Capítulo 37
Angeline Smiths, Los Angeles, 3 de Abril de 2020
Estava sentada na mesa da sala tentando colocar a matéria da prova em algum neurônio meu quando Calum Hood aparece com moletom vermelho, óculos de sol e um bebê com roupa de passeio.
— Olá! Boa tarde! — Calum exclama.
Simplesmente largo tudo que estava fazendo e corro em direção ao carrinho de bebê. Kurt estava lá com seus olhinhos escuros e bochechas redondas me encarando numa expressão de bebê adorável. Ele estava com uma blusinha dos Ramones e jaqueta jeans, me dava vontade de dar pulinhos de alegria de tanta fofura na minha frente.
— Ai meu Deus, oi bebê! — o cumprimento com a voz fina e me agacho. — Que coisinha mais linda da tia, hein! Tava morrendo de saudade de você!
Calum pigarreia.
— Oi pra você também, Angie.
— Oi Cal. — murmuro sem nem tirar os olhos do pequeno ser na minha frente. — Kurtzinho, você tem que ver o que eu comprei pra você. Um sapinho, verdinho e lindo. Vai ficar perfeito no seu quarto!
O bebê não expressa nenhuma reação, na verdade parecia prestes a desmaiar de sono.
— Você não tá esquecendo de nada? — Cal pergunta enquanto tiro o neném do carrinho.
— Ah é. Como está a Nicole?
Ele revira os olhos.
— Com sono, por isso trouxe o bebê.
Awn, e ainda bem que trouxe! Que coisinha mais fofa. Seguro Kurt com firmeza contra meu corpo, ele parece mais atento agora e olha em volta com curiosidade.
— Tina! — eu grito, tomando cuidado pra não assustar o bebê. — Vem ver o Kurt!
Não se passou nem dez segundos quando minha irmã desceu as escadas correndo.
— Own meu Deus, jaquetinha jeans eu não aguento! — é a primeira coisa que ela diz, dando seu dedo indicador para Kurt apertar.
— Não é a coisa mais fofa? — pergunto.
Minha irmã assente.
— Angeline, dá pra largar o Kurt e se perguntar o porque de eu ter vindo aqui?
Tanto eu quanto Tina nos viramos para Calum, até tinha me esquecido dele.
— Não foi pra deixar ele comigo enquanto você joga videogame?
— Eu só fiz isso uma vez.
— Três na verdade, mas não se preocupe eu não contei pra Nicole.
Volto minha atenção pra Kurt mas Calum vem até mim e tira ele dos meus braços.
— Ei!
— Tina por favor leve esse bebê daqui. — ele pede entregando Kurt a ela. Os olhos de minha irmã praticamente saltam do rosto quando ela o pega no colo.
— Com todo prazer.
Tina leva o bebê pro lado de fora e um bico se forma na minha cara. A melhor parte de quando seus amigos viram pais é poder aproveitar toda a parte legal de se ter um bebê, você brinca, passeia e faz ele rir mas ai quando ele chora leva ele pros pais. É perfeito.
Encaro o rosto de Calum, ele me parecia sem paciência.
— O que foi? — pergunto, dando de ombros e voltando a me sentar na mesa.
Ele vem atrás de mim.
— Show hoje a noite esqueceu?
Eu tinha prova na segunda-feira, não podia me dar ao luxo de perder um dia de estudo sequer. Todo mundo repetia nessa matéria e eu não queria ser mais um número nessa estatística.
— Já disse que não vou esqueceu? — rebato.
Ele cruza os braços enquanto me olha feio. Um mês sendo pai e já está todo cheio de pose.
— Na verdade você não disse que não ia, disse que pensaria no caso.
Reviro os olhos.
— Já pensei, resposta é não.
— Você nem ao menos tem um motivo.
— Claro que tenho, a prova mais difícil do mundo na matéria onde oitenta por cento dos alunos reprova me parece um ótimo motivo. Sem contar que ouvir músicas tristes e ver meu ex namorado no palco não parece ser o melhor programa pra noite.
— Pensei que estivessem bem.
— Estamos, ele manda bastante mensagens por sinal mas isso não muda o fato de que me deprimir numa sexta a noite antes de uma prova importante é uma péssima ideia.
Calum respira profundamente e se senta na cadeira ao meu lado.
— Tudo bem, não vejo outra escolha a não ser contar.
— O quê?
— Luke pediu pra eu vir aqui e convencer você a ir.
— Ele pediu? — pergunto.
Isso não faz muito o estilo do Luke, sem contar que estávamos conversando com frequência, era mais fácil ele mesmo me convidar.
— Pediu. Na verdade implorou e disse pra eu falar o que for preciso para te fazer ir então aqui estou eu. — aponta pra si mesmo. — Falando o que é preciso.
— Por que ele quer que eu vá?
— Eu lá vou saber? É o Hemmings, talvez esteja tramando mais uma de suas tentativas de te conseguir de volta.
— Ele nunca tramou nada.
— Na verdade nunca chegou até você, uma vez ele ficou bêbado e tivemos que convence-lo que fogos de artifício era um pouco demais.
Dou risada.
— Vocês são malucos! Mas tudo bem, eu vou. Estou curiosa para saber o que o Luke tem a dizer.
Eu posso me arrepender pelo resto da vida se ficar em casa e me arrepender pelo resto da vida se eu for mas foda-se. Só se vive uma vez certo?
— Eu também, será que pode gravar tudo pra mim?
Faço careta pra ele.
— Idiota.
Cal da risada e arrasta a cadeira, se colocando de pé.
— Agora vou atrás do meu neném antes que sua irmã deixe ele encostar naqueles bichos estranhos que tem no seu jardim.
— São jabutis, Calum. — o corrijo.
Ele faz cara de nojo.
— Tanto faz.
Fiquei ansiosa demais para conseguir me concentrar em estudar depois da notícia de que veria Luke hoje à noite. Tentei ocupar minha mente pelo máximo de tempo que consegui e deu certo, afinal eu cheguei ao ponto até de me atrasar.
Estava vestindo um vestido justo de lã preta, a gola alta protegendo o meu pescoço e uma bota vermelha no pé. Coloco uma touca preta no cabelo e confiro a maquiagem, torcia bastante para que eu não passasse frio. Ashley manda mensagem dizendo que estava do lado de fora, é nesse momento que minha irmã sai da cozinha com um pote de sorvete nas mãos.
— Então vai ao show? — Tina pergunta, seus olhos verdes faiscando de curiosidade em mim direção.
— Vou.
— Deveria deixar ele rastejando por você mais um pouquinho.
Dou risada e ela me acompanha.
— Você é malvada. — eu digo, o sorriso malicioso em seus lábios aumenta.
— Ah, foi divertido ver um astro teen sofrendo por você, admita.
Dou de ombros.
— Ganhei várias músicas. — admito, rindo ainda mais.
— Vai logo então, vou até dormir aqui pra esperar o final da noite de hoje. Trate de segurar seu fogo e não passar a noite fora de casa, ok? Você não quer matar uma fofoqueira, principalmente se ela for sua irmã.
— Eu vou voltar Tina. — prometo e mando um beijo no ar pra ela, saindo de casa em seguida.
Ashley estava me esperando no carro com as músicas do álbum novo dos meninos no volume máximo, cantarolamos o caminho todo enquanto conversávamos sobre a faculdade. Assim que chegamos Nicole e Crystal estavam com uma cara de poucos amigos, não era nossa culpa o trânsito estar um inferno. Com seus crachás elas permitiram nossa entrada e fomos direto para um camarote que dava a vista perfeita pro palco, os meninos já estavam cantando.
Várias músicas se passaram e eu gritei meu hino Teeth a plenos pulmões sentindo orgulho por ter inspirado uma música tão boa. Foram ondas seguidas de nostalgia que me trouxeram uma saudade imensa dos momentos que passei no último ano, eu vivi algo fantástico que poucas pessoas sabem a sensação.
Quando o show estava no fim eu podia jurar que um bico havia se formado na minha cara.
— Los Angeles eu estou extremamente feliz por estar com vocês hoje à noite, nosso disco foi produzido aqui então nada melhor do que ser nessa cidade onde tocamos as músicas de CALM pela primeira vez. — Michael diz e a plateia grita de uma forma que chegou a me assustar.
Na verdade, os gritos não pararam em nenhum momento do show. Não sei como eles não enlouqueciam.
— Nós amamos essa cidade, amamos vocês e todo o suporte que estão nos dando nessa nova fase. — continua Calum arrancando mais berros e cartazes estendidos em sua direção.
— Sem vocês ainda seríamos quatro garotos fazendo música na garagem de casa. Obrigado por terem acreditado na gente e por lutarem conosco até hoje. — diz Ashton e tenho a impressão de que um ursinho voou em sua direção.
— Nós amamos vocês!
A plateia grita e eu bato palmas com um sorriso no rosto assim como as garotas ao meu lado. Estávamos todas orgulhosas do que nossos garotos conquistaram, eles mereciam as coisas mais maravilhosas do mundo.
A batida de uma música começa. Os garotos prestam atenção em seus instrumentos e a luz de palco muda de cor, ficando mais quente e com alguns tons de vermelho e rosa.
Dessa vez é Luke quem fala:
— Essa próxima música eu escrevi quando estava perdido, estava triste e sentindo uma falta absurda de uma pessoa que mudou minha vida. — sinto meu coração prestes a sair pela boca e todo o tipo de pensamento corre pela minha cabeça mas não me movo, somente continuo ali parada esperando Luke Hemmings cantar pra mim. — Essa pessoa está aqui hoje e sabe que eu fiz tudo errado mas estou tentando ser alguém melhor. Espero que ela me perdoe, não quero mais viver a sombra do seu fantasma.
Não ouvi gritos e nem vi nada que não seja Luke, só conseguia prestar atenção nele embaixo daquela luz vermelha com os cabelos suados e a camisa azul aberta no peito.
Ele começa a cantar e cada parte do meu coração dói a cada verso da letra. Eu senti a dor, a verdade, a saudade. Senti cada referência ao nosso relacionamento, senti falta dos momentos em que ele cantava pra mim na sala de casa com sua voz perfeita.
— Então eu afogo isso como sempre faço, dançando pela nossa casa com o seu fantasma.
E eu o persigo com um tiro de verdade, porque meus pés não dançam... — ele faz uma pausa.
Enxugo as lágrimas que insistiam em cair e dou meu melhor sorriso para gritar a plenos pulmões:
— Como dançam com você!
Então as luzes se apagam, tudo fica em silêncio e aos poucos as pessoas começam a se dissipar. Eu e as garotas esperamos, o que foi uma ótima ideia afinal me dava tempo o suficiente para me recuperar e pensar no que devíamos falar. Eu não tinha a menor noção de como fazer isso.
Depois de alguns minutos seguimos para o estacionamento da equipe, ele era no andar de cima ao lado de um pátio enorme coberto por bancos e postes de luz. Era bem bonito.
As meninas abraçam seus namorados com empolgação, dizendo coisas que não consegui associar por estar olhando para Luke. Ele sorri sem mostrar os dentes me lembrando do quanto ele parecia uma criança quando fazia isso. Não queria esperar mais, precisava fazer isso agora.
— Luke, podemos ter aquela conversa hoje? — eu pergunto, soltando todo o ar de meus pulmões de uma vez e torcendo para que minha cara não ficasse vermelha.
Luke olha pra mim, seus olhos parecem cintilar o que me deixa com uma vontade absurda de me aproximar e enrolar seu cabelo loiro no dedo. Eu odiava o fato dele parecer um anjo.
— Por mim tudo bem. — ele concorda.
Sorrio pra ele que sorri de volta. Calum é o primeiro a pigarrear.
— Vamos estar no Barney's. — ele diz. — Frango frito é o que precisamos.
— Na verdade você precisa é trocar o seu bebê. — rebate Nicole.
O pequeno Kurt enrolado em mil cobertas no carrinho não parecia estar preocupado com o fedor que saía dele. Cal vira pra ela com o rosto contorcido em uma careta.
— Agora é meu? — indaga, se fingindo ofendido. Bom, se eles começassem a discutir eu ficava com aquela bolinha linda.
— Sempre foi, saiu daí. — Nic diz e aponta para os países baixos de seu namorado.
Todos dão risada e Michael é o primeiro a puxar a mão de Crystal em direção ao estacionamento. Os outros vão atrás dando tchauzinhos e risinhos em nossa direção. Quando finalmente ficamos sozinhos sinto minha barriga ficar gelada e a ansiedade se espalhar pelo meu corpo. Estava tensa com o rumo da conversa de hoje mas me sentia confortável para conversar. Foi tudo no meu tempo.
— Eu na verdade achei por um momento que você nunca mais fosse conversar comigo. — é a primeira coisa que ele diz enquanto andamos em direção a grade do enorme pátio.
— Não é pra tanto. Eu só precisava de um tempo pra digerir isso tudo, acho que nós dois precisávamos.
— Me desculpe por ter sido insistente no começo, fui insuportável.
— Que bom que você sabe. — provoco e ele faz careta.
Me apoio na grade vendo Los Angeles brilhante abaixo de nós, a praia bem ao fundo e uma enorme roda gigante cercada de outdoors. Era lindo.
— Eu estava com medo, culpa e com um pouco de raiva por ter sido um idiota.
— E eu estava aterrorizada por me sentir tão triste mas foi bom de certa maneira, consigo ver o que estava errado agora.
— A gente não conseguia se expressar nem dialogar direito. — ele começa
— Pois é, se tínhamos um problema somente engolíamos ele e ficávamos dando patada um no outro. Cansativo. — continuo.
— Isso é coisa de gente idiota.
— Combina com você. — provoco de novo.
Ele dá aquele risinho perfeito que mostra a ponta da língua entre os dentes e tenho a absoluta certeza de que se não estivesse apoiada cairia de cara no chão.
— Está engraçadinha hoje.
— Dormi com o palhaço. — eu brinco e Luke força uma cara feia. — Brincadeira poxa.
Seus sorriso fica grande e seus olhos pequenos, quase um espelho da minha própria expressão.
— O que achou do álbum novo?
— Gostei. Principalmente High, me lembro do dia que você me ligou para dizer que estava mudando.
— E você não teve respeito o suficiente pra me ver tentar.
Dou risada.
— Foi mal, eu fui malvada naquele dia.
Se eu me lembro bem mandei ele ir pro inferno e esquecer que eu existo. Felizmente ele não me ouviu, me arrependi no momento em que desliguei o celular.
— Eu mereci não é mesmo? Nada que eu fizer vai servir como redenção.
— Todo mundo faz merda, Luke.
— Não com você, nunca com você. — ele diz, largando a grade e se virando totalmente para mim. — Me desculpe Angeline, me desculpe de verdade. Não tem um dia em que eu não deite me arrependendo do que fiz, do que falei... Me arrependo de não ter lutado por nós. Eu deveria ter feito alguma coisa pra te manter do meu lado pra sempre mas tudo o que fiz foi te afastar, eu agi como um moleque idiota e te magoei do mesmo jeito que me magoaram antes, falei o que não devia e tentei aliviar minha culpa ocupando a minha cabeça mas não deu certo. Nunca iria dar certo.
Respiro pesadamente encarando o nariz vermelho de Luke pensando no que ele havia dito e no que deveria falar mas não consegui fazer com que minha boca se movesse. Para meu desespero ele continuou falando.
— Eu já amei pessoas, Angeline. Amei muitas delas, algumas deram errado por minha culpa e outras não mas em nenhum desses momentos me senti como me sinto agora. Quero ficar com você, quis você desde o momento em que te vi naquela cozinha com sua camisola cinza. Quis você mais ainda quando cantou horrorosamente a letra de She Looks So Perfect e depois te quis mais quando secou meu cabelo quando estava bêbado. Meu coração é seu desde o momento em que sorriu pra mim e eu tentei tanto mudar isso mas não consegui de maneira nenhuma.
Eu quero ficar com você. O que Mike e Crystal tem, o que Nicole e Calum tem... Quero isso pra gente. Quero um time de futebol inteiro de crianças isso te fizer feliz. Me desculpe mas não aguento mais escrever sobre o quanto eu te amo em músicas, precisava falar pra você, falar na sua frente o quanto você significa pra mim e prometer por todos os deuses do mundo, por tudo que mais amo, que nunca, jamais magoarei você do mesmo jeito que magoei ano passado. Amo você Angeline, amo tanto você se me pergunto se é normal amar alguém assim.
Se não quiser ficar comigo, se arrumou outra pessoa ou se só percebeu que está melhor sem mim tudo bem. Posso ser seu amigo se quiser ou sumir daqui pra sempre se você achar melhor, farei o que quiser que eu faça. Só quero que você seja feliz, por favor me diga o que te faria feliz.
Era uma resposta fácil. Me inclino e encaro o azul brilhante em seus olhos antes de ficar na ponta dos pés e selar seus lábios nos meus. Me parecia certo, simples como respirar. Ele tinha o mesmo gosto, suas mãos afagavam meu pescoço no mesmo lugar, era o mesmo cheiro que incendiava cada parte de mim. Não havia nada no mundo que poderia me fazer mais feliz que ele. Eu o amava, sempre amaria.
— Isso me fez feliz. — murmuro enquanto tento me afastar. As mãos de Luke me impedem de ir muito longe.
Ele parecia surpreso, feliz e extremamente lindo.
— Uau nossa eu... — ele faz uma pausa enquanto estende o dedo pra mim. — Espera um minuto. — Seus lábios entram em contando com os meus de novo e me permito ao luxo de aproveitar o momento e inspirar o máximo do cheiro de Luke, estava com medo de ter que me lembrar disso. — Tinha esquecido como é bom.
Cruzo os braços e o encaro com a cara feia.
— Tinha esquecido é? — indago.
A expressão de felicidade de Luke da lugar a uma bem preocupada.
— Você entendeu.
Dou risada e o beijo novamente, me agarrando em seus cabelos como se tivesse com medo de deixa-lo se afastar. Talvez eu estivesse. Droga, eu odiava o fato de ser apaixonada por esse homem.
— Também te amo Hemmings. — sussurro, sentindo seus braços quentes em volta da minha cintura.
Ele abre o maior sorriso do mundo.
— Caralho você me chamou de Hemmings meu coração vai explodir! — exclama.
Dou risada.
— Idiota.
— E agora? — ele pergunta.
Era uma boa pergunta mas eu não tinha a resposta. Ele não queria ficar longe de mim e eu não queria ficar longe dele, acho que era o suficiente por enquanto.
— E agora vamos com calma, bastante calma.
— Nada de morar junto então?
A ideia de não morar junto com ele me deixava triste mas não mais do que a ideia de morarmos juntos e tudo acabar do mesmo jeito.
— Nada.
Ele faz biquinho.
— Droga, só queria uma conchinha.
Eu também. A conchinha e todas as outras coisas que levavam a conchinha. Sinto meu corpo ficar quente só de imaginar e inclino a cabeça um pouco pro lado para que ele não perceba minha empolgação por conta do rubor nas minhas bochechas.
— Não posso ficar na mesma cama que você Luke. — admito.
Ele dá risada, provavelmente entendendo o que eu quis dizer.
— Eu fico no celibato um ano se for preciso.
Eu estava no celibato a quase esse tempo mesmo.
— Não precisa exagerar.
— Foi mal estou empolgado. — ele praticamente dá um pulinho. — Quero gritar.
O que aconteceu com esse garoto?
— Sem gritaria. — eu peço.
— Só entre quatro paredes. — rebate.
Bato em seu ombro.
— Luke!
— Desculpe, me empolguei. — Luke diz entre risadas e passa o braço em volta do meu ombro. — Quero frango frito.
Reviro os olhos.
— Vamos logo antes que eu te largue aqui
Ele me aperta com mais força.
— Por favor, não me largue de novo.
Eu não tinha nenhuma pretensão de fazer isso.
Faltam só dois capítulos agora aaaaaaa nem acredito que ta acabando!!
Muito obrigada todo mundo que sempre comenta e vota, to cada dia mais feliz com o alcance da fic!
Até breve gente, beijo pra todo mundo!
Obs: anexei uma musiquinha do The Weeknd que eu estou viciada e só consigo pensar nessa história.
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