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Jungkook entrou desajeitosamente apressado no elevador do prédio de trabalho, e por pouco, não derramou seus copos de cafés nas pessoas à sua frente. Apertou o botão do andar-destino e seguiu em escritório adentro saudando os colegas de trabalho rapidamente antes de que seu chefe chegasse.

Aliás, chefe do andar inteiro, pode-se assim dizer, pois o Sr. Kim não era homem de atrasos e não tolerava o mesmo de seus subordinados.

Enquanto isso, caminhando pelas ruas movimentadas da capital, o Kim conversava por ligação com Franklim; um escritor nato, porém que sofria de depressão. E sob com cautela e insistência, Taehyung guiava a conversa a fim de convencer o escritor a ceder uma entrevista de sucesso com a apresentadora nacional Ophrain.
Se Kim conseguisse convencer o homem a tal entrevista de lançamento - do próprio livro -, seria esplêndido para os negócios da Editora.

E quem disse que Kim Taehyung não conseguia o que queria?

Entrando no saguão principal enquanto ajeitava sutilmente seu terno caríssimo de tecido escuro aveludado da Gucci, a recepcionista do andar lhe saudou cordialmente:
ㅡ Bom dia Sr. Kim.

Mas quem disse que Kim Taehyung falava além do que era necessário de seu interesse?
pobre recepcionista, tsc... já deveria estar acostumada com os vácuos matinais de seu chefe.
Sem resposta, a senhora se pôs novamente a tela de seu computador e digitou a rotineira mensagem no grupo de trabalho de funcionários do prédio.

⌲ ELE CHEGOU ꪵ

Com dezenas de poup-ups sonoros em várias abas de mensagens, os funcionários logo se ocuparam em seus lugares ensaiando poses de trabalhos e atendimento na frente de seu chefe que adentrava o andar de sua gerência. O Kim chegou em passos largos e firmes, queixo erguido com pose de superioridade aos demais e, sem mais delongas, seguiu rumo direto para receber as primeiras notícias de agendamentos de Jeon, o seu assistente pessoal que já o aguardava em pé na entrada do escritório.

ㅡ Bom dia, chefe. Conferência telefônica em 30 minutos. ㅡ Jeon o saudou e, logo em seguida, iniciou a ditar os próximos compromissos assim que o editor entrou no seu escritório particular.

ㅡ Okay. E sobre a publicidade dos livros do festival de primavera? ㅡ Taehyung perguntou se sentando em sua cadeira logo após receber seu café de seu assistente em sua mão.

A sala era ampla, também em cores quentes e a mesa de tampo de vidro mostrava imponência e beleza centralizada ao fundo do escritório. Todos os livros revisados, agendas, pastas e documentos já estavam devidamente organizados por Jungkook, e o Kim continuava a ouvir sobre seus compromissos sem precisar verificar as pastas. Não havia dúvidas sobre a organização de Jeon.

ㅡ A equipe do festival fará uma reunião às 09:00 horas. ㅡ o subordinado respondeu.

ㅡ Você ligou para aquela escritora? Aquela com as mãos feias? ㅡ o mais velho indagou gesticulando com as mãos e dedos a própria falta de lembrança.

ㅡ A Jannet, e sim, eu liguei pra ela e disse que se ela não trouxer a revisão à tempo ela perderá a data de lançamento. O seu advogado da Imigração ligou, ele disse que é importante-

Jeon estava explicando os detalhes, mas foi interrompido pelo o chefe:

ㅡ Cancela a conferência. Transfira a reunião da equipe de festival para o horário de amanhã. E vai cozinhando o advogado em banho-maria... Vá até o departamento de marketing, os mande preparar um anúncio para a imprensa, o Franklim vai aparecer na Ophrain próxima semana em entrevista.

Kim ditou, sem pausas, a cada assunto com respostas curtas às pendências, sem se importar e sem dar tempo à Jungkook anotar qualquer informação.

Mas isso realmente não era necessário, afinal, após três anos de trabalho árduo, de segunda a segunda numa escala 24/7 para o Kim, fez o jovem Jungkook ser hábil em acompanhar as decisões e comandos. Deveras, Jeon havia conquistado o seu lugar de assistente pessoal executivo com muito esforço e resiliência.

ㅡ Puxa, bom trabalho. ㅡ Jungkook disse, ligeiramente irônico, pegando de volta um dos livros sob a mesa do Kim para guardar após as decisões.

ㅡ Jeon., quando eu quiser os seus elogios, eu peço. ㅡ o chefe respondeu com óbvia ironia estalando os longos dedos e se deliciando com o som.

Jungkook já estava saindo da sala com livros e pastas em mãos quando o telefone do editor-chefe tocou, logo, ele voltou o caminho e atendeu a ligação:

ㅡ Bom dia. Ramal Escritório Sr. Kim Taehyung. ㅡ uma pausa. ㅡ Como, Namjoon?

Após ouvir o citado nome, Taehyung gesticulou com os dedos em movimentos de despacho, e Jeon entendeu o recado respondendo à ligação:

ㅡ Na verdade, estamos indo aí, Namjoon. ㅡ e encerrou a chamada ㅡ Por que estamos indo na sala dele? ㅡ o moreno indagou enquanto o acastanhado se levantava de sua mesa e erguia uma de suas sobrancelhas sugestivamente.

É... Namjoon teria que lidar com as consequências de uma visita desagradável.

Jungkook saiu do escritório e rapidamente foi digitar no computador do corredor, especificamente no chat em grupo dos funcionários, tinha que ser rápido ㅡ antes de que seu chefe chegasse ao corredor principal. E a mensagem descrita não poderia ser menos agradável; era algo que iria deixar todo o quadro de empregados preocupados e nervosos:

⌲ O DRAGÃO VAI CUSPIR FOGO! ꪵ

Sem perca de tempo, o moreno seguiu Taehyung que já caminhava em passos duros no corredor rumo ao escritório da próxima vítima, Namjoon. Durante os poucos passos que separavam a sala-destino do corredor principal, Jungkook tentou persuadir seu chefe para que lesse sua obra em revisão.

O sonho de Jeon era se tornar um escritor de obras publicadas e o fato de ser um Assistente Executivo na maior Editora de Nova York, deveria lhe deixar mais perto de sua realização.
Deveria, já que Kim Taehyung em seus três anos de trabalho lado a lado com Jungkook, raramente se prestou a ler a tal obra para revisar e autorizar a publicação.

E ele como o editor-chefe tinha esse poder.

ㅡ Kim, você já leu o texto que eu dei para você? ㅡ o moreno iniciou.

ㅡ Eu li algumas páginas, mas não me impressionou muito não. ㅡ respondeu, desinteressado.

ㅡ Posso dizer uma coisa?

ㅡ Não.

ㅡ A verdade, ㅡ o mais novo insistiu: ㅡ É que você já leu milhares de textos, mas se você ler esse vai ver que tem um conteúdo interessante que vai agradar perfeitamente o seu tipo de gosto literário e o de muitas pessoas.

ㅡ Não estou interessado, Jungkook. ㅡ rebateu. ㅡ Agora, lembre-se, se o Namjoon fizer uma cena, você está aqui só pra assistir. ㅡ apontou para a porta do escritório que iriam adentrar.

O Kim foi direto em relação aos dois assuntos: O texto de Jungkook foi categorizado como enfadonho. E que a seguir, Jeon estaria ali apenas como testemunha da demissão de Namjoon.

O mais novo bufou: ㅡ Tá. Eu não vou mais abrir a boca sobre nada.

Taehyung deu uma última olhada em Jeon e pigarrou anunciando a sua chegada ao abrir a porta de vidro do escritório do Gerente de Publicidade, Kim Namjoon.

Foram recebidos com falsa alegria: ㅡ Ah, se não é o nosso destemido líder e seu fiel escudeiro? Entrem! Fiquem à vontade. ㅡ a fala de Namjoon era carregada de sarcasmos enquanto dirigia as palavras à Taehyung e Jungkook, respectivamente.

ㅡ Kim Namjoon... ㅡ o grave timbre de voz de Taehyung soava seriedade. Seu olhar altivo dançava entre as estantes de carvalho em verniz brilhante do escritório e entre o dono dele. Dono por pouquíssimo mais tempo.

ㅡ Sim, Taehyung? ㅡ o outro Kim indagou.

ㅡ Belíssima estante. Você tem bom gosto. ㅡ elogiou o móvel. ㅡ Mas Namjoon, eu estou aqui pra te mandar embora.

Certeiro e sem rodeios. O acastanhado lançou sua ordem de despejo ㅡ ou demissão, que é como normalmente as empresas chamam.

ㅡ O quê? ㅡ Namjoon, atônito, processava a informação.

Taehyung balançou o seu copo de café em mãos e iniciou: ㅡ Namjoon, eu pedi mil vezes para você marcar uma ligação e levar o Franklim em entrevista com o canal da Ophrain. E você não fez, você não o levou a nenhuma entrevista, você não deu a mínima. Está demitido.

Taehyung explicou calmamente, deveria aparentar que estava super irritado, mas, realmente, não estava, antes, o seu semblante aparentava um fraco riso cínico de apreciação.

ㅡ Taehyung, eu já disse, isso é impossível! Franklim não dá entrevistas há quase vinte anos.

ㅡ É mesmo? Interessante isso, porque eu acabei de falar com ele e ele aceitou! Próxima semana ele dará a entrevista.

ㅡ Como é que é? ㅡ Namjoon questionou com olhos arregalados.

E Jungkook, calado, apenas assistia toda a cena com o cenho franzido e uma mão no queixo. Invisível. E bem, ele preferia assim mesmo.

ㅡ Namjoon admita, você nem ligou pra ele. ㅡ Taehyung acusou se aproximando apenas um passo à frente.

ㅡ Eu ia, e-eu ... ㅡ agora, Namjoon tinha lhe descaído o semblante e começava a gaguejar.

Bingo! pego na mentira por Taehyung.

O Kim editor-chefe sorriu: ㅡ Eu sei, eu sei. O Franklim é meio difícil de lidar... pra você. Afinal, você nunca fez nada. Então eu vou te dar dois meses para você achar outro emprego e depois você pode dizer pra todo mundo se demitiu, tá bom? ㅡ alfinetou em sarcasmos abundante e logo após, deu um gole em seu café em mãos, já saindo da sala de Namjoon sem dar brechas de revanche para o mesmo.

Saindo do escritório e seguindo pelo corredor sem olhar para trás, Taehyung, que ainda era seguido por Jungkook - como sempre -, sussurrou perguntando ao assistente como Namjoon estava reagindo atrás deles.

ㅡ Ele 'tá uma fera! Ele tá vindo atrás da gente agora. ㅡ Jeon sussurrou de volta.

ㅡ Ah Namjoon... não faz isso cara! pro seu bem... ㅡ o editor-chefe disse, rindo cínico.

Um grito rompeu no ambiente: ㅡ SEU DEMÔNIO TERRORISTA!

Namjoon surgiu no meio do corredor gritanto e expondo toda a sua raiva em direção ao outro Kim: ㅡ VOCÊ NÃO PODE ME DEMITIR! ㅡ berrava à plenos pulmões com a total intenção de chamar a atenção de todos os funcionários do andar.

Taehyung deu meia volta sobre seus calcanhares e suspirou fundo, ouvindo todo o teatro desnecessário que estava acontecendo com os esbravejos de Namjoon ecoando no ambiente.

ㅡ VOCÊ ACHA QUE EU NÃO SEI O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO? Me massacrando com essa história de Ophrain só pra me demitir PORQUE VOCÊ TEM MEDO de que EU ASSUMA o seu lugar, HEIN? Você, Kim Taehyung se sente ameaçado por mim! Você é um CÍNICO! UM MONSTRO!

Sim, este era Kim Namjoon esbravejando em frente a todo o departamento de Editoria, enquanto estufava o peito e erguia as sobrancelhas, acreditava fielmente ter cuspido toda a verdade que ninguém nunca teve coragem de dizer ao "Chefe-Dragão-Demônio."

ㅡ Olha, Namjoon. É melhor você parar. ㅡ Taehyung disse em tom calmo, revirando os olhos e estalando a língua no céu da boca, enquanto todo o pessoal assistia a cena boquiabertos.

Menos, Jungkook. Ele sabia que Kim Taehyung iria pôr seu instinto vingativo superior em prática logo, logo. Contudo, o assistente permaneceu quieto ㅡ ele devia ter trazido a sua lixa de unhas...

ㅡ NÃO! EU NÃO VOU PARAR. Você só quer ficar bem pra Diretoria, Taehyung. E só porque você não tem vida fora deste escritório, não quer dizer que você pode subir no seu TRONINHO E NOS TRATAR COMO ESCRAVOS! Quer saber Taehyung?! Eu sinto PENA de você, porque no seu leito de morte não haverá NADA E NEM NINGUÉM com você, sabia?

Taehyung suspirou e deu mais um passo à frente. Mesmo possuindo um potente timbre de voz profunda, ele preferiu usar sua voz em palavras mansas, no mais brando tom, e deu seu ultimato; um golpe de misericórdia.

Hm. Presta atenção Namjoon: Eu não demiti você por me sentir ameaçado, eu o demiti por você ser um incompetente e mentiroso, além de ser um metido, lento e prepotente que faz pouco caso dos negócios da empresa, e que fica mais tempo traindo a sua mulher do que gerenciando os projetos que deveriam ser de sua obrigação nesta Editora.
E se você falar mais uma palavra sequer, o Jungkook vai te jogar da porta desse prédio com um belo pé no traseiro e vai filmar tudo e vai jogar naquele site de videos públicos, como é mesmo o nome?

YouTube.
Jungkook respondeu com os olhos vidrados em um ponto qualquer no chão, mas ouvia atentamente tudo o que o seu chefe dizia. Poxa vida, agora ele teria que sair no soco com as pessoas por causa de seu chefe? Não tinha isso na grade de serviços à empresa quando ele fez a entrevista não!

ㅡ Isso mesmo, no YouTube. Agora, se me dá licença, Namjoon, eu tenho mais o que fazer. Passar bem. ㅡ disse o Kim editor-chefe e deu de ombros.

E mais uma vez, Taehyung saiu dando às costas à Namjoon sem chances concedidas de réplica, e sendo assim, agora o recém demitido apenas piscava os olhos atônito e buscava um buraco no chão para se esconder de tamanha humilhação que cavou.

Kim Taehyung, o chefe que tem suas cartas na manga e as usa sem hesitações.

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capítulo de altas tretas né nom?

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