Capítulo 14

Los Angeles, 31 de Janeiro de 2019

Angeline Smiths

Eu estava balançando, freneticamente. De um lado para o outro. Eu estava em uma jangada? Numa montanha-russa? Eu era uma bola de vôlei sendo arremessada de um lado para o outro?

Não sabia.

Só sei que me deixava enjoada, muito enjoada. Um cheiro forte me rodeava e eu sentia minha garganta seca. Me sento abruptamente e vomito, colocando tudo pra fora. E então percebo que havia acabado de vomitar na minha roupa de cama.

— Merda. — praguejo, fazendo careta ao ouvir minha voz toda falhada.

A verdade é que o dia seguinte ao meu aniversário não foi um dos melhores. Na verdade, eu sentia como se ele tivesse sido o pior. Após vomitar em minha roupa de cama eu percebi que não estava sozinha.

Peter, da minha classe de Arquitetura, estava deitado ao meu lado. Pelado. Eu havia transado com ele. E lembro que no momento eu queria muito aquilo, mas agora não me parecia uma escolha inteligente.

Suspiro, completamente frustrada por continuar me lembrando dos acontecimentos do meu aniversário.

— Angeline, tudo bem com você? — minha mãe pergunta, entrando no quarto. — Você não foi na faculdade...

— Tudo. — respondo, sem me virar pra ela.

Ouço um suspiro e em seguida seus passos se afastando e então volto minha concentração a tela na minha frente. Estava pintando uma garota em frente uma estante, fazia sentido pra mim. Demorei consideravelmente para fazer o esboço e estava aliviada por finalmente ter inspiração para pintar. Eu amava o cheiro da tinta.

No domingo após perceber que eu havia vomitado em minha roupa de cama, Peter tentou ser fofo e perguntou se eu precisava de alguma coisa. Eu mandei ele ir embora, disse que queria ficar sozinha. Acho que fui rude com ele e mais rude ainda por não ter respondido nenhuma de suas mensagens até agora. Mas tentava não me preocupar com isso, na verdade eu não queria me preocupar com nada.

Queria esvaziar minha cabeça, para que assim ela vire uma tela em branco e eu possa a preencher com pensamentos bonitos. Características bonitas. Ser alguém melhor.

Minha mandíbula se enrijece novamente quando lembro das palavras de Luke. "Isso não te torna interessante, te torna medíocre." Medíocre. Minha característica marcante, dezenove anos de vida para ser considerada medíocre. Imbecil. Ele era prepotente e narcisista e mesmo assim não joguei nada disso na cara dele.

Quando Peter foi embora, no domingo, meu pai e minha mãe ainda estavam na cama. Ele foi bem cedo, o que me deu tempo de ligar para Tina e pedir sua ajuda. Ela veio, limpou todo o quarto pra mim enquanto eu torcia para que a água quente da banheira me engolisse e me levasse ralo abaixo. Não aconteceu.

Ela me trouxe um chá e biscoitos e avisou nossos pais que eu estava passando mal. Eles entenderam e papai até veio me zoar falando que eu era muito fraca pra bebida.

Passei o dia todo desenhando. Animais, plantas, pessoas. Depois de desenhar tanto acabei percebendo que todos eles tinham algo em comum, todos eles me lembravam o Luke.

Então, de noite, peguei meu cavalete e algumas telas antigas que estavam no meu armário. Comecei a pintar. Usei diversas cores para fazer um fundo, uma esponja ajudou a deixar os tons bem espalhados. E então pintei um feixe de luz e embaixo desse feixe estava Luke, os cabelos bagunçados como uma estrela do rock. Ele tocava guitarra.

Encaro o Luke estrela do rock que agora estava praticamente seco. E então ouço a porta de entrada se abrir e a voz dos meninos ocuparem o espaço lá embaixo. Luke ri e sinto raiva. Me controlo muito para não jogar a tela que havia pintado ontem pela janela.

Me levanto e fecho a porta, colocando minha playlist de rock e aumentando o volume pro máximo.

Continuo pintando, tentando não pensar em nada somente nas cores e da letra da música. Estava dando certo.

Demoro pra perceber que a música havia parado, meus ouvidos doíam e admito que foi um alívio estar no silêncio. Que não durou muito tempo.

— Você tá ficando maluca? — minha irmã pergunta, um tom mais alto que o sei normal.

Coloco a mão na têmpora, seu quase grito foi direto pra minha cabeça.

— Me deixa em paz, Clementine. — rebato, espalhando mais tinta azul na tela.

Fico olhando de lado para a porta, na esperança de que ela saia. Ela não saiu.

— Só quando você aprender que nem todo mundo é obrigado a ouvir essa música barulhenta.

— Você nem mora aqui. Não pode reclamar.

Por favor, por favor, que ela vá embora.

— Pra que todos esses quadros? — ela pergunta, passando perto das telas que estavam no chão secando. — E esses desenhos?

Ouço o barulho de papel, provavelmente ela folheando os esboços em cima da minha cama.

— Estou ocupando meu tempo. — respondo, pincelando na tela um pouco de amarelo.

— Não devia estar na faculdade?

Reviro os olhos e largo o pincel. Ela não iria sair daqui tão cedo.

— E você não devia estar no trabalho?

— Me deixaram sair mais cedo, a equipe da mamãe vai trazer amostras de bolo para eu e o Nick experimentarmos. — ela explica, colocando seu cabelo curto atrás da orelha.

— Eu não dou a mínima. Só sai, por favor.

Sua feição ganha um ar preocupado.

— O que tá acontecendo, Angeline? Você não é assim...

— Não posso ter um dia ruim? Tenho que ser sempre a garota perfeitinha? — meu tom de voz sai mais ríspido do que o esperado.

Ela dá um passo pra trás, na defensiva.

— Eu não disse isso.

— Você mesma já teve um milhão de dias ruins. Acho que eu estou no direito de ter um também.

— É, você está. — ela faz uma pausa e se senta na cama. — E não adianta ficar nessa de ser grossa comigo, não vou sair daqui até você me contar o que aconteceu.

— Não aconteceu nada. — minto.

— Na verdade, não preciso que você me conte. Eu já sei o que é. Luke.

Com certeza minha expressão havia entregado tudo.

— Tina, eu não quero falar sobre isso.

— Você ficou toda estranha depois que ele foi embora no sábado. — ela continua, como se tivesse ligando os pontos em sua cabeça. — Ainda bem que o papai entrou, ele ia ficar decepcionado em te ver beber tanto. A bebum sempre fui eu.

— Não tem nada a ver com o Luke. — minto de novo.

— Angie, você não me engana nem um pouco. Sabe disso, certo?

Suspiro me sentindo totalmente derrotada. Permito exibir o bico que estava em meu rosto o dia todo.

— Ele foi horrível, um grosso.

— Por que?

E lá vamos nós...

— Beijei o Ashton na sexta. — admito.

— Ah Angeline! — ela exclama, fazendo careta e unindo as sobrancelhas. — Por que foi fazer isso?

— Eu estava chateada e com...

— Com...?

— Ciúmes. — franzo o cenho.

Ela arregala os olhos.

— Sério?

— Daquela menina que vimos na internet.

— E por que não conversou com ele?

— Ele não me contou que tinha outra então não quis conversar. — sou sincera.

Ela me olha. O mesmo olhar que minha mãe lançava pra mim após eu fazer algo que ela havia me proibido.

— Ah, a garotinha vingativa ainda está ai.

— Eu não sou vingativa. — me defendo.

— Você jogou um taça de vinho no vestido da Hillary na formatura. Só porque ele era igual o seu.

Reviro os olhos. Admito que no ensino médio eu não era a pessoa mais madura do mundo. Mas eu evolui muito. Ficar sozinha me ajudou.

— Ela sabia que eu iria com o vestido, comprou um igual de propósito!

Ela dá risada.

— Viu, vingativa e mesquinha.

— Tanto faz, ficou muito melhor em mim de qualquer maneira. — faço uma pausa. — E parece que todos tem essa mesma visão de mim.

— Que visão?

— De que eu sou egoísta e mimada.

— Bom, você é mesmo. — ela deve ter percebido a minha cara, pois depois acrescentou. — Mas isso não faz de você uma pessoa ruim.

— Não é o que o Luke acha.

— Vocês estavam tendo um lance e então ele se ausentou e você beijou o amigo dele. Qualquer um ficaria chateado. Você mesma ficou chateada quando viu aquela foto.

— Isso não importa. Não vou vê-lo mais de qualquer maneira. — digo.

— Ele está lá embaixo com o papai.

— Eu sei, é por isso que a música estava no máximo.

Era torturante ouvir a voz dele. Acho que eles estavam gravando uma música.

— Tem que conversar com ele.

Só se eu ficasse louca!

— Não tenho. — respondo. — Ele foi horrível comigo.

— Está sendo mimada de novo. Você também foi horrível com ele. Se ficar esperando ele vir falar com você pode acabar se arrependendo.

Até parece que ele viria falar comigo.

— Ele não vai vir falar comigo.

Minha irmã revira os olhos, provavelmente cansada da minha teimosia.

— E ai você vai passar um bom tempo se perguntando o que vocês poderiam ter sido.

— Você fala como se eu estivesse apaixonada por ele. — digo, cruzando meus braços.

Essa conversa estava me irritando.

— Você só está enganando a você mesma se pensa que não está.

— Eu terminei com o Josh tem duas semanas. Não estou apaixonada pelo Luke!

— Pra se apaixonar não precisa de tempo, pra fazer isso dar certo que sim. — Tina começa. — Olha pra mim, eu me apaixonei pelo Nicholas em uma semana. Não precisou de muito, ele era diferente e eu sabia disso, então só aconteceu. O que exigiu tempo e esforço foi o resto e agora vamos nos casar.

— Eu não quero me casar aos vinte e cinco. — rebato, fazendo careta.

— Eu também não queria. E também não queria me apaixonar pelo Nick. Queria aproveitar as festas da faculdade e curtir com meus amigos. Mas não podia ficar longe dele, ficar longe me deixava triste.

— Não sei aonde quer chegar. — falo, dando de ombros.

— O que eu quero dizer é que não precisa ter medo de se apaixonar pelo Luke.

Ah, ela estava muito enganada.

— Eu não quero ser conhecida por ser um caso de Luke Hemmings. Não quero ser conhecida por nada que tenha a ver com ele.

Pego meu pincel ainda sujo de amarelo e volto a pintar a tela.

— Sinceramente Angeline, do que você tem tanto medo?

— Eu sou esperta o suficiente para ver quando algo pode acabar comigo. E ele pode. Ele é uma grande placa vermelha que pisca a palavra perigo.

— As vezes você tem que se arriscar. — Tina diz, a frase mais clichê de todas.

— Não acho que quero fazer isso. Acho que quero ir pra festas e curtir com meus amigos.

— Você não gosta de curtir em festas Angie, só gosta de curtir com a cara dos outros. — ela rebate.

Dou risada e viro pra ela.

— Você é insuportável! — exclamo, apontando em sua direção com a ponta do pincel.

— E você é tão orgulhosa que não consegue nem admitir para si mesma que quer ficar com o Luke. — ela se levanta. — Conversa com ele, fala o que você sente. Tudo vai ficar mais simples se fizer isso.

— Eu não sinto nada, Tina. Só raiva.

Ela revira os olhos, com certeza sem acreditar em nada que eu disse.

— Tudo bem então. Fica aí se torturando desenhando anjos de cabelo loiro. — ela aponta para meus desenhos. — Mas você vai se arrepender se não fizer nada.

Ela dá de ombros e sai do quarto, fechando a porta em seguida. Aumento o volume do som ao máximo e tento ignorar a dor dos meus ouvidos. Estava rezando para que todo esse barulho das músicas abafasse o do meu coração.


Luke Hemmings

Hoje começamos a gravação de uma música, ela ainda não tinha nome. Jason havia trago alguns dos integrantes da sua equipe de produção para nos ajudarem. Foi divertido e produtivo. No final do dia eu mostrei uma música que compus ontem, mudamos algumas coisas na letra e pensamos em como poderia ser a melodia. No final resolvemos colocá-la no álbum, fiquei feliz vendo a empolgação do grupo. No final o nome da música continuou o mesmo que eu havia dado, Teeth.

Estávamos do lado de fora da casa dos Smiths, ainda conversando sobre a música nova. Até que percebemos a hora.

— Já vou indo. — anuncio, dando de ombros. — Tchau galera.

Sinto uma mão no meu ombro.

— Nada disso, Lucas. — Michael diz.

Me viro.

— Vamos conversar. — Calum fala, me encarando.

— Conversar sobre o quê?

— Sobre sábado. — é Ashton quem fala dessa vez.

Olho para cada um deles e com certeza minha expressão devia estar distorcida em uma careta.

— Pensei que já tínhamos superado isso.

— Nós superamos você não. — Mike rebate com um sorriso convencido.

— Quando foi com você não teve essa comoção toda. — me defendo, olhando pra ele. — Nós te deixamos em paz.

Ele ri, uma risada irônica.

— E por sinal quem havia beijado a garota que eu gostava foi você. — ele me lembra.

Faço careta. Não foi minha tática mais esperta.

— Anda logo, vamos pra minha casa. — diz Calum, me empurrando.

— Sério? — indago.

— Sério!

Não ia conseguir escapar disso de qualquer maneira...
Entramos todos na casa dos meninos e nos sentamos na sala, nos encarando como se esperássemos que um de nós finalmente falasse. Ninguém abriu a boca.

— E aí, quem começa? — pergunto, querendo acabar com isso o mais rápido possível.

Calum levanta o dedo.

— Eu gostaria de falar.

— Vá em frente.

— Tudo bem. É o seguinte, na sexta a Nicole me ligou e perguntou se podia vir aqui de noite, pra gente fazer alguma coisa. Ela avisou que ia trazer a Angie. Nós bebemos bastante e ai a Angie meio que se insinuou pro Ash. Foi nessa hora que a Nicole me puxou para longe e deixamos eles sozinhos.

Nicole sabia o que Angeline queria fazer, por isso tirou o Cal da sala. Pra deixar o caminho livre. Ela havia planejado tudo.
Minha mão treme de raiva.

— Isso só reforça minha teoria. — falo. — Ela é uma adolescente com complexo de princesa que quer sair por aí agindo como uma vadia.

— Você está sendo muito duro. — Calum diz, me encarando.

— Perdi minha paciência. — respondo, virando o rosto.

— Eu queria pedir desculpas. De novo. — Ashton começa, se levantando. — Eu estava bêbado e não estava raciocinando direito. Quando eu vi ela pela primeira vez eu tive interesse, é claro. Mas a partir do momento em que vocês ficaram de rolo eu desisti. Não quero que pense que eu estava só esperando você vacilar, porque não é isso.

Sinceramente, acho que Ash não devia se preocupar tanto com isso.

— Ashton, eu sei quem você é, eu conheço você. Sei que está arrependido e não fez por mal. Não estou com raiva de você.

Ele dá um sorrisinho convencido.

— Eu sei. Essa não é a cara que você faz quando está com raiva. — ele se senta. — Eu só quis falar.

— Essa é a cara do coração partido. — Cal brinca mas ninguém acha graça.

— Se não calar a boca o que vai ficar partido são seus dentes. — rebato.

Michael abre a boca.

— Ok, agora que nossa banda já está fora de risco... está chateado não é Luke?

— Eu estou com raiva. — sou sincero. — Eu odeio ela.

— O ódio e o amor andam juntos. — Calum fala, ele claramente queria me irritar.

— Cuidado com os dentes. — o lembro e ele levanta a mão em rendição.

— O que você falou com ela no sábado? — Ashton pergunta, apoiando a cabeça em sua mão.

— Nada demais.

— Tem certeza? — ele insiste. — Ela voltou bem transtornada.

Suspiro, me encostando no sofá.

— Talvez eu tenha sido um pouco rude. — admito.

Michael solta um suspiro, aquele tipo de suspiro que alguém dá quando está te censurando pelo que você fez.

— Nicole disse que ela estava chorando e que isso não acontece muito. — Calum diz.

— Não posso fazer nada. Talvez ela devesse pensar antes de fazer as coisas.

— Ela só tem dezenove. — Michael defende. —- Devia dar uma folga.

— Você com dezenove não era exemplo em nada. — Ash completa.

— Um ótimo motivo pra ficar longe dela. Ela é nova demais e imatura.

— E você está sendo bem maduro né. — Cal diz, o tom de voz um pouco mais rude e crítico.

Ele não parecia estar satisfeito com minhas atitudes.

— Eu falei, ela escutou e acabamos tudo. Foi isso.

Era verdade o que eu havia dito, pelo menos em partes.

— Depois que você foi embora ela bebeu bastante e até beijou um garoto. — Calum continua, ainda com seu tom crítico.

Reviro os olhos.

— Claro que ela ia fazer isso. — ironizo.

Angeline não ia perder a chance de fazer algo pra tentar se sair por cima. Isso só comprovava que ela não estava por cima, de qualquer maneira. Com certeza o garoto que ela beijou foi aquele que estava conversando com ele na piscina, aquele nojento.

— Você gosta dela e agora está se mordendo de ciúmes. — fala Mike, ele parecia se divertir com essa discussão.

— Tanto faz. Eu e ela não vai rolar de qualquer maneira. Eu preciso de paz e sossego pra focar no álbum, ela iria me atrapalhar. É melhor assim. Em pelo menos um de nossos álbuns eu tenho que estar emocionalmente estável.

— E se ela for falar com você? — Ashton pergunta.

— Ela não vai. Acabei com o show dela então duvido que ela venha falar comigo.

Mike dá risada.

— Claro que vai! — ele exclama. — Você é tão idiota que nem percebeu o quanto ela está afim de você.

— Vocês não vão me convencer.

— Isso tem a ver com a Charlie? — Calum pergunta.

Me remexo, me sentindo incomodado com esse assunto.

— Lola não tem nada a ver com isso.

Ashton pareceu perceber meu desconforto, mas isso não impediu ele de continuar o interrogatório.

— Não ia ficar com ela sexta à noite?

— As coisas não saíram como eu esperava então fui embora. — sou sincero.

— O que quer dizer não saíram como você esperava?

Tudo bem, eu não ia aguentar esconder isso por muito tempo de qualquer maneira.

— Ela disse que me ama. — admito.

As sobrancelhas de todos eles se levantam numa expressão de choque.

— Wow! — Michael exclama.

— É, wow. — concordo. — Quando ela disse isso eu me lembrei como é estar apaixonado por alguém de verdade. Daquela fase boa que é o começo de um relacionamento, de olhar pra alguém e pensar que não precisa de mais nada. E então, depois tudo acaba. Não quero isso de novo.

Michael pigarreia e me encara.

— Luke, vou ser bem sincero. Se você ficar ou se você fugir, vai se magoar da mesma maneira. E eu acho muito mais torturante pensar no que poderia ter sido do que ter um coração partido.

— Desde quando você ficou tão maduro? — pergunto, achando engraçada essa versão do Mike.

Ele dá risada.

— Acho que é porque estou noivo.

— Você tem sorte, sempre gosta das pessoas. — Cal fala. — Eu queria isso. Acho que tem alguma coisa errada com meu coração.

— Talvez tenha alguma coisa errada com o meu. — digo.

— Só faça o que é melhor pra você. — ele continua. — E tira essa expressão de derrota da cara.

— E se ela for ver você, aja com o coração e não com a cabeça. — completa Ash. — Vai se magoar menos assim.

Assinto.

— Vou pensar sobre isso.






Oi, eehhh Leticia ne?
kkkkkkk brincadeiras a parte. O que acharam do capítulo de hoje? Quis colocar o ponto de vista dos dois por isso está num formato diferente.

Achei essas conversas muito necessárias e esclarecedoras. Vocês tinham que saber o que estava passando na cabecinha conturbada deles né....

Próximo capítulo eles finalmente se encontrarão pessoalmente. O que vocês acham que vai acontecer? Vão piorar a situação ou finalmente se resolver?

Amor ou guerra? Façam suas apostas!!

Espero que tenham gostado :)

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