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⎯⎯⠀point of view
PABLO 𝒢AVI !
𐙚 · 10. ❪ acuerdo

Faz alguns dias desde que eu não vejo Olivia, mesmo assim o nosso plano está dando super certo. Minha família adorou ela e espera que eu a leve mais vezes, tenho postado fotos nossas no Instagram e as pessoas já comentam e repassam a notícia de que eu estou namorando.

Pedri me contou que um oficial do departamento de imigração enviou uma carta à Oli solicitando a sua presença para conversar hoje à tarde; eu sinto que preciso ir com ela para garantir que tudo dê certo.

Saí do treino junto ao meu melhor amigo, logo me despedir dele e seguir até a loja para procurar por Olivia. Uma moça me atendeu e pediu que eu esperasse até que ela fosse chamar a morena.

Me escorei no balcão esperando por ela, não demorou muito para que eu escutasse a voz dela ecoar na loja e seu rosto surgiu no meu campo de visão.

─ Oi, amor! ─ Ela me cumprimentou e a moça que estava com ela voltou ao balcão nos observando.

─ Oi, coisa linda! Eu queria te convidar pra almoçar comigo hoje. ─ Eu disse e ela sorriu.

─ Claro que eu topo! ─ Ela respondeu e eu sorri. O olhar da moça continuava sobre nós e eu aproveitei para dar um selinho rápido na morena.

Bom, eu sei o porquê de algumas pessoas me encararem dessa forma, isso é devido ao tanto de garotas que eu já me envolvi e o quanto julgam minha fama de mulherengo; preciso aprender a mudar minha imagem e talvez esse plano seja a minha solução.

Nós fomos para um restaurante bem pertinho da loja, enquanto ela observava o cardápio eu me divertia com as caretas que a mesma fazia tentando decidir o que pedir. Quando a brasileira percebeu o meu olhar, suas bochechas foram ficando vermelhinhas e ela abaixou a cabeça.

─ O que foi? ─ Perguntou.

─ Nada, só que... Você é linda, Oli. ─ Eu disse com o rosto apoiado na mão.

─ Pablo, não tem ninguém por perto. ─ Ela disse olhando ao redor.

─ Eu não estava fingindo, foi um elogio sincero. Acho que esse fim de semana nos tornou amigos, certo?

─ Certo! ─ Ela assentiu.

─ Então eu tenho o direito de fazer elogios. ─ Eu disse rindo e a garota me acompanhou.

─ Hoje a tarde eu irei ao departamento de imigração. ─ Ela pausou bebericando a água. ─ E eu queria saber se você...

─ Eu quero ir com você. ─ Me pronunciei rapidamente e seu sorriso surgiu.

─ Aí, Pablo! Eu tenho medo que me peguem na mentira. ─ Ela disse e eu neguei.

─ Eu já te disse que seremos o casal falso mais verdadeiro que Barcelona já viu, você não acredita em mim? ─ Perguntei divertido e ela riu.

─ Acredito!

─ A que horas você tem que estar lá? ─ Perguntei.

•••

Depois de almoçar nós fomos para a minha casa para que eu trocasse de roupa e pegasse os meus documentos para usar se fosse necessário.

Olivia permaneceu calada até chegarmos no departamento de imigração, entrelacei nossas mãos e quando adentramos o prédio pude perceber o quanto a morena tremia, ela precisava ficar calma ou então iria dar bandeira do que realmente estava acontecendo.

─ Olivia, se acalma, por favor! Desse jeito eles vão perceber. ─ Eu pedi e ela me encarou.

─ Eu não consigo, não consigo mentir.

─ Não é uma mentira, é a omissão de alguns fatos. Você conseguiu com a minha mãe, meus irmãos, toda a família, até mesmo com a Louise. ─ Eu a lembrei.

─ Mas eles não podiam me prender. Se eu falar algo de errado ou não souber o que responder, se eu gaguejar, travar ou... ─ Ela não parava de falar, estava completamente nervosa.

Em um ato de impulso eu beijei os seus lábios com o intuito de fazê-la parar de falar, sua mão puxou de leve os meus cabelos e sua unha desceu pela minha nuca causando um arrepio desconhecido. Nos soltamos quando ouvimos o barulho do elevador abrindo, sem saber o que dizer ela saiu me fazendo segui-la.

─ Senhorita Olivia Castro? ─ Um rapaz alto e loiro perguntou.

─ Isso!

─ Prazer, eu sou o Enrico. Eu quem irei lhe atender.

─ Oi, eu sou o Pablo. ─ Me apresentei.

─ Hey, o garoto do Barcelona! ─ Ele disse sorrindo. Ótimo, agora eu não tenho nome!

Entramos na sala, eu e Oli nos sentamos de frente para o rapaz que começou a mexer em uns papéis, logo depois pediu os documentos da brasileira.

─ Eu fiquei sabendo que você está namorando, até mesmo ouvir boatos sobre o casamento. Você sabe que isso interfere na sua deportação, certo? ─ Ele perguntou.

─ Na verdade eu não sabia, já estamos a um tempo pensando sobre o casamento. ─ Ela respondeu e eu acariciava sua mão levemente por baixo da mesa tentando acalmá-la.

─ Vocês namoram a quanto tempo? ─ Ele perguntou olhando pra mim.

─ Seis meses. ─ Eu respondi sorrindo.

─ E por quê só agora decidiram assumir publicamente? ─ Perguntou enquanto anotava tudo.

─ Pablo é um jogador de futebol muito famoso, a mídia sempre está na cola dele, já eu, sou um pouco tímida e não gostaria de ser taxada como aproveitadora caso não desse certo. Então nós decidimos esperar o momento certo. ─ Olivia disse me surpreendendo.

─ E como vocês se conheceram? ─ Ele perguntou.

─ A Oli é a melhor amiga do meu companheiro de time, Pedri González. Sempre nos encontrávamos na casa dele, em festas e até mesmo no dia a dia. Acabamos criando uma amizade e não demorou muito para que eu me apaixonasse por ela. ─ Eu disse olhando pra ela, seu sorriso estava quase me desconcentrando. Sua beleza me fazia esquecer as palavras...

─ Pedri é o nosso grande cupido, ele nos aproximou ainda mais. ─ A morena disse sorrindo.

─ Olivia, você costuma acompanhar Pablo nos jogos dele?

─ Quando é possível sim, acontece que eu tenho uma loja e isso me impede de estar sempre saindo. A última folga que eu tive foi no final de semana passado, que fomos para a casa da família dele. ─ Ela explicou.

─ Evento familiar? ─ Perguntou curioso, com uma sobrancelha arqueada.

─ Foi o aniversário do meu irmão.

─ Certo, vamos falar sobre o casamento. O que vocês pretendem fazer? ─ Perguntou, logo senti a mão de Olivia suar.

─ Eu quero que seja um momento especial, pretendo organizar um jantar e fazer tudo do jeito certo, para que ela saiba o quão é importante para mim. ─ Respondi e ele colocou a mão no queixo.

─ Eu fico intrigado com uma coisa, por quê em apenas seis meses de namoro já querem se casar? ─ Questionou e olhou pra mim primeiro.

Respirei fundo, não podia falhar agora, estava tudo indo tão bem, então pensei nas palavras certas para tentar convencer ao Enrico.

─ Eu amo a Olivia, desde que ela apareceu na minha vida eu tenho sido o homem mais feliz do mundo, é ela quem me motiva e me apoia. Eu realmente nunca me senti dessa forma com ninguém, eu tenho certeza que teremos um futuro juntos. ─ Disse e sorri por fim.

─ E você, Olivia?

─ E-eu... ─ Ela gaguejou, senti seu nervosismo aumentar. ─ Sabe quando você conhece alguém que faz você sentir que pode tudo no mundo? Aquela pessoa que você acorda e mal pode esperar para vê-la? É assim que eu me sinto com o Pablo. Eu o amo, amo o jeito que ele me faz sentir a garota mais especial do mundo. ─ Oli disse e em seguida olhou pra mim, eu me perdi no seu olhar.

─ Certo! Façamos o seguinte, vamos marcar um reunião após o pedido de casamento, ainda temos muito sobre o que conversar. ─ Enrico disse se levantando, nós fizemos o mesmo.

Eu não havia percebido que ainda segurava a mão da morena, mas aquilo causou um sorriso em Enrico assim que ele viu.

Nos despedimos dele e saimos do edifício entrando no meu carro, Olivia simplesmente começou a rir. A risada preencheu o carro e eu comecei a rir junto, mesmo sem saber o motivo.

─ O que aconteceu? ─ Perguntei cessando o riso.

─ A gente mandou muito bem! Foi tudo muito convincente, até o beijo no elevador. Eu ainda não tinha percebido o que você havia planejado, mas é óbvio que eles poderiam olhar as câmeras. ─ Ela disse ainda rindo.

─ Isso, eu tinha me lembrado das câmeras. ─ Sorri amarelo; aquilo não havia sido parte do plano.

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