não foi isso que eu quis dizer.
— Por enquanto.
Petra suspirou dramaticamente antes de deslizar os braços ao redor da cintura de Julia e puxá-la mais para perto.
— Eu aceitaria qualquer nome se significasse ficar com você.
Julia sentiu o peito se aquecer com aquela confissão sincera e inesperada. Ela passou os dedos suavemente pelo rosto de Petra, os olhos fixos nos dela.
— Você me deixa boba, sabia?
— É meu charme, ruivinha.
Julia inclinou-se novamente, roçando os lábios nos de Petra antes de murmurar contra sua boca:
— Casa logo comigo, então.
Petra sorriu contra o beijo.
— Achei que isso já estava decidido.
— Gosto de dizer isso em voz alta. — susurrou Julia — Preciso te mostrar uma coisa. Fica aqui, eu já volto.
Julia se afastou lentamente, com um sorriso travesso no rosto. Ela se levantou e foi em direção ao quarto, deixando Petra sozinha e um pouco confusa.
Alguns segundos depois, Julia retornou com um brilho misterioso nos olhos e as mãos escondidas atrás das costas. Quando se aproximou, Petra não conseguiu mais esconder a curiosidade.
— O que você está aprontando, Bergmann? — Petra perguntou com uma risada desconfiada, seus olhos seguiam os movimentos de Julia, tentando desvendar o mistério.
Julia se sentou de volta entre suas pernas, com um ar de satisfação no rosto. Lentamente, ela puxou uma pequena caixinha de veludo e a abriu com um gesto suave. Dentro, repousava um anel delicado, com uma safira azul vibrante, refletindo a luz suave da noite. Petra ficou em silêncio por um momento, seus olhos fixos no anel, a mente processando a cena. Julia sorriu, um pouco tímida, e falou com um tom brincalhão:
— Isso... Sei que não é tão extravagante quanto um pedido no meio do ginásio olímpico, até porque você é a mente mirabolante aqui. Mas eu precisava fazer isso.
Petra olhou para ela, sentindo seu coração acelerar. Julia estava ali, com aquele sorriso encantador, e de alguma forma, a simplicidade daquele momento, longe das luzes brilhantes dos holofotes, era ainda mais especial.
— Julia... — Petra sussurrou, tentando compreender a magnitude do que estava acontecendo.
Julia se aproximou, e com uma leveza nos olhos, continuou:
— Eu estava planejando pedir você em casamento quando estivéssemos na Itália semana que vem. Mas é claro que você já estava um passo à frente, não é? — Julia deu uma risadinha, a mesma risada que Petra adorava. — Eu já disse sim, agora preciso saber se você vai me dizer sim também.
Ela fez uma pausa, e os dois olhares se encontraram com mais intensidade.
— Petra Lewis, minha principessa, aceita se casar comigo?
O tempo parecia ter desacelerado. O mundo ao redor de Petra desapareceu por um instante. Ela sentiu a respiração de Julia próxima, a batida de seu coração ecoando em seus ouvidos. Julia Bergmann, sua melhor amiga, sua namorada, estava ali, com um anel nas mãos, pedindo para que ela a aceitasse como esposa. E, naquele momento, tudo o que Petra sentiu foi certeza. Uma certeza imensurável de que aquele era o único caminho possível.
Petra sorriu, uma expressão cheia de emoção, e com a voz embargada, respondeu:
— Claro que sim. Sim, sua boba!
Com um sorriso radiante, Julia colocou o anel no dedo de Petra. E, como se o mundo finalmente tivesse encontrado seu equilíbrio, as duas se abraçaram com força, sentindo a alegria de uma vida inteira pela frente.
Quando de afastaram Petra olhou para o anel em seu dedo, admirando o quanto ele brilhava suavemente à luz. Ela não pôde deixar de sorrir ao perceber que o anel era quase idêntico ao que ela havia dado a Julia horas atrás, um gesto que selava o amor que compartilhavam, mas também a história que estavam criando juntas.
— Você tá se achando com essa safira no dedo — brincou Julia, erguendo sua própria mão e exibindo a safira azul que brilhava de maneira idêntica à de Petra. — Eu também tenho uma, olha!
Petra riu, sentindo o calor daquelas palavras e do gesto. Julia sempre sabia como deixá-la com o coração acelerado, até mesmo nas menores ações. Ela se aproximou um pouco mais, inclinando-se para deixar um beijo suave no canto dos lábios de Julia.
— Engraçadinha — Petra murmurou com um sorriso, ainda tocada pela intensidade do momento. Ela acariciou o rosto de Julia antes de continuar: — Amor, nós praticamente escolhemos o mesmo anel.
Julia sorriu, mas seus olhos brilharam com um toque de cumplicidade, como se soubesse que Petra ficaria emocionada com aquilo. Ela não podia evitar, adorava fazer surpresas, especialmente quando eram para mostrar o quanto Petra significava para ela.
— Eu pesquisei um pouco — disse Julia com um sorriso satisfeito. — Eu sabia que você ia adorar, você é bem apegada nesses detalhes. Aliás, a safira azul no anel de noivado simboliza felicidade, lealdade e é associada ao amor eterno. Por isso...
Antes que Julia pudesse terminar, Petra a interrompeu com um beijo suave, mas profundo, como se quisesse guardar para si todas as palavras que ainda restavam. Quando os lábios se separaram, Petra permaneceu ali, segurando o rosto de Julia, seus olhos fixos nos dela, com a respiração ainda lenta e entrecortada.
As lágrimas começaram a escorrer pelo rosto de Petra, sem que ela se importasse em escondê-las. Uma mistura de emoções tomou conta dela – gratidão, amor, e uma sensação indescritível de felicidade.
— Normalmente, sou eu quem ficaria tagarelando sobre isso — riu Petra, a voz embargada pela emoção. — Mas, agora... agora você me deixou sem palavras.
Julia, tocada pela sinceridade e pelo momento, levou a mão até as lágrimas de Petra, enxugando-as delicadamente. O silêncio entre elas era confortável, como se o simples fato de estarem ali, juntas, fosse mais do que suficiente para expressar tudo o que elas sentiam.
Julia sorriu, tocando suavemente a testa de Petra, antes de sussurrar:
— Eu só queria fazer algo que fosse tão especial quanto você, Petra.
— Você é perfeita, sabia? — Petra disse, sua voz suave, mas cheia de amor. — Em cada detalhe.
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Na manhã seguinte, a luz dourada do sol filtrava-se pelas cortinas finas do quarto, espalhando um brilho suave pelo ambiente. Petra piscou algumas vezes, ajustando-se à claridade, antes de perceber a sensação quente e familiar ao seu redor.
Os braços de Julia estavam firmemente enroscados em sua cintura, a respiração lenta e tranquila contra a curva de seu pescoço. O lençol de linho macio cobria seus corpos entrelaçados, mas Petra sentia a pele nua de Julia pressionada contra a sua, um lembrete doce e íntimo da noite anterior.
Um sorriso preguiçoso surgiu nos lábios de Petra enquanto ela se permitia aproveitar aquele momento, o peito subindo e descendo em um ritmo calmo. A aliança recém-colocada em seu dedo brilhava sob a luz matinal, e o simples pensamento daquilo — do compromisso, da promessa, de Julia — fez seu coração aquecer.
Ela virou levemente o rosto, observando a ruiva ainda adormecida ao seu lado. Julia parecia serena, os cabelos bagunçados espalhados pelo travesseiro, os lábios ligeiramente entreabertos. Petra resistiu ao impulso de beijá-la e, em vez disso, deslizou os dedos suavemente pelo braço de Julia, traçando pequenos círculos na pele quente.
Mas, como se tivesse um sexto sentido para a presença de Petra, Julia murmurou algo inaudível e se aconchegou ainda mais, apertando o abraço. Petra riu baixinho.
— Ainda está cedo... — veio a voz rouca de Julia, abafada contra o ombro de Petra.
— Você nem olhou o horário — provocou Petra, deslizando a mão pelos cabelos da noiva.
— Não preciso. Sei que ainda posso dormir mais cinco minutinhos...
Petra revirou os olhos, mas não se moveu. Pelo contrário, aceitou o aperto, permitindo-se saborear a sensação de segurança e conforto que Julia sempre trazia. Então, Julia ergueu o rosto, ainda sonolenta, e seu olhar encontrou o de Petra. Um sorriso preguiçoso e satisfeito se formou em seus lábios.
— Bom dia, noiva.
Petra sentiu um arrepio percorrer sua espinha, um calor agradável se espalhando por seu peito.
— Bom dia, noiva.
— Eu gostei disso. Me chama assim de novo, vai. — Seu sorriso cresceu lentamente, e ela apertou Petra contra si, escondendo o rosto na curva do pescoço dela.
Petra riu, deslizando os dedos pelos cabelos de Julia.
— Noiva.
— De novo.
— Noiva chata e preguiçosa.
Julia mordeu de leve o ombro de Petra, fazendo-a rir.
— Noiva irresistível, você quis dizer.
Petra revirou os olhos, mas seu sorriso não desapareceu. Ela se afastou um pouco, apenas o suficiente para capturar os lábios de Julia em um beijo demorado e suave. Quando se separaram, Julia olhou para ela com uma expressão que misturava amor e diversão.
— Eu ainda não consigo acreditar. — Julia girou o anel no dedo de Petra. — Estamos mesmo noivas.
Petra entrelaçou seus dedos aos de Julia e levou a mão dela até os lábios, beijando sua pele com delicadeza.
— Não sei se você percebeu, mas já estávamos vivendo uma vida de casadas.
Julia sorriu, puxando Petra para mais perto.
— Então, agora que é oficial, como você se sente sendo a futura senhora Bergmann?
Petra arqueou a sobrancelha.
— Eu ainda prefiro Lewis.
Julia fingiu indignação, jogando-se sobre Petra e fazendo cócegas em sua cintura. A gargalhada de Petra ecoou pelo quarto enquanto ela tentava, sem sucesso, se desvencilhar.
— Para! — Petra ria, tentando segurar os pulsos de Julia.
— Só quando você admitir que ficaria linda como Petra Bergmann!
— Tá bom, tá bom! — Petra arfou, tentando recuperar o fôlego. — Eu aceito!
Julia sorriu vitoriosa, mas, antes que pudesse dizer algo, Petra segurou seu rosto e puxou-a para mais um beijo. Quando se afastaram, seus olhos se encontraram.
— Eu ainda acho que Petra Bergmann tem um certo charme — Julia comentou, lançando um olhar sugestivo para a noiva.
Petra arqueou uma sobrancelha, um sorriso brincando em seus lábios.
— Querida, eu sou charmosa por natureza — disse fazendo Julia soltar um gargalhada — E eu ainda acho que Lewis soa melhor. Mais imponente.
— Imponente? — Julia riu, apertando de leve a cintura de Petra.
— Exatamente. Nome digno para uma estrela do vôlei.
— Modesta como sempre.
Petra riu, deslizando os dedos pelo braço de Julia. Elas ficaram em silêncio por um momento, apenas aproveitando a presença uma da outra. Então, Julia suspirou, apoiando a cabeça na mão enquanto olhava para Petra com um brilho de ternura nos olhos.
— E se juntássemos os dois? — sugeriu, observando a reação da morena. — Lewis-Bergmann.
Petra mordeu o lábio, pensativa.
— Lewis-Bergmann soa bem.
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— Olha quem apareceu, achei que iam passar o dia todo no quarto — disse Rosa com um sorriso travesso, observando as duas. — Resolveram se juntar para tomar café com os meros mortais?
— Não diz nem bom dia, né? — Petra resmungou, se sentando ao lado de Julia e colocando a mão sobre a dela.
Pri, que estava ao lado de Carol, deu um olhar para as mãos de Julia e logo soltou a provocação.
— Julia, tá toda radiante com a aliança caríssima, hein?
— Ela só quer exibir que tá muito bem comprometida, deixa ela — disse Carol rindo.
Julia sorriu, tocando a aliança com carinho, mas foi Petra quem tomou a palavra.
— Não só ela. Olhem a minha. — Ela ergueu a mão, exibindo sua própria aliança.
Kudiess, que estava distraída mexendo no celular, quase derrapou da cadeira ao ouvir a revelação.
— Mentira! — exclamou, boquiaberta. — Eu achei que ia esperar até a viagem para a Itália para fazer o pedido!
Nyeme, sempre rápida nas observações, não perdeu a chance de brincar.
— Depois da Petra se ajoelhar no pódio ontem, tava óbvio que a Ju não ia resistir até a semana que vem.
— Ela esperou bastante tempo até — comentou Ana.
Petra deu uma olhada divertida para Nyeme, rindo levemente. — Vocês sabiam? — perguntou, surpresa com a reação delas.
Miguel, que estava rindo da situação, colocou a mão sobre o peito em pose dramática.
— Quem você acha que ajudou essa ruiva maluca a comprar a aliança? — ele disse, fazendo as outras jogadoras explodirem em risos.
Petra revirou os olhos e, com um tom brincalhão, respondeu. — Ele é a versão masculina da Marcela, como pode?
Nesse momento, a voz de Marcela, surgindo repentinamente, fez Petra se assustar um pouco. — Falando de mim, chefinha? — disse Marcela, com um sorriso travesso.
Petra a olhou, fingindo espanto. — Credo, Marcela, você é um espírito ou algo assim? — brincou, arrancando mais risadas da mesa.
— E a despedida de solteira, hein, Pepê? — Gabi perguntou, com um sorriso maroto, lançando um olhar de lado para Petra e Julia. Julia, como resposta, logo fez uma cara de emburrada, cruzando os braços de forma exagerada.
— Tenho até medo... imagina a Petra soltinha por aí com as ideias malucas dela! — brincou fazendo todos caírem na risada.
Petra, com um sorriso travesso, não perdeu tempo e alfinetou:
— Eu? Eu sou a pessoa mais comportada daqui — deu uma piscadela para as amigas, deixando claro que estava brincando.
— Comportada? Ah, claro... — Kudiess riu, balançando a cabeça de forma desconfiada. — Se depender de mim, vai ser a despedida de solteira mais épica da história.
O comentário de Kudiess fez Marcela levantar os olhos de seu celular e encarar a namorada, com uma sobrancelha erguida.
— Como é essa história, dona Julia? — perguntou Marcela, com um sorriso curioso e uma expressão ligeiramente desafiadora.
Kudiess rapidamente se fez de desentendida.
— Ah, nada, amor — disse, levantando as mãos em um gesto de inocência, mas sem esconder o sorriso travesso.
— Pau mandado — disse Petra, fingindo tossir de forma exagerada, provocando risos.
— Cala a boca, você é bem pior — protestou Kudiess, com um olhar desafiador. As duas logo se encontraram em uma pequena discussão, enquanto as outras assistiam, divertidas.
— Como é que essas duas crianças conseguiram arrumar namoradas, e uma tá até noiva? — disse Nyeme, balançando a cabeça em descrença e fazendo todos rirem.
Ana, que estava ao lado de Diana observando, disse:
— Parece que o time inteiro agora está namorando ou casado, né?
Macris, jogando o comentário de Ana para o lado, fez um gesto exagerado de indignação.
— Calma aí, todo mundo é muita gente, tá? Eu tô solteira na pista — disse, com um sorriso travesso, provocando mais risos.
— Olha que velha safada — brincou Petra, fazendo todos rirem ainda mais.
— Aqui ninguém respeita mais ninguém, né? — riu Macris, claramente se divertindo com a provocação.
A conversa tomou um rumo diferente quando Kudiess, com um ar de mistério, começou:
— Gente, falando em velha...
— Ai, lá vem... — disse Pri, cruzando os braços e fazendo todos se prepararem para mais uma piada, enquanto as outras riam.
— Falando sério agora... — começou Petra com um suspiro. — Vou sentir saudades das nossas velhinhas.
Nesse momento, todos olharam para as jogadoras mais experientes, que estavam ali curtindo os últimos momentos naquela que seria a última Olimpíada delas.
Macris olhou Petra com um sorriso triste, mas brincalhão.
— Que isso, Petra? Eu sou uma jovem senhora ainda. Tô saindo da seleção porque quero dar vez pra outras jogadoras, só isso.
— Eu também — Carol e Pri disseram juntas.
Roberta, que até então estava em silêncio, soltou uma risada baixa.
— Vou sentir saudades dessa maluquice toda de vocês. Só um pouquinho — disse ela, olhando para as mais novas com um brilho nostálgico nos olhos.
Diana, observando a cena, também brincou.
— Vai ser estranho não ter mais essas velhinhas para fazer o trabalho pesado, né?
Todos riram, mas a sensação de que o ciclo estava se encerrando pairou no ar, deixando todos um pouco emocionados, ainda que a conversa seguisse cheia de risadas e piadas.
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Até os personagens já aceitaram o fim e alguns ai ainda não...
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