𝕗𝕠𝕦𝕣 › Praia





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   Gojo conseguiu uma folga do trabalho e esse final de semana iríamos visitar minha mãe no litoral. Fizemos nossas malas e as colocamos no carro. A viagem durou cerca de seis horas, fizemos algumas paradas e revezamos o volante. Quando chegamos na casa da minha mãe pude notar o nervosismo do platinado.

Lana: Não se preocupe, minha mãe vai gostar muito de você. — Sorri.

Gojo: Eu espero. — Dou um pequeno celar em seus lábios antes de sairmos.

   Toco a campainha da casa da minha mãe, não demorou muito até que ela viesse nos atender.

Elizabeth: Meu amor quanto tempo! Que bom te ver! — Ela me beija e em seguida me abraça fortemente — Você deve ser o marido da minha filha certo? Ela me falou muito bem sobre você, não via a hora de conhecê-lo. — Ela sorri e os dois se comprimentam.

Gojo: Eu é que não via a hora de conhecer a mãe da minha esquentadinha, você deve ser uma pessoa tão amável quanto ela. — Reviro os olhos.

Lana: Puxa saco.

Elizabeth: Filha que puxa saco o que, ele está sendo gentil com sua sogra. — Adentramos na casa da minha mãe. — Filha eu dei uma arrumadinha no seu antigo quarto, no entanto ele está do jeito que você deixou. Eu vou terminar de cozinhar a comida aqui e já dou atenção para vocês.

Lana: Tá bom mãe, vamos pegar nossas malas e colocar no quarto.

[...]

Gojo: Uau, quantos posters! — Ele olhava minhas coisas antigas enquanto eu arrumava minhas roupas.

Lana: É, minha adolescência toda foi resumida em música para lá e para cá.

Gojo: E não é assim até hoje? — Ele zomba.

Lana: Mais o menos. — Reviro os olhos. — Amor eu estou cansada, poderia arrumar nossas roupas no meu armário? — Me deito na cama.

Gojo: Com você me chamando de amor... É óbvio que não vou negar.

   Depois que Gojo arrumou nossas coisas tomamos banho e minha mãe nos chama para jantar. Conversamos bastante e ela nos fez perguntas do tipo "onde vocês se conheceram", "quanto tempo estão juntos", "porquê não me chamaram para o casamento" e assim vai.

Elizabeth: E filhos? Vocês pretendem ter?

Gojo: Sim, um menino e uma menina. — Ele sorri e coloca sua mão sobre a minha.

  Me engasgo com a comida e minha mãe rapidamente me ajuda.

Elizabeth: Você está bem querida? Come mais devagar, você e suas manias de comer igual doida!

Lana: Eu tô bem mãe, relaxa. — Tomo um copo de água na tentativa de recuperar o fôlego.

Gojo: Está bem mesmo vida? — Ele me oferece mais um copo de água com um sorriso sínico nos lábios.

Lana: Sim, sim...

Elizabeth: Bom, já que você está bem, vamos voltar ao nosso assunto então.

    Minha mãe e Gojo começam a conversar como se fossem amigos há anos, fizeram algumas piadinhas e me zoaram, fofocaram sobre alguns famosos e trocaram receitas culinárias. Quando terminamos de comer Gojo se ofereceu para me ajudar a lavar a louça, e ele mais atrapalhou do que ajudou. Em seguida fomos para o quarto.

Lana: Amanhã quero ver o por do sol e teremos que acordar cedo, melhor irmos dormir agora.

Gojo: Não vou nem colocar despertador, você ronca igual uma porca. — Ele diz entre risadas.

Lana: Cala a boca idiota, quem ronca aqui é você! — Jogo o travesseiro na cara dele.

   Nos deitamos na cama e Gojo me abraça por trás, formando uma conchinha.

Lana: Goj- quer dizer, amor

Gojo: Sim?

  Iria zombar dele, no entanto desisti.

Lana: Ah... nada. Boa noite.

Gojo: Boa noite querida. — Ele beija meu pescoço me causando alguns arrepios.

Quebra de tempo

   Acordamos por volta das quatro e quinze da manhã. Tomamos banho e nos arrumamos brevemente. Fomos de carro até a praia que não ficava muito longe dali. Nos sentamos na areia da praia e esperamos o sol nascer.

Lana: Olha o sol já está nascendo! — Aponto para o horizonte, vendo que o mesmo (sol) estava surgindo do "meio do mar".

Gojo: Sim, vamos tirar uma foto. — Satoru tira algumas fotos do amanhecer e fotos minhas, tiramos algumas juntos também.

   Pulamos algumas ondinhas e Gojo me empurrou na água gelada do mar. Eu tentei derrubar ele no entanto não funcionou.

Lana: Poste ambulante, eu vou me vingar ainda!

  Cruzo os braços e saio andando, Gojo corre atrás de mim e me pega no colo me colocando nos ombros.

Lana: Me solta idiota! — Começo a bater nas costas dele.

Gojo: Na na ni na não, vai que você me joga na água. — Ele começa a andar em direção ao mar novamente.

Lana: Se você me jogar no mar de novo eu vou matar você!

Tarde demais, o platinado já estava dentro da água. Quando as ondas começam a bater nos joelhos dele ele me joga no mar. O xinguei de todos os nomes possíveis e começa a correr atrás dele.

Lana: Quando eu te pegar você está fodido Satoru! F-o-d-i-d-o! — Grito.

  Algumas pessoas que estavam alí acharam a cena um tanto quanto engraçada. Quando cansei de correr, me sentei na areia e cruzei os braços, o platinado vem até mim e se senta ao meu lado.

Lana: Não são nem seis da manhã e eu já estou enxarcada! Eu odeio você.

Gojo: Eu também te amo boneca. — Ele beija minha testa. — Vamos ir agora? Mais tarde voltamos para cá com sua mãe.

Lana: Tá. — Começo a tirar minha roupa ficando apenas de lingerie.

Gojo: O que pensa que está fazendo mulher? Enlouqueceu? — Ele tenta tampar meu corpo com as mãos.

Lana: Não tem quase ninguém aqui, para de graça. E outra, não vou entrar no seu carro com a roupa molhada. — Começo a caminhar e Gojo vem atrás de mim.

Gojo: Caralho, você só me dá trabalho. — Ele segurava minhas roupas enquanto eu estava na ducha tirando a areia do corpo.

Lana: Você me jogou no mar, cara! Você é quem me dá trabalho sabia?

Gojo: Ah tá, você parece uma menininha mimada e explosiva. — Ele lava os pés na ducha e seguimos para o carro dele.

Lana: Mimada não! Explosiva só quando você me tira do sério.

Gojo: Acho que te tiro do sério toda hora então. — Ele debocha.

Lana: Sério? Não me diga. — Gojo abre a porta do carro para mim e em seguida entra no mesmo pelo outro lado.

  Antes de voltarmos para casa passamos em uma padaria e compramos algumas coisas para o café da manhã. Quando chegamos em casa obriguei Satoru a lavar minha roupa na mão e a estender. Tomei banho e fui ajudar minha mãe no café da manhã.

Elizabeth: Ele te jogou no mar Laninha? — Minha mãe começa a rir. — Seu marido é uma figura mesmo, ele me lembra um amigo meu que já se foi.

Lana: Sério? E como ele era?

Elizabeth: Ele parecia um pouco com seu marido, ele tinha cabelos brancos e os olhos azuis também. Ele era muito engraçado e sempre me pregava uma peça — Ela sorri.

Lana: Será que ele poderia ser parente do Gojo?

Elizabeth: Acho que não, o sobrenome dele era diferente.

Lana: Entendi.

Gojo: Estão falando de mim? — Ele entra na cozinha. Sua roupa era diferente da de mais cedo e seus cabelos estavam molhados, provavelmente ele havia tomado outro banho.

Lana: Sim, minha mãe estava estava falando que tinha um amigo tão idiota quanto você.

Elizabeth: Laninha eu não disse nada disso, só disse que tinha um amigo que era brincalhão que nem seu marido!

Gojo: Não se preocupe sogrinha, eu sei que você jamais falaria de mim .— Ele coloca a mão nos ombros da minha mãe e sorri.

Lana: Chatos. — Os dois riram. Nós colocamos a mesa e tomam o café da manhã reforçado. Terminamos de comer e pegamos as coisas que iríamos levar para a praia e colocamos roupas de banho.

   Era por volta das dez e quinze quando chegamos na praia, montamos nosso guarda sol e as cadeiras. Ajudei minha mãe a passar protetor solar e ela pegou seu chapéu e óculos e já fora tomar sol.

Lana: Você parece um papel de tão branco e pode se queimar a beça, não vamos economizar o protetor solar em você. — Gojo estava sentado na cadeira e eu estava de pé no meio das pernas dele.

Gojo: Não sei se você está preocupada comigo ou se está me humilhando — Ele colocou a mão na minha cintura enquanto eu passava o protetor solar em seu rosto.

Lana: Os dois. — Sorri. — Mas é sério, não quero que você fique torradinho do sol depois.

Gojo: Tudo bem, já você pode torrar aí no sol e ficar bronzeadinha pro papai aqui. — Ele diz orgulhoso.

Lana: Idiota, eu não vou fazer isso. — Termino de passar o protetor no rosto dele. — Vira pra eu passar nas suas costas agora. — Gojo obedesce e eu termino de o ajudar.

Gojo: Pode deixar que eu vou passar protetor no seu corpo todinho. — Ele se ajoelha no chão pra começar a passar protetor nas minhas coxas e bunda. — Que bundão ein amor! — Ele diz alto e sorri. As pessoas da barraca ao lado deram algumas risadas.

Lana: Gojo sem safadezas por favor! Estamos em público. — O repreendo.

Gojo: "Gojo" não, já disse pra me chamar de amor. — Ele passa protetor no interior das minhas coxas e aperta a região me causando alguns arrepios e me deixando envergonhada. Ele percebe e sorri.

Lana: Go- quer dizer, amor, já disse que estamos em público. Para de fazer isso! — Digo um pouco mais baixo para que só ele ouça.

Gojo: Muito bem. Vou parar por enquanto só por que você me chamou de amor. — Ele termina de me ajudar e em seguida rouba um selinho meu.

Lana: Você é muito abusado mesmo viu.

Gojo: Somos casados, — Ele aponta para a aliança dele. — Posso beijar você quantas vezes eu quiser.

Lana: Tá, tanto faz. Agora estende minha canga no chão e compra uma água de coco pra mim, quero tomar um pouco de sol.

Gojo: Não sou seu empregado. — Ele debocha e eu o olho brava. — Tô brincando, vou ir lá. — Ele estende minha canga no chão, coloco meu chapéu e óculos, em seguida deito de barriga para baixo. Não demorou muito até que o platinado voltasse com minha água de coco.

Lana: Obrigada meu amorzinho.

Gojo: Eu é que lhe agradeço por me proporcionar essa incrível visão. — Ele abaixa o óculos e olha para minha bunda.

Lana: Como você é safado, cruzes.

Gojo: Olha lá sua mãe passando o vapo nos novinhos! — Ele ri. Olho para a direção em que minha mãe estava, ela conversava com uns caras que aparentavam ter uns trinta anos, tinha também duas mulheres jovens. — Tem duas mulheres, acho que vou lá com a sogrinha.

Lana: Pisa lá e eu te quebro.

Gojo: Ciumes linda? — Ele provoca.

Lana: Não né, eu com ciúmes de você? Nunca.

Gojo: Será mesmo? — Ele se levanta e se senta nas minhas costas, em seguida ele puxa minhas mãos para trás e me prende.

Lana: Seu doido, o que você tem na cabeça ein? Tem gente olhando, me solta agora!

Gojo: Só vou soltar você quando você confessar que tem ciúmes de mim.

Lana: Eu não vou fazer isso, tá doido?

Gojo: Vamos ficar aqui por um bom tempo então. — Uns caras passam e falam com Gojo sobre a situação. — É, ela está me desobedecendo mas já tô acalmando a fera.

— Sei bem como é, minha esposa é surtadona e louquinha.

— A minha também cara, esses dias ela queria me dar uma facada acredita!? — Os três riram e em seguida os dois carinhas seguem seu caminho.

Lana: Acho que uma facada não seria tão ruim assim, né Gojo!? — Tento me soltar mas não consigo.

Gojo: Você não é nem doida de fazer isso, se eu morrer já era nosso plano e provavelmente eles prenderiam você!

Elizabeth: Crianças o que vocês estão aprontando ein? — Ela se senta na cadeira abaixo do guarda sol.

Gojo: Sogrinha beth, sua filha teve um ataque de ciúmes e queria me dar uma facada.

Elizabeth: Meu pai amado, isso é coisa de se fazer filha?

Lana: Mãe ele tá mentindo!

Elizabeth: Gojo...

Gojo: Então sogrinha beth, vou levar nossa ferinha aqui pra nadar no mar... — Ele sorri e me pega no colo.

Lana: Mas eu quero tomar sol!

Gojo: Jajá voltamos pra lá, relaxa boneca.

   Eu e Satoru entramos no mar e ficamos um pouco ali. Gojo acabou chamando muita atenção por conta de seus cabelos e altura, fora as gracinhas que ele fazia comigo. Minha mãe se juntou a Satoru e eu voltei para a Areia para tomar um pouco de sol, alguns garotos que provavelmente não tinham nem dezoito anos me pararam no meio do caminho.

Lana: Precisam de algo meninos?

— Tem um amigo nosso alí que quer ficar com você. Nós te achamos muito bonita também.

Lana: Desculpa, mas eu sou casada.

— Acha, ele gosta mais ainda!

Lana: Como?

— Mas e aí, vai passar pelo menos seu número pra 'nois'?

Gojo: Claro que ela vai passar, né amor? — Ele me abraça por trás e os garotos o olham com desdém. — Anota aí, trezentos e quarenta e três... — Ele passa o número dele para os garotos e me arrasta para o nosso guarda sol.

Lana: Não creio que você passou seu número para eles — O celular de Satoru vibra com uma notificação e eu começo a rir. Ele olha no celular e vê que eram um dos garotos que tinham mandado mensagem.

Gojo: E não é que aquele abusado mandou mensagem mesmo? — Ele digita algumas coisas no celular — O cara tá pedindo foto, vou mandar uma do meus peitos.

Lana: Amor não! — Começo a rir.

   O mais velho tira a foto e manda para os garotos, em resposta eles zoam ele e em seguida o bloqueiam.

Gojo: Não devem nem ter pelos e ficam querendo a mulher dos outros.

Lana: Ciúmes Gojo?

Gojo: Jamais, só não quero que roubem minha bela esposas troféu.

Lana: Troféu seu rabo, vai ver o troféu ja já na sua cara.

Gojo: Eu adoraria levar um troféu na cara! — Ele provoca e bate fraco a mão em sua própria cara.

Lana: Vou nem falar nada para você engraçadinho.

Passamos o resto da tarde ali. Gojo conseguiu passar o dia inteiro me irritando e me jogando no mar várias vezes. Minha mãe se ajuntou a ele e ambos formaram uma dupla "maligna" contra mim.

Chegamos na casa da minha mãe totalmente esgotados e bronzeados. Descansamos bastante para irmos embora no outro dia.





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Notas da autora:

Revisado!!

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