✦CAPÍTULO 12✦
Bella Sidney
UMA NINFA APARECEU levando eu, Rayssa, Susana e Lúcia para uma das tendas do acampamento, enquanto Pedro era conduzido por um centauro para outra tenda.
Ao entrarmos, reparei quatro camas, um espelho redondo. Atrás da cortina uma espécie de banheiro com uma bacia grande cheia de água e mais três ninfas.
— Olá, me chamo Flora — apresentou-se a ninfa responsável por nos trazer até a tenda. — Essas são Clara, Mary e Lia — disse, apontando para cada uma conforme dizia seus nomes. — Seremos suas criadas.
— Olá! — dissemos em uníssono.
— Olá — responderam as ninfas fazendo reverência.
Lúcia foi a primeira a ser levada até a banheira para tomar banho. Minutos se passaram até que Lúcia voltou e então foi a minha vez. Depois que saí do banho vi a ninfa Lia segurando um vestido longo roxo, de mangas compridas com uma fitinha que permitia apertar na cintura.
— Que lindo! — Admirei o vestido.
— É o da senhorita — disse Lia.
— Sério? — indaguei surpresa. A ninfa balançou a cabeça e sorriu. Toquei no vestido, sentindo sua maciez e abri um sorriso.
Lia me ajudou a colocar o vestido e arrumou meu cabelo em uma trança.
— Nossa! — falei ao me olhar no espelho. Aquela nem parecia ser eu. O vestido estava combinando perfeitamente com o cabelo. — Está lindo, obrigada.
— Apenas fiz o meu trabalho.
— Está linda — disse Rayssa.
Rayssa usava um vestido de algodão azul escuro longo, de mangas compridas que continha um detalhe prata saindo da manga. E seu cabelo estava preso de várias tranças, prendendo algumas mechas em cada lado, deixando uma parte do cabelo solto.
— Uau! Vocês estão lindas — elogiou Lúcia que usava um vestido cinza longo, de mangas compridas e com o cabelo preso por duas mechas laterais.
— Você quem está, pequena — respondi, lhe abraçando de lado.
Susana se juntou a nós com um vestido verde longo.
— O que acham de darmos uma volta pelo acampamento? — sugeri e olhei para Lúcia que abriu um largo sorriso.
— Ótima ideia! — respondeu Rayssa.
— Podem ir na frente — disse Susana. — Lúcia e eu vamos daqui a pouco.
— Tudo bem.
Saímos da tenda. Conforme passávamos as criaturas nos saudavam com um aceno de cabeça.
Subimos até uma montanha que tinha uma vista maravilhosa.
— Nárnia é simplesmente incrível!
— Estou feliz por estar aqui — disse Raysa.
Me peguei pensando em tudo que já havíamos passado. Era um novo mundo com mágica, criaturas que falavam e uma feiticeira que nos queria mortos. Por mais assustador que parecesse, sentia que estava no lugar certo.
— Eu também.
Rayssa Sidney
MEU OLHAR ESTAVA concentrado no horizonte de Nárnia. Era uma vista de tirar o fôlego, até que algo chamou minha atenção.
— O que é aquilo? — perguntei.
— É o Castelo de Cair Paravel — respondeu uma voz grossa atrás de nós, nos fazendo virar.
— Aslam! — exclamamos juntas e fomos abraçá-lo.
— Olá — disse sorrindo. — Como estão?
— Ótimas.
— Apreciando um pouco a vista.
— Que bom — disse Aslam.
Ficamos fazendo carinho nele que por alguma razão me tranquilizava. Sei que não o conhecíamos a muito tempo, mas era como se já o conhecêssemos.
Permanecemos ali até que lembrei de algo.
— Aslam, posso lhe fazer uma pergunta? — perguntei, um tanto receosa.
— Mas é claro — disse de forma tranquila.
— Você sabe que acreditamos e seguimos a um Deus, não sabe?
— Sim. Por que a pergunta?
Engoli em seco, pensando na melhor forma de perguntar aquilo.
— Neste mundo, você é Jesus Cristo?
Aslam ficou em silêncio por um tempo e pensei que tivesse dito besteira.
— Sim, eu sou Jesus Cristo — respondeu.
— Eu sabia!
— Por que não contou aos outros? — indagou Bella.
— Porque ainda não é chegada a hora — respondeu Aslam.
— Como assim?
— Em seu mundo, Pedro, Susana, Edmundo e Lúcia ainda não me conhecem como vocês me conhecem. Mesmo aqui em Nárnia, ainda estão me conhecendo. — disse o Leão.
— Ainda não entendi — falei.
— Para que me conheçam em seu mundo é preciso que me conheçam aqui para me reconhecerem lá — explicou o Leão e tudo pareceu clarear em minha mente. — Agora quero que me façam um favor — disse Aslam.
— O que quiser — disse Bella, prontamente.
— Não digam a ninguém que sou Jesus neste mundo, pelo menos não até que os Pevensie me conheçam. — Pediu. — E quando chegar a hora certa poderão dizer.
— É como sabemos a hora certa? — indaguei.
— Vão saber — afirmou ele. — Podem me fazer este favor?
— Sim — respondemos juntas.
— Obrigado. — Agradeceu.
Era incrível como o seu olhar e a sua voz transmitiam paz. Mesmo sendo tão grande e poderoso, ele era gentil e nos fazia sentir em segurança.
Já estávamos indo embora quando Aslam disse:
— Podem pedir para Pedro vir aqui em cima? Preciso falar com ele.
— Claro! — respondeu Bella.
— Obrigado. — Sorriu.
Descemos a montanha.
— Você pode ir atrás das meninas que eu vou atrás de Pedro — disse Bella.
— Está bem. Até mais. — Me despedi.
Fui atrás das meninas, olhando ao redor do acampamento. As encontrei perto de um rio.
— O que estão fazendo? — perguntei, me aproximando.
— Apenas conversando — respondeu Lúcia.
— Onde estava? E onde está Bella? — quis saber Susana.
— Estávamos conversando com Aslam e Bella foi atrás de Pedro. — Lhes contei.
— Atrás de Pedro? — perguntou Susana.
— Sim. — Confirmei, dando de ombros.
Susana olhou para Lúcia com um olhar sapeca.
— Acho que temos uma cunhada Lu.— As duas riram.
— Não é nada disso que está pensando Susana — expliquei, rindo. — Aslam nos pediu para chamá-lo, porque queria conversar com ele.
— Sei. Mas temos que admitir que eles estão bem próximos — comentou Susana.
— Sim! — exclamou Lúcia.
— Bom, tenho que concordar com vocês. — Sorri, pensando na possibilidade. — Será que eles se gostam?
— Com certeza se gostam. — Afirmou Susana.
— Assim como você e Edmundo — disse Lúcia, me fazendo arregalar os olhos. As duas Pevensie riram.
— Edmundo e eu? Não, isso é impossível. Nós dois mal nos aguentamos um perto do outro — falei.
— É assim que o amor começa — provocou Lúcia.
— Não há amor algum — eu disse, irritada.
— Olha Lú, ela ficou irritada — provocou Susana. — Olha Edmundo tem esse jeito durão, mas ele é um bom menino. Tenho certeza de que formariam um belo casal.
— Vocês têm noção do que estão dizendo? — Perguntei, me sentindo desesperada para acabar com aquela conversa. — Eu não gosto dele e ele não gosta de mim.
— Gosta sim! — disseram as duas.
— Não gosto.
— Gosta sim.
— Não gosto! — exclamei, jogando água nas duas.
— Ah é guerra? — perguntou Susana com ar brincalhão. — Então toma!
A Pevensie mais velha jogou água em mim começando assim uma guerra de água. Joguei água em Lúcia, que jogou em mim e depois em Susana. Susana jogou água em Lúcia e as duas jogaram água em mim.
— Isso não vale — falei rindo.
— Vale sim. — disseram elas, rindo.
Continua...
As emoções estão aumentandoooo.
Não esqueçam aquele cometário e votem para ajudar.
Até o próximo capítulo. Deus os abençoe.
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