·˚ ༘「𝟎𝟎𝟐」









Winterfell

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A época mais fria do ano tornou-se ainda mais fria com a chegada do príncipe Jacaerys em Winterfell.

Ele ainda podia sentir o vento gélido arranhar seu rosto e os pequenos flocos de neve se agarrarem em seus cachos enquanto voava sob Vermex. Sua chegada em Winterfell foi inesperada para o lorde Stark, mas muito bem-vinda. Cregan e Jacaerys se deram muito bem nos primeiros dias; eles comiam juntos, caçavam juntos, bebiam juntos e treinavam a maior parte da tarde. Às vezes, comentava-se como Cregan se afeiçoou muito rapidamente ao jovem príncipe.

Jacaerys sentia-se muito à vontade em Winterfell, mesmo que o tempo não fosse de seu agrado. Ele gostava de Cregan, mesmo que ele parecesse tão diferente do que ele imaginava. Quando sua mãe o enviou para o norte, ele esperava alguém com os mesmos aspectos que ele, pelo menos. Mas assim que seus olhos encontraram os de Cregan, tudo mudou. Cregan era um homem bem mais alto que Jacaerys, seu corpo era grande e robusto, seus ombros eram largos, suas coxas e pernas grossas, e seus braços eram musculosos, mas não exagerados. Seu rosto era sério, com olhos escuros como a noite. Ele tinha uma barba pequena e cabelos curtos. Cregan também tinha uma personalidade forte, mas também carregava um humor ácido e um senso de justiça incomparável. Mas também era paciente, principalmente com seu filho Rickon Stark, que foi fruto de seu primeiro casamento. Particularmente, Jacaerys o achava atraente, o que fazia o jovem príncipe se sentir estranho em relação ao nortenho.

Mas havia algo que incomodava Jacaerys. Afinal, Cregan ainda não tinha dado sua resposta em relação a que lado ficaria na guerra. Ele tinha ouvido rumores de que, quando chegou uma carta de Aegon solicitando sua lealdade, Cregan não hesitou em mandar uma carta de volta falando que não juraria nada ao rei Usurpador, o que fez Jacaerys criar uma certa expectativa.

Naquela manhã, Cregan o convidou para cavalgar junto de seus homens, em específico seu conselheiro Ned Cerwyn, Robb Stark e Eddard Stark.

Enquanto Cregan tomava a frente, os guiando, Jacaerys se encontrava um pouco atrás dele. Ao seu lado estava Eddard, um garoto de 17 anos de idade, era um primo distante de Cregan. Seu pai e mãe morreram de hipotermia devido ao frio, logo o jovem foi resgatado por Cregan, que virou seu tutor e responsável. Ele era um menino animado, mas que carregava um enorme sarcasmo em quase tudo que falava, sem contar o seu pavil pouco curto para algumas coisas. Robb também era um primo de Cregan, mas diferente de Eddard, ele escolheu estar ali, já que nunca foi próximo de sua família. Ele decidiu que gostaria de se tornar um soldado ou um protetor da muralha. Já Ned era um amigo próximo e antigo da família de Cregan, ele era amigo de seu pai antes que o estranho o levasse. Logo quando Cregan se tornou lorde de Winterfell, Ned virou seu conselheiro e fiel amigo. Ned era um homem gentil e justo, mas quase sempre estava chamando a atenção de Robb e Eddard, que pareciam se divertir às custas da paciência de Ned.

─── Sabe, eu me pergunto se Vermex conseguiria matar os gigantes além da muralha ─── Eddard Interrogou aleatoriamente, fazendo os olhos de Jacaerys se arregalarem e suas mãos começarem a suar. Como assim gigantes? Tinha gigantes em Winterfell? E o pior, Cregan estava o levando em direção a eles? Jacaerys estava pronto para responder quando a voz de Cregan soou.

─── Eddard, deixe-o em paz. ─── Disse Lorde Stark. Eddard assentiu ainda sorrindo, enquanto Robb caía na gargalhada. Jacaerys rapidamente virou seu pescoço, lançando-lhes uma careta. Os dois riram ainda mais, enquanto Ned parecia segurar as rédeas de seu cavalo com mais força que o normal. Afinal, se não fossem as rédeas, Jacaerys juraria que Ned partiria para o pescoço dos dois jovens.

Enquanto ainda seguiam caminho, Cregan se aproximou de Jacaerys.

─── Espero que esta caminhada esteja de seu agrado, jovem príncipe. ───Jacaerys sabia, Cregan estava provocando-o, e talvez ele estivesse mentindo se dissesse que não gostava.

───Já disse para me chamar de Jace, você parece as minhas antigas amas me chamando assim. ─── Cregan apenas sorriu e aproximou seu cavalo ao de Jacaerys, inclinando seu rosto em direção ao outro jovem. Jacaerys pode sentir sua respiração falhar e rapidamente virou o rosto para garantir que ninguém estava olhando para eles. E graças aos Deuses, Ned estava muito concentrado em prestar atenção em Eddard e Robb. Então, quando Jacaerys virou seu rosto novamente em direção a Cregan, ele viu que o mesmo estava cada vez mais próximo.

─── Então me chame de Cregan, gosto de como seu nome soa em seus lábios. ─── E talvez aquele tenha sido o estopim de Jacaerys, porque ele sentiu que mesmo que estivesse coberto de camadas de roupas pesadas, seu corpo se tornava cada vez mais quente. E Cregan sabia, desde o momento em que Jacaerys colocou seus pés em Winterfell, algo mudaria. Ele tinha visto algo em Jacaerys, algo que nem mesmo ele poderia descrever. Mas talvez fosse melhor assim, que esse certo sentimento sem nome fosse deixado em silêncio. Coisas sem nome, ou história, deveriam ser deixadas em paz. Isso era o certo, não era? Os dois só se afastaram quando a voz de Ned os acordou daquele transe que os prendiam um nos olhos do outro.

─── Está na hora de voltarmos, a hora do lobo logo começa e não viemos preparados. ─── Com isso, eles deram meia volta, indo em direção ao castelo de Winterfell. O caminho foi silencioso até certo ponto, porque nada era muito quieto quando Robb e Eddard estavam perto um do outro.

─── Futuramente, eu pretendo me casar com a mulher mais linda dos Sete Reinos. ─── Robb se gabava. Cregan apenas ficou em silêncio, ele não estava com cabeça para lembrar que os homens da muralha não tinham mulheres. Mas, em vez disso, foi Eddard quem falou.

─── E eu aqui pensando que você jogava no outro time, Robb. ─── Jacaerys sabia que Eddard estava apenas o provocando, por isso acabou rindo da piada, mas Robb foi mais rápido em responder.

─── Ah é? Até onde eu sei, é você que não gosta muito de mulher por aqui. ─── Eddard rapidamente se calou, enquanto suas bochechas ganhavam um tom de vermelho, mostrando sua timidez. Jacaerys apenas observou como todos pareciam bem nessa situação, como se não tivesse problemas Eddard se interessar por outro menino, algo que não é bem visto nas terras do Sul.

Quando chegaram até os portões do Castelo Ward, eles viram uma figura de roupas pretas e vermelhas, aparentemente um mensageiro de Pedra do Dragão. Jacaerys estranhou, será que sua mãe solicitava sua presença? Rapidamente, todos os homens saíram de seus cavalos. Cregan foi o primeiro a se dirigir ao homem, mas eles não conseguiam ver o que eles falavam. Mas Jacaerys pôde ver a feição de Cregan se endurecer, o que deixou o menino preocupado.

Cregan pegou a carta das mãos do mensageiro enquanto mandava os guardas alojarem o rapaz. Cregan deu sinal para que todos entrassem, mas quando Jacaerys passou perto dele, o jovem príncipe pôde sentir uma das mãos grandes de Cregan segurar seu braço.

─── Precisamos conversar, Jacaerys. ─── Então ele encarou os outros, mostrando que deveriam sair. Todos os três homens saíram com uma feição preocupada, enquanto olhavam para Jacaerys. Quando todos saíram da sala, Cregan ficou à frente de Jacaerys, seu olhar demonstrava o que fazia o estômago de Jacaerys se revirar. Então, finalmente, o jovem lobo falou.

─── Jacaerys, eu não sou portador de boas notícias. Eu nem sei como falar isso, mas seu irmão Lucerys... e Aemond se encontraram em Ponta Tempestade. Aemond perseguiu Lucerys e o atacou. Seu irmão... eu sinto muito. ─── Com isso, Jacaerys sentiu o chão sob seus pés afundar e seu peito se esvaziar. Seu irmão, seu doce irmão, morto e tudo porque Jacaerys teve a ideia estúpida de oferecê-los como mensageiros. Era tudo culpa dele.

Antes que Jacaerys desse a oportunidade de Cregan falar mais alguma coisa, ele sentiu suas pernas se movimentarem em direção à saída; ele precisava de ar.

Com os flocos finos caindo sobre o chão branco tomado pela neve, ele deixou seus joelhos cederem enquanto levava suas mãos ao peito, apertando sua camisa como se fosse ela quem o impedisse de respirar. Então, ele tirou as peles de animais de seus ombros, fazendo o ar gélido entrar em contato com seu corpo. Seu corpo tremia e seus olhos ardiam com as lágrimas descendo por todo seu rosto. Suas mãos logo começaram a ficar vermelhas com o frio, como se começassem a queimar, e era para doer, mas a única coisa que Jacaerys pensava era em seu irmão. Ele tinha ido, e ele nem pôde se despedir. E cada vez que ele pensava isso, ele podia sentir sua visão se embaçar e seus sentidos pararem aos poucos, até que tudo se tornou escuro; ele não conseguia ouvir mais nada ao seu redor.

Quando Jacaerys se levantou, pôde ver o teto de rochas escuras sobre sua cabeça. Ele também sentia uma cama macia abaixo de seu corpo. O lugar também era espaçoso. Antes que Jacaerys pudesse se levantar, uma voz se fez presente no canto do quarto.

─── Você acordou, fico feliz. ─── Era a voz de Cregan. Então, isso significa que Jacaerys estava em seus aposentos. Quando o jovem príncipe se levantou, podia sentir sua cabeça latejando e seu corpo dolorido, mas o pior de tudo era a falta que seu irmão fazia. Mesmo que ainda estivesse tonto, ele não conseguia entender como aconteceu tão rápido. Em um momento, ele estava com Lucerys em Pedra do Dragão, e agora seu irmão estava morto. Novamente tomado pela dor, o príncipe Jacaerys se derramou em lágrimas enquanto trazia seus joelhos até a altura de sua cabeça, abraçando-os enquanto escondia seu rosto. Ele se sentia tão frágil e envergonhado por estar assim na frente de Cregan, mas era inevitável.

Ele sentiu o espaço ao seu lado se afundar, sinalizando que Cregan se juntara a ele.

─── Venha comigo, tenho algo a lhe mostrar. ─── Com isso, Cregan estendeu a mão para que Jacaerys segurasse. Ao saírem da cama, Jacaerys pôde ver que estava sendo guiado até a varanda dos aposentos de Cregan.

Ele só não imaginava que a visão à sua frente seria a mais bela de todas. O céu estava banhado por estrelas, a neve agora estava mais fina e escassa, deixando uma bela imagem de Winterfell e suas vilas. Tudo parecia incrível diante de seus olhos, mas no momento ele não conseguia colocar em palavras sua admiração. Seus olhos brilhavam com a visão, enquanto os de Cregan brilhavam com a visão de Jacaerys.

Quando Jacaerys se virou para encarar Cregan, ele notou que o mesmo já o observava, o que fez a respiração do menino falhar enquanto seus olhos se encontravam. O olhar de Cregan estava pesado, seus olhos estavam baixos enquanto encarava Jacaerys. Mesmo que ele quisesse falar, era como se Jacaerys tivesse roubado sua capacidade de falar enquanto o encarava com aqueles olhos escuros de corça. Eles pareciam tão brilhantes diante da lua, que hipnotizavam o mais velho. Cregan respirou profundamente antes de começar a falar.

─── Sei que nesse momento tudo que você deseja é pegar o seu dragão e voar até Pedra do Dragão. ─── Cregan parou por um momento para analisar o rosto vermelho de Jacaerys enquanto o mesmo esperava pacificamente pelas palavras do mais velho. ─── E eu te entendo, perder alguém que ama não é fácil, e gostaria de dizer que você não está sozinho. Eu e meus homens gostaríamos de acompanhá-lo até sua mãe, a rainha. ─── Cregan pôde ouvir a respiração de Jacaerys falhar diante de si, mas ainda assim ele continuou. ─── No começo, eu sentia medo de colocar o meu povo diante de uma guerra que nem ao menos começamos, mas agora eu vejo que eu iria até essa batalha, Jacaerys, por minha rainha, mas principalmente por sua causa. ─── Então foi naquele momento que Jacaerys percebeu: não era um problema de respiração comum, não era tremor ao frio, era Cregan, sempre foi. Ele era sua maldita doença, sua ruína, e talvez sua perdição. Ele olhou para Cregan como se estivesse encarando a própria morte, porque era isso que Cregan o fazia sentir, que estava morrendo, que seus sentidos se perdiam quando estava próximo dele.

Os olhos do jovem príncipe vagaram até as mãos do nortenho que estavam na própria bainha, pegando uma adaga. Ele levantou a adaga até que ela pudesse ser iluminada pela lua diante de seus olhos. Quando Jacaerys levantou o olhar novamente, questionando o porquê disso, Cregan foi rápido em responder.

─── Acredito que minhas palavras não serão suficientes para provar minha lealdade. Quero que façamos um pacto, de gelo e fogo aqui, diante dos olhares dos deuses, meu príncipe. Quero que carregue meu sangue, assim como carregarei o seu. ─── Então, Cregan cuidadosamente pegou a mão do príncipe, encarando-o nos olhos como se esperasse alguma negação, mas nada lhe foi dado. Ele cortou a mão de Jacaerys e, logo em seguida, entregou a adaga na mão do príncipe para que ele repetisse o ato em Cregan. Quando Jacaerys cortou a mão de Cregan, o homem logo as uniu, aproximando-se de Jacaerys. Os dois rapazes se encaravam com fogo diante de seus olhos. Logo em seguida, Cregan levou a adaga até os lábios de Jacaerys, fazendo um pequeno corte. Quando entregou a adaga a Jacaerys, o mesmo também repetiu o ato, enquanto encarava os lábios de Cregan. Quando os cortes terminaram, cuidadosamente, Cregan pegou uma das mãos de Jacaerys e a levou até seus lábios. Ele pegou o polegar do jovem príncipe e o passou sobre o sangue, depois misturou o sangue ao seu lábio, fazendo o mesmo em seus próprios lábios.

Jacaerys se sentia confuso, mas eufórico. Ele estava tão próximo a Cregan que podia sentir seu cheiro e o ar quente saindo de sua boca. Seus lábios estavam a milímetros de distância. As mãos de Cregan, que antes estavam em seus lábios e sua mão, agora estavam em cada lado de sua nuca, como se segurassem o príncipe, temendo que ele fosse fugir. Cregan o encarava como se Jacaerys fosse um pecado que ele tivesse vontade de mergulhar e se destruir, e deuses, como ele queria. A cada segundo, seus rostos se aproximavam, sedentos para acabar com o desejo. Então, quando Jacaerys estava pronto para fechar seus olhos e grudar seus lábios aos de Cregan, o mais velho desviou e apoiou sua cabeça no ombro do jovem príncipe, enquanto sua respiração estava pesada. Ele parecia tremer.

Voar sobre seu dragão entre aquelas nuvens soava como liberdade para o menino de cabelos platinados. Parecia que finalmente as coisas estavam voltando para seus lugares, mesmo em meio à guerra. Ele estava mais do que satisfeito em saber que logo estaria perto de sua família. Depois de tantos anos e poucas visitas, finalmente ficaria permanentemente perto deles, exceto se Rhaenyra decidisse confiná-lo em Vilavelha. Não que ela tivesse muitos motivos; afinal, ele foi pouco ativo durante o breve reinado de Aegon.

Daeron sentia o vento bater em seu rosto fortemente enquanto seu dragão rugia, rasgando os céus e fazendo manobras que o faziam soltar algumas gargalhadas. Ele sempre foi um menino muito doce e amigável. Às vezes, seus parentes por parte de mãe falavam que ele chegava a ser "doce" demais. Por isso, sua mãe o mandou para Vilavelha. Agora, com 17 anos, ele entendia o que seus tios queriam dizer. Sua mãe viu que Daeron era um pouco diferente dos outros meninos. Daeron nunca gostou muito das meninas; na verdade, sua preferência sempre foi por meninos. Inicialmente, sua mãe não fez muito alarde sobre isso e rapidamente o mandou para perto de seus parentes e de sua fé, rezando para que Daeron fosse "curado". Mas isso nunca aconteceu. Pelo contrário, Daeron ainda gostava de meninos, mesmo sendo um seguidor fiel da fé dos Sete. Ele pensava que, apesar de seus interesses, sua mãe amava o pecador e não seus pecados. Ele acreditava fielmente nisso, porque sabia que, em seu subconsciente, jamais gostaria de odiar sua mãe.

Tentando afastar esses pensamentos de sua mente, ele finalmente pôde ver a fortaleza vermelha. Não podia negar que sua barriga dava diversas cambalhotas só de imaginar ficar cara a cara com sua irmã mais velha, Rhaenyra. Pelas notícias, ele soube que, mesmo depois do que Aemond fez, ela apenas o confiou em seus próprios aposentos. Mas ele não sabia até quando ela o toleraria. Suspirando, Daeron puxou as rédeas de seu dragão para que pudessem pousar sobre o amplo pátio. Alguns guardas já o esperavam, e assim que desceu de seu dragão, foi rapidamente guiado até a sala do trono de Ferro.

Ao chegar em frente às grandes portas, um dos guardas fez sua apresentação para Rhaenyra. Quando Daeron entrou no salão, pôde ter um vislumbre de sua irmã sentada sobre o trono de Ferro. Ele tinha se esquecido de como ela era bonita. Estava deslumbrante com seus panos pretos e ricos em joias. Em sua cabeça, a coroa de Jaeharys parecia caber perfeitamente. Seus cabelos prateados estavam trancados e perfeitamente alinhados. Ao seu lado estavam seu tio Daemon e sua irmã Aishae. Daeron não pôde evitar de lançar um sorriso pequeno que foi discretamente retribuído. As poucas vezes que Aishae o visitou, ela sempre foi muito doce, mesmo que os dois não compartilhassem da mesma mãe. Afinal, Aishae era filha da antiga rainha Aemma, mas isso não a impediu de tentar criar laços com ele.

Quando Rhaenyra avistou Daeron, ela não demonstrou nenhuma reação inicialmente, apenas indicou para que ele se aproximasse, o que o rapaz rapidamente fez e logo se ajoelhou diante da nova rainha. Quando ele levantou a cabeça, Rhaenyra ainda o encarava, mas dessa vez começou a falar.

─── Espero que tenha feito uma boa viagem, meu irmão. ─── Daeron arregalou um pouco os olhos, pois esperava que Rhaenyra o tratasse mal, como sua mãe vivia o alertando, mas não, ela não tinha ódio em sua voz, na verdade sua voz era calma e doce.

─── Fiz sim, Vossa Graça. A minha viagem foi tranquila, obrigado pela preocupação. ─── Rhaenyra apenas assentiu com um pequeno aceno antes de se levantar do trono e se aproximar. Ela suspirou meio desconfortável antes de começar a falar.

─── Creio que já saiba que sua presença foi solicitada para seu julgamento, por traição à Herdeira legítima do trono. ─── Daeron não pôde evitar e ficou nervoso a cada palavra, mas ainda assim permaneceu em silêncio. ─── No entanto, você não foi ativo na guerra como seus irmãos, então darei o direito de escolher se será confinado sob vigilância em Vilavelha ou na Fortaleza Vermelha. Poderá sair livremente, mas sempre sob companhia de guardas. ─── Daeron levantou seus olhos surpresos, ele não esperava tal clemência vindo de sua irmã, então rapidamente ele se pôs a responder.

─── Gostaria de permanecer na Fortaleza Vermelha ao lado de minha família, Vossa Graça.

─── Decidido então. ─── Com isso, a rainha Rhaenyra decretou logo, dando ordens aos guardas para levarem Daeron, mas antes que qualquer um dentro da sala fizesse algo, as portas do grande salão foram abertas.

─── Anuncio a chegada do príncipe Jacaerys e do Lorde de Winterfell. ─── Então Daeron viu seu sobrinho passar pela porta junto a um homem alto, mas nenhum deles prendeu a atenção de Daeron como um certo alguém que estava logo atrás.

Então, em seus próprios pensamentos, Daeron falou.

─── Meus dias aqui serão bem mais divertidos.

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▸ ִֶָ 𖦹 ࣪˖ . ⊹ Prometo que o próximo capítulo vai ser bem grande pra recompensar a
demora.

▸ִֶָ 𖦹 ࣪˖ . ⊹ VOTOS E COMENTÁRIOS SÃO APRECIADOS E NECESSÁRIOS!!! Então nunca se esqueçam de fazer, a mão não vai cair amores.<3

▸ ִֶָ 𖦹 ࣪˖ . ⊹ o próximo capítulo vai se passar na visão de diversas pessoas.

▸ ִֶָ 𖦹 ࣪˖ . ⊹ As idades serão alteradas .

▸ ִֶָ 𖦹 ࣪˖ . ⊹ Esses capítulos se passam pelo ato 1, a iniciação do ato 2 vai ser o retorno do Lucerys.

▸ ִֶָ 𖦹 ࣪˖ . ⊹ Espero que alguém tenha notado a referência de um anime que eu fiz! KKKKK

▸ ִֶָ 𖦹 ࣪˖ . ⊹ É isso amores, até o próximo cap<3 bjss

▸ ִֶָ 𖦹 ࣪˖ . ⊹ INCLUSIVE!!! A HISTÓRIA BATEU 2K????gente mt obrigada vcs são uns amores😭😭

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