08.

CAPÍTULO OITO:
A chama ardente que seu toque me causa

A luxúria da tua alma expõe meus desejos à flor da pele, tudo que sinto exposto, ao passado dos meus sentimentos, cometo absurdos por esse amor, mas sei que tudo valerá a pena.




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✶ 𝐀𝐍𝐄𝐗𝐎 𝐈𝐌𝐏𝐎𝐑𝐓𝐀𝐍𝐓𝐄 ✶

〘 01 〙 —  Este capítulo possui palavras de baixo calão e cenas – explícitas – +18, caso você não se sinta confortável com este tipo de leitura, por favor, apenas passe direto e evite comentários desnecessários.













A carruagem ia desaparecendo da visão dos restantes pelas estradas defeituosas de Porto Real, assim como os demais cavalos e guardas reais. A princesa Rhaenys se encaminhou até a entrada da Fortaleza Vermelha juntamente a Corlys e Jacaerys, Helaena ia atrás segurando nas mãozinhas dos gêmeos e damas de companhia à sua espreita enquanto uma delas tinha Maelor nos braços.



A noite caiu como um sopro, o príncipe herdeiro massageava as têmporas enquanto lia alguns pergaminhos juntamente aos avós na sala real do conselho, eram diversos relatos sobre como o povo estava tão alterado esses tempos, o anúncio da morte do Rei foi solto pelos ouvidos dos plebeus, obviamente não havia como segurar por tanto tempo então a notícia foi espalhada rapidamente.



— Um reino fica inseguro e agitado quando se encontra instável. – O homem de fios grisalhos falou de repente. — Há maneiras de contornar a situação, mas devemos fazer isso apenas quando a princesa Rhaenyra retornar.



Rhaenys concordou lentamente enquanto tinha o queixo apoiado nos dedos. Seus olhos violetas caíram no neto que tinha a expressão séria e cansada.



— Jacaerys, vá para seus aposentos descansar. Você ajudou bastante.



O que não era mentira, o príncipe mencionou formas de apaziguar as situações grosseiras do povo, muitas delas eficazes e que não passariam despercebidas por Corlys quando este fosse deixar a futura Rainha ciente. O citado se surpreendeu minimamente pelo afeto na voz da princesa, ele não estava acostumado, não iria mentir.



Desistindo de tentar mostrar mais eficiência pela dor de cabeça se alastrando por suas paredes mentais, levantou da cadeira de madeira detalhada em tecido preto, fez um gesto respeitoso para ambos antes de se desfazer da sala do conselho.



No seu caminho até o quarto real, retirava o manto preto revestido no couro. Estranhamente aquela noite escura estava terrivelmente fria aos arredores do castelo, felizmente a Fortaleza Vermelha se encontrava quente e confortável. Lembrou de escrever um pergaminho para Cregan Stark enquanto passava horas com seus avós, se obrigando a lembrar no dia seguinte de mandar um corvo até Winterfell.



Joffrey era acompanhado por uma das damas de companhia da princesa Rhaenyra Targaryen, estava com o semblante desanimado.



— Jace! – Exclamou o irmão mais jovem, correndo até sua direção.



Joff... – Suspirou animadamente sentindo o menor abraçar suas pernas. Acariciou os fios pouco bagunçados dele. — Você já deveria estar na cama.



— Vossa Alteza, eu iria deixá-lo em seus aposentos, mas o príncipe está muito elétrico.



— Como sempre. – Riu baixo. — Não é necessário, eu mesmo levo meu irmão.



A garota afirmou com a cabeça, fez uma reverência e se retirou.



— Sua sorte é que a nossa mãe não está aqui.



A criança apenas sorriu divertida passando a caminhar com Jacaerys pelos corredores iluminados do castelo. Estava distraído segurando na mão menor do irmão até perceber uma pessoa, – ou melhor, mais de uma – se aproximando. Elevou o olhar cautelosamente tendo a vislumbre visão de Helaena segurando nas mãos dos dois filhos, – Jaehaerys e Jaehaera.



O Velaryon mais jovem estranhou quando o mais velho parou de repente, levantou a cabeça de forma curiosa, acompanhando seu olhar com Jacaerys e percebendo que ele observava a entrada repentina de Helaena Targaryen. Sua tia.



Apertou os olhinhos castanhos até as duas crianças menores, pareciam ser mais novas que ele. Sorriu para ambas as figuras de cabelos brancos afim de tentar arranjar amigos. Amigos que finalmente fossem mais novos que ele para que então, pudesse se vangloriar disso.



— Jace! – Puxou a bainha do colete vermelho, instantaneamente ele retornou o olhar até Joffrey. — Posso brincar com os filhos da nossa tia?



— Bom, deveria perguntar a ela, Joff. E não sei se seria uma boa ideia, está tarde.



— Só por hoje, por favor... – Juntou as duas mãos em um pedido inegável. Soltou-se dele e caminhou até ficar frente a frente com a Targaryen. — Tia, posso brincar com eles?



Apontou para os menores que tinham os olhos violetas vidrados no menino em seu campo de visão.



— Eu não vejo problema. – Sorriu docemente. — Não acho que fará mal se for apenas por hoje.



Virou a cabeça para trás, um dos guardas estavam esperando a princesa. Então, ela o chamou.



— Por favor, acompanhe os príncipes até meus aposentos. Vocês podem brincar, mas não exagerem. Joffrey, você é maiorzinho então terá de ficar de olho em Jaehaera e Jaehaerys, tudo bem?



O citado assentiu ferozmente com a cabeça, o que fez a platinada sorrir. Deu um incentivo para os filhos se aproximarem do filho de sua irmã, prontamente e de forma cuidadosa, Joffrey segurou em suas mãos menores que as dele e ficou com a postura ereta e decidida.



— Vamos, pequena gêmea um e pequeno gêmeo dois! Temos um reino para destruir com nossos dragões! – Se referiu as peças de brinquedo revestidas em madeira. A mulher riu baixo e deixou um beijo na cabeça dos filhos antes deles começarem a caminhar com Joffrey. — E eu preciso aprender a falar o nome de vocês... que difícil.



Balançou a cabeça em negação sendo escoltado com as duas crianças e o guarda real.



Um sentimento estranhamente confortável se alastrou por seu peito, esperou eles desaparecerem da sua visão para virar afrente e juntar as mãos.



Novamente os olhares haviam se encontrado. Após aquela noite estrelada, Jacaerys entrou em uma profunda reflexão consigo mesmo se o que tinha feito era realmente correto. Certamente, nunca teria realizado o que fez se ele e Baela não tivessem seus próprios assuntos pessoais e suas limitações traçadas um com o outro, mas, Helaena ainda mantinha uma relação conjugal com Aegon Targaryen. Tinha três filhos com ele, com seu tio. Tinha ciência que o parente não parecia ter o mínimo de respeito pela mulher, não era novidade para ninguém.


Mas se soubessem, se ao menos desconfiassem... tudo iria cair nas costas de Helaena.



E ele sabe disso porque ele tem uma mãe.



Uma mãe que por cimda de tudo é mulher.



E acima de tudo, ele sabe o que a progenitora passou quando eram crianças. Todos os insultos insalubres que ela escutava, e até mesmo sabia dos insultos ocultos que faziam por suas costas. Na época, ele podia ser uma criança... mas ainda sim. Ainda sim sabia dos rumores e os falados que desferiam em cima de si e seus irmãos.



Desde então, ele tem evitado ao menos olhar para a Targaryen. Seu peito latejava ao negar os pedidos do próprio coração e seguir a consciência, mas ele não poderia suportar se escutassem dos outros... as mesmas coisas que eles falavam para sua mãe.



O que nunca foi fácil.



Engoliu a seco balançando a cabeça levemente, – tão suave que desconheceu a calmaria repentina. Talvez isso acontecesse quando estava no mesmo recinto que ela. Talvez. Mesmo não querendo, iniciou um caminhar devagar até a grande saída do corredor que dava ao destino amplo em parte dos aposentos.



Os dedos das mãos tocaram o seu braço devagar, as orbes castanhas seguiram os anéis de pedrarias bonitas e discretas. Um em uma coloração carmesim e outro num azul claro. Subiu-os até o rosto alheio que era reluzente pela luz das tochas penduradas nos objetos de metal arranjadas nas paredes. O violeta fraco brilhava pelo reflexo, aquele violeta tão bonito.



Tão lindo quanto um campo de hortênsias.



Seu olhar vacilou por um instante ao perceber o nervosismo demonstrado pela pouca tremedeira em seus cílios.



— Por que não consegue manter seus olhos em mim, Jacaerys?



Ele não respondeu.



— Por acaso... eu fui uma diversão para você? – Perguntou com a voz fraca. — Eu sou uma diversão para você?



Prontamente a Targaryen sentiu as mãos ásperas do Velaryon segurarem ao redor dos seus próprios braços, suas feições eram indescritíveis. Ela não sabia dizer se ele estava com raiva, angústia ou desespero. Ele apenas manteu aquela imensidão castanha em sua direção.



— Não! Nunca, não pense nisso! – Respirou profundamente. — Eu nunca cogitaria.



— Então por que continua a me evitar?



— Helaena...



Os olhares cheios de emoções misturadas se encontraram cercados por seus próprios sentimentos.



— Eu não consigo esquecer você. Eu nunca fui tão sincera em minha vida sobre o que eu sinto. Permito-me a isso porque eu sei que o que sinto é certo.



Aquela confissão fez o coração do Velaryon bater fortemente dentro do peito. Abriu a boca, esperando que saísse algo de seus lábios. Mas nada muito concreto foi dito. Tentou passar conforto com a ponta de seus dedos acariciando a pele coberta pelo tecido grosso do vestido amarelo dourado da princesa.



— Acha que comigo é diferente?



Sua voz saiu suave, – mesmo que sua cabeça estivesse com turbilhões de pensamentos diferentes. A de fios brancos tombou a cabeça levemente para o lado, de vez em quando tentando pensar que o mais racional seria esquecer. Esquecer tudo o que estava sentindo, mas... ela não queria.



Ela se recusava.



— Eu preciso de você, Jace.



Aquele havia sido o estopim para o castanhado. Sentiu as pupilas dilatarem e uma corrente elétrica correr por suas veias, respirou fundo afim de acalmar o coração agitado, batendo tão intensamente. Olhou ao redor para ter certeza de que não haviam guardas presentes antes de descer devagar os dedos até as mãos macias, adornou-os em volta dos seus e enlaçou-os como um perfeito nó que não seria desfeito.



O príncipe e a princesa haviam sumido pelos corredores do castelo.









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As mãos navegavam pelo seu corpo de forma astuta, mas também suave e calma. Os narizes se enroscavam com lentidão, mas precisos. As bocas se tocavam sem pressa, mas com desespero. Ambas as consciências sabiam que o que faziam era errado, – era adultério e pecado. Helaena sabia muito bem que se Alicent Hightower soubesse o que estava fazendo, ela nunca a perdoaria. Mas ter o toque gentil do Velaryon se atracando com sua pele era tão... tão bom.



Não estavam mais expostos aos corredores iluminados, agora se escondiam em seu próprio ambiente confortável. Nos aposentos do príncipe, Helaena Targaryen tinha os lábios sendo beijados inúmeras vezes pelos dele.



A sensação de ansiedade e uma chama ardendo subindo por seu corpo, era resultado do efeito que Jacaerys exercia sobre ela. A Targaryen sempre se imaginou sendo tocada de uma maneira que gostasse.



Não da maneira que tivesse de ser obrigada. Em relação de ser obrigada a ter filhos, a ter herdeiros.



Não, ela queria ser tocada de forma gentil, mas agressiva se desejasse. De forma suave e amorosa, queria que cuidassem dos seus desejos. Ela imaginou que nunca iria obter o que tanto sonhava, mas ao fim, estava.



As bocas se separaram de repente, um lamúrio de decepção fugiu por seus lábios rosados e bem hidratados. Jacaerys acariciou o rosto rubro, observou-a com os olhos semicerrados e roçou sua própria boca na dela.



— Eu não vou continuar se você quiser parar.



Um simples selar casto foi depositado. Não era preciso palavras ao certo, a mais velha queria.



Ela queria tanto.



Queria os beijos quentes, queria os toques fumegantes.



Queria que tudo aquilo fosse proporcionado por Jace.



Por Jacaerys Velaryon.



Era tudo o que ela desejava.



Em um movimento rápido, passou os braços pelo pescoço do mais jovem, aproximando mais uma vez seu rosto ao dele.



— Me tome. Só isso... continue. E não pare.



Jacaerys trincou seu maxilar mantendo a mínima contenção por seu interior. Segurou firmemente na cintura bem situada no vestido requintado, não negligenciando as belas curvas que Helaena tinha. Pelos deuses, como seu tio era tão imbecil ao ponto de não perceber que tinha tudo consigo.



Tudo.



Tudo e mais um pouco, e mesmo assim ele era um idiota reclamador.



Mas ele não precisava se preocupar. Se Aegon não sabia agradecer pelo que tinha ao seu lado, Jacaerys faria por ele.



— Se for a última vez... – Ela disse baixo com os lábios trêmulos. — Então faça ser a melhor.



O coração de Jacaerys doeu mais uma vez naquela noite.



— Se for uma última vez, então eu farei ser a mais feliz.



Eles se beijaram tão dolorosamente, os lábios se machucando sem perceber. Jace a guiou até o emaranhado de travesseiros e lençóis tão bem organizado, os pés ansiosos roscando um no outro entre botas de couro e sapatos femininos.



Caíram juntos, dobrados um em direção ao outro. A cabeça de Helaena se encostando no objeto feito de penas tão macio e confortável, uma das mãos do maior apertando sua coxa direita abaixo dos tecidos de seu vestido, segurando-a como se fosse a mais preciosa das esculturas, apertando a carne da pele com cuidado. Os seus dedos cuidadosamente passearam pelos ombros largos de Jacaerys, descendo-os e parando nos pequenos botões do colete dele, sem descolar os lábios famintos, ela foi desabotoando-os devagar, e ao mesmo tempo com pressa. O tecido grosso caiu de seu corpo com a ajuda dele mesmo, em poucas frações de tempo, estava no chão jogado, assim como os sapatos que por alguma razão, - pouco conhecida por eles, também estavam.


Ele também desceu seus próprios dedos até o fecho do vestido alheio, tirando as amarrações bem precisas uma na outra sem qualquer dificuldade. A seda das mangas caíam graciosamente dos braços da Targaryen, com os olhos castanhos brilhantes ao vê-la a mercê de seus toques, o Velaryon trilhou um caminho de selares suaves feito uma pena pela direção dos braços, - agora livres de uma parte das vestimentas. Ele se ergueu brevemente para retirar o restante das partes de cima, a túnica branca mais fina teve o mesmo destino das outras peças.


Os lábios de Jace moveram-se contra os dela com mais força agora, enquanto ele a sentia retribuir lentamente o beijo. Suas mãos plantadas em seus ombros, os dedos cravados com força em sua pele desnuda, seus lábios macios e quentes contra os dele. Jacaerys segurou a Targaryen perto, uma mão em concha em seu rosto, a outra alisando seu corpo ainda coberto pelas peças ricas em detalhes, e terminando no cóccix para pressionar seu corpo mais perto do dele. Um desejo gutural o encheu enquanto o beijo ficava mais áspero e com mais paixão à medida que os segundos passavam.


Ele se afastou do beijo, olhando Helaena nos olhos, cada vez mais uma tensão ridiculamente excitante preenchendo o principe e a princesa. Helaena olhou para seu rosto, os lábios entreabertos para falar... mas o mesmo apenas a silenciou com outro beijo acalorado e urgente. Dando-lhe sua paixão, devoção, a necessidade de senti-la e proporcionar-lhe um prazer que só um homem poderia oferecer a uma mulher.


Suas mãos eram gentis sobre sua pele. Removendo o colete de sua figura para explorar, suas bochechas queimando por um sentimento vergonhoso ao estar totalmente sem as principais peças cobrindo seu corpo. Não que fosse a primeira vez estando assim, mas era a primeira vez que se sentia tão ridiculamente bem, principalmente com os olhos carinhos e cuidadosos de Jace a encurralando de forma devota, como um dragão examina sua presa. Mas ao mesmo tempo que era um olhar amoroso. Dedos agarrando e vagando pelas laterais do estômago e até os seios. Ele os segurou na mão, um pequeno e silencioso gemido de prazer esvaindo em sua boca, o Velaryon empurrando seu corpo de volta para a cama confortável.


A mão direita de Jacaerys caiu sobre a meia calça de seda. Empurrando para dentro, os dedos vagando e enrolando contra seu calor quente e escorregadio. A de fios grisalhos soltou um suspiro agudo, o mais jovem puxando seus lábios para seguir o beijo ao longo da lateral de sua mandíbula e pescoço. Seus dedos abriram caminho dentro dela, empurrando suas dobras para se afundar dentro so seu interior. Jacaerys segurou-a perto enquanto a sentia se contorcer diante os toques e gemia levemente, a voz leve, as mãos agarrando firmemente suas costas enquanto ele beijava e chupava sua pele macia e flexível. Seus dedos bombeando e curvando-se dentro dela, deixando seus dedos tremerem e seus joelhos ficarem fracos.


A deitou de costas na cama. Pairando sobre ela. Levando seu seio esquerdo em sua boca para morder, chupar e lamber como quisesse. Seus dedos se moveram mais profundamente dentro dela, o homem acrescentou um terceiro, bombeando-os dentro da mulher enquanto ela gemia e rasgava sua pele desnuda pedindo mais, as pernas trêmulas abaixo dele eram um pequeno aviso na qual alertava-o que ela estava se aproveitando. O príncipe havia fechado os olhos e podia sentir o peso longo e leve dela sobre ele, os seios dela pressionando contra ele e os lábios nos dele.


Sua boca foi se desviando naquele instante, passeou o nariz entre sua pele cheirosa, como um campo fresco de rosas, as mais bonitas e coloridas. Desceu, desceu e desceu com as mãos da Targaryen acariciando seus fios com poucas ondulações, se estiveram arrumados alguma hora naquela manhã, se enconstravam desgrenhados. Mas não parecia ser um problema para ela já que apenas um pensamento esvaía sobre sua mente, e era sobre como Jacaerys era lindo.


Não, bonito... lindo.


Ele colocou a cabeça entre suas pernas, primeiro acariciando. Sua barba era um pouco áspera na parte interna das coxas macias, não era desconfortável para Helaena. Depois, com os lábios e depois com a língua, ele acendeu o fogo. Um grito cheio de espanto e ao mesmo tempo fervente escapou de suas cordas vocais, ela precisava daquele toque e não sabia. Aquela sensação estranha: gratidão e fome. A fome estava sendo contida. Também parecia um castigo.



— Quero ter você, possuí-la corpo e alma.



Sua voz saiu como um súplico solitário. Ela suspirou com a voz quebrada pela tensão em seus músculos, querendo liberar tudo o que sentia nas paredes internas.


Ele não quer que ela vire. Ele quer que ela o olhe, ele quer ver suas feições. Não quer machucá-la e muito menos a proporcionar dor.


Ele que dá-la amor, carinho e principalmente, prazer.


Começam lentamente. As peles reluzentes pela pouca luminação, Jace não poupando-a de toques suaves, os rostos tensos e ele apenas precisou de uma confirmação de Helaena para dar continuidade, assim ela fez. Não foi preciso mais nada. Então ele começa de novo, guiando-o com uma mão, alimentando-o na mesma direção. Ela começa a girar os quadris, a gritar. É como ministrar a um lunático. Finalmente ele o tira novamente. Enquanto espera, tranquilo, deliberado, seus olhos não param de pousar nos dela — nos belos olhos violetas característicos... Eles o distraem, deixam-o maluco. A presença deles parece fascinante, como uma evidência.


— Jace! Mais... mais!



Por um momento ele ainda estava dentro dela, túrgido e trêmulo. Então, quando ele começou a se mover, no súbito orgasmo indefeso, despertou nela novas e estranhas emoções ondulando dentro dela. Ondulando, ondulando, ondulando, como uma sobreposição de chamas suaves, suaves como penas, correndo em pontos de brilho, requintado e derretendo-a por dentro. Era como sinos ondulando até o ponto culminante. Ela ficou inconsciente dos gritos selvagens que soltou no final.



Eles começam mais uma vez e desta vez não param até que ela grite e ele se sinta gozando em longas e trêmulas corridas, a cabeça do seu próprio membro tocando o osso, ao que parece. Eles ficam exaustos, lado a lado, como se tivessem acabado de encalhar um grande barco.

Jacaerys suspirou fundo, um filete de suor descendo na lateral de seu rosto, os lábios inchados e a feição calma. Ele se virou e olhou para a Targaryen, que brilhava diante a luz das velas.


Tão bonita.


Não, bonita...


Linda.


Perfeitamente, linda. Linda para ele.


Observou-a tão quieta e pacífica, com os olhos entreabertos e respirações suaves saindo de seus lábios. O Velaryon levantou lentamente um dedo leve, arrastando-o ao longo da têmpora de Helaena até as maçãs do rosto e o maxilar inferior. Seu coração batia alto e forte dentro do peito, e tinha medo que ela pudesse o escutar.


— Quero ficar aqui com você.


— Fique.


— Eu gostaria de poder ficar sempre.


— Eu também.


Um último beijo foi dado na testa da Targaryen antes dele a aconchegar em seus braços pouco úmidos, acariciando os fios brancos lentamente, sentindo a maciez entre eles e as pequenas ondulações passearem por sua pele.


Adormeceram no calor de seus próprios corpos, sem imaginar em como fariam no dia seguinte para seguirem em frente com pensamentos distintos.


Queriam um ao outro.


Mas não podiam ter um ao outro.











































〘 🐞 〙 —  skakkskdkd meus jacelaena 😭😭😭 eu estava tão ansiosa para escrever mais dos meus protegidos.

〘 🐞 〙 — Próximo capítulo, finalmente um dos personagens mais aguardados por vocês vai aparecer, por favor, paciência comigo!!!

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