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 17 de Fevereiro

Petra chegou ao Centro de Desenvolvimento de Voleibol (CDV) com uma mistura de ansiedade e empolgação. Havia uma sensação palpável no ar, e ela sabia que estava prestes a começar um novo capítulo em sua carreira. A chegada dela não passou despercebida pelas jogadoras que já estavam no local, e logo Petra se viu cercada por um grupo de novas colegas.

Gabi, uma das líderes do time, foi a primeira a se aproximar. Seu sorriso caloroso fez Petra sentir-se um pouco mais à vontade.

— Oi, Petra! Bem-vinda ao CDV. – Gabi estendeu a mão para um aperto e depois deu um abraço rápido.
— Estamos felizes por você estar aqui.

— Obrigada, Gabi. Estou animada para começar. – respondeu Petra, tentando esconder a nervosismo em sua voz.

Sheilla, com seu jeito reservado, e Thaisa, que parecia ser mais extrovertida, logo se juntaram à conversa.

— Olá, Petra, sou Thaisa. É bom te conhecer – disse Thaisa com um sorriso discreto.

— Oi, Petra! Eu sou a Sheilla, faço parte da comissão. Se precisar de alguma coisa, pode contar comigo – adicionou Sheilla com uma animação contagiante.

Luzia e Macris se apresentaram em seguida, e Luzia, com sua energia vibrante, fez um gesto convidativo. — Ei, Petra, sou Luzia. Estou ansiosa para ver o que você pode trazer para o time.

— Sou Macris, levantadora do time – completou Macris com um sorriso amigável. — Vai ser ótimo trabalhar com você.

Petra foi então apresentada a Roberta, Pri Daroit e Diana, que a cumprimentaram com sorrisos calorosos. A interação era mais natural do que ela esperava, e o ambiente parecia acolhedor.

— Olá, sou Roberta – disse Roberta, dando um aperto de mão firme. — Espero que se sinta em casa aqui.

— Pri Daroit. Estou ansiosa para ver você em ação – comentou Pri com um brilho de entusiasmo nos olhos.

— E eu sou Diana. Bem-vinda – finalizou Diana com um sorriso acolhedor.

Quando Gattaz, Nyeme e Natinha se aproximaram, Petra já estava começando a se sentir um pouco mais confortável.

— Olá, Petra, eu sou a Gattaz. Vamos te mostrar o CDV – sugeriu Gattaz, sempre com uma atitude acolhedora.

— Eu sou a Nyeme, e esta é a Natinha. É bom ter você aqui – disse Nyeme, enquanto Natinha acenava em concordância.

Ao seguir as mulheres, Petra então encontrou Rosamaria, com que havia jogado na última temporada no Japão e estava se recuperando de uma pequena lesão. O reencontro foi caloroso, e Petra estava visivelmente empolgada ao ver a amiga.

— Rosie! Que bom te ver de novo! – exclamou Petra, abraçando-a.

— Pê, quanto tempo! – Rosamaria sorriu amplamente, evidentemente feliz com o encontro. — Estou animada por você estar aqui.

— Eu também! Carol, bom te rever também. – Petra mencionou, olhando para Carolana, que estava ao seu lado.

— Sim! Estava ansiosa pra te ter aqui no time. E Lorenzo, como está? – Pergunta Carolana, com um sorriso amigável.

— Está bem, obrigada por perguntar. E Anne?

— Ela está ótima. – Diz Carol empolgada. — Vamos marcar algo, ela vai adorar te ver de novo.

Lorenzo Bianchi, jogava na Itália e, apesar da distância, ela estava acostumada a estar por lá devido às visitas frequentes, em uma dessas vistas eles foram assistir um jogo do Savino del Bene, onde conheceram Carol e sua esposa Anne na arquibancada.

A familiaridade com Carolana e o reencontro com Rosamaria ajudavam a suavizar a transição para o novo time.

— Olha, só! Atrasadas de novo. – Diz Thaisa com a mão na cintura olhando para Kisy, Ana Cristina e Júlia Kudiess.

Kisy é primeira a responder. — Desculpa, mami Daher. Estava cuidado da minha beleza. Acha que é fácil ser linda assim?

— Sejam educadas, por favor! – Repreende Nyeme como uma mãe e causando um riso de Petra com a imagem da mais baixa tentando parecer brava.
— Petra, essas são Kisy, Ana e Julia Kudiess.

— Olá, meninas. É bom conhecer vocês.

As três acenam e deixam seu melhor sorriso para a nova colega de time.

Um pouco mais afastada estava a garota ruiva, ela preferiu se manter um pouco distante e ofereceu um comprimento levemente forçado para Petra.

— Lewis.

— Bergmann. – Responde no mesmo tom. Ali estavam novamente, com aquela tensão que de alguma forma conseguiu ultrapassar a quadra. — Bem, eu preciso falar com o Zé. Podem me levar até ele?

— Temos uma reunião em alguns minutos, íamos lá de qualquer forma. Vamos. – Diz Gabi agradecendo por ter um motivo de acabar com aquela interação estranhas das mais novas.

— Ei, Kuddies. – Kisy sussura para a amiga ao lado, estavam todas andando em direção à sala de reuniões. — Sabe o que deu na Bergmann?

— Em que mundo você vive, garota? – disse Kudiess baixinho.

— Tá falando do que, sua maluca?

— Ela e a Petra jogaram na NCAA durante a faculdade. Bergmann pelo Georgia Tech e Lewis por Stanford. A rivalidade delas em quadra foi o ponto alto de várias temporadas. – Diz Kuddies — Sério, você precisa assistir alguns jogos. É coisa de louco. Pareciam estar em um duelo em cada jogo.

— Vocês duas já estão fofocando? E sem mim. – Thaisa que estava do lado diz assustando as duas que estavam conversando baixinho.

— Só atualizando a Kisy. Ela tava meio perdida.
A mais velha logo entendeu do que Kuddies estava falando e fez uma careta engraçada. — Pois é! Essas duas vão deixar nossa temporada mais interessante, tô até vendo.

— Vamos aproveitar essa pausa para conhecermos melhor nossa nova estrela – sugeriu Gabi, enquanto cada uma das meninas escolhia um lugar na mesa assim que entrarma na sala de reuniões. — Petra, conta pra gente um pouco mais sobre você.

Petra sorriu e começou a compartilhar algumas histórias sobre suas experiências anteriores e suas expectativas para o futuro. Enquanto falava, ela notou que Julia Bergmann estava observando de longe, com um olhar que misturava curiosidade e uma pitada de distanciamento. A rivalidade histórica ainda estava presente, mas o ambiente amistoso ao redor ajudava a tornar o clima um pouco mais leve.

O início dessa nova fase estava cheio de promessas e desafios, e Petra estava determinada a fazer o melhor dela. O CDV, com seu grupo diversificado e acolhedor, parecia estar pronto para ajudá-la a se integrar e brilhar em sua nova jornada.

Petra continuou a responder às perguntas de suas novas colegas, compartilhando suas experiências na NCAA e as dificuldades que enfrentou para chegar até ali. Ela falou sobre a importância de superar barreiras culturais e linguísticas, especialmente quando jogou no Japão. O grupo ouviu atentamente, e a conversa logo se transformou em uma troca de histórias, com cada uma compartilhando algo sobre sua própria jornada no voleibol.

Bergmann permanecia em silêncio, observando a interação de Petra com o time, sabia que Petra era uma jogadora talentosa e uma rival formidável, mas o fato de agora estarem na mesma equipe criava um novo desafio para ambas.

Enquanto a reunião seguia, o técnico Zé Roberto entrou na sala, trazendo consigo uma presença que imediatamente capturou a atenção de todas. Ele cumprimentou Petra com um sorriso cordial e começou a delinear os planos de treinamento e as expectativas para a temporada.

— Petra, estou muito feliz por você estar aqui. – disse Zé Roberto com seriedade. — Sabemos do seu talento e dedicação, e tenho certeza de que você vai se encaixar muito bem no nosso time.

— Obrigada, professor. – respondeu Petra, sentindo um misto de responsabilidade e empolgação. — Estou pronta para dar o meu melhor.

Zé Roberto continuou explicando as metas da equipe e como pretendia utilizar as habilidades de cada jogadora. Durante toda a reunião, Petra sentiu um crescente senso de pertencimento, algo que ajudava a dissipar as ansiedades iniciais. Mesmo com a presença de Bergmann, ela sabia que estava em um ambiente acolhedor, onde poderia crescer e contribuir para o sucesso do time.

A cada momento, Petra sentia-se mais à vontade, vendo como aquelas mulheres formavam uma verdadeira família dentro e fora das quadras.

— Agora a divisão dos alojamentos dessa temporada. – Zé tinha uma expressão que ninguém sabia decifrar, talvez uma mistura de ansiedade e empolgação.

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