02. baile de los 70
LUNA HERNÁNDEZ
pov's
Me analisei no espelho. Sorri, tentando fazer uma expressão sexy, o que não deu certo devido ao fato de eu esbanjar fofura.
Bufei, revirando os olhos.
Peguei o batom vermelho sangue e passei nos lábios, fazendo um biquinho fofo e colocando meus cabelos em um coque apertado nos estilo anos sessenta; caralhas, quem estou tentando enganar? Eu nem sabia se usavam coques nos anos setenta, então, foda-se. Aquele baile já deveria estar acontecendo, todo mundo se divertindo e eu aqui, tentando arrumar essa porra de cabelo! Pelos seios flácidos de Morgana, porque diabos eu não poderia ter uma noção de moda igual á da Care-bear ou da Lena?!
É sério, se elas vestissem um saco de batatas ficariam bem.
Me olhei no espelho, dando outra checada rapidinha. Não está lá aquelas coisas, mas dá para o gasto. Até porque maquiagem não faz milagre.
Ouvi batidas na porta, muito irritantes. Sabia que era meu irmão, o fedelho queria ir no baile de qualquer jeito mesmo que eu dissesse que ele não pode ir e, entretanto, o idiota não estava me ouvindo; talvez ele estivesse surdo?! Além do mais, o quê um moleque de quatorze anos quer em um baile do ensino médio?
Quando finalmente abri a porta (depois de dar outra checada no espelho e tirar meu cabelo do coque por quê a minha cabeça começou a doer e eu comecei a ficar irritada por estar com dor), o encontrei vestindo um dos ternos made in China de papai. Ele tinha até a porra de um lenço vermelho amarrado no pescoço como uma coleira moderna.
- Pode ir tirando o cavalinho da chuva, você não vai comigo ao baile. - Disse, o empurrando e saindo andando pelo corredor como a modelo que era, apesar de quase cair no chão.
Eu amo saltos, mas odeio usá-los.
Ouvi ele rir com deboche lá no fundo devido ao meu quase encontro com o chão (um amigo íntimo meu) e tentei me controlar para não mada-lo ir para puta que pariu, afinal, eu ainda tenho classe.
- Papai deixou! - Exclamou ao me alcançar.
Mas, quê merda o Senhor Hernandez têm naquela cabeça? Só podia ser um punhado de esterco! Onde se viu, eu sair com esse encosto do Satanás atrás de mim?
Logo eu, a rainha da festa?!
- Então peça para ele te levar! No meu carro que tu não vai, sua peste do diabo. - Declarei, irritada.
Esse filho da puta não pode me deixar em paz, não?
- Ele não quer me levar.
Sorri maldosamente.
- Ótimo! - falei pausadamente, adorando o seu rosto vermelho de raiva. - Então fique em casa. Ou, melhor, se quiser ir vai de bicicleta.
- Não! - ele fez birra, segurando meu braço. - Se você não me levar eu vou contar para o papai que você beijou o Tyler.
Que menininho cretino, expondo meus pecados dessa maneira! Eu sabia que ter um sonserino classificado pelo pottermore dentro de casa não era bom. Respirei fundo, sabendo que matar meu irmão não seria bom.
Sou jovem demais para ser presa.
Se bem que eu poderia esconder o corpo no porão.
- Okay. Mas chegando lá a gente não se conhece, entendeu? - Ele deu de ombros.
- Por mim, tudo bem.
Me virei e segui para o carro.
- Ótimo, sua peste.
[...]
- Olha só, se não é a Mulan... - falou ninguém mais, ninguém menos que Damon Salvatore. E, bem, como posso descrever esse idiota? - Você não deveria estar aqui, baby.
Um sorriso de lado cheio de segundas intenções e um olhar extremamente intenso, além de um físico pecaminosamente delicioso, porém, um completo idiota? É, esse é o irmão Salvatore mais velho. Aposto que, nos seus anos no ensino médio, ele era o típico quarteback babaca do time de futebol.
Felizmente, tia Jenna, a nova tutorada Elena e do Jeremy, não se lembra desse babaca. Tenho certeza que ele seria o crush dela na época, e eu realmente não gostaria de ficar escutando a loira morango falar dele como se o idiota fosse um pedaço de carne em promoção.
- A Mulan é da China! - Resmungo, procurando algum sinal das meninas pelos arredores do enorme salão.
Cadê essas vadias?
Ele se aproxima de mim, um copo de bebida na mão.
- Oh, sério? Mas, você não é chinesa?
Com licença?
- Da última vez que eu li, minha certidão fala que eu nasci em Cancún, na Península de Iucatã do México! - O empurro com força, o fazendo se arrastar para longe de mim.
Felizmente, dou de cara com BonBon e Elena que está a tira colo do seu namorado, o Salvatore menos idiota, mas com um topete estranho muito semelhante ao de Edward Cullen.
- O que você está fazendo aqui? - Elena é a primeira a perguntar.
Abri um sorriso, dando de ombros. Eu sempre fui a mais festeira do grupo, antes mesmo da própria Care. A pergunta deveria ser: por quê eu não viria?
- O quê acha? Estou curtindo o baile que ajudei a organizar... - Falei inocentemente, mas deixando claro que não vou embora, ah, mas não vou mesmo.
Agora que eu vi! A filha da puta da Selene Barnes está dando em cima do cara que eu estou há semanas dando uma paquerada levezinha, Jacob Fells. O gatinho era loiro de olhos azuis e tinha um sorrisinho fofo, além de ser membro de umas da famílias fundadoras da cidade. E aquela vadia siliconada estava tentando pegar o meu futuro namorado; mas, não vai ficar assim não!
Superei, olhando outra vez para minhas "amigas", se é que posso chamá-las assim.
- Luna, é sério! Hoje não é um bom momento para você estar aqui. - Agora era Bonnie.
Achar aquilo um absurdo era eufemismo, eu estava sedenta para saber o que aquelas traidoras estavam aprontando pelas minhas costas! Se bem que eu sabia que ser a única texugo no grupo não daria certo.
- O que pode acontecer de ruim aqui? Provavelmente só alguma gravidez indesejada do jeito que Selene está bebendo... - digo sem muito interessante, observando a loira ladra de homens tomando mais e mais copos de bebida como se fossem água.
Olho para todos eles com a expressão séria. Eu odeio ser deixada de lado, por menor que seja o problema.
Rosnei, irritada: - Podem ir me falando o que vocês estão me escondendo, seus traidores!
Mas antes que algum deles possam me responder, Selene está lá em cima do palco, oferecendo a porra de uma música?
- Elena, o Klaus está oferecendo essa música para você... - Minha boca abre em um perfeito O.
Então, não era o Alaric?
Sabia que não podia confiar nessas vadias traidoras!
- Luna, não é isso que você está pensando, eu posso expli...
- Eu entendi tudo, Elena Gilbert! Eu já não faço mais parte do grupinho de vocês, não é! Mas quer saber? Eu não preciso da amizade de nenhum de vocês! - A interrompo bruscamente.
Não dou tempo dela responder qualquer coisa, viro e saio andando em qualquer direção, tirando alguns fios escuros do cabelo do meu rosto. Sabia que ela estava chocada, mas eu estava me sentindo traída.
Aquilo era um absurdo! Por quê elas simplesmente não podiam ser sinceras comigo?
Continuei andando, até que esbarrei em alguém sem querer.
- Oh, me desculpe... - quando mirei meus olhos no desconhecido, soube que ele não era tão desconhecido assim, no fim das contas. - Professor Saltzmann?
- Senhorita Hernandez, tenha mais cuidado. - Fala de forma esquisita, sinto um arrepio na espinha quando ele direciona aquele olhar ainda mais esquisito dele sobre mim.
Meu coração se acelera, parecendo que quer sair pela boca e minhas mãos suam. Me afasto bruscamente dele, o olhando intrigada.
Uma espécie de déjà vu se apossa de mim e eu suspiro, tentando me recompor, como se eu o conhecesse de algum lugar ou aquele olhar, mas não consigo lembrar de onde.
- Ok, isso é esquisito... - Murmuro, ainda o olhando.
Seu olhar era tão intenso, era como se ele estivesse procurando algo. Engoli seco, minhas bochechas de repente coradas e sorrindo um pouco envergonhada; eu ainda não tinha chegando tão perto assim dele e muito menos conversado sobre mim. Devia ser isso, claro que era, não tínhamos tanta intimidade assim! Entretanto, algo no meu íntimo sabia que não era só isso.
- Você quer dançar? - Ele pergunta bruscamente, me deixando assustada.
Ok, isso é muito esquisito.
Esquisito, tipo, nível máximo.
Tocava alguma música da Christina Aguilera e eu confesso que amava aquela mulher, principalmente depois que ela cantou o tema da Mulan. Olhei para Damon e Bonnie que conversavam no outro lado do salão não se importando com nada e me senti mal repentinamente, sabendo que eles não se importavam comigo o bastante para virem atrás de mim me explicar as coisas.
- O Senhor dança? - Perguntei, sorrindo.
Ainda bastante assustada, não se enganem. Ele poderia muito ser algum psicopata louco atrás de alguém.
Ele sorriu, me puxando pela cintura e me rodopiando pelo salão igual nos filmes dos anos sessenta na qual eu assisti.
Puta. Que. Pariu.
É, ele dançava.
- Isso responde a sua pergunta?
Confirmei balançando a cabeça, entrando no ritmo da música com ele. É, até que ele é legalzinho, apesar de estranho.
- Você não me parece próxima das sua amigas nesta noite em especial. Brigaram? - Perguntou como quem quer nada.
Dou de ombros, fazendo pouco caso. Não vou falar minha vida pessoas para um desconhecido não tão desconhecido assim que dança muito bem.
- Ah, é só alguns desentendimentos. Coisa de adolescente, sabe como é - Murmuro.
Ele continua a dançar comigo, me rodopiando de vez em quando.
- É. Eu te entendo, amor.
- Sério? O Senhor tem amigos? - Questiono.
- Não amigos, mas sim conhecidos.
Ele me vira, colando minhas costas em seu peito, enfiando seu rosto em meu pescoço e o cheirando.
Ok. Isso foi super, hiper, mega esquisito.
- Conheço um homem que adoraria te conhecer, Senhorita Hernández... - Sussura com uma voz rouca.
Acho que 'tô desenvolvendo um crush no meu professor de História, pai amado. Tenho que parar urgentemente de ler fanfictions no Wattpad.
Já 'tô imaginado altas merdas aqui.
- Que amigo?
Pergunto, mais curiosa do que deveria.
Ah, qual é! Ele é meu professor, mas é gostoso. Vai que têm uns amigos aí para me apresentar.
Ele sorri, todo malicioso, apertando as mãos firmemente na minha cintura.
- Em breve, amor. Em breve. - E o filho da puta some no meio da multidão, me deixando com cara de tacho para trás.
Eu hein, cada doído.
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