33 - PILLOWTALK ¹
- Zayn
Fucking in and fighting on
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30 de Março
Petra levou Julia até o apartamento com um misto de
ansiedade e curiosidade. Assim que entraram, Julia
olhou ao redor, impressionada com o espaço. Era um
lugar moderno, elegante, mas ainda assim
aconchegante.
— Você comprou esse lugar? – Julia perguntou,
admirando a decoração.
Petra deu um sorriso tímido, um traço raro para ela.
— Não exatamente... – começou a responder,
brincando com a alça de sua bolsa antes de continuar.
— Eu comprei o prédio inteiro. Ele é antigo, precisava de uma reforma completa. Como eu estava ganhando um bom salário no Denso e herdei uma parte considerável do patrimônio do meu pai, decidi investir.
Julia piscou, processando a informação.
— O prédio inteiro? – Ela riu, balançando a cabeça.
— Você realmente não faz nada pela metade, não é?
Petra deu de ombros, com um sorriso meio
envergonhado. — Gosto de ter as coisas sob controle... – confessou, e então, apontou para a cozinha. — Vinho?
Julia assentiu, e Petra serviu duas taças antes de
caminhar até a cozinha. Ela abriu a geladeira,
examinando os ingredientes enquanto perguntava.
— Ainda com fome? Posso fazer algo que aprendi no
Japão. Marcela sempre me arrastava pra cozinha quando tínhamos o dia livre.
Julia a observava de onde estava, os olhos fixos em
Petra, admirando a facilidade com que ela se movia, a
confiança discreta em cada gesto. — Um pouco. O que você vai fazer?
— Algo simples, mas delicioso. – respondeu Petra, com
um toque de orgulho na voz. — Eu sempre peço para o
'Seu Otávio, manter tudo em ordem. A despensa está abastecida.
Julia se inclinou contra o balcão, sentindo uma onda de
admiração por Petra. A mulher que parecia tão dura e
inacessível quando se conheceram tinha camadas mais profundas do que ela imaginava. — Você não para, né? Sempre cheia de habilidades.
Petra sorriu, apreciando o elogio. — Estive sozinha por muito tempo, Ju. Tive que aprender a me virar.
Elas continuaram conversando de forma descontraída enquanto Petra preparava a comida, até que, sem perceberem, já estavam no sofá da sala, terminando uma garrafa de vinho.
O clima que se formava entre as duas era inegável.
Julia sentia a tensão, aquela tensão que ela já conhecia
muito bem, mas que parecia ainda mais intensa agora.
Ela observava os lábios de Petra, lembrando do gosto,
da intensidade do último beijo. E, dessa vez, ela queria mais. Petra também sentia o desejo crescer dentro de si, mas a culpa começava a se infiltrar em sua mente.
Petra suspirou, quebrando o silêncio. — Antes do jogo de hoje... eu liguei para o Lorenzo. – confessou, olhando para o vinho em sua taça como se estivesse procurando coragem ali. — Vamos ter uma longa conversa quando eu for para a Itália na próxima semana. Eu não dei detalhes, mas... acho que ele sabe que algo mudou.
Julia sentiu um fio de esperança crescer dentro de si.
Ela sabia que aquela relação estava corroendo Petra
por dentro, e a ideia de que o noivado poderia acabar
logo a enchia de uma estranha mistura de alívio e
ansiedade.
— Petra... – Julia começou, sua voz suave, tentando
escolher as palavras certas. Mas antes que pudesse
continuar, Petra se inclinou para frente, cortando a
distância entre elas.
Julia não estava pronta para pressioná-la, mas também
não estava disposta a deixar o momento passar. Com os
olhares conectados, ela se aproximou lentamente, sem
quebrar o contato visual. Quando seus lábios estavam a
milímetros de distância, Julia desviou levemente,
deixando um beijo suave na testa de Petra. Ela sentiu o
corpo de Petra relaxar um pouco, mas o calor entre elas
não diminuiu.
Petra não conseguiu mais resistir. O desejo dentro dela
era avassalador, e antes que percebesse o que estava
fazendo, seus lábios estavam nos de Julia, um beijo
profundo, faminto, como se o mundo ao redor tivesse
desaparecido. Suas mãos ágeis começaram a explorar
os corpos uma da outra, os toques intensos, urgentes.
Julia retribuiu na mesma intensidade, suas mãos deslizavam pela cintura de Petra, puxando-a mais perto, sentindo cada curva, cada contorno. Petra sabia exatamente como guiar Julia, como se seus corpos fossem feitos para se encaixar daquela maneira. A intensidade do momento fez as últimas reservas de culpa e hesitação ficarem para trás.
No meio daquela intensidade um pensamento cruzou a mente de Petra: "Isso é errado, mas por que parece tão certo?"
E tudo estava perdido no calor do momento.
Petra levantou do sofá, tentando recuperar o fôlego e os pensamentos, mas antes que pudesse se afastar, sentiu os braços de Julia envolvendo sua cintura por trás. O toque foi suave, mas firme, e logo em seguida, os lábios de Julia começaram a distribuir beijos ao longo do pescoço de Petra, a fazendo fechar os olhos e soltar um suspiro.
— Julia... – Petra sussurrou, a voz carregada de desejo e hesitação, enquanto sua cabeça caía levemente para o lado, dando mais espaço para os beijos de Julia. — Não podemos.
Julia não respondeu com palavras. Em vez disso, ela continuou a trilha de beijos pelo pescoço e ombro de Petra, seus braços segurando a cintura de Petra com mais firmeza. Cada toque, cada beijo, parecia aumentar a conexão entre elas, tornando o ar ao redor carregado de eletricidade.
Petra tentou focar, mas o calor da proximidade de Julia fazia seu coração bater mais rápido. Ela começou a caminhar lentamente em direção ao quarto, guiando Julia enquanto sentia o corpo dela pressionado contra o seu.
A cada passo, as respirações se tornavam mais pesadas, os beijos de Julia mais intensos. Petra abriu a porta do quarto, deixando a luz suave do ambiente acolhê-las, e virou-se levemente para encarar Julia. Os olhos das duas se encontraram, compartilhando um
entendimento silencioso, antes que Petra a puxasse para um beijo profundo, mais uma vez se deixando levar pelo momento, esquecendo qualquer dúvida que ainda restasse.
Petra sentia cada parte de seu corpo se moldar ao de Julia, como se tivessem sido feitas para se encaixar daquela maneira. As mãos de Julia, firmes em sua cintura, transmitiam uma segurança e delicadeza que Petra não sentia há muito tempo. Os lábios de Julia, macios e urgentes, traziam um calor reconfortante que fazia Petra esquecer qualquer resistência.
— Você... - Petra começou a dizer, mas a voz morreu em um suspiro quando Julia se afastou o suficiente para segurar a barra do vestido de Petra. Em um movimento ágil, Julia o tirou, como se já tivesse feito aquilo inúmeras vezes, com uma familiaridade que surpreendeu Petra.
Julia a olhou por um momento, deixando seus olhos percorrerem o corpo de Petra, que se sentiu exposta, mas ao mesmo tempo, completamente desejada. O olhar de Julia era carregado de algo mais profundo que desejo. Era uma conexão, uma certeza, como se explorar o corpo de Petra fosse tão natural quanto respirar.
— É como se... – Julia murmurou, enquanto suas mãos deslizavam pelos ombros de Petra. — Como se isso fosse a coisa mais certa do mundo.
Petra não conseguiu responder de imediato, perdida nos toques e no olhar de Julia. Sentia-se vulnerável, mas ao mesmo tempo poderosa, sabendo que Julia a via completamente e ainda assim a desejava.
— Julia... – Petra finalmente encontrou sua voz, puxando Julia para mais perto. — Eu não sei o que é isso que a gente tem, eu nunca me senti tão... em paz e tão... desejada.
Petra se aproximou mais, seus corpos quase se fundindo enquanto seus lábios se encontravam novamente, e dessa vez, sem hesitação, sem culpa. Apenas o desejo, a certeza de que, naquele momento, nada mais importava.
Petra, ainda sentindo o calor dos lábios de Julia nos seus, decidiu retribuir o gesto. Suas mãos deslizaram até a blusa de Julia, uma peça de botões que, no calor do momento, parecia desnecessariamente complicada. Enquanto tentava desabotoá-la, Petra começou a se atrapalhar, seus dedos tropeçando nos pequenos botões. Frustrada, ela soltou um suspiro impaciente.
— Quantos botões tem essa maldita blusa? – Petra murmurou, sua voz carregada de uma mistura de irritação e desejo.
Julia riu, a risada suave e cheia de ternura, enquanto segurava as mãos de Petra para ajudá-la.
— Acho que são uns cinco... – Julia disse, um sorriso travesso nos lábios. — Mas quem tá contando, não é?
Petra mordeu o lábio, tentando se concentrar, mas a proximidade de Julia fazia seu coração disparar, e a frustração aumentava cada vez que seus dedos falhavam em abrir os botões.
— Isso é tortura, Julia... – Petra resmungou, o tom brincalhão escondendo sua frustração. — Quem inventou essas blusas devia ser punido.
Julia não conseguiu segurar o riso, e, ainda sorrindo, inclinou-se para beijar o pescoço de Petra, seus lábios desenhando um caminho de calor enquanto ela
sussurrava. — Deixa que eu te ajudo...
Com movimentos ágeis, Julia começou a abrir os botões, um por um, enquanto Petra assistia, o desejo crescendo a cada movimento que fazia Julia expor uma parte do corpo.
— Melhor agora? – Julia pergunta, enquanto o último botão se solta e a blusa desliza por seus ombros.
Petra não respondeu com palavras. Em vez disso, puxou Julia para si, colando seus corpos novamente, suas mãos agora livres para explorar a pele macia que tanto desejava tocar.
— Muito melhor - Petra finalmente murmurou contra os lábios de Julia, antes de se perder novamente no beijo, sentindo que a barreira dos botões havia sido finalmente superada, assim como todas as outras barreiras que as haviam mantido separadas por tanto tempo.
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pensando se vai ter continuação ou eu vou pular essa parte 👀
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