92 - Sempre.

Julho de 2028 - Los Angeles
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A arena ainda vibrava com os gritos da torcida. O Brasil havia conquistado mais um ouro olímpico no vôlei feminino, se tornando bicampeão consecutivo. As jogadoras ainda estavam no calor da vitória, comemorando entre si, abraçando-se e rindo enquanto esperavam a cerimônia de premiação.

No entanto, enquanto a maioria aproveitava o momento, Petra estava inquieta. Andava de um lado para o outro no vestiário, segurando algo pequeno dentro do bolso do agasalho da seleção. O coração batia acelerado, não pela adrenalina da partida – que já havia passado –, mas pela decisão que estava prestes a tomar.

Kudiess e Nyeme, que sempre percebiam qualquer mudança de humor da amiga, trocaram olhares antes de se aproximarem.

— Pepê, você tá mais nervosa agora do que antes do jogo. O que tá pegando? — perguntou Kudiess, cruzando os braços.

Nyeme a observou atentamente e logo percebeu o jeito inquieto dela.

— Espera, você tá escondendo alguma coisa. Petra, o que é?

Petra suspirou e passou a mão pelos cabelos, hesitante. Olhou ao redor para garantir que Julia não estava por perto antes de enfiar a mão no bolso e puxar uma pequena caixinha de veludo azul-marinho.

As duas amigas arregalaram os olhos.

— Não acredito! — Nyeme tampou a boca com as mãos, tentando conter o grito.

— Você vai pedir ela em casamento?! — Kudiess sussurrou, chocada, mas com um sorriso se formando.

Petra assentiu, parecendo nervosa.

— Eu... eu tô planejando isso há meses. Anos, na verdade. Só que agora que chegou a hora, eu tô surtando!

— Meu Deus, isso é maravilhoso, tô emocionada! — Nyeme disse, segurando o braço de Petra e sacudindo levemente.

— Petra Lewis, nossa garota sensação, tá surtando por um pedido de casamento? — Kudiess zombou, mas com um tom carinhoso.

— Eu sei que ela vai dizer sim... pelo menos, eu espero. Mas é que... — Petra respirou fundo, tentando organizar os pensamentos. — A gente passou por tanta coisa. Desde que ficamos juntas, nossa relação nunca foi fácil, né? Brigamos, fizemos as pazes, crescemos juntas... e agora estamos aqui, vencendo mais uma vez. Só que isso — ela ergueu a caixinha — é a maior vitória da minha vida.

Kudiess e Nyeme trocaram olhares emocionados.

— Você não tem que se preocupar. Julia te ama, Pepê — disse Nyeme.

— E se ela não tiver pronta? — Petra murmurou, mordendo o lábio.

— Para, né? Depois de tudo que vocês passaram, ela vai estar pronta sim. Agora, a pergunta é: quando você vai fazer isso? — Kudiess perguntou.

Petra olhou para o relógio. A cerimônia de premiação começaria em poucos minutos.

— No pódio — respondeu, decidida.

Nyeme soltou um assobio, impressionada.

— Você realmente quer fazer história hoje.

— Ai meu Deus! A Kisy vai ficar maluca quando ver isso. — disse Kudiess empolgada.

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Julia e Petra ficaram lado a lado, como sempre. Quando a medalha de ouro foi colocada no pescoço de Petra, ela respirou fundo, o coração disparado.

Julia, que ainda estava eufórica com a vitória, virou-se para Petra e sorriu, os olhos brilhando de felicidade.

— Nós conseguimos de novo, principessa — disse Julia, abraçando-a forte.

Petra retribuiu o abraço, sentindo o corpo de Julia colado ao seu. Por um momento, se permitiu apenas sentir. Então, respirou fundo e deu um passo para trás, segurando as mãos de Julia.

As outras jogadoras começaram a perceber algo diferente e olharam para elas, desconfiadas. O público ainda aplaudia, sem saber o que estava por vir.

— Julia... — Petra começou, sentindo a boca seca.

Julia franziu o cenho.

— Que foi, amor?

— Julia... — A voz de Petra estava firme, apesar da emoção transbordando. — Desde o primeiro dia em que começamos isso, eu soube que você seria a pessoa que mudaria minha vida para sempre. Passamos por tantos altos e baixos, brigamos, rimos, crescemos... e eu não quero mais um dia da minha vida sem você. Por isso eu tenho que te perguntar algo. E como estamos aqui, em um evento transmitido internacionalmente, mais uma vez, e por que eu te amo pra caralho...

Petra puxou um ar profundo e, sob o olhar atento de milhares de pessoas, abaixou-se sobre um joelho no meio do pódio.

A torcida ficou em silêncio por um segundo, antes de uma onda de murmúrios e gritos ecoar pela arena. Os olhos de Julia se arregalaram, e ela levou as mãos à boca, surpresa. As companheiras de equipe soltaram gritos animados, enquanto Rosa e Kudiess praticamente pulavam de emoção ao fundo.

Petra abriu a pequena caixa, revelando um anel elegante com um detalhe em safira azul no centro.

Julia já estava com os olhos cheios de lágrimas, as mãos tremendo.

— Julia Bergmann, minha ruivinha, você aceita se casar comigo?

Por um instante, tudo pareceu parar. Petra prendeu a respiração, esperando a resposta.

Então, Julia riu, limpando as lágrimas, e se abaixou para agarrar Petra em um beijo forte.

O estádio explodiu em aplausos.

As jogadoras brasileiras gritaram, comemorando não apenas o ouro, mas o amor que tinham testemunhado florescer ao longo dos anos.

— Isso é um "sim"? Olha, se você disser "não", eu vou chorar aqui mesmo na frente de todas essas pessoas. — murmurou Petra se afastando o suficiente para encarar os olhos de Julia.

Quando Julia finalmente conseguiu responder, sua voz saiu firme, apesar da emoção:

— Sim! É um sim, sua idiota.

Petra não conseguiu conter a gargalhada e, com um sorriso imenso no rosto, deslizou o anel no dedo de Julia. Com um gesto impensado, mas cheio de alegria, levantou Julia do chão e a girou no ar, como se o mundo inteiro fosse pequeno demais para conter tanta felicidade. O beijo que se seguiu foi mais doce do que qualquer vitória olímpica, mais eterno do que qualquer medalha.

Entre o som de celebração e os aplausos que ecoavam ao redor, o mundo parecia perfeito, e o único prêmio que realmente importava ali era a promessa de um futuro juntas.

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— Depois de anos de namoro, morando juntas... você ainda tem medo dos meus pais? — brincou Julia, a voz cheia de provocação, mas também de carinho. — Tem certeza que é a mesma mulher que me pediu em casamento na frente do mundo inteiro?

Petra riu envergonhada, sentindo as bochechas coradas. O que Julia dizia fazia total sentido, mas nada tirava a sensação de nervosismo que surgia quando sabia que iria encontrar com Beth e Thomas, seus sogros. Eles eram incríveis, sem dúvida, mas a pressão de agradar era inevitável. Aquelas pessoas eram muito importantes para Julia, e, mais do que isso, para Petra também.

— São seus pais, amor  — respondeu Petra, sorrindo timidamente, os olhos voltando a se fixar no chão enquanto caminhavam pelo corredor após a cerimonia. — Não é que eu tenha medo, é só... você sabe, é um momento sério. Eu não quero deixar uma impressão errada, sabe?

Julia sorriu, sem responder, sabendo que a insegurança de Petra era algo totalmente infundado. Ela já estava mais do que acostumada com o jeito envergonhado de sua noiva, especialmente em momentos que envolviam as pessoas que ela amava e respeitava.

Enquanto ainda caminhavam, o som de passos se aproximando fez Petra virar a cabeça. Lukas estava ali, com seu sorriso espontâneo, fingindo que estava prestes a entrevistá-las. Ele já estava habituado a brincar com Petra, e ela, por sua vez, adorava a forma descontraída com que ele se aproximava dela.

— Então, Pietra Lima — ele começou, imitando o tom de um repórter de televisão fingindo segurar um microfone imaginário. — Como está se sentindo depois de ganhar um ouro olímpico e ficar noiva da minha irmã no mesmo dia?

Petra riu, pegando a deixa e também fingindo que estava sendo entrevistada.

— Meu amigo, Julio Bergamota — ela fez uma pausa, batendo levemente em seu peito como se estivesse emocionada. — Você sabe, é emoção demais para meu coraçãozinho frágil. Ganhar o ouro mais uma vez foi um sonho realizado, mas o noivado com minha ruivinha foi, sem dúvida, a cereja do bolo. Não é todo dia que você conquista tudo isso em uma só noite, né?.

Julia sorriu, sentindo uma leve brisa de felicidade percorrer seu peito ao ver como Petra estava à vontade ao lado de Lukas, como se eles estivessem em uma sintonia natural.

— Esses dois parecem crianças — disse Thomas, o pai de Julia, com um sorriso divertido nos lábios, enquanto se aproximava de Petra para abraçá-la. Ele tinha aquele jeito imenso de acolher as pessoas com seu abraço caloroso. — Vem cá, garota. Você arrasou lá, me deixou orgulhoso.

Petra sentiu o abraço de Thomas como uma confirmação de que estava, de fato, sendo aceita como parte da família. Ele sempre foi caloroso, mas naquele momento havia algo a mais. Uma sensação de que, apesar de todas as barreiras que ela sentia, tudo estava indo bem. O orgulho dele parecia genuíno e isso a deixou mais confortável.

Ela sorriu para ele, sentindo-se acolhida. — Muito obrigada, Thomas.

— Foi um belo pedido. Cuida da minha menina, Pepê — Thomas sussurrou ainda próximo o suficiente apenas para Petra ouvir.

Nesse momento, Beth, mãe de Julia, se aproximou resmungando, mas com um sorriso de felicidade estampado no rosto.

— Sai, Thomas, eu quero abraçar ela também — disse Beth, de maneira brincalhona, mas com um tom de voz que transbordava carinho. Ela estendeu os braços, abraçando Petra de uma maneira calorosa, mas um pouco mais delicada do que Thomas. — Petra, querida, você foi incrível! E que pedido de casamento foi esse? É por isso que a Julia diz que você não faz nada pela metade. Meu Deus, eu tô tão feliz, minha menina vai casar!

Petra sorriu, sentindo um peso a menos sobre os ombros. Era difícil manter a postura séria diante da família de Julia, especialmente com o calor e a generosidade de ambos os pais. Mesmo com todo o nervosismo inicial, ela não podia negar o quão maravilhosa era a sensação de estar ali.

— Eu só não entendi uma coisa — disse Evelyn se aproximando com um sorriso travesso no rosto. — E eu não ganho abraço também, não?

Beth riu, deixando Petra se afastar um pouco para a mais baixa se aproximar.

— Claro que ganha. Vem cá, pingo de gente — disse Petra, tentando manter o tom leve. Ela estendeu os braços para Evelyn, que a abraçou com força.

— Você que é muito alta, eu já disse — disse Evelyn, depois de um abraço apertado, afastando-se com um sorriso divertido.

Petra deu uma risadinha, sentindo-se tocada. Não importava que fosse uma campeã olímpica, ou o que o mundo pensasse. Estar ali, entre aqueles que amava, era o que realmente fazia seu coração bater mais forte. Ela olhou para Julia, que estava conversando com seus pais e sorrindo para ela. Um sorriso que transbordava de orgulho e amor.

— Você tá fazendo aquela cara de besta que sempre faz — provocou Lukas fazendo Petra rir.

Enquanto ela observava Julia interagir com sua família, Petra sentiu uma onda de gratidão percorrer todo o seu corpo. Ela estava ali, do lado de Julia, já não sentindo mais medo, mas completamente segura de seu lugar. Nada mais parecia tão difícil, nada mais parecia um obstáculo. Ela sabia onde queria estar — com Julia, com a família dela e vivendo o amor que compartilhavam.

O coração de Petra se aqueceu, e ela não teve dúvidas de que, com Julia, ela sempre encontraria seu lugar. Em casa, não importava onde estivessem.

Os devaneios de Petra foram interrompidos pela voz de Pierre, que a chamou de longe. Petra virou-se rapidamente e viu o garoto correndo em direção a ela com aquele sorriso largo e contagiante que sempre a fazia sentir uma paz inexplicável.

— Tia Petra, você conseguiu de novo! — Pierre exclamou, com os olhos brilhando de felicidade. Ele correu até Petra e, sem nem pensar duas vezes, se lançou em seus braços, abraçando a cintura dela com força, como se fosse o lugar mais seguro do mundo. — Tio Lukas!

— Oi, garoto! Você cresceu mais desde a última vez que te vi, daqui a pouco vai tá maior que eu.

— Eu vou ser maior que você, tio! — respondeu Pierre com uma risadinha brincalhona.

Petra riu, ainda encantada pela expressão genuína de carinho do menino, mas sentiu o peso dos anos que já se passaram. Ele já estava crescendo rápido, e o tempo não dava trégua. No entanto, ela ainda conseguia sentir a alegria de quando ele era mais novo, sempre correndo atrás dela com a mesma paixão.

— Ei, Pi — Petra disse, beijando o topo da cabeça de Pierre, que estava agora mais alto que antes. — Tia Petra não consegue mais te carregar, campeão.

Pierre riu alto, sem se importar nem um pouco com a brincadeira de Petra. Ele era assim, com aquela energia de sempre, uma criança que parecia nunca cansar. Ele olhou para Petra com um brilho nos olhos e, com um sorriso travesso, pediu:

— Mas você ainda pode me dar um abraço forte, titia. Posso ir abraçar a tia Ju agora? — Pierre perguntou fazendo Petra sorrir ainda mais.

— Claro que sim.

Pierre fez uma careta engraçada, mas logo se soltou dos braços de Petra e correu até Julia.

Nesse momento, Marcela se aproximou, abraçando Petra com força. Ela estava radiante, como sempre, e Petra sentiu sua amizade a envolver com o mesmo calor de sempre. Não demorou muito para que Antonella e Marco também chegassem com o mesmo entusiasmo.

— Eu disse que ia ser lindo! — Marcela exclamou, empolgada, com o olhar cheio de certeza. Ela estava sempre assim, animada e confiante, e Petra adorava isso nela. — Eu sabia que ia ser algo inesquecível!

Antonella concordou, com um sorriso maroto no rosto.

— Era só uma questão de tempo até ela tomar coragem, né?

— Eu achei que ela ia fazer o pedido bem antes, na verdade. Ela esperou bastante até — disse Marco.

— E perder a oportunidade de fazer isso depois de receber uma medalha olímpica? Queridos, eu sou Petra Lewis.

— Espera, vocês sabiam? — Julia perguntou, se aproximando deles com Pierre ainda segurando sua mão, com um sorriso orgulhoso estampado no rosto.

— Juju, quem você acha que ajudou essa cabeça de vento a comprar a aliança? — Marcela respondeu com aquele tom brincalhão que sempre a caracterizou, fazendo todos rirem, inclusive Petra.

— Um dia eu ainda demito você — Petra resmungou, fazendo todos rirem ainda mais. Ela estava de fato tentando esconder a surpresa de Julia por tanto tempo, e Marcela foi uma das poucas pessoas que sabia do pedido de casamento antes de ele acontecer. Ela não poderia deixar de se divertir com isso, mesmo com um sorriso meio tímido no rosto.

Julia revirou os olhos, mas o sorriso em seus lábios não desapareceu. Ela sempre adorava a dinâmica entre Petra e Marcela, e, embora às vezes fosse difícil acompanhar a mente criativa de Marcela, ela adorava a espontaneidade dela. Ela olhou para Petra com aquele olhar único, que só ela sabia dar, aquele olhar cheio de amor, carinho e um toque de diversão.

— Tia Petra, quando é o casamento? — Pierre perguntou, sem rodeios, olhando para as duas com um sorriso travesso.

— Vamos esperar o momento certo, Pi — Petra respondeu com um sorriso divertido.

— Só espero que seja logo — disse Pierre, com um tom de brincadeira, mas com uma sinceridade que fez todos rirem.

Enquanto isso, Marco e Antonella observavam a cena com um olhar orgulhoso, como se estivessem vendo algo muito maior do que uma simples medalha de ouro.

— le mie bambine si sposano — disse Antonella com uma voz de choro fazendo Petra rir.
(Minhas meninas vão casar)

— Vamos comemorar direito, então? — Marco sugeriu abraçando a esposa, com um sorriso no rosto. — Esse momento tem que ser comemorado da maneira certa, vamos fazer essa festa!

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A comemoração do ouro olímpico já era grandiosa, mas depois do pedido de casamento de Petra, a festa se tornou ainda maior. As redes sociais estavam em um completo caos, e os jornais do mundo inteiro repercutiam não apenas a conquista brasileira, mas também o momento romântico no pódio. Naquela noite, a comissão  organizou uma festa para celebrar o ouro olímpico. Era uma tradição, mas dessa vez, tinha um motivo extra para comemorar.

O local escolhido foi um rooftop em Los Angeles com uma vista deslumbrante da cidade iluminada. Quando Petra e Julia chegaram, foram recebidas com aplausos e gritos das companheiras de time.

— Noivas do vôlei brasileiro chegando! — gritou Rosa, erguendo um copo de champagne.

Julia riu e levantou a mão para mostrar o anel, recebendo mais uma rodada de gritos.

— E essa aliança? — perguntou Gabi, segurando a mão de Julia para analisar. — Boa escolha, Pepê. Mas também, depois de tanto tempo com essa mulher, você tinha obrigação de escolher direito.

— Não errei no ouro, não ia errar logo na aliança — Petra respondeu convencida.

O resto da noite foi um desfile de felicitações, brindes e momentos de descontração.

Em um canto, Rosa, Pri e Carol observavam Petra e Julia juntas, abraçadas enquanto riam de algo que Kudiess e Ana diziam.

— Vocês lembram quando a gente achou que elas iam acabar se matando? — Carol comentou, sorrindo.

Rosa riu.

— Acho que, no fundo, todo mundo sabia que era amor disfarçado.

— Eu avisei desde sempre — disse Pri convencida — Mas teve momentos que acreditei na possibilidade delas saírem no tapa.

— E agora elas vão casar. O mundo dá voltas, né? — Rosa brincou, ainda olhando para as amigas — É tão bom ver elas felizes.

Do outro lado, Macris, Roberta e Gabi começaram a cantar "Amor, I Love You", arrancando risadas de todo o grupo.

Petra virou-se para Julia e segurou seu rosto com as duas mãos.

— Eu nunca imaginei que meu momento favorito das Olimpíadas não seria dentro da quadra.

Julia sorriu.

— Bom, você conseguiu mais uma vez estar entre as melhores do campeonato, ganhou ouro e uma noiva no mesmo dia. Nada mal, hein, Lewis?

Petra beijou a ponta do nariz de Julia antes de murmurar:

— Nada mal mesmo, Bergmann.

As duas ficaram ali, absorvendo o momento, os olhos se buscando como se tentassem gravar cada detalhe um do outro. Petra então encostou a testa na de Julia, fechando os olhos por um breve instante.

— Obrigada por aceitar a bagunça que eu sou e me escolher depois de tudo.

Julia deslizou os dedos suavemente pela nuca de Petra, antes de abrir os olhos para olhá-la. Seus olhos brilharam com uma certeza absoluta ao responder:

— Eu sempre vou te escolher. Você é minha tempestade mais bonita, lembra?

Petra sorriu, sentindo o peito aquecer com aquela resposta. Ela roçou os lábios nos de Julia antes de sussurrar:

— E você, meu ponto de paz. Sempre.










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Oi, vidas!

Sim, tá acabando e eu já tô entrando em luto. Estarei viúva de Ace of Hearts ainda essa semana.
E, por favor, vão ler Healing Hearts!!!

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