━ 020.

🏹 - olivia castro's point of view

Cheguei em casa após o jantar e confesso que não conseguia parar de pensar no que Pablo disse essa noite. Eu comecei a lembrar de todos os momentos que tivemos desde que essa mentira começou e faz exatamente dois meses que aquele visto mudou completamente a minha vida.

Eu não vou mentir, eu gosto de Pablo, acontece que eu nunca havia pensado em paixão ou amor, até porque minha mente estava apenas focada na minha permanência em Barcelona, então eu acho que não me dei espaço pra pensar a respeito disso.

Peguei o meu celular várias vezes pensando em mandar uma mensagem para o jogador, mas a falta de coragem e o nervosismo não me permitiam.

Disquei o número dele várias vezes, porém não apertei em chamar, revirei os olhos para mim mesma, estou agindo como uma adolescente boba.

Dormi em meio aos meus pensamentos, mas parece que nem mesmo nos meus sonhos minha mente me dá um descanso.

Eu sonhei com Pablo Gavi, mais especificamente com o nosso casamento que sequer aconteceu ainda, nele eu dizia que o amava e aquilo era a mais pura verdade.

Acordei com o meu peito subindo e descendo descompassadamente e as memórias do sonho me fizeram sorrir.

Me virei um pouco na cama até o meu celular tocar, olhei no visor da tela vendo o nome e a foto de Pablo aparecer, respirei fundo antes de atender.

─ Bom dia! ─ O cumprimentei.

─ Bom dia, bê! ─ Ele disse de volta. ─ Tudo bem?

─ Tudo sim. ─ Afirmei.

─ Que bom, eu quero te contar uma coisa. ─ Ele disse e eu sorri.

─ Eu também. ─ Eu disse.

─ Conta primeiro, então. ─ Ele pediu e eu concordei.

─ Hoje eu sonhei com você.

─ Você sonhou comigo? ─ Perguntou.

─ É, com esse lance do casamento e tudo mais... ─ Expliquei e ele riu. ─ Foi o sonho mais real que eu já tive.

─ Isso é bom. ─ Ele disse. ─ Significa que eu não saio da sua cabeça.

─ Sei disso não. ─ Brinquei e ouvi ele dar um gargalhada gostosa. ─ Mas o que você queria me falar?

─ Meu irmão está em Barcelona com a namorada dele, marcamos um jantar para hoje a noite e eu queria muito que você fosse comigo. ─ Ele disse e eu deitei a cabeça no travesseiro de novo.

─ Eu aceito!

─ Te pego as oito, então? ─ Ele perguntou e eu concordei.

─ Até as oito. ─ Eu disse antes de desligar.

Pus uma música alta e comecei a arrumar o meu apartamento totalmente animada, o domingo havia amanhecido ensolarado e eu aproveitei a minha empolgação para dar uma geral na casa.

Chequei todo o meu guarda roupa em busca de uma roupa perfeita para o jantar, pintei as unhas mesmo sendo uma negação para isso e no final do dia eu estava indo pro banho.

Enquanto a água caía pelo meu corpo, minha mente insistia em me lembra da noite em que eu e Pablo transamos, a conexão que tivemos foi tão intensa que eu nem sei explicar.

Quando já estava pronta ouvi a campainha tocar, me olhei uma última vez no espelho antes de pegar a bolsa e abrir a porta, dando de cara com Pablo.

Eu pude sentir o meu coração errar as batidas ao vê-lo na minha frente, o moreno usava uma calça jeans escura, uma camisa social cinza, um tênis preto e um sorriso de matar qualquer uma.

Nos abraçamos e ele me deixou curiosa pelo fato de não ter me beijado; talvez eu tenha me acostumado com os beijos repentinos e talvez eu já esteja com saudades deles. Só talvez!

─ A mulher mais linda em toda Barcelona! ─ Ele elogiou me fazendo ficar toda sem jeito.

─ Você também não está nada mal. ─ Brinquei pegando as chaves.

─ Vamos? ─ Deu espaço para que eu passasse.

─ Vamos! ─ Eu disse trancando a porta.

Conversamos o tempo inteiro durante o caminho até o restaurante, ele colocou uma música bem baixinha e as vezes olhava pra mim enquanto cantarolava.

─ Afinal, você não me falou com qual dos seus irmãos iremos jantar. ─ Disse o encarando.

─ É verdade, né? ─ Perguntou sorrindo e eu concordei. ─ É com o Aaron, ele veio pra Barcelona para apresentar a namorada para minha mãe, então aproveitamos para marcar o jantar.

─ Entendi, você vai conhecer a namorada dele hoje também?

─ Na verdade eu já a conheci quando o visitei em Londres. ─ Ele contou e eu sorri.

─ Pablo... ─ Sussurrei baixinho chamando a atenção dele para mim. ─ Por que você não me beijou hoje?

─ Você queria que eu te beijasse? ─ Perguntou com a sobrancelha arqueada e eu demorei um pouco para respondê-lo.

─ Queria. ─ Disse ainda sussurrando. ─ Trate de beijar da próxima vez.

─ Pode deixar! ─ Ele sorriu e se aproximou me dando um selinho rápido.

Ele estacionou o carro e com todo o seu cavalheirismo, abriu a porta para mim e me guiou até entrarmos no restaurante.

Ele apontou a mesa onde o seu irmão mais velho conversava com uma loira incrivelmente bonita, entrelaçou nossas mãos e me guiou até a mesa, assim que ambos nos viram, o moreno se levantou.

─ Aaron! ─ Pablo o cumprimentou sorrindo.

─ Pablito! ─ Eles se abraçaram.

─ E você deve ser a Olivia, eu sou a Cloe. ─ A loira disse assim que levantou.

─ É um prazer lhe conhecer, Cloe. ─ Sorri dando dois beijinhos nela.

─ Voce é ainda mais bonita pessoalmente. ─ Ela disse me deixando envergonhada.

─ Obrigada! ─ Eu agradeci voltando a minha posição inicial.

─ Olivia! ─ Aaron sorriu antes de me dar um abraço.

─ Quanto tempo... ─ Sorri e Pablo puxou a cadeira para que eu me sentasse.

O jantar foi maravilhoso; os irmãos conversaram bastante, enquanto eu e Cloe falávamos sobre a vida. Ela me contou que ficaria mais alguns dias em Barcelona e combinou de passar na minha loja no dia seguinte.

Aaron iria ver o treino de Pablo pela manhã e depois nós quatro almoçaríamos no apartamento do meu noivo.

─ É o meu sabor de sorvete favorito, amor. ─ Cloe disse manhosa após Aaron decidi provar a sua sobremesa e odiar.

─ E o pior, né? ─ O moreno resmungou nos fazendo gargalhar.

─ Olivia, tem algo que o Pablo gosta que você odeia? ─ A loira perguntou e eu engoli seco.

─ Videogame. ─ Um estalo surgiu na minha mente.

─ Ah, Olivia! Quer mexer com a honra de um homem? ─ Aaron perguntou.

─ Isso é ciúmes do meu videogame. ─ Pablo disse beijando meu ombro descoberto.

─ Mas então, o casamento sai quando? ─ Cloe perguntou sorrindo para nós.

─ Eu estava pensando em marcar a data pro começo de maio, o fim do ano está chegando e eu sei como é difícil qualquer coisa nessa data. ─ Me pronunciei e vi Pablo sorrindo.

─ É verdade, mil vezes melhor numa época menos tumultuada. ─ Ele concordou sorrindo.

•••

─ Obrigada pela noite, o jantar foi incrível. ─ Eu agradeci quando ele estacionou em frente à minha casa.

─ Eu também gostei bastante. ─ Pablo disse sorrindo.

─ Até amanhã! ─ Me despedi guardando o celular na bolsa.

─ Oli, eu posso te fazer uma pergunta? ─ Questionou e eu assenti.

─ O que foi?

─ Aquilo que aconteceu entre a gente aquela noite, significou algo para você? ─ Perguntou.

─ Ah, é... eu não sei. ─ Eu respondi extremamente nervosa.

─ É que desde aquela noite, eu... ─ Pausou. ─ Não paro de pensar em você. ─ Ele completou e em seguida segurou a minha mão.

─ O que você quer dizer com isso? ─ Perguntei sentindo o meu coração acelerar. Eu sabia exatamente o que ele queria dizer, mas precisava que ele repetisse aquilo diretamente para mim.

─ Eu gosto de você, Olivia. E eu queria de tentar... queria de verdade. ─ Ele disse com um sorriso leve nos lábios.

─ E se não der certo? ─ Perguntei receosa.

─ A gente se separa como no combinado, mas eu realmente acho que isso tem tudo pra dar certo. ─ Gavi disse e eu sorri assentindo.

─ Eu quero tentar, Pablo. Quero ficar com você! ─ Eu disse e ele sorriu largamente antes de selar meus lábios em um beijo.

[ 𝗍𝗁𝖾 𝘀𝗲𝘁𝘁𝗶𝗻𝗴𝘀 ]

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▬ Qual música vocês dedicam à Pablo e Olivia?

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