# 𝐬𝐞𝐯𝐞𝐧
Juro pra vocês que queria atualizar essa bomba ontem, mas eu peguei uma gripe da puta que pariu que não me deixava nem abrir o olho direito e também ocorreram imprevistos bem chatos, então só consegui terminar HOJE!!!
Olha, vou falar pra vocês aqui, agradeçam a inukwa porque se ela me falasse que era melhor deixar o hot pra outro capítulo, eu realmente faria isso KSKSKSKSKKSKS bom, não chega a ser uma cena de escritor profissional, mas tentei, de qualquer forma, pretendo melhorar!
Eu tava dopada escrevendo boa parte do capítulo e na revisão também, então peço desculpas se tiver alguma coisa errada ou detalhes desnecessários.
Espero que gostem do capítulo, não esqueçam de votar, comentar e dar o feedback no final. ♡
Boa leitura!
CW: Conteúdo sexual, consumo de bebidas alcóolicas e drogas ilícitas.
[Nome]
Meus pés subiam degrau por degrau enquanto minha canhota se unia com a de Takashi, que não perdeu tempo em usar a mão livre para acariciar a parte traseira de minha coxa, sendo o motivo causador do arrepio abraçando minha pele. Chegamos no primeiro corredor, sem enrolação para alcançar um dos banheiros, sendo eu a primeira a entrar.
O mais velho trancou a porta antes de segurar meu rosto entre suas mãos e colar nossas testas, propositalmente enrolando para me beijar, na intenção de me deixar ainda mais ansiosa. Nossos lábios roçavam vagarosamente, junto à ponta de nossos narizes, o que já fazia a sensação eufórica fervilhar em meu interior como um vulcão prestes a entrar em erupção. Senti o mármore gelado em minhas costas, no mesmo instante que meu lábio inferior foi mordido, me tirando um arfar, mas não teve continuidade.
Suas mãos agarraram minha cintura com firmeza e logo fui sentada na pia, tendo os quadris dele em meio às minhas pernas. Automaticamente o apertei com minhas coxas, deixando minhas mãos deslizarem pela camisa abotoada, a mesma que eu ansiava para arrancá-la dele. Meu pescoço começou a ser tomado por selares e mordidas, em seguida, minha cabeça se inclinou para trás quando ele puxou os fios de minha nuca e assim dei mais passagem livre para ele continuar. Aproveitei para deixar meus dedos trabalharem na abertura dos botões, ele não pareceu se importar quando percebeu.
Suas mãos ferozes puxaram meu quadril para frente, deixando minha intimidade coberta pelo body colada ao volume dele. Não tive tempo de comentar absolutamente nada, ele tomou meus lábios com tanta fome que foi impossível não liberar um gemido. A mão sedenta agarrou um de meus seios e apertou-o, ainda cuidadosamente para não me machucar, enquanto sua língua deslizava com lentidão e desejo contra a minha, mostrando só com aquela atitude o quanto ele estava se segurando desde a vez que relembramos do gosto de nosso beijo.
Novamente, meu lábio inferior recebeu uma mordida, sequer encerrando o beijo quando seus dentes o soltaram. A cada movimento, nosso desejo acendia um fogo maior e invisível, que somente nós dois conseguíamos ver, mas que estava aqui entre nós. A camisa dele finalmente foi aberta, deixando seu peitoral e abdômen tatuados, mais uma vez, visíveis aos meus olhos. Tive que separar nossos lábios para poder ter essa visão tão formidável que facilmente poderia ser uma das oito maravilhas do mundo.
Minha respiração estava um pouco ofegante pelo beijo afoito, enquanto meus olhos passeavam pela anatomia magra do arroxeado, mas que ainda mostrava perfeitas definições e algumas cicatrizes que provavelmente conseguiu por brigas no trabalho, ou quem sabe na adolescência. Eu não devia pensar assim, mas isso conseguia deixá-lo mais gostoso.
Um gemido fugiu de minha boca quando ele puxou as madeixas de minha nuca novamente, me forçando a olhar em seus olhos, com os lábios próximos dos meus.
— Eu tô muito afim de te chupar — ele dispara, deixando a sensação vibrante em meu corpo se enfurecer.
— O que tá te impedindo de fazer isso? — rebato, repousando as mãos em sua cintura.
Ele atacou meus lábios mais uma vez, descaradamente levando uma de suas mãos até o meio de minhas pernas, encontrando o caminho fechado, mas abrindo-o com facilidade e deixando-o finalmente liberto para que ele fosse tão bem recebido. Seus dedos, médio e anelar, começaram a deslizar pela cavidade molhada, tirando o previsível gemido que se abafou contra sua boca graças ao ósculo intenso e excitante, finalmente enterrando-os para dentro.
Não consegui mais acompanhá-lo dessa vez, tive que tombar minha cabeça para trás para que minha voz manhosa fosse ecoada por aquele banheiro, mostrá-lo como ele estava me deixando além da lubrificação que já o dava certeza. Eu queria enlouquecer o máximo possível, e com ele.
— Isso… — ele sussurra em meu ouvido, começando um movimento lento com os dedos — Eu quero te ouvir, [Nome].
Revirei meus olhos e arqueei as costas quando os dedos seguiram em formato de um gancho, sendo impossível para eu conseguir me segurar mesmo se eu quisesse. Eu precisava de mais, queria que ele me oferecesse mais, assim como eu queria dar tudo de mim para ele. Me entregar e deixar suas mãos tomarem poder de meu corpo, como se eu fosse acabar me derretendo como açúcar.
Não quis deixar as coisas menos justas, eu tinha em mente que ele estava tão excitado quanto eu agora, e então, tratei de levar uma de minhas mãos até o ponto que eu queria encontrar. Takashi arfou quando recebeu o aperto leve de minha mão em seu pau ereto, tão carente por alguma atenção, e o que mais me satisfez foi seus olhos se fechando quando comecei a esfregar a palma no volume, que parecia que estava prestes a explodir se não se livrasse das peças logo.
— [Nome]... — ele deixa escapar, fixando meus olhos como se não quisesse perder nenhuma expressão minha.
— Você não quer? — provoco.
— Não tá vendo que tá duro como pedra? — nós dois rimos com a besteira que foge de sua boca, mesmo em um momento como esse — Olha como você tá me deixando, porra.
— É bom saber que você continua tão fácil de controlar.
— E é bom saber que você continua tão fácil de se entregar pra mim.
Takashi bruscamente me empurra para pressionar as costas no espelho, o que fez minha mão se distanciar de sua ereção, logo em seguida minha saia é puxada para cima, ficando mais fácil para ele seguir com o que planejava antes. Não tive mais seus dedos mergulhados em minhas paredes, contudo, já soube que não demoraria para ganhar atenção no mesmo lugar novamente quando o vi se ajoelhar e abrir mais as minhas pernas.
Seus olhos repousaram em meu rosto, me analisando assistir cada um de seus movimentos até que sua boca se aproximasse, não tendo cerimônias para chocá-la contra a minha entrada, novamente me tirando um gemido alto, me apressei para apertar seus fios com meus dedos, fazendo o rosto dele se enterrar mais entre minhas pernas.
A língua circulava meu clitóris e passeava por toda a cavidade molhada, parecendo me saborear como se eu fosse seu doce favorito. Ele fazia questão de deixar visível a vontade que estava guardada dentro dele, devorando e lambendo meu íntimo sem me dar alguma chance de respirar. Meu gemido saiu mais manhoso quando ele sugou meu clitóris, novamente me fazendo arquear as costas, enquanto minhas pernas tremeram um pouco pela pressão e sensibilidade que formigava em meu sangue.
— Cacete, você é linda, [Nome] — ele comenta, parando por um momento com o oral só para proferir aquelas palavras, mas continuou — Você é tão doce… Eu quero mais.
Soube que ele não me deixaria falar, ele voltou a trabalhar com sua boca em minha intimidade, fazendo eu me perder cada vez mais que sua língua se movimentava em meu ponto sensível, dando sinais de que melhoraria a cada segundo. Eu continuava a gemer cada vez mais alto, pressionava o rosto dele para mostrar que eu não queria que ele parasse até que eu atingisse meu tão esperado clímax.
Chegava a ser ridículo como Takashi conseguia fazer isso tão bem, além de ser capaz de aumentar meu prazer a cada movimento preciso de sua língua, deixando a explosão eufórica crescente se tornar um incêndio dentro de mim, uma lava borbulhante que chegaria em minha alma e fizesse eu me desmanchar completamente, para assim ele sentir meu gosto e se viciar. Mais do que antes.
As orbes púrpuras não se importam de queimar em meu rosto, embora soubesse que um novo rubor era criado a cada segundo que nossos olhos se encontravam, só me fazendo pensar que ele se castigaria pra sempre se perdesse qualquer mudança de expressão minha. Suas mãos apertavam minhas coxas, me levando a deduzir que as marcas ficariam aparentes mais tarde, provavelmente junto com a dor, mas eu sei que a partir do momento que eu me lembrar da causa dela, eu me sentiria melhor ainda por saber que o responsável é ele.
— T-Taka… Oh, meu Deus! — não contenho minha voz, preenchida por um prazer extremo.
Takashi deslizou a língua lentamente por minha entrada até chegar ao clitóris, movimentando em um ritmo circular com a ponta do músculo, igualmente, molhado, não deixando de sugá-lo mais uma vez e soltá-lo após, sendo o motivo causador do tremor em minhas pernas junto do arrepio que abraçava minha pele e subia de meus pés aos ombros como um rastro.
— Você tá quase gozando, não é, sua pervertida? — ele provoca, parecendo convencido pelo sorriso coberto de malícia ao ver como estava a minha situação.
Mal consegui dizer alguma coisa, eu estava tão desorientada e enterrada em meu prazer que qualquer coisa a ser dita não me causaria um efeito maior do que a língua dele. Ele continuou, cada vez mais intenso e com uma velocidade menor que antes agora, na intenção de fazer daquilo uma grande tortura pra mim, contudo, o ritmo começou a se tornar frenético, fazendo a pulsação em meu clitóris ficar mais evidente, junto do frio que se formava em meu ventre.
Meus gemidos fizeram a sensação satisfatória tomar ainda mais poder quando senti meu orgasmo se aproximando, e assim minhas pálpebras se fecharam com força. A sensação era desesperadamente prazerosa, tão gritante e borbulhante que me fazia questionar a última vez que me senti assim me relacionando com outra pessoa. Minha cabeça começou a girar, seguido da sensação extremamente relaxante que se espalhava em meu interior, causando uma série de espasmos em meu corpo, indicando que eu finalmente cheguei ao meu ápice.
Senti a boca de Takashi sugar ainda mais para não deixar qualquer resquício para trás, me tirando um gemido trêmulo pela sensibilidade maior do que antes. Quando olhei ao seu rosto mais uma vez, enquanto deixava minha respiração ofegante sair, consegui vê-lo passar a língua entre os lábios, retirando o excesso do meu orgasmo.
O arroxeado se colocou de pé na minha frente mais uma vez, agarrando minhas madeixas com os dedos, enfim colando a boca na minha, me dando alguns vestígios de meu próprio gosto, mas não me importei. O volume parecia querer escapar de sua calça, eu o sentia em minha intimidade descoberta, e tudo o que me fez pensar é em como ele estava implorando mentalmente por alguma atenção.
É minha vez agora.
Minha mão invadiu o espaço que unia nossas partes, apertando a ereção. Isso tirou um gemido baixo dele enquanto o ósculo tomava uma intensificação maior, me fazendo ter ainda mais vontade de prosseguir só para assisti-lo sentindo um prazer tão bom quanto eu senti. Queria fazer isso tão bem quanto ele, para que sua mente jamais se esquecesse de como eu ainda sei usar a minha língua muito bem e satisfazê-lo.
Ousei adentrar a cueca, encontrando a extensão rígida e abraçando-a com meus dedos, pude senti-lo estremecer um pouco, talvez pela sensibilidade que seu corpo estava sentindo, contando que também estava chapado de erva. Quando meu polegar alcançou sua glande, senti minha nuca ser apertada e o ar faltar devido ao beijo começando a acelerar ainda mais, a sua outra mão não economizou na força do aperto em minha cintura, resultando no meu gemido sair junto com o dele.
Sem quebrar o beijo, desci da pia, colando meu tronco ao dele e fazendo-o encostar no mármore, ele pareceu nem se importar em seguir minhas silenciosas instruções, talvez tendo em mente o que eu faria e apenas não querendo estragar o momento. Minha mão se movia para cima e para baixo em um ritmo lento, sabendo que isso estava deixando-o cada vez mais louco e ansioso para os próximos passos, além de não conseguir conter os sons baixos e roucos que escapavam de sua garganta.
Nossas bocas se distanciaram quando fui descendo a minha pelo pescoço e trilhando pelo peitoral, ao mesmo tempo que colocava o membro para fora da peça, melhorando o acesso, e então, finalmente me ajoelhei, não querendo enrolar nem mais um minuto desta vez, abocanhei a rigidez que já estava em um tamanho absurdo, e pela surpresa nítida, Takashi liberou um gemido falho, ofegando e fechando os olhos, seguidamente tombando a cabeça para trás, não deixando passar despercebido o prazer ardente que cobria cada parte de seu rosto.
Meu cabelo foi segurado de forma desajeitada por sua destra, agora com os olhos fixos em meu rosto, os olhos brilhantes vidrados na cena de minha boca chupando seu pau, nem mesmo se importando em empurrar minha cabeça um pouco para frente, atingindo a glande em minha garganta, o que acabou provocando algumas lágrimas que com certeza fariam minha maquiagem borrar se ele continuasse a fazer isso, contudo, não é como se eu achasse isso ruim.
Minha língua circulava a ponta quando o comprimento era retirado devagar de minha boca durante o boquete, para logo voltar a cobri-lo. Takashi moveu seu quadril e novamente alcançou minha garganta, quase me fazendo engasgar, e mais uma vez meus olhos arderam com as lágrimas prestes a sair, me fazendo fechar os olhos enquanto minhas mãos agarravam seus quadris com certa força.
— Porra… — ele ofega, deixando seus lábios entreabertos enquanto me assistia, nitidamente adorando a sensação.
Continuei a mover a língua cada vez que eu fazia minha cabeça ir para frente e para trás, por impulso cravei minhas unhas em sua pele, ouvindo a respiração começar a tomar uma intensidade maior e mais ofegante. Eu não economizava em nenhum dos movimentos, nem tão rápido e também nem tão lento, na medida certa para que ele se excitasse cada vez mais e enfim chegasse ao ápice por minha causa. Por causa de minha boca chupando seu pau com tanta vontade.
Repentinamente, senti o polegar passar pelo lado esquerdo de minha bochecha, expulsando a lágrima que deslizou pela pele, e mesmo sendo um ato tão simples, ainda sim conseguiu fazer meu interior formigar devido as borboletas dançantes em meu estômago.
A vibração em minha bolsa no mármore da pia chamou nossa atenção, todavia, não foi motivo para me fazer parar, da mesma forma que ele também não pareceu se importar até a terceira vez que o aparelho continuou vibrando, talvez percebendo a insistência de, seja lá quem fosse.
— Seu celular tá tocando — ele disse, ainda um pouco ofegante.
Retirei a extensão de minha boca para respondê-lo, contudo, continuei com a mão.
— Vê quem é — peço.
— Mas… — ele parece um tanto perdido agora, aparentemente sem saber se prestava atenção no que minha mão está fazendo ou em nossa conversa repentina no meio do momento glorioso — Não seria invasão de privacidade?
— Não quando eu tô autorizando.
Ainda alheio pelo prazer, ele abre o zíper de minha bolsa, liberando mais um gemido ofegante quando eu volto ao trabalho com minha boca, e então, conseguiu achar meu celular e finalmente ver o que a tela mostrava. Percebi suas sobrancelhas cerradas assim que seus olhos analisaram, não demorando para virar o aparelho e me mostrar.
Meu pai estava ligando.
Imediatamente parei com o que eu fazia, mais uma vez, mas não consegui impedir um sorriso travesso em meus lábios.
— Atenda e dê a ele o efeito que só você consegue fazê-lo sentir. Deixa no viva-voz pra eu ouvir.
O arroxeado arregalou levemente os olhos, parecendo não acreditar no meu pedido assim que entendeu o que eu queria dizer. Não dei tempo para ele falar alguma coisa, eu voltei a chupá-lo com a mesma necessidade apavorante que crescia dentro de mim, e pelo calor do momento ele parecia mal conseguir me impedir de alguma coisa agora. Finalmente atendeu.
— Filha? — a voz fria do homem sai pelas entradas de som do celular.
— Oi… Não é a sua filha — Takashi tenta manter sua voz firme.
— Oh… Desculpe, com quem eu falo? O celular deveria estar com ela.
Takashi comprimiu os lábios pela sensação eufórica de minha boca prosseguindo o ato, acabando por demorar a responder o mais velho, contudo, um sorriso cheio de satisfação preencheu seus lábios, e eu sabia que o motivo disso é pela repulsa que meu pai sempre sentiu quando o envolvia, desde o momento que nós dois viramos amigos, piorando quando essa amizade coloriu.
Já sabíamos que ele provavelmente não reconheceria Takashi só pela voz no momento atual, visto que a última vez que os dois se encontraram, o arroxeado estava com seus dezessete anos.
— Sua filha não pode falar — o garoto responde — Ela tá com a boca bem cheia agora.
— Como é?
Agora, eu não sabia se queria rir ou se apenas continuava a me concentrar no que eu fazia, todavia, optei pela segunda opção sem esforços, conseguindo sentir os resquícios do pré-gozo em minha língua.
— Foi um prazer falar com você de novo, senhor O’Connell — dá ênfase no “prazer”, desligando antes de obter uma resposta.
O mais velho guardou meu celular de volta na bolsa, ofegante e sorridente enquanto a mão agarrava minha nuca mais uma vez, conforme eu continuava e deixava a saliva escorrer um pouco pela extensão extremamente lubrificada, não só pela excitação, mas pelo tanto que minha língua repetiu os movimentos que ele tanto gosta. As veias começavam a ficar mais evidentes a cada minuto que se passava, e então, a respiração tomou um ritmo mais rápido, junto com o movimento dos quadris, me levando a deduzir que estava prestes a gozar.
Intensifiquei a pressão da minha língua na glande para que ele pudesse sentir a sensação cada vez melhor, resultando em mais lágrimas serem liberadas de meus olhos conforme seu pau surrava minha cavidade bucal. O líquido viscoso finalmente foi expulso e espalhado em minha língua, fazendo o gemido rouco ecoar pelo banheiro enquanto mantinha os olhos fechados, no mesmo instante que pressionava o membro cada vez mais na entrada que ainda o acolhia, até de fato finalizar, me fazendo engolir cada gota.
Retirei de minha boca, deixando minha respiração ofegante sair, ele não se encontrava em uma posição diferente da minha. Estava tão sensível, e eu… Me sentia até orgulhosa de mim mesma por tê-lo deixado desorientado só com um boquete.
— Desculpa… — ele disse, me ajudando a levantar e passando o polegar pelo canto de meus lábios, limpando o resquício de esperma.
Takashi colocou seu membro de volta para dentro da cueca, ajeitando a calça de forma correta após, aproveitei para me afastar e pegar um pedaço de papel higiênico ao lado do vaso sanitário, ainda cambaleando um pouco visto que eu conseguia sentir como se a língua dele ainda estivesse pressionada em minha intimidade, não demorando para me limpar, jogando no lixo e ajeitando minhas roupas seguidamente.
— Tudo bem? — ele pergunta, atraindo minha atenção — Você não fez isso só pra me agradar, né?
— Claro que não — sorri minimamente, me aproximando e deixando minhas mãos pressionadas em seus ombros — Eu também quis, fica tranquilo.
O mais velho assentiu, começando a abotoar a camisa novamente, deixando três deles abertos para que não se sentisse tão sufocado, visto que só terminaram perto da garganta.
— Seu pai provavelmente vai falar muito na sua orelha — ele libera um riso nasal, rodeando os braços em minha cintura — Principalmente quando descobrir que fui eu.
— Eu não ligo. Ele não pode mais ter controle do que eu faço na minha vida — afirmo — Como também não pode decidir com quem eu fico ou não.
Takashi levou a canhota até meu rosto, encostando a testa na minha, não se importando em me beijar. Tenho certeza que se fosse um cara que não se garante, mal teria encostado a boca na minha depois de um boquete. Eu retribuí o beijo, agora sem segundas intenções, um beijo apenas por ser bom e por simplesmente termos vontade.
Quando a distância se fez presente de novo, ele fixa meus olhos.
— Não quero ter que transar com você em um banheiro da casa do seu amigo — ele disse, sorrindo de canto.
— Na próxima, me arrasta pra uma cama — respondo, deixando um sorriso mínimo surgir — E de preferência, que seja a sua.
— Combinado — ele sussurra, segurando meu rosto com ambas as mãos — Vamos voltar? Não pretendo ir embora agora.
Assenti, pegando minhas coisas, logo ele se afastou enquanto segurava minha mão ao destrancar a porta, o segui para fora, passando pelo corredor e descendo as escadas até chegarmos no andar de baixo. Algumas pessoas caminhavam em grupos enquanto bebiam, já outras estavam dançando ou beijando alguém. De longe, consegui ver Keisuke pressionando Chifuyu contra a parede, ambos no próprio mundo aos beijos, deixando nítido que não queriam ser interrompidos. Takashi me puxou para ir com ele até a cozinha, fazendo com que alguns olhares fossem atraídos em nossa direção. Soube que eram por dois motivos, e um deles não me agradava.
Sabia que também não o deixava confortável quando se lembrava.
Ao chegarmos, parte de nossos amigos se encontravam no cômodo vasto com alguns desconhecidos que apenas estavam presentes pegando e preparando bebidas, da mesma forma que compartilhavam um pouco de alguns ilícitos. O dono da festa não estava aqui, deduzi que provavelmente estava com alguém. Inui estava em frente de Senju, esta que estava encostada no balcão com os cotovelos apoiados neste, ambos riam enquanto conversavam e bebiam. Draken e Emma também estavam próximos, as mãos da loira brincando com a camiseta do mais alto, enquanto os braços fortes rodeavam a cintura dela, contudo, apenas conversavam.
Hakkai estava distante e inclinado sobre a mesa, preparando duas carreiras de pó. Imediatamente desviei o olhar para evitar assistir a cena, suspirando pesadamente, mas conseguindo me concentrar no gummy em minha frente. Não pensei muito antes de pegar um dos copos e mergulhar na bebida avermelhada e repleta de doces da marca fini, seguidamente dando um gole. O gosto adocicado preencheu minha língua e desceu pela minha garganta, tinha em mente que beber mais um copo não seria a melhor opção, visto que além de extremamente doce, com certeza efeito do álcool bateria muito rápido.
— Cuidado, [Nome]... Isso aí pode estar batizado — Takashi aconselha, usando o abridor para expulsar a tampa de sua garrafa de Askov black.
— Eu com certeza não vou beber tanto. Se eu ver o Mikey, posso dar a bebida pra ele. Nunca vi alguém gostar tanto de doce assim.
— Ele sempre gostou — o arroxeado comenta, sorrindo minimamente — Desde criança, lembra?
— É verdade — libero uma risada fraca — As vezes fico preocupada que ele pegue uma diabete comendo tanto doce assim.
— Falando no Diabo — Takashi aponta com a cabeça para algum ponto, me fazendo olhar na mesma direção.
O Sano adentrava a cozinha segurando a mão de Arya. Acabei me amaldiçoando quando me lembrei da brincadeira de mais cedo, sabendo que os sons ficariam na minha cabeça por um tempo. Desviei o olhar, dando mais um gole na bebida doce, finalmente sentindo o loiro próximo de nós e, como o esperado, mergulhar o copo que pegou na bebida.
— Se você passar mal… — Arya começa.
— Eu não vou passar mal, não — estala a língua, dando um gole após.
— Tá doce pra caralho — comento, assim que ele engole.
— Nha, eu gosto — dá de ombros — Acho que vou dar um mergulho daqui a pouco.
— Eu vou com você — a garota fala, Mikey assente.
Nós quatro seguimos bebendo e conversando até o casal se afastar, me deixando sozinha com Takashi mais uma vez. Eu não bebi tudo, tendo em vista que já começava a ficar enjoada com toda aquela bomba de açúcar, diferente do arroxeado que só parou quando terminou a segunda garrafa de Askov do mesmo sabor. Eu sabia que ele não ficaria tão bêbado, devido a sua força com álcool.
U&I, The Neighbourhood fazia as paredes tremerem, a vibração em meu corpo voltou a formigar quando eu e Takashi nos juntamos em meio às pessoas dançantes. O busto pressionou ao meu dorso, fazendo questão de colar os quadris em minha bunda, um dos braços envolveu minha cintura, logo deixei a movimentação tomar conta de meu corpo, dançando colada com o arroxeado, que já recebia meu braço entorno de sua nuca.
— Por que eu tenho a impressão de que você não tava me procurando antes? — ouso perguntar, próximo dele para que me escutasse, sem encerrar a dança.
— Eu realmente tava, mas acabei encontrando outra pessoa — responde, próximo de meu ouvido — Não quis fazer nada com ela, antes que pense qualquer coisa.
— Por que não saiu pra me procurar depois?
— Eu sabia que você também não transaria com qualquer pessoa que te encontrasse… Não esqueci que você não gosta de sexo casual.
Ele tem um ponto.
Talvez eu estivesse pensando coisas, mas me pareceu que algo no olhar dele mudou quando me viu com Hakkai. Não sei dizer se ele não havia gostado, se apenas achou estranho ou se até ficou um pouco chateado por não ter me encontrado primeiro. Ou se fosse as três opções juntas.
Meus olhos rolaram por cada canto do cômodo abafado pelas pessoas, as luzes das LED’s se alternando entre rosa, azul vermelho e roxo fazia com que eu tivesse mínima dificuldade de enxergar, contudo, consegui reconhecer a figura do Shiba encostado na parede enquanto bebia de sua garrafa. Não consegui decifrar qual bebida é, a única coisa que eu soube é que ele estava com os olhos bem fixos na minha dança com seu melhor amigo. Ele assistia com atenção meus movimentos com Takashi enquanto bebia, não escondendo o sorriso de canto quando percebeu que eu também o encarava. Talvez Takashi também.
— Eu também sei que Hakkai jamais tentaria alguma coisa com você — o mais velho afirma — Até porque… Bem, ele não é maluco.
— É do Hakkai que estamos falando — sorri, desviando o olhar para Takashi — Além do respeito que tem por mim, também tem por você.
Fui virada para ficar com o busto junto ao dele, tão colada que podia sentir as batidas calmas de seu coração. Suas íris mergulharam nas minhas como duas cores misturadas em um pincel, que ganharam vida através de nossos sorrisos sinceros, em uma festa, em meio a um bando de pessoas bêbadas e drogadas. Embora nós dois não estivéssemos tão sóbrios agora, ainda conseguíamos ter plena consciência e controle. Ainda nos lembraríamos de tudo no amanhã.
— Você é linda, [Nome]. Não me surpreenderia se ele quisesse você, mesmo que eu confie nele de olhos fechados — comenta.
— Não importa — imediatamente respondo — Takashi, deixa isso pra lá. Entende que eu quero ficar com você, tá bom?
Ele ficou mudo. Senti por um segundo que falei uma barbaridade, contudo eu soube que não. Ele não estaria perdendo seu tempo comigo se também não quisesse, nem mesmo cogitaria em me procurar se suas intenções não fossem se aproximar de mim mais uma vez. Estávamos em um barco mais firme do que antes, sem chances de alguém afundá-lo, porque eu não deixaria.
Eu não podia deixar algo assim ficar fora da minha vida. Não podia deixá-lo partir mais uma vez.
— [Nome] — seu tom parece mais apreensivo — Eu tenho medo que você me veja como me vejam.
— Isso aconteceu alguma vez?
— Eu não sei, [Nome]. Não sei se um dia você pode acabar enxergando a realidade, mas eu acredito que sim. Acredito que uma hora você vai ver, eu só não quero que isso aconteça tão cedo — ele desabafa, parecendo carregar peso em cada uma de suas palavras.
Não foi nem um pouco adorável ouvi-lo dizer que se identificava como uma pessoa ruim. Sei que o que ele faz não é certo, que cometeu erros que nem mesmo eu concorde, que qualquer atitude repugnante seja feita por ele algumas vezes. Contudo, eu ainda acreditava que existia um Takashi de coração mole, em algum lugar, dentro dele.
Embora nosso passado fosse extremamente conturbado, acredito que com a maturidade que temos atualmente, não deixaremos que qualquer coisa estrague. Ele provavelmente iria querer me proteger, mas eu sei me virar.
Já dei conta de muitas coisas sozinha.
— Escuta — começo — Eu não ligo pra merda nenhuma que você faz, se é um traficante que tá na condicional, que provavelmente precisa tomar atitudes que o próprio Diabo se orgulha, mas eu sei porque você tem que fazer isso, Takashi — prossigo, deixando um suspiro sair — Não é porque você quer. Por mais que eu não concorde… Eu não consigo simplesmente esquecer da gente.
Eu sabia que Takashi tinha seus limites, e para continuar até hoje ainda vivo, é porque não os ultrapassou totalmente. Sei que uma hora ele me contaria tudo o que estava rolando, assim que estivesse pronto, mas por enquanto, queria poder sonhar um pouco. Curtir uma versão que não podíamos quando éramos novos demais.
O arroxeado desviou o olhar por alguns segundos, balançando a cabeça em negação, e então, um sorriso de canto se formou em seus lábios antes de liberar um riso nasal. As mãos seguraram meu rosto mais uma vez e como de costume encostou a testa na minha, fixando meus olhos.
— Você é louca.
Eu sorri.
— Por você.
O mais velho me beija quando recebe minha resposta, demonstrando mais carinho do que o comum no ósculo que havia acabado de começar. Os braços envolveram minha cintura cuidadosamente, minhas mãos agarraram a gola de sua camisa, retribuindo o beijo que me dava sensações cada vez mais vibrantes devido aos sentimentos que demonstrávamos, nossas bocas seguiam um ritmo sincronizado.
E foi assim o resto da festa.
Eu e Takashi compartilhamos cada segundo inesquecível dançando, bebendo, fumando e, sempre que tínhamos qualquer oportunidade, estávamos nos ocupando aos beijos. Vez ou outra acompanhávamos nossos amigos em algumas brincadeiras e conversas, para no fim acabarmos sozinhos mais uma vez. Isso resultou na maioria voltar às quatro da manhã, em plena segunda-feira bem fresca para nos enterrar em diversas aulas. Takashi me levou de volta pro dormitório um pouco apressado, justificando que queria que eu não me atrasasse para a aula, o que eu até concordava, visto que meu despertador logo tocaria.
Era estranho me despedir dele, isso me dava a entender que eu só o veria de noite, talvez até mesmo de madrugada se eu estivesse acordada. Uma das grandes desvantagens do trabalho dele.
Não cheguei a dormir, passei os próximos minutos removendo a maquiagem de meu rosto e para depois tomar um banho para me arrumar e ir para a aula, e assim feito. Vestida com o uniforme e com a mochila arrumada, me apressei para ir à cantina, pegando a rotineira garrafa d'água com uma maçã verde, já mordendo um pedaço durante o caminho e bebendo a água, retribuindo alguns cumprimentos durante o caminho até que eu chegasse no prédio de arte, me aproximando do segundo auditório.
As aulas foram um tanto estressantes até o horário do intervalo, devido a falta de sono quase não consegui me concentrar em absolutamente nada, tinha certeza que também era por conta das bebidas que acabei ingerindo ao longo da festa. Akkun não veio para a universidade, diferente de Takuya que, mesmo se encontrando no mesmo estado de decadência que o meu, se esforçou para não esquecer de anotar nada importante. Teria que pedir para ele me passar uma por uma, já que acabei não prestando atenção em algumas coisas.
“Desculpa de novo
por ter te levado tão
tarde.”
“Você me faz perder
a noção do tempo.”
Meus lábios se curvaram em um sorriso mínimo enquanto eu lia a mensagem repetidas vezes durante o caminho à cantina, parando de caminhar apenas para conseguir respondê-lo.
“Foi mais culpa
minha do que sua.
Relaxa!”
“Eu gosto de passar
o tempo com você.”
Bloqueei a tela depois de enviar a mensagem, me apressando para entrar na cantina, que já se encontrava lotada pelos demais estudantes. Sentia que com essa aglomeração eu não teria uma única mesa livre, a não ser que achasse meus amigos. Com essa multidão eu penso ser um pouco difícil.
Peguei um pouco de arroz com três pedaços de nuggets, seguido de um suco de laranja natural e alguns pedaços cortados de maçã, direcionando meu caminho enquanto olhava em volta até conseguir encontrar as meninas. Caminhei até a mesa que estavam sentadas, Arya se afastou um pouco para me dar espaço, e pelo que eu ouvi da conversa, pareciam combinar alguma coisa.
— Fica até mais fácil assim. Podemos ir com o meu carro de manhã cedo, todas juntas — Emma sugere.
— O que eu perdi? — pergunto, deixando a bandeja na mesa quando finalmente me sentei.
— Estamos combinando uma tarde de estudos, e pra não ficar tão cansativo, nós estamos pensando em dormir na casa da Emma e vir pra cá juntas — Senju explica — Você vai, né?
— Por que vocês sempre marcam essas coisas em última hora? — arqueio as sobrancelhas, mergulhando o garfo no arroz — Mas tudo bem. É raro vocês combinarem uma coisa decente.
— Não temos culpa se estamos em uma das melhores fases da universidade — Yuzuha justifica — Temos que aproveitar.
— Claro, claro… — libero um riso nasal.
Dei a primeira garfada na comida junto com o pedaço de nugget, mastigando com calma até conseguir engolir a mistura, dando um gole no suco para que a garganta ficasse um pouco hidratada. Ainda me sentia um pouco mal, mas eu sabia que precisava disso para seguir meu dia. De qualquer forma, eu iria descontar tudo em alguns exercícios quando tivesse um tempo sobrando.
— Vai ser logo depois da aula? — pergunto.
— Sim. Como você e a Yuzu dormem aqui, vou esperar as duas pra irmos juntas — Emma disse.
— E você, Arya? — eu a encaro.
— Eu tenho carro. Também sei onde ela mora — responde.
— Ah, é mesmo! O Mikey mora lá — me recordo só agora, visto que não apareço lá já têm um tempo — Ele vai participar?
— Não, é mais pra gente mesmo — Emma fala novamente — Ele vai estar na casa do Draken, pelo que me disse hoje cedo.
— Saquei. Imagino que você deixou bem claro pro Draken nem sonhar em te ligar essa tarde — comento, alargando meu sorriso.
— Ele sabe que a faculdade é importante pra mim — apoia a cabeça em sua palma, mordendo um pedaço da barra de cereal.
No fim do almoço, ainda tivemos um tempo para conversar um pouco até voltarmos para a aula. As horas pareceram durar uma eternidade, e ainda pensava que eu acabaria tendo algumas dificuldades nessa tarde. Por sorte, consegui alcançar Takuya antes de ir até meu dormitório, este que não se importou de me emprestar seu caderno de anotações, com a condição que eu o devolvesse de manhã cedo.
Emma me acompanhou até chegarmos no quarto, encontrando Yuzuha já arrumando suas coisas, me apressei para fazer o mesmo, tendo que levar uma segunda bolsa para o meu notebook. Aproveitei para checar meu celular durante a caminhada até o carro de Emma, acabando por não prestar atenção no que ela falava com a Shiba.
(Foto)
“Acho que ele
não gostou desse.”
Uma risada fraca fugiu de minha boca quando abri a foto, vislumbrando Liu deitado de barriga para baixo enquanto mordia, ou melhor, destruía um bicho de pelúcia. Alguns pedaços de algodão estavam espalhados, o rabo estava borrado na imagem, o que sinalizava que ele o balançava freneticamente.
“Fala a verdade,
você tava treinando
ele pra um possível
ataque de um assalto
na sua casa.”
Quando saí da conversa, rolei pela tela até parar no nome de meu pai, conseguindo ver exatas vinte e duas chamadas perdidas e quinze mensagens não lidas. Imediatamente lembrei do que aconteceu na festa, e claramente ele poderia estar me jogando mil pragas agora. Eu havia deixado o celular no modo silencioso só para que eu não precisasse passar o mínimo de estresse por hoje, e sabendo que meu querido papai poderia me proporcionar essa sensação tão bem, preferi evitar.
Guardei o celular de volta, encontrando a BMW 320i branca da Sano estacionada logo em frente, tratando de abrir a porta traseira e colocar minhas coisas ao lado, as outras duas sentaram nos assentos livres, Emma no motorista e Yuzuha no passageiro. Durante o caminho, uma conversa aleatória começou, gerando algumas risadas e até mesmo reflexões sem sentido vindas da Shiba. Eu e Emma apenas fingíamos entender, já acostumadas, visto que nossa amiga sempre começava com alguns assuntos que não tínhamos certeza nem se ela própria entendia.
A loira estacionou na garagem assim que o portão foi aberto graças ao controle remoto, com isso saímos quando já nos encontrávamos dentro da vasta área, dando a volta até chegarmos do lado contrário da mansão, a parte onde estavam algumas motos e carros para consertos. Reconheci a figura do irmão mais velho de Emma, Shinichiro, deitado acima de um carro esteira enquanto mexia em algo debaixo de um dos veículos, aparentemente consertando alguma coisa como de costume, contudo, ele apoiou a mão no automóvel para se arrastar à frente assim que ouviu nossos passos.
O de cabelos negros estava sem camiseta, a calça jeans clara tinha manchas pretas igualmente aos seus dedos, envolta da cintura uma blusa xadrez avermelhada estava com as mangas amarradas. Me admirava ele continuar consertando todos esses automóveis mesmo que tivesse chances de trabalhar com uma coisa bem melhor, tendo em vista que deixava transparecer que ele continua trabalhando com isso apenas porque gosta.
— Oi, Shin — Emma se aproxima do mais velho, se inclinando para dar um beijo em sua bochecha.
— Tudo bem? — ele pergunta, se levantando e pegando o pano para limpar suas mãos — Como foi a aula hoje?
— Ah, eu tô bem, e não foi nada fora do comum. Passei o mesmo estresse igual todos os dias — ela responde — Eu marquei com as meninas de estudar, elas também vão dormir aqui pra ser mais fácil de irmos todas juntas pela manhã. Tudo bem?
— Ah, sim. Claro! Me chama se precisar de alguma coisa, tá bem? — ele dá um leve aperto no ombro da irmã.
— Obrigada, Shin — ela sorri minimamente, ele retribui.
O Sano mais velho acenou para mim e Yuzuha com um sorriso amigável,, nós duas retribuímos gentilmente antes de seguir Emma até o quarto dela, lá decidimos arrumar nossas coisas para já começar com algumas anotações enquanto as outras não chegavam, o que não demorou mais que dez minutos até todas estarem enfim reunidas.
Preparei um trabalho para a aula de Estética, organizando página por página em seu devido lugar no documento, tendo que salvar várias vezes pelo receio de perder o arquivo. Tive que alterar repetidamente algumas informações, editar algumas imagens que faziam parte da organização, e claro, usando as anotações de Takuya, as quais me ajudaram ao extremo. O prazo é de dois dias, saber que eu terminaria isso ainda hoje era só mais um sufoco a menos, mesmo que eu ainda precisasse focar em Arte Moderna depois de terminar esse bendito trabalho.
Nada foi dito durante a nossa concentração, o que era até melhor para evitar distrações, de qualquer forma estava um silêncio agradável. Ocorreu de Shinichiro bater na porta enquanto ainda estudávamos, somente para nos deixar um prato com cookies e distribuindo copos com limonadas, nos desejando um bom estudo antes de sair.
Achava fofo como ele se preocupava com o bem estar de Emma e seus amigos.
Eu não comi tanto, no máximo dois biscoitos e metade do suco, me concentrando mais em digitar as palavras corretas e abrir aba por aba para pesquisar as camadas informativas, do que os biscoitos que a maioria das meninas faziam questão de devorar. Emma foi a primeira a terminar, seguido de Arya. Terminei e revisei tudo poucos minutos depois que Senju finalizou, enfim salvando o arquivo e por precaução passando para meu cartão de memória. Hinata e Yuzuha demoraram um pouco até similarmente chegarem ao fim. Vimos só depois que já passava das oito da noite.
Me espreguicei ao me levantar, guardando minhas coisas no lugar junto com as outras, pensando urgente em tomar um banho para relaxar a tensão de meus músculos. Sentar no chão com certeza não foi uma boa ideia.
— Puta merda, eu tô morta — Senju reclama — Ainda bem que falta alguns meses pra terminarmos a faculdade.
— Eu não tô nem um pouco cansada — Emma comenta — Acho que me acostumei tanto com a rotina que já espero até mais três provas amanhã.
— Por favor, não fala isso — Yuzuha arregala os olhos — Não aguento mais sair da faculdade com um pedaço a mais do meu cérebro derretido.
Eu e as meninas liberamos algumas risadas, pegando as peças que trouxemos para dormir, aproveitando para seguir aos banheiros disponíveis da mansão. Entrei na segunda porta à direita, trancando e me livrando do uniforme que já me sufocava, logo me apressei para começar minha ducha, terminando minutos depois. Vesti minha peça íntima antes da regata preta e do short vermelho que não chegava a ser justo, o que deixava mais confortável.
Retornei ao quarto da Sano, que já se encontrava deitada na cama abraçada a uma almofada conversando com Hinata, que estava sentada e encostada na cabeceira. As outras aparentemente estavam no banho.
— Eu e a Hina estamos pensando em assistir Meninas Malvadas antes de dormir — a loira comenta.
— Eu vou acabar dormindo no meio do filme. Não tive nem tempo de fazer isso hoje — respondo, ao me sentar no acolchoado.
— O Takashi te deixou sem dormir? — Hinata pergunta, arqueando as sobrancelhas — Do jeito que ele é, achei que ele te levaria mais cedo.
— É… Acabamos nos distraindo na festa e perdemos a noção do tempo.
— Você não parece incomodada — Emma repara.
— Acho que desde que o Takashi voltou, é difícil eu não ficar relaxada — desvio o olhar, me sentando no colchão — Sei lá, ele me faz bem.
As duas sorriram diante a minha resposta, mas nada foi dito já que ouvimos passos na direção do corredor se aproximando, vendo Yuzuha passar pela porta, esta que se juntou a nós na enorme cama de Emma para conversarmos, em poucos minutos Arya e Senju estavam conosco. No fim, só resultou na conversa prolongar a cada assunto trocado, me fazendo perceber que Emma e Hinata acabaram esquecendo completamente do filme que queriam assistir.
— Não acredito! — Emma dispara, não se encontrando mais deitada já que se sentou no acolchoado agora, me fazendo dar um pulo de susto.
Quando olhei para ela, enxerguei o sorriso aparentemente animado enquanto as íris douradas fixavam a tela do celular.
— O que aconteceu? — Arya pergunta.
Emma não respondeu, mas sinalizou para todas nós a seguirmos enquanto se levantava da cama apressadamente. Eu e as meninas trocamos olhares, sem entender a atitude repentina da loira, mas não hesitamos em fazer o que ela queria, alcançando a sacada do quarto, e só depois de vislumbrarmos o que estava acontecendo, bem na visão disponibilizada do jardim colorido, conseguimos entender a euforia de nossa amiga.
Os meninos estavam aqui. Seus sorrisos desleixados mostravam que não estavam em seus estados de sobriedade, o que me levava a deduzir que antes de aparecerem aqui, dividiram um baseado ou fumaram individualmente. Para Mikey, que morava aqui, foi fácil que entrassem.
Parece que não fomos só nós que tiramos uma tarde juntas, entre garotas.
Apoiei meus antebraços no corrimão da sacada, inclinando meu corpo um pouco para frente, avistando Takashi sentado em um pequeno degrau próximo das flores colorindo o gramado. Seu sorriso desleixado estava visível em seus lábios chamativos, enquanto o cotovelo estava apoiado no próprio joelho, da mesma forma que a cabeça estava na palma. Suas orbes púrpuras fixas em mim como um sol quente de um dia tão bonito.
Eu retribuí o sorriso, realmente contente em vê-lo.
— Não consegue ficar um dia longe de mim? — Emma brinca, segurando o corrimão com a canhota, enquanto a destra para em seu quadril.
— Não, não consigo — Draken responde, sorrindo largamente — Desce aqui agora.
A Sano liberou uma risada fraca, se apressando para retornar ao quarto, abrindo seu closet e pegando um moletom qualquer antes de olhar para todas nós, silenciosamente nos chamando para irmos com ela, e então, ela desapareceu como um raio de nosso campo de visão. Ao olharmos para baixo novamente, consegui enxergar Mikey mandando um beijo no ar para Arya, que mostrou a língua para provocá-lo, mas esta não enrolou para também sair do cômodo.
Eu e as meninas nos apressamos para aparecer no jardim da mansão, conseguindo chegar sem tanta demora até todos estarmos reunidos mais uma vez, em mais uma noite.
Senju pulou nos braços de Inui, que a pegou sem esforços e mergulhou os lábios nos dela, Yuzuha e Kazutora também não perderam tempo em se manterem grudados, trocando alguns selares, como os demais casais. Takashi se aproximou de mim enquanto eu cruzava meus braços, comprimindo os lábios para que meu sorriso não escapasse, mas não consegui me conter até que sua mão alcançasse minha cintura, me puxando para perto dele até alcançar minha boca, deixando um selar carinhoso na região.
Algo dentro de mim gritava que essa noite estava começando a se tornar incrível, embora esses caras nitidamente estivessem planejando alguma coisa.
Akkun se aproximou de mim, apertando meu ombro com um sorriso de canto.
— Vamos, gatinha, nos divertir — o Atsushi disse — Os tempos de Arabella estão de volta.
Meu sorriso se alargou, e então, olhei em volta, me deparando com os vários semblantes demonstrando a mais pura animação e felicidade. Takashi segurou minha mão e apertou-a com pouca força, me fazendo segui-lo quando todos decidiram sair às pressas da residência, como se a qualquer momento pudéssemos perder um evento tão importante. Do lado de fora vi Takuya encostado no capô do carro com Robin, ambos fumavam um cigarro juntos, não demoraram para notar nossa presença. Os sorrisos foram uma resposta suficiente para deduzirmos que estavam felizes ao nos ver.
Me foi entregue um capacete, o qual aceitei prontamente, vendo as meninas já montadas na moto, fora Robin, que se sentou no banco passageiro do carro de Takuya. Meus olhos cruzaram com os de Hakkai enquanto ele colocava o próprio capacete, fazendo o motor roncar ao ligar, mas desviou o olhar para apertar o acelerador duas vezes.
Não enrolei mais um segundo para também colocar a proteção em minha cabeça e sentar logo atrás do arroxeado, rodeando minhas mãos pela cintura dele, e então, ele seguiu os outros, quando decidiram dar partida, porém não demorando para ultrapassá-los junto de Hakkai no meio do caminho.
Me and U, Jihall começou a tremer em meus tímpanos de repente, me fazendo olhar para trás e perceber que vinha do carro de Akkun. Estava alto pra cacete, mas ninguém pareceu se importar, de fato. Todos aqui estavam gostando. Mikey e Draken nos alcançaram com Arya e Emma atrás deles, na mesma posição que a minha na garupa de Takashi, nossos olhares cúmplices bem no momento que os três estavam começando a acelerar nos deram uma animação maior e vibrante.
Até o vento frio abraçando nossas peles expostas se tornava cada vez mais aconchegante.
Hakkai foi o primeiro a empinar a moto enquanto dirigia em uma velocidade absurda, seguido por Mikey e depois Draken, com os braços de suas garotas apertando-os com força para não caírem.
— Se segura — Takashi pede, em um tom que eu pudesse ouvir.
Fiz o que pediu o mais rápido possível, sabendo que ele seria o próximo a empinar a moto para acompanhar os meninos, e então, senti a adrenalina adocicar meu sangue quando ele aumentou a velocidade, logo meu tronco se colou mais ao dele quando a moto foi levantada, me tirando uma risada divertida com o vento mais forte, fazendo meu coração acelerar ao pensar que poderíamos cair se ele vacilasse com essa moto por um segundo que fosse.
A roda alcançou o asfalto novamente, e assim voltou a dirigir da maneira correta. Consegui escutar a gargalhada melodiosa dele, a qual parecia estar liberando-a, finalmente com tanta vontade, só agora. Depois de tantos anos. Nós realmente estávamos nos divertindo de novo, todos juntos.
A velocidade foi diminuindo, me levando a deduzir que estávamos chegando ao local que eles pretendiam nos levar, e então, estacionaram nas vagas disponíveis e esperaram que descêssemos, fazendo o mesmo quando já nos encontrávamos com os pés no chão e enfim sem os capacetes em nossas cabeças. Takashi bagunçou levemente seu cabelo, o que o fez parecer ainda mais atraente.
— É lá em cima — Draken disse, apontando o indicador na direção.
Vislumbrei um prédio que reconheci ser de um cinema abandonado, o que me dava até uma impressão de terror, contudo, essa sensação se transformou em uma euforia que formigava meus membros por me lembrar que eu estava aqui com os meus amigos. O som do carro de Akkun ainda continuava ligado, aparentemente ninguém se importou com o fato de ter uma música alta acompanhando o momento, visto que começaram a se apressar para entrar.
Consegui enxergar a corrente arrebentada, não contendo uma risada fraca ao concluir mentalmente que eles fizeram isso antes de nos buscar.
Seguimos pela escuridão com as lanternas dos celulares ligadas, pois a chance de tropeçarmos era gigantesca, e então, subimos pelas escadas e atravessamos os fundos do local deserto, encontrando novamente o lado de fora. Melhor dizendo: o terraço do prédio.
As luzes magníficas de Los Angeles tornavam a cidade mais bonita do que vista no meio da rua ou em uma calçada.
Eu sorri largamente, agora fixando o céu noturno com os pontos brilhantes das estrelas, melhorando ainda mais com a lua cheia e amarelada. Estava tudo perfeitamente lindo, tão bom, e desejava que isso jamais acabasse. Queria continuar aqui para sempre.
Eu estava feliz.
— Não acredito que vocês fizeram isso — Senju disse, entre gargalhadas — Puta merda, vocês são demais.
— Robin deu uma ajudinha na hora de arrebentar a corrente — Akkun revela, trocando um sorriso cúmplice com a garota.
Vi Hakkai se aproximar de Yuzuha, ousando pegar a mão dela, que só percebeu a presença dele graças a isso, e então, cerrou as sobrancelhas e rapidamente levou os olhos até o contato das mãos de ambos. Pelo que parecia, eles ainda estavam em conflito, e foi este o motivo que acabou me deixando um pouco triste.
Uma briga entre irmãos se torna complicada quando um se apoia ao outro desde a infância.
Para a nossa surpresa, o semblante da Shiba mais velha suavizou e o contato foi correspondido, ambos trocaram um olhar em silêncio, como se nem precisassem dizer uma palavra para saber que Hakkai estava arrependido de, seja lá o que fosse. Estava na cara que ele magoou Yuzuha por algum motivo, mas ela nunca conseguia ficar brava com ele por tanto tempo. Ambos sabiam que só tinham um ao outro nos piores momentos, independente de qualquer situação.
O azulado puxou a irmã para perto, rodeando o braço esquerdo envolta do pescoço da garota e deitando a cabeça no topo da dela. Yuzuha o apertou entre os braços, encostando o rosto sobre o peito dele.
Eu sorri de canto.
— Viva a Arabella! — Akkun grita, fazendo os outros gritarem em torcida devido a animação.
Eu e Takashi entrelaçamos nossos dedos, sorrisos sinceros inundaram nossos lábios no mesmo instante que nossos olhos se afundaram em um contato visual que nos fez sentir, por um instante, que estávamos sozinhos no mundo.
— Viva a Arabella? — ele comenta, arqueando levemente as sobrancelhas enquanto aguardava minha resposta.
Meus ombros se encolheram levemente pelo arrepio subindo de meus pés à cabeça, mas eu não soube exatamente se foi pelo frio noturno ou se foi pela voz de Takashi acariciando meus tímpanos, relembrando a fase tão boa de minha vida junto com ele e nossos amigos.
— Viva a Arabella.
Primeiro: quero agradecer aos 2k de visualizações! ♡
Segundo: esse capítulo tá no meu coração! 😭
Achei a vibe tão gostosinha com todo mundo curtindo juntinho e feliz. Não teve tantos detalhes porque achei que o hot compensou, prometo que no próximo vou me esforçar bem mais na narração também, então preparem as cabecinhas.
O nome da fic já tá começando a fazer mais sentido, eu tava ansiosa demais pra esse momento.
E juro, gente, ainda quero escrever um hot na visão do Takashi, porque na visão desse homem… Meu Deus, viu!
O que vocês acharam? Amo ler cada um dos feedbacks, então digam aqui.
Espero que tenham gostado, peço perdão por qualquer erro.
Até o próximo capítulo!
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