𓏲 ꢝ𝟣. 𝇃 𝗐𝗁𝗂𝗌𝗉𝖾𝗋𝗌 𝗈𝖿 𝗍𝗁𝖾 𝗌𝗈𝗎𝗅.











ꗃ ⋆ ࣪ . ⛽ 𝐖𝐀𝐑𝐍𝐈𝐍𝐆: 𝖤𝗌𝗌𝖾 𝖼𝖺𝗉𝗂́𝗍𝗎𝗅𝗈
𝖼𝗈𝗇𝗍𝖾́𝗆 𝗆𝖾𝗇𝖼̧𝗈̃𝖾𝗌 𝖺̀ 𝗆𝗈𝗋𝗍𝖾 𝖾 𝖺𝗌𝗌𝖺-
𝗌𝗌𝗂𝗇𝖺𝗍𝗈, 𝗈 𝗊𝗎𝖾 𝗉𝗈𝖽𝖾 𝗌𝖾𝗋 𝖻𝖺𝗌𝗍𝖺𝗇𝗍𝖾
𝗀𝖺𝗍𝗂𝗅𝗁𝗈𝗌𝗈 𝗉𝖺𝗋𝖺 𝖺𝗅𝗀𝗎𝗇𝗌 𝗅𝖾𝗂𝗍𝗈𝗋𝖾𝗌.






"O mundo é um lugar perigoso
de se viver, não por causa daqueles
que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer."

── Albert Einstein


─── Departamento de Polícia de Rosemberg, o que houve?

─── ...

─── Alô?

─── T-... um.. ❪ ruídos externos ❫.. pessoa..

─── Senhora, não estou entendendo. Por favor, se afaste de onde está e repita novamente.

─── E-ela.. nã-ã.. me ajuda!

─── Senhora, o que está acontecendo?

─── Ele v-vai me matar... E-EU PREC... ajuda.. ❪ bip bip bip ❫

─── Senhora? Alô?

Ligação encerrada.

─── Central, preciso de um rastreamento com urgência.




𝐆𝐄𝐓𝐎

⠀⠀⠀ME ENCONTRO OUTRA VEZ sentado em frente ao televisor, assistindo diariamente todas as manchetes existentes de jornais. Em busca de notícias sobre o avistamento de uma escultura humanística de uma mulher, encontrada na praça principal da cidade de Rosemberg.

É extremamente fácil fugir de um assassinato, é prático livrar-se de evidências, tudo se torna mais fácil quando se tem um álibi para quem você possa associar seus crimes. Tendo em vista que nessa cidade, somente cerca de 57% dos casos de homicídios são resolvidos - e isso inclui os casos em que o criminoso é pego em flagrante.

Existem pouquíssimos detetives que irão se dar ao luxo de fazer uma investigação complexa e minuciosa sobre cada cena de crime, principalmente quando se tem a mídia para atrapalhar e ao mesmo tempo sensacionalizar o trabalho de um criminoso doentio.

L'artigiano de Rosemberg. É assim que eles o chamam, pela maneira de como ele deixa suas vítimas. Primeiro, as envenena e conserva com abrin, uma toxina extraída das bagas de ervilha-do-rosário, mais potente que a ricina. Depois, ele arruma e decora os cadáveres em poses realistas usando armações de metais, máscaras de Veneza e roupas extravagantes, deixando-os para serem encontrados em vários pontos específicos da cidade.

Ele as chama de suas obras-primas. Uma incrível, exótica e mórbida arte moderna, na qual, ele reverenciara a si como um escultor anatomista desse século. Esse desgraçado ama chamar atenção para si mesmo. E claro! Obviamente a mídia faz questão de ajudar.

Se essa jovem fosse encontrada e levada à público, seu caso estaria ligado aos quatorze que ele matou nos últimos cinco anos - com um curto interregno de dois anos e meio.

Um assassino calculista, que sabe muito bem limpar a bagunça que faz. Isso é o que mais me irrita - a falta de evidências nos locais e nos corpos. Seu penúltimo corpo foi descartado perto de onde existe a fábrica e reservatório de metanfetamina e fentanil.

Já matei inúmeras pessoas ao longo de minha vida. E durante todo esse tempo, consegui me esquivar de todos os crimes que cometi sem ter qualquer ligamento à eles ou a máfia. Mas, ele é diferente. Sua mente é fascinante e mística. Então?

Como esse bastardo ousa deixar tamanha podridão para perto de minha honrosa máfia? Para que esses jornalistas sem pudor possa direcionar seus crimes e difamar minha máfia. A minha lendária máfia que é passada há três gerações em minha família. A máfia que meu falecido avô ergueu com tanta determinação, suor e sangue.

Senti meu cenho se curvar com força e uma dor aguda formou-se. Não era como se eu não fizesse nada para evitar, mas eu tinha certeza da limpa que fiz quando cheguei aqui. Eu pessoalmente eliminei cada verme que existia aqui. Porém, gostaria de entender como? Quem? Por qual razão alguém poderia assassinar essas mulheres de formas tão brutais?

─── SUGURU!! ── em uma rápida reação ao susto, retirei a arma que estava em meu quadril e disparei em direção ao chamado de meu nome.

─── O que houve?

─── Quer me matar? Seu desgraçado?

─── Desculpe. ── lamentei-me. ─── Mas, não grite enquanto estou distraído, Satoru.

─── Isso é falta de dormir com uma mulher gostosa. Se fizesse como eu, você seria o cara mais feliz do mundo. ── ele passou em minha frente desligando o televisor e jogando-se no sofá ao lado. ─── Fui falar com o jornalista para saber por qual razão estão associando esses crimes bárbaros para a Violent Vanguard. E advinha? Ele me disse que o motivo é que não existia crimes nessa área, até você se instalar aqui há seis anos atrás e depois disso já teve mais de dez assassinatos.

Como poderia ser possível tamanha burrice? O fato de uma das bases estar coincidentemente próximo ao local de um dos corpos achado não ligaria seus assassinatos de imediato.

Gojo retirou seus óculos e me olhou com seus olhos azuis intensos: ─── Acha que é ele? Seu meio-irmão tentando te arruinar?

─── Sei que ele me odeia. ── afirmei com precisão. ─── Mas, não acredito que ele faria algo assim. Ele não é inteligente, nem criativo o bastante. Quem está fazendo isso odeia mulheres, Satoru. Principalmente as garotas de programa.

Recebi uma ligação de Choso para ir até o necrotério olhar o resultado da autópsia, ao que parece houve algo que o deixou intrigado. Me pergunto o que poderia ser para que o espanta-se tanto.

─── Suguru, não sou seu motorista. Você devia ao menos falar comigo, não tenho telepatia para saber o que está pensando. ── Satoru reclamou pela milésima vez enquanto passeava sua mão direita em minha coxa, um ato insuportável com a intenção de irritar-me.

─── Porque está agindo como uma puta carente?

─── Não se preocupe, eu não ficaria de quatro para você nem que eu fosse partido ao meio. ── ele disse em meio a risos.

─── Estacione aqui perto. Vamos entrar caminhando pelos fundos.

⛩️

Ao adentramos no necrotério o ar gelado nos recebeu, um clima estranho e desconfortante pairou sobre o ambiente. Somente o barulho de nossos sapatos ecoava pelo local silencioso, a medida que nos aproximamos da porta principal um som foi ouvido. Satoru me olhou e decidiu ir na frente.

Ao abrir a porta, tivermos a grotesca visão: ─── Que nojo! ── disse Satoru tampando o nariz.

─── Concordo com você. ── lá estava Choso, com sua aparência anêmica de sempre e seus cabelos amarrados em um coque despojado. O homem saboreava um copo de Cup Noodles de sabor picante, enquanto "apreciava" a vista de um cadáver aberto em sua frente.

─── Parem de frescura. ── ele terminou de sugar os fios de macarrão que faltava. ─── Vocês fazem coisas pior. ── jogou o copo de plástico em um lixo que tinha ali.

─── Satoru. Se um dia acontecer algo comigo, não me deixe nas mãos dele.

Choso me deu um sorriso e colocou uma mão reconfortante em meu ombro: ─── Não se preocupe, meu amigo. Darei um tratamento especial para você.

─── Suguru.. tenho medo dele. ── Satoru me abraçou por trás. ─── Ele é estranho.

─── O que te faz pensar que ele é o único?

─── Vamos logo, preciso mais tarde entregar as análises para o detetive que irá se encarregar do caso. ── Choso deu uma pausa e vasculhou algo na gaveta. ─── Coloquem essas máscaras, por precaução.

Ele nos guiou para outra sala específica, aquele ar frio e horripilante tomou conta do ambiente novamente. Enquanto caminhávamos até a mesa prateada, a cena em nossa frente era única. A mulher estava sentada em cima daquele alumínio, era perceptível o uso de uma crinolina, em forma de gaiola que usava para aumentar o volume de sua saia, ela usava um elegante vestido de cor azul-claro, com um belo decote, com caimento nos ombros, e de mangas curtas. A saia era ricamente enfeitada com babados e rendas, um corset branco com pequenas rendas apertavam sua pequena cintura. O chapéu em sua cabeça era branco, largo e feito de palha, enfeitado com tule, fitas e flores. Seus pés calçavam pequenas botas macias sem saltos, bem parecida com as que se usavam na era vitoriana.

Ali em seu rosto, estava a marca registrada do assassino, uma máscara veneziana de cor solene, graciosa e fascinante, simbolizando um ar misterioso e secreto. O pouco de pele exposta era branco como a neve, tão delicada e petrificada como uma estátua renascentista.

Próximo ao decote de seu seio esquerdo, havia um pequeno rastro de sangue, que enfeitava sua pele. Ele estava de volta.

Choso percebeu meu olhar fixo em seu ferimento e disse: ─── Ele tirou o coração dela. ── ele aproximou-se e ficou ao seu lado. ─── Ao que indica, seu coração foi retirado em vida, o restante ele foi fazendo aos poucos e com calma. ── ele deu uma pausa. ─── A moça estava sem DNA. Porém, é típico dele sempre deixar algum dos pertences das vítimas com ela.

─── O que descobriu?

─── Por uma escova de dentes presa na bota e uma análise elaborada do DNA, descobrimos que ela era estrangeira. Tinha 25 anos e trabalhava como prostituta, em uma avenida bem próximo a boate Nervous.

─── Oque? ── Satoru questionou. ─── Estávamos lá três dias atrás. Como é possível que ninguém tenha percebido nada suspeito?

─── Eu acessei as câmeras de segurança que ficam próximo aquele lugar e tudo que encontrei foi uma Cadillac Escalade na cor preta. Aquele... foi o último lugar que ela entrou com vida. Tentei rastrear o veículo, mas não tinha placa, nem algo específico que eu-

─── Está tudo bem, Choso. ── eu o interrompi. ─── Obrigado. Você fez um bom trabalho. ── agradeci. ─── Peço que quando terminar tudo, me ligue, irei pagar o transladado e os gastos fúnebres dela. É a única coisa que posso fazer por alguém que perdeu a vida inocentemente em meu território.




NERVOUS . . .ᐟ
𓍼 ⠀𝅅⠀⠀𓂃⠀ ៸⠀ 𔓘

ㅤㅤㅤ ࣪ ꗃ notes one : ㅤbom gente, esse foi o primeiro capítulo, espero que tenham gostado! para iniciar quis colocar uma espécie de review para vocês saberem o que está acontecendo na cidade de Rosemberg, por isso o cap ficou curtinho.

ㅤㅤㅤ ࣪ ꗃ notes two : ㅤnos próximos capítulos, iremos focar na vida da protagonista e na vida do nosso querido Geto.

ㅤㅤㅤ ࣪ ꗃ votos & comentários : ㅤcaso tenham gostado, não se esqueçam de votar e comentar. ♡

ㅤㅤㅤ ࣪ ꗃ beijos e até a próxima. <3

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