🏹 - pablo gavi's point of view.

Há duas semanas atrás eu tive o meu coração partido quando tive no prédio dela e descobrir pelo porteiro que ela havia entregado o apartamento e logo depois Mia me contou que Oli havia retornado para o Brasil.

Se eu pudesse juro que estaria lá agora mesmo, tentando convencê-la a voltar, ainda não desmarquei a data do casamento na esperança de ela mude de ideia.

Nunca me senti tão perdido na minha vida inteira por causa de uma mulher, ultimamente tudo o que tenho feito é ficar trancado dentro de casa enquanto releio diversas vezes aquela carta escrita por Olivia, simplesmente não tenho ânimo para mais nada e até aos treinos do Barça eu tenho faltado. Eu estava tão acostumado a ter Oli ao meu lado que sem sua presença eu me sinto totalmente perdido e sem saber o que fazer.

Pedri brigou comigo por ter faltado aos treinos e se meus irmãos pudessem eles já teriam me matado, mas eu não tenho vontade de fazer nada, sequer o futebol que é a minha paixão.

─ Pablo, por favor, abre pra mim. ─ Ouvi uma voz surgir do outro lado da porta, mas não reconheci de quem era.

─ Quem é? ─ Perguntei.

─ Louise. ─ Ela respondeu.

Demorei um tempo pensando se deveria ou não abrir, mas acabei cedendo e abrir a porta dando passagem para a ruiva entrar. Assim que ela se sentou no sofá, pude perceber a bagunça que a minha casa estava.

─ Desculpa a bagunça, não estava com cabeça para arrumar. ─ Me justifiquei.

─ Eu entendo perfeitamente. ─ Ela disse pegando o celular. ─ Oli me deixou uma mensagem antes de sumir, você quer ler?

─ Ela também me deixou um texto, olha aqui... ─ Peguei meu celular depois que ela assentiu e abri o e-mail pra ela.

O texto que ela deixou para Louise quase me fez chorar também, principalmente quando ela pediu desculpas e falou da gravidez da amiga. Me senti ainda pior quando ela me mostrou o texto que Oli havia deixou para Pedri. Meu coração apertou de saudade quando devolvi o celular pra ela.

─ Como foi que vocês começaram com isso? É verdade que gostava dela? ─ Perguntou.

─ No início era só o plano, nem amigos éramos. Mas eu comecei a gostar demais dela e o Pedri percebeu, nós dormimos juntos uma noite e aquilo foi um como um start pro sentimento. ─ Pausei sorrindo. ─ Eu nunca me apaixonei tão perdidamente por alguém, Lou. ─ Eu disse e ela sorriu.

─ Ela é uma garota apaixonante, eu sei disso. ─ A ruiva admitiu. ─ Sinto muito que tudo tenha chegado a esse ponto, você sabe para onde ela foi? Pedri não tem me contado nada, anda tão chateado.

─ Brasil. ─ Eu disse e seus olhos arregalaram. ─ Eu também sinto muito, queria ter me envolvido com ela em outras circunstâncias.

─ Mas talvez não tivesse sido amor se fosse em outra circunstância. ─ Ela disse e eu tive que concordar.

─ Sabe de uma coisa, Lou? Eu não me arrependo de nada do que fiz por ela. E faria tudo de novo se fosse necessário. ─ Eu confessei.

─ E o que vai fazer agora? ─ Perguntou.

─ Eu não sei, estou perdido.

─ Precisa voltar para os treinos, Pablo. Se você não fizer por onde pode ser vendido a outro clube e vai ficar longe de Barcelona. E longe de mim e do Pedri, não queremos isso. ─ Ela disse e eu concordei.

─ Eu sei, preciso conversar com o Xavi. ─ Eu disse.

─ Não demore, você precisa resolver logo isso. ─ Ela disse e eu assenti, logo em seguida a ruiva se levantou. ─ Agora eu preciso ir, só passei pra te ver e saber como estava. ─ Ela disse e eu levantei também.

─ Obrigada, Lou. ─ Sorri e ela me abraçou. ─ Se cuida, e cuida da nossa menininha também. ─ Ela sorriu concordando e logo saiu.

Passei o resto do dia pensando na conversa que tive com Louise e decidi que amanhã iria conversar com o treinador e com o pessoal do clube para me redimir pelos treinos que faltei, até porque eu não posso me dar ao luxo de perder o meu lugar no Barça.

Acordei de manhã percebendo na frente do espelho como eu estava abatido, olheiras, rosto avermelhado... Uma imagem que fazia tempo que eu não via em mim. Tomei um banho rápido e fui trocar de roupa, assim que abri meu armário um sorriso leve se montou no meu rosto ao ver uma camiseta dela nas minhas coisas.

Tinha o cheiro doce dela e eu me permitir inalar por um tempo, até que o meu celular vibrasse me trazendo de volta a realidade. Era algumas mensagens de Pedri, eu o respondi rapidamente pedindo para que ele me encontrasse no CT.

E assim que cheguei lá, já encontrei seu carro estacionado. Eu estava usando um óculos escuro na tentativa de esconder o meu estado deplorável, esbarrei em alguém sem querer e só notei quem era quando recebi, literalmente, um puxão de orelha.

─ Seu filho da mãe, por acaso está tentando ferrar com a sua carreira? ─ A voz grossa de Xavi penetrou meus ouvidos...

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Quem é vivo sempre aparece, né? 🤷🏽‍♀️
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