Capítulo 27
Angeline Smiths, Los Angeles, 28 de Junho de 2019
— Até que enfim, achei que você já tivesse virado parte da cama. — eu digo assim que chego no quarto e vejo Luke sentado com o celular em mãos.
Ele me olha como se eu fosse maluca e então a realidade caí em seus ombros, acho que ele havia se tocado que hoje era sexta-feira e minha irmã iria se casar amanhã.
— Me dá uma folga, amor. Estou cansado.
Ignoro o que ele disse e repasso a lista de afazeres do dia.
— Ainda temos que arrumar nossas coisas, passar na costureira pra pegar o seu terno. Tenho que ir na floricultura ver se está tudo certo com as flores e ainda temos que ter tempo de comer e de chegar no chalé as 19 horas pro jantar de comemoração.
Luke faz careta.
— Não sei como lembra isso tudo de cabeça.
— É o casamento da minha irmã claro que lembro tudo de cabeça.
— Ah droga, tenho que pegar o terno do Calum na Armani também, eu me esqueci.
— Viu, mais uma coisa na lista. — Anoto nas notas do celular. — Afinal, porque ele mandou você fazer isso?
— Parece que a mãe dele passou mal e ele foi ver como ela está, vai chegar no fim da tarde.
— Mas ela está bem?
— Foi só um enjoo, algo que ela comeu. Mas você conhece o Cal né, ele é um pouco desesperado. Ele e Nic vão de carro com a gente?
— Acho que sim, não falei com ela. Ainda não acredito que ela chamou o Calum pra ir de acompanhante.
— Nem eu. Desde quando eles se "resolveram" eu fiquei esperando que tudo desse errado de novo mas parece que está indo pra frente. Graças a deus.
Caio na real ao perceber que ele estava tentando me enrolar.
— Devia parar de fofocar e ir pro banho Hemmings, você parece nojento.
Ele pragueja algo que não entendo e então fica de pé se alongando todo.
— Suamos muito a noite passada. Não sei como conseguiu acordar cedo.
— Talvez você esteja perdendo o jeito. — provoco.
— Essa doeu. — faz biquinho.
— Não vou cair nessa, estamos atrasados. — repito, eu podia repetir isso a manhã toda.
Atrasados, atrasados, atrasados!
— Só quero meu beijo de bom dia.
Vou em sua direção e selo nossos lábios.
— Bom dia gatinho. — eu digo.
Ele sorri.
— Acabou de ficar melhor.
— Não demora! — grito pra ele enquanto saía do quarto.
Luke aparece na cozinha depois de vinte minutos, minha mãe ainda estava enlouquecida no telefone me lotando de mensagens assim como Nicole e Tina que resolveram se juntar a ela na missão de me deixar completamente maluca. Eu tinha uma lista mental do que fazer mas elas estavam conseguindo me deixar confusas.
— Uau, já tem até café da manhã? — é o que Luke diz enquanto se senta na mesa. Coloco café na xícara com meu celular ainda em mãos e a deixo em frente a ele.
— É quase meio dia então não é bem um café da manhã mas tudo bem, come rápido.
Meu celular apita com mais uma mensagem.
Mamãe: Esqueci meus sapatos em casa também.
Angie: Eu pego ;)
— Não posso comer rápido, vou me engasgar e aí não vamos pra casamento nenhum e sim pro hospital.
Faço cara feia para meu namorado enquanto meu celular tremia em minhas mãos. Fala sério, elas não iam parar com as mensagens nunca?
— Nem brinca com isso. Estou uma pilha de nervos, eu sabia que ia sobrar pra mim essa história da Tina se casar.
Ele morde uma torrada e mastiga com tranquilidade como se zombasse de mim.
— Você se preocupa demais, Angeline. — ele diz, agora tinha certeza que estava zombando.
O ignoro e me sento no sofá para calçar as sandálias que havia escolhido, ainda faltava escovar os dentes e dar um jeito no cabelo.
— Sabe o que eu devia? — indago. — Devia ter ido pro chalé ontem e aí eu queria ver quem eles iam arrumar pra resolver as coisas aqui.
Luke se vira para poder me olhar nos olhos.
— Lá tem um bando de decoradores, floristas resolvendo onde os arranjos vão ficar, os cozinheiros da sua mãe espalhados por toda parte fazendo comida pra hoje e amanhã, os noivos uma pilha de nervos e seu pai pra lá e pra cá com músicos e DJ's. Você tem é sorte por estar aqui.
Reflito por alguns segundos antes de chegar a conclusão de que eu realmente tinha sorte, se estivesse com o resto da minha família ia sobrar pra mim contar docinhos ou escolher onde ficariam os vasos... não tinha paciência pra nada disso. Na verdade eu não tinha paciência pra nada!
— Tem razão. Eu ia acabar enlouquecendo com a mãe chata do Nicholas.
Me coloco de pé já com meus sapatos nos pés e coloco e celular no bolso indo para a bancada em seguida, precisava beber café e tentar relaxar. Ou pelo menos conseguir energia o suficiente para me manter de pé o dia todo.
— Você tem que sentar aí e relaxar. — Luke diz apontando pra cadeira na sua frente como se lesse a minha mente. — Vamos comer devagar como pessoas civilizadas e depois vamos fazer tudo o que temos que fazer. Vamos voltar pra cá, arrumar nossas coisas e conseguir chegar lá as sete horas. Eu tenho certeza.
Suspiro e cedo as suas palavras reconfortantes, pelo menos um de nós tinha que acreditar que tudo daria certo.
— Tudo bem, vou me sentar. — assim que arrasto a cadeira a nova integrante de nossa casa resolve afiar as garras. — Margarida não arranhe o sofá!
Vou até ela e pego a pequena gatinha no colo a colocando no chão em seguida. Era difícil educar um gato, eles não nos ouviam nunca e faziam sempre o que bem entendessem. Adotamos ela tinha quase dois meses e ela fez xixi no tapete três vezes e comeu duas botas do Luke, não sei nem como fazia isso afinal ela ainda era minúscula. Dei o nome de Margarida porque ela é branquinha e porque é minha flor favorita, sem contar que pareceu legal seguir o padrão do Luke para nomes de animais de estimação.
— Pensei que fosse se sentar. — Luke me lembra.
Margarida mia duas vezes antes de pular em cima do vaso de plantas que ficava no canto da sala, ela adorava se pendurar nas folhas.
— Ela vai destruir a casa se continuar assim. — insisto. — Ainda temos que levar elas pra casa do Michael! Mais uma coisa na lista!
— Ela tem 4 meses amor, é um neném ainda. — Luke defende e como se concordasse com ele ouço Margarida miar de novo, um complô contra mim.
— Um neném bagunceiro. — rebato e faço cara feia pra ela.
— Bom, pra mim não tem problema ela arranhar o sofá.
— Que bom, é o seu dinheiro mesmo.
Ele dá risada e arrasta a cadeira, abrindo os braços para que eu me aproximasse.
— Vem cá. Você está muito tensa Angel.
Suspiro e me sento em seu colo. Luke puxa meu rosto pra perto do seu e me beija, seus lábios eram suaves e tinha gosto de torrada com grãos e geleia, era gostoso.
— Se sua intenção é me acalmar está funcionando. — murmuro contra sua boca.
Luke me enche de selinhos mas antes que eu pudesse tirar uma casquinha de sua boa vontade meu telefone começa a tocar. Ele geme de frustração quando levanto do seu colo.
— Chata pra caramba hein meu anjo.
— Amo você. — respondo antes de pegar o telefone.
— Todas amam. — é o que ele diz me fazendo arquear a sobrancelha. — Brincadeira, também te amo.
No final das contas realmente deu tempo de fazer tudo o que devíamos. Às dezoito horas já havíamos deixado Petunia e Margarida na casa de Michael então tomamos um banho correndo e arrumamos as malas no carro para que coubesse tudo e não amassasse os ternos ou os vestidos. Quando estacionamos em frente a casa dos meninos esperamos dez minutos até Calum e Nicole saírem e virem nossa direção com um pequena mala e mil sacolas nas mãos.
— A porra do Calum demorou vinte anos pra fazer a mala. — é a primeira coisa que Nicole diz quando entra no meu carro acompanhada de seu quase namorado Calum. — Foi mal gente.
— Porra do Calum? — indaga Luke fazendo careta.
Cal enfia a cabeça no espaço entre nossos bancos e se vira pra Luke.
— Ela bem gosta.
— Ouvi isso. — rebate Nic enquanto eu faço careta.
Calum se vira pra mim e me dá um beijo estalado na bochecha antes de se sentar corretamente.
— Não era só pegar a mala que você usou na viagem pra ver sua mãe? — pergunto, conhecendo o Cal como eu conheço sei que ele ainda não tinha a desfeito.
— Lá não tem as roupas certas para impressionar as garotas. — ele responde e ouço o barulho de um tapa. — Ai! Impressionar só você, Nic.
— Acho bom. Mantenha seu pau onde eu possa ver.
Dou risada e acelero com o carro, tínhamos uma hora para chegar lá e nos arrumar a tempo de não atrasar todo o jantar, todos sabíamos que os pais de Nicholas não iriam gostar muito disso.
— Cara, já disse que sou apaixonado nessa garota?
— Umas cem vezes só essa semana. — respondo.
— Sua mãe não vai fazer aquelas coisas chiques pra comer né? — pergunta Nicole. Faço careta só de imaginar o tanto de coisa esquisita que fui obrigada a comer só porque havia sido minha mãe quem fez.
— Acho que não, minha irmã não deve deixar... eu espero. Estou morrendo de fome.
— Eu também, passei a tarde toda experimentando vestidos. Isso que dá resolver as coisas de última hora.
— O que aconteceu com as provas por sinal? — é Luke quem pergunta.
Nicole tinha avisado a minha irmã que não iria no casamento pois passar o fim de semana bebendo antes de uma das provas mais difíceis do curso estava fora de cogitação. Na quarta ela recebeu a notícia de que as provas haviam sido adiadas e resolveu levar o Calum como acompanhante pro casamento. Eles estavam juntos mas não eram namorados e proibiram a gente de dar opinião então eu nem ao menos sabia o por que disso.
— Meu professor ficou doente e adiou tudo. Uma semana inteira sem aulas dele.
— Papo chato! — interrompe Cal. — Bota música Luke.
— O que querem ouvir?
— Woke up in japan! — praticamente grito. — Sua voz está muito sexy.
Meu namorado faz careta.
— Você ouviu essa a semana toda.
— Eu prefiro Babylon. — sugere Nicole.
Calum bufa.
— Não é muito narcisismo ouvir nosso próprio álbum no carro? — ele pergunta.
— Se quiser tapem os ouvidos. — rebato.
— Pra alguém que não sabia nenhuma das nossas músicas você...
Minha cara o impede de continuar.
— Eu o quê?
— Nada...!
A viagem foi calma e o trânsito havia ajudado, no final Luke e Calum haviam nos convencido a ouvir alguma coisa que não fosse os cds deles. No último mês eu e Nicole havíamos ficado um pouco viciadas.
Quando chegamos aos chalés foi difícil arrumar um lugar bom pra estacionar e me peguei perguntando como isso estaria amanhã tendo um casamento para quinhentas pessoas. Quem nos recebe é Nicholas, seu cabelo estava cuidadosamente penteado e vestia calça preta, tênis e uma camisa um pouco aberta. Claramente não tinha sido ele quem escolheu a roupa.
— Ai, graças a Deus você chegou eu estou prestes a enlouquecer. — ele diz e me dá um abraço.
Dou risada.
— Onde está a Tina?
— Em algum lugar com sua mãe mas agora meu pai e o seu estão discutindo a indústria musical e estou com medo de nosso jantar de casamento terminar em morte.
Discutindo a indústria musical? Era bem provável...
— Não ia começar as oito? — pergunto ficando um pouco alarmada. Eu podia jurar que daria tempo pra tudo.
— Eles estão no bar agora e eu não quero testemunhar a morte de ninguém então não me peça para voltar lá. Ah, e só pra dizer, seu pai está em desvantagem.
Franzo o cenho.
— Luke e Cal, mudem de roupa e vão dar uma forcinha pro produtor de vocês. — ordeno.
Calum faz careta enquanto Luke aponta pro próprio peito.
— Nós? — indaga.
Era o melhor que eu podia arrumar...
— Só não deixe ninguém brigar, sei que vocês podem fazer isso.
— Ela bota muita fé na gente. — diz Cal olhando para meu namorado.
— Pra caralho, amigo.
Luke passa o braço sobre o ombro do amigo e os dois vão em direção a um dos chalés, pra eles parecia estupidamente fácil carregar as malas e as sacolas.
— Nick, me mostra onde a Tina está.
Ele leva a mim e a Nicole pro maior chalé de todos e nos explica como achar o carro. Agradeço a ele e fico satisfeita em ver como ele parecia calmo, conhecendo a Tina sei que ela não estaria.
— Olá noiva! — exclamo entrando no quarto.
— Angie! Ai graças a Deus! Avisa a mamãe que não vou usar meu cabelo preso.
— Cabelo preso é mais elegante. — minha mãe insiste.
— O cabelo dela é curto mãe, elegante por natureza. Não precisa disso.
— Caralho, quarto chique. — diz Nic passando pela porta.
— Oi Nicole, que bom que veio! — Tina diz e faz careta ao tirar um grampo de seu cabelo.
Minha mãe se aproxima de Nicole e a abraça.
— Bom ver você querida, como está sua mãe?
— Empolgada pra amanhã.
— Todos nós estamos. — mamãe responde com um sorriso.
O casamento mais parecia da minha mãe do que de Tina, eu juro que nunca vi alguém tão fervorosa com o casamento da filha, ela pulava pra todos os cantos se certificando que tudo estivesse perfeito. Espero que seja assim comigo também.
— E as flores, filha?
— Está tudo certo, vão chegar aqui amanhã ao meio dia. — respondo.
Minha mãe reflete por alguns segundos enquanto fazia conta nos dedos.
— Isso dá três horas até o horário marcado para os convidados chegarem. Acho que dá tempo. — ela diz para si mesma e então se vira pra mim. — Trouxe sua roupa de madrinha?
— Claro que trouxe mãe. Não devia estar tão preocupada.
— Estou casando minha filha, claro que devia estar assim.
Tina dá risada.
— Pra você ver o que te espera, Angie
— E o cantor? Está aqui?
A implicância começou.
— Ele tem nome sabia? Luke.
Ela dá de ombros.
— Tanto faz. Mas já chegou?
— Claro, não sei se sabe mas o papai colocou a gente em um chalé.
— Calum e Nicole estão com vocês?
— Estamos. — responde Nic com um sorriso.
— Tudo bem, então deviam ir pro quarto e mudar de roupa. Não podem ir ao jantar de jeans.
— Nos vemos daqui a trinta minutos. — Tina garante e solta um longo suspiro.
— Tente não esganar a mamãe! — provoco e minha mãe bate em meu braço.
— Você saiu de dentro de mim garota me respeite.
Nicole e eu saímos do quarto em meio de risadas e praticamente corremos em direção ao nosso chalé, trinta minutos não era tanto tempo assim para ficarmos apresentáveis. Quando chegamos vemos as roupas dos meninos espalhadas pela sala e faço cara feia por eles serem tão bagunceiros, Nicole claramente não liga pois fazia mais bagunça que os dois juntos. Ela vai pro banheiro tomar um banho rápido enquanto eu visto um vestido roxo de alcinhas, estava quente demais para usar minha segunda opção que tinha gola alta.
Já tinha enrolado a ponta de todo meu cabelo e começado a maquiagem quando Nicole sai do banheiro com dois vestidos nas mãos, um era azul e rodado o outro preto e justo.
— Me ajuda, preto ou azul?
— Azul. — respondo.
Ela faz careta e joga o meu escolhido na cama.
— Vou ficar com o preto.
Nicole tira o roupão e começa a se vestir, continuo passando delineador tentando não borrar e ter que começar de novo.
— Então como estão as coisas com o Calum? — pergunto. — Desde quando comecei com esse estágio quase não tenho tempo pra nada.
— Só pra fazer sexo com o Luke.
Dou risada. As vezes nem pra isso eu tinha tempo na verdade, eu estudava o dia todo e nas horas livres eu estava no estágio então em grande parte dos dias chegava quase as oito da noite e desmaiava na cama. Não era um problema pra nós, na verdade Luke era bem compreensível.
— É, pra isso eu tenho. — provoco e dou a língua.
— Estamos bem na verdade. Ainda não é um namoro mas estamos caminhando pra isso. — Nicole fica de pé e se olha no espelho, os braços tatuados estavam expostos e as cores ficavam bonitas no vestido preto. — Minha mãe é completamente apaixonada por ele, outro dia ela chamou ele de Calumzinho. E quando ele vai lá em casa ela compra muito chocolate. Acho que está chocada por eu estar só com um garoto.
Sinto inveja.
— Queria que meus pais fossem assim.
— Pelo menos você não mora mais com eles.
— Eu moro com eles.
— Dormir lá dois dias por semana não é bem morar. — Nicole rebate e eu faço careta.
— Minhas coisas ainda estão lá.
— Mas as coisas mais importantes estão no Luke e você tem uma cópia da chave.
Encaro o resultado da minha maquiagem e me dou por satisfeita, amanhã felizmente teríamos alguém pra nos arrumar inteiras, admito não ter muita paciência para penteados e maquiagens complexas.
— É, acho que não moro mais em casa.
— Deve ser ótimo.
— É bom dormir e acordar ao lado dele. Gosto do cheiro que fica na cama, uma mistura perfeita de nós.
Nicole faz careta enquanto jogo meus cabelos que estavam enrolados na ponta para o lado esquerdo.
— Ew, você é muito apaixonada.
— Olha quem fala.
— Se alguém me falasse que estaríamos assim no começo do ano eu rolaria no chão de tanto rir.
— Eu também. — admito e me sento na cama dando espaço para que ela usasse o espelho. Quando estava calçando meu salto nude um pensamento me vem na cabeça. — Já pensou em se casar?
Nicole demora alguns segundos para me responder.
— Na verdade não. Se casar, ter filhos... não sei se é pra mim. Você já pensou?
— Sim. — admito. — Quando tinha dezessete achei que me casaria com o Josh, que teríamos um pra sempre e lindos bebês com covinhas. Agora só consigo pensar em bebês com cachos loiros adoráveis.
Ela dá risada e eu a acompanho.
— Deus te livre disso, amiga.
— Amém. Ainda não está na hora desse tipo de coisa. Mas espero um dia me casar e ter um pra sempre.
— Pra sempre?
— Quando eu e Tina éramos crianças não falávamos felizes para sempre, falávamos só pra sempre. Não me pergunte por que!
Nicole revira os olhos e se vira pra mim.
— Crianças são estranhas.
— Você também é. — rebato.
— Pronta?
— Pronta. Vamos.
Quando chegamos no salão onde o jantar seria servido abraço os noivos, meus pais e todos os membros da minha família e da de Nicholas, fico aliviada quando finalmente acabo. Meus primos mais novos já haviam feito amizade com as crianças da família de Nick e corriam para todo lado, Cal e Nicole estavam em um clima bom e davam risadas sentados em um dos bancos mais ao canto, Nicholas e Tina nunca estiveram tão apaixonados. Estava tudo perfeito.
Me aproximo de Luke me sentindo a mulher mais amada do mundo por ver um sorriso gigante em seus lábios.
— Você é a mulher mais linda que já vi na vida, sabia disso? — ele sussurra no meu ouvido.
Sorrio e me afasto para poder olhar em seus olhos, sua mão quente em meu quadril me trazia uma sensação de segurança incrível.
— Acho que está exagerando, Hemmings.
Ele coloca a mão no peito se fingindo de ofendido.
— Está me chamando de mentiroso?
— Eu diria apaixonado.
— A palavra certa seria sortudo. Não sei o que fiz pra merecer isso tudo.
Levo minha taça a boca.
— Vou deixar você demonstrar sua gratidão mais tarde. — sussurro.
Luke arregala os olhos e aponta o dedão para suas costas onde meus pais conversavam com Tina e a mãe de Nicholas.
— Safada, seus pais estão aqui! Não pode me deixar assim!
— Me desculpe. — eu peço dando uma risadinha.
O celular de Luke apita em seu bolso e ele o pega.
— Mike mandou foto das meninas.
Ele vira o celular pra mim vendo uma foto de Michael fazendo careta com nossos bichinhos no fundo, a gatinha estava deitada nas costas de Petunia como se ela fosse um colchão.
— Awn minha bolinha peluda. — me derreto, esquecendo completamente de tudo na casa que ela havia destruído. — Estão com cara de quem aprontou.
Luke dá risada.
— Acabaram com o travesseiro da Crystal.
— Foi a Petunia que ensinou a Margarida a fazer isso.
— Petunia é uma dama. — Luke defende. — Não ensinaria coisas desse tipo, Margarida que é descontrolada.
Reviro os olhos e tiro o celular da mão dele, abrindo a câmera.
— Vamos mandar uma foto pra eles.
Abro um sorriso e Luke se posiciona atrás de mim.
— Diga "o pau do Luke é do tamanho de um sabre de luz".
— Quê? — pergunto me virando pra ele com a testa franzida.
Ele toma o celular da minha mão.
— Ficou linda, amor.
— Fiquei foi? — ironizo. Luke estava lindo com seu sorriso radiante enquanto eu o encarava com um cara estranha de dúvida.
— Sempre fica. — ele dá um beijo estalado em meu rosto. — Amo você.
Sorrio.
— Também amo você.
Luke envia a foto enquanto o pai de Nicholas chama a atenção para ele, o jantar iria começar. Nos aproximamos.
— Eu gostaria de fazer um brinde a essa união. — estendemos a taça pra cima. — Clementine você já é parte da nossa família faz tempo e estamos orgulhosos do Nicholas por ter arrumado uma esposa como você. Um brinde aos noivos!
Os membros de minha família e da família de Nicholas dão gritinhos enquanto dava risada da cara do meu pai, acho que só agora a ficha dele estava caindo.
O dia de amanhã de amanhã vai ser incrível.
Oi gente! Demorei pra caramba porque esse capítulo deu muito mais trabalho pra escrever do que eu imaginei, a intenção era postar os dois dias de casamento juntos mas acho que vocês não curtiram muito esse negócio de capítulos muito grandes então deixei separados mesmo.
Espero que tenham gostado! Muito obrigada de verdade por todos os votos e comentários, me deixa muito feliz! Já estamos com 4mil vizualizações e isso é incrível!
Muito obrigada mesmo!💘
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