ㅤㅤㅤㅤㅤㅤ( 𝟎𝟓 ). AS FAMOSAS BORBOLETAS NA BARRIGA
⋆.ೃ࿔*:𓇼' C A P Í T U L O C I N C O ˚˖𓍢ִ໋🌷͙֒
౨ৎ : as famosas borboletas na barriga
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Um suspiro deixou os lábios de Nari enquanto ela virava seu rosto para trás, olhando entre a multidão de jogadores, tentando encontrar Jun-Hee novamente enquanto era puxada por Semi para voltarem só quarto, sendo que tudo que ela queria era ficar lá para ter certeza de que Jun-Hee ficaria bem e que conseguiria sair viva. Mas ela sabia que não poderia ficar la, então apenas seguiu Semi, Minsu, Thanos e Nam-gyu quando a outra garota soltou seu pulso, enquanto pensava sobre o fato de odiar ter que ficar com eles. Não por conta de Semi ou Minsu, eles eram legais mas Thanos e Nam-gyu não eram. Thanos era uma dor de cabeça, mas ainda era um pouco suportável, ao contrário de Nam-gyu, que se ela pudesse, com toda certeza, ela cairia no soco.
Eles haviam conseguido passar bem rápido pelo jogo, a única parte que demorou um pouco e deixou a garota nervosa foi no Gonggi, por conta que Minsu não estava conseguindo jogar direito, por conta da ansiedade, e pra piorar, Nam-gyu ficava agarrando a camiseta e gritando com ele. Fora isso, eles foram bem e passaram mais rápido do que Nari jamais achou que aconteceria. Ela estava torcendo para que acontecesse o mesmo com Jun-Hee.
Ela estava sentada ao lado de Semi, enquanto Minsu, Thanos e Nam-gyu estavam no degrau abaixo delas. As mãos dela tremiam levemente e ela sabia que estava um pouco fraca, por conta de todo o nervosismo, ansiedade e esforço físico que ela fez ontem e hoje, sem ter comido nada. Mas isso não era sua preocupação maior, ela estava se sentindo realmente mal por todas aquelas pessoas que morreram no jogo. Elas não puderam nem se despedir de suas famílias e também não teriam um enterro descente. Além disso, uma pergunta martelava na mente dela, o que eles faziam com os corpos? Ela ficou se perguntando isso o jogo inteiro após ver eles recolherem os corpos e os colocarem naquelas caixas pretas com laços cor de rosa. Como algo tão bonito estava destinado a representar algo tão horrível.
Um som alto interrompeu seus pensamentos quando a porta foi aberta, revelando alguns participantes, mas nenhum deles era o grupo do 456, ou seja, eles ainda não haviam feito a prova, ou… ela se arrepiou, rapidamente descartando a ideia e se forçando a manter a calma.
— Ah, merda, um monte de gente passou. — A voz de Nam-gyu interrompeu seus pensamentos enquanto Nari se virava para encarar ele, seus olhos se estreitando enquanto ele voltava sua atenção ao jogador 125: — Aí… aí… Quantas pessoas cê acha que sobraram?
— Que?
— É, quantas tem… quantos vermes você acha que ainda tem aqui?
Por que ele estava falando assim das pessoas? Por Deus, apesar de todas as suas dívidas, eram pessoas! Ele mesmo tinha suas dívidas, era hipócrita ele julgar alguém daquela forma, quando ele fez o mesmo.
— Ah… 200 pessoas, acho.
— Como é que cê sabe? Qual que é? Conta uma por uma.
— Agora?
Nam-gyu assentiu enquanto Nari revirava os olhos, decidindo que iria ficar fora daquela confusa, ela não queria que o garoto a odiasse ainda mais, não que ela se importasse com o que ele achava dela, a raiva que ele sentia por ela era recíproca. Um suspiro exasperado deixou os lábios rosados dela quando Minsu realmente se levantou para contar cada uma daquelas pessoas, ele ia mesmo fazer o que aquele idiota estava mandando?
— Aí… Cê vai contar pra que? Que coisa idiota. — Semi interrompeu, enquanto colocava a mão no ombro de Minsu, fazendo ele se sentar novamente. — Daqui a pouco os mascarados vão chegar e falar pra gente.
— Cala a boca sua babaca.
A garota de cabelos negros e franja respirou fundo, enquanto fingia ajeitar sua postura, propositalmente chutando Nam-gyu nas costas enquanto fazia isso, dizendo em seguida: — Oh, desculpa.
— Sua…
— Stop. — Thanos interrompeu ele. — Como é que é seu nome?
— É… Minsu.
— Qual sua idade?
— Eu tenho 27.
Nari arregalou minimamente os olhos, ele tinha 27 anos, não iria mesmo se defender de Nam-gyu e faria tudo que aquele babaca estava mandando ele fazer? Por Deus. Era idiota isso, ele tinha quase 30 anos, deveria começar a se defender também.
— 27… Ué, e cê tá obedecendo ele? — Thanos disse, apontando para Nam-gyu, dizendo exatamente o que Nari estava pensando. — Ele tem a sua idade. O Namsu você tem 27?
— É Nam-gyu!
— Tá… Nam-gyu, cê tem 27?
— Isso.
— Tá vendo só? Deixa ele cara. A gente tá juntao, Ok? — Thanos respondeu antes de se voltar a Nari: — Qual sua idade?
— 23.
— Você? — ele se voltou a Semi.
— 28. — Ela respondeu, fazendo Nari arregalar os olhos, como ela tinha 28? Ela parecia bem mais nova.
— Então é isso. Ela é a mais nova, vocês são iguais e você é a mais velha. O Namsu, chama ela de tiazinha. — Ele disse, fazendo Nam-gyu, Nari e Semi rirem. — Chama.
Nam-gyu riu, como se o que Thanos dissesse fosse uma piada muito boa, mas Nari não prestou mais atenção nisso quando seus olhos quase que automaticamente encontraram a figura de Jun-Hee entrando aquela porta, fazendo-a rapidamente se levantar, mas foi impedida por Semi que agarrou seu pulso.
— Onde cê vai?
— Ficar com a minha amiga. — ela respondeu, enquanto descia as escadas. — Obrigada.
Ela sorriu para Semi em forma de agradecimento e despedida antes de descer do local em que estava correndo para poder abraçar a garota Kim, que parecia cansada e sem fôlego, os cabelos dela preso em um rabo de cavalo. Os braços dela envolveram a garota, que quase automaticamente passou os braços por sua cintura, ambas respirando pesadamente, Jun-Hee pelo cansaço e Nari por ter prendido a respiração até ter chegado ali.
Se afastando dos braços de Jun-Hee, Nari ficou ao lado dela, enquanto sentia sua cabeça girar por um momento, ignorando seu estado nada bom, seus olhos se moveram em volta, encontrando a jogadora 149 acenando para elas, o que a fez acenar para ela animadamente, enquanto Jun-Hee se curvava levemente em um agradecimento antes de ambas seguirem silenciosamente o jogador 456, 001, 388, e 390.
Nari não sabia se eles a aceitariam, mas ela não iria sair do lado de Jun-Hee, de jeito nenhum.
— Foi mal tá gente, me enrolei todo lá. — 001 disse, assim que todos se sentaram.
Nari se sentou timidamente ao lado de Jun-Hee, enquanto mordia os lábios inferiores, incerta, mas ao contrário do que ela achou que poderia acontecer, ela não recebeu nenhum olhar julgador ali.
— Não foi nada não, no Jegi eu só consegui acertar o quinto toque porque você me ajudou. — 456 disse, tranquilizando-o.
Um silêncio se instalou um tempo, enquanto Nari respirava fundo, tentando manter a calma, seus olhos se fixando na mão dela junta a de Jun-Hee, e em uma tentativa de se distrair do fato de que ela provavelmente estava passando mal, ela começou a brincar com os dedos de Jun-Hee.
— Aí 222, tudo bem aí? — 001 perguntou repentinamente, chamando a atenção da garota pra ele.
— Tudo, muito obrigada, por terem me aceitado no grupo.
— Aquela hora no Ddakji que ela virou e jogou foi muito legal. — 390 elogiou, fazendo Nari sorrir ao perceber que tinha feito uma boa escolha ao deixar Jun-Hee com eles.
A Kim sorriu, um pouco envergonhada pelos elogios, seu olhar se direcionando para baixo, encontrando as mãos de Nari brincando com seus dedos, e ela sentiu uma sensação estranha na barriga, era quase como se ela estivesse descendo de uma montanha russa, e ela estava torcendo para que não fosse as tão famosas borboletas na barriga e fosse apenas o bebê.
— Mesmo com essa barriga você joga bem, você e o bebê são os nossos amuletos da sorte.
— E o senhor no Biseokchigi… chegou de cara e o senhor já boom… acertou. — 388 disse, fazendo o movimento com a mão de jogar a pedra. — Aquela postura do senhor… vai e foi. Parecia até um jogador profissional.
— Você não fazia nada na vida, só jogava Gonggi. — o homem respondeu em resposta, rindo e fazendo os movimentos rápido, indicando que 388 havia ido muito bem no jogo. — nem dava pra ver, parecia o Daniel San.
— É que eu era o único menino, então eu cresci brincando com as minhas irmãs.
— E sua família mandou o único filho homem pra Marinha?
— Isso foi ideia do meu pai. Pra eu virar homem. — ele respondeu, a sua animação de antes se estando, e a ação fez Nari perceber que aquele assunto era meio sensível. — É que ele também serviu no Vietnã, sabe…
— Ele deve ser um homem incrível. E ele foi marinheiro também? — 390 questionou, parecendo não perceber o desconforto de 388.
— É foi… Senhor, eu não queria te cortar… então, eu acho que a gente deveria se apresentar uns pros outros, eu não sei o nome de nenhum de vocês, nem o seu jogadora 222. — Ele disse, voltando sua atenção para Jun-Hee antes de voltar a todos, fazendo Nari ajeitar a postura. — Eu sou o Dae-ho Kang. Dae é grande e Ho é tigre.
— Ah, esse nome é demais. Meu nome é Jeong-bae Bak. É pessoa muito honesta. Bom, pelo menos eu acho que significa isso…
— O meu é Jun-Hee Kim, mas eu não sei o que significa.
— Jun-Hee, vai no hospital quando você sair daqui. — 001 disse repentinamente. — Você está passando por muito estresse.
— É…
— Bom, meu nome é In-Ho, tá?
— In-Ho.
— É! Mas podem me chamar de 001. Fácil de lembrar.
— Ah, é mesmo, agora que vi que você é o 1!
— Ah, Gi-Hun… e o seu sobrenome? — In-Ho se virou para o 456, e Nari guardou o nome dele em sua mente.
— Ah, é Seong… o meu nome é Gi-Hun Seong.
— É legal o som de Seong né? — 001 fez uma piada, fazendo Nari forçar uma risada, por conta que ela ficou mal por todos ficarem em silêncio. — E qual seu nome?
Nari viu o olhar de todos caírem sobre ela, fazendo-a engolir em seco.
— Meu nome é Nari Hae. — ela murmurou em resposta. — Nari significa Lírio.
— Ela é minha melhor amiga. — Jun-Hee esclareceu, fazendo eles soltarem um som de entendimento.
— Espero que não tenha problema eu ficar com vocês… é que eu não posso deixar Jun-Hee sozinha…
— Não, tudo bem, tudo bem! Fica com a gente. — 390 disse, fazendo Nari assentir e sorrir minimamente.
A conversa foi interrompida quando o som da porta do quarto sendo aberta foi ouvido, o que fez todos os jogadores voltarem sua atenção aos guardas de uniforme rosa e máscara geométrica.
— Eu gostaria de dar os parabéns a todos vocês que passaram pelo segundo jogo. — o de máscara quadrada disse, fazendo Nari revirar os olhos, ela não gostava dele, de todos os guardas ali, ele era o que Nari mais odiava. — E agora eu vou anunciar o resultado do segundo jogo.
Ele apertou o botão do controle remoto que tinha em mãos, fazendo a luz da desligar, sendo iluminada então apenas pela luz azul e vermelho da votação, e em seguida a mesma música que Nari já havia ouvido antes em anúncios e comerciais de jogo de aposta foi ouvido, enquanto o cofrinho descia e em seguida o dinheiro estava enchendo ele ainda mais, o que fez os olhos da garota se arregalaram minimamente, impressionada, era muito dinheiro. Mas rapidamente balançou a cabeça e se lembrou de que o dinheiro não valia nada caso eles fossem mortos, depois de todas as vidas que foram mortas, elas encheram aquele cofrinho.
— No segundo jogo 110 jogadores foram eliminados, e o valor acumulado é de 20, 100 bilhões de wons. O prêmio por pessoa para os 255 jogadores restantes é de 78 milhões, 823 mil 530 wons.
— É sério? Não dá nem 80 milhões! Isso aí não é nada!
Nari suspirou enquanto olhava em volta, percebendo que a maioria das pessoas ali ter dívidas muito maiores do que ela jamais teria, e que eles provavelmente já estavam ficando gananciosos, porque Nari achou aquele valor do prêmio até que bom, já que ela quase não se importava mais com o dinheiro direito, ela só queria sair dali o mais rápido possível.
— 110 pessoas morreram! Tem certeza que foi só isso?! Cês contaram direito? Foi só isso?!
Nari engoliu em seco enquanto olhava em volta, ouvindo todos os cochichos das pessoas, percebendo que a maioria ali se sentiam insatisfeitos com o valor do prêmio, o que a fez se sentir nervosa, já que isso significava que provavelmente, a maioria dali votaria em continuar o jogo, já que eles iriam querer aumentar o prêmio e ela quase não podia suportar a ideia.
— Só 110? Impossível! Uma galera foi fuzilada!
— É isso mesmo! Não vem que não tem!
— A gente faz recontagem!
Por Deus, eles realmente achavam que 110 pessoas morrerem era pouco? Tudo isso em apenas alguns minutos? Nari já achava que era muito 3 pessoas morrerem em meia ou uma hora, então 110 pessoas ainda era um choque muito grande pra ela.
— Eu já quase morri duas vezes, que porra é essa?! Eu ia ganhar mais se alguém me batesse e eu processasse a pessoa!
— A decepção de vocês é completamente compreensível, mas nós sempre vamos oferecer uma alternativa pra todos vocês. Então vamos começar a votação para decidir se vocês querem avançar para o próximo jogo.
A porta foi aberta atrás do guarda, enquanto a caixa de votação era levada ao quarto, o que fez Nari se sentir nervosa, o mundo em volta de repente parecendo girar levemente enquanto ela sentia uma súbita vontade de vomitar. Droga, ela precisava comer urgentemente.
— Atenção agora: a decisão de parar ou continuar o jogo para aumentar a premiação é totalmente de vocês jogadores, e nós queremos que vocês exerçam seus direitos dentro do jogo de uma forma democrática.
Nari mordeu os lábios inferiores enquanto tentava se recompor, encarando o cofrinho por um momento antes de seu olhar se voltar a tudo aquilo de pessoas, sentindo a mão de Jun-Hee apertar a sua.
— Você tá bem? — a garota perguntou, um pouco preocupada.
— Sim, sim, estou bem.
Ela assentiu enquanto voltava seu olhar ao seu grupo, observando 390 com o olhar fixado no cofrinho, e 456 encarando o jogador 001.
— Ahm… calma, relaxa, eu também quero parar, eu preciso. — In-ho disse, levando a mão ao velcro que indicava que ele tinha votado antes em continuar o jogo. — Quero ir visitar minha esposa no hospital.
Nari repentinamente se sentiu muito mal por ter julgado 001 antes. A esposa dele provavelmente estava muito doente agora e era por isso que ele tinha votado em continuar o jogo, e ela ficou julgando ele e achando que ele era algum tipo de pessoa sádica. Ela tinha urgentemente que parar de julgar as pessoas dessa forma.
— Senhor, dessa vez a gente vai sair daqui… — Dae-ho disse com convicção, enquanto levava a mão ao velcro que indicava que ele votou em continuar o jogo também. — Saber a hora de recuar é essencial pra um bom marinheiro. — ele então levou a mão ao ombro do jogador 390. — Fala aí, é ou não é?
— Ahm… nem… nos marinheiros temos sete vidas, vamos parar. — ele respondeu, mas Nari não sentiu convicção no começo da frase, fazendo-a franzir o cenho.
— O jogo tem que acabar agora, custe o que custar, quando a gente sair eu vou ajudar todos vocês. Acreditem em mim, nos vamos trabalhar juntos.
Nari e Jun-Hee se levantaram enquanto assentiam levemente com a cabeça, com Nari sorrindo minimamente, sem mostrar os dentes. Com toda certeza Gi-Hun era um bom homem, ele estava desde o início tentando ajudar a todos, mesmo que eles fossem ingratos demais para perceber isso. Até mesmo, que defendeu ele em algum momento do jogo, o julgou, e agora, ela se sentia mal por ter feito isso. Ela queria ter tido um pai como Gi-Hun, mesmo que mal o conhecesse, ela tinha a sensação de que ele era um bom homem, e ela desejou muito que o pai dela fosse como Gi-Hun, mas infelizmente Deus, ou o universo, achou que era melhor para ela crescer sem um, o que era uma droga.
— Não vamos esquecer do nosso grito até a vitória. — Dae-ho estendeu a mão.
Em seguida Gi-Hun colocou sua mão sobre a dele, e então o jogador 390, a Kim e In-ho. Mas Nari apenas encarou a cena, sentindo-se momentaneamente deslocada e não pertencente aquele grupo, mas logo a sensação de foi quando Gi-Hun agarrou a sua mão e colocou a mão dela sobre as deles, o que a fez o olhar, sorrindo brevemente para ele.
— Até a vitória, um, dois, três…
— Até a vitória! — todos disseram em uníssono enquanto balançavam as mãos e em seguida a levantavam.
Pela primeira vez desde que chegou aquele lugar, ela se sentia realmente feliz sem estar apenas com Jun-Hee. Eles praticamente a adotaram para o grupo, sem nem ao menos perguntar nada a ela, sem julgar ela.
— Dessa vez, o jogador número 001, será o primeiro a votar. — o guarda com máscara quadrada falou, fazendo Nari revirar os olhos. — Jogador 001, pode vir.
In-Ho olhou para o jogador 456, assentindo, provavelmente indicando que tudo daria certo agora, e então ele andou até a caixa de votação, pagando em frente a ela e encarando-a por alguns segundos antes de votar no X, trocando seu tecido de votação do lado O para lado X, e a ação encheu Nari de um alívio sem igual, fazendo-a soltar o ar que nem percebeu que estava prendendo.
— Jogadora 006!
Nari fechou as mãos em punho enquanto sentia sua mente rodar novamente, e ela sabia que estava passando mal, mas ela ignorou isso, focando na votação e observando a mulher votar no X.
— Jogador 007!
Os olhos de Nari vagaram para a pessoa mencionada e ela notou ser o filho da jogadora 149, que trocou algumas palavras com ele antes dele ir, e ela se sentiu esperançosa pelo fato da mulher com toda certeza querer ir embora dali, mas ele aparentemente mudou de ideia quando olhou para o cofre e apertou o botão azul. Um suspiro surpreso deixou os lábios de Nari, que parecia estar em choque por alguns minutos. Mas… e a mãe dele? E queria continuar esse jogo mesmo com a mae dele lá? Por Deus…
Apos o ato dele, as pessoas pareceram tomar coragem e começaram a votar em continuar o jogo, fazendo as esperanças da garota de cabelos negros se esvair lentamente, as mãos dela se fechando em punho enquanto ela cravava as unhas na palma, tentando se recompor enquanto pensava no que ela faria caso o jogo continuasse, o medo de morrer ou de perder Jun-Hee percorrendo seu sangue.
— Vai logo! Tá fazendo um ritual? — o jogador 100 gritou.
Nari foi tirada deu seus pensamentos, ajustando seu olhar para focar novamente na jogadora 044, a mesma que acreditava em deuses e esgueirava-se pelo lugar normalmente ou amaldiçoando as pessoas, ou falando dos deuses e agindo como se ela fosse a melhor ali por ter os deuses ao lado dela. Ver ela ali, demorando e sussurrando enquanto passava as mãos sobre os botões fez Nari revirar os olhos, impaciente.
— Cala a BOCA! — ela gritou enquanto se virava para trás, antes de voltar sua atenção a caixa e votar no botão O.
A garota de franja sentiu como se seu mundo estivesse girando quando a confiança que ela tinha continuava a ir embora, enquanto ela quase já podia oh ir novamente os tiros, o cheiro do sangue e ouvir o baque dos corpos ao atingirem o chão, tudo aquilo fazendo-a se sentir péssima, como se a qualquer minuto ela fosse vomitar ali mesmo.
E a sensação só piorou quando seus okhos voltaram a focar na próxima pessoa que votaria, a jogadora 120, ela implorou mentalmente para que a garota apertasse o botão, prendendo sua atenção quando ela apertou o botão azul.
Ela engoliu em seco, enquanto seus olhos estavam fixos nas costas da 120, mas sentir um toque gentil em seu pulso e em suas costas a fez virar a atenção a dona daquele toque quente e reconfortante.
— Você está bem?
— Sim, sim. Estou ótima.
Ela sabia que não era nada demais, provavelmente era apenas uma tontura por conta do nervosismo, era só ela comer logo e talvez passar uma água no rosto que ela melhoraria.
— Jogador 125.
Os olhos de Nari seguiram os movimentos do garoto enquanto ele se aproximava da caixa de votação, travando por um momento e olhando para o lado, onde 124 estava, fazendo um sinal com a mão de O, o que fez Nari revirar os olhos mais uma vez. Ele realmente ia se deixar ser manipulado por aquele idiota? Ela nem precisou pensar muito, porque a resposta veio em seguida quando ele votou exatamente no que o 124 estava sinalizando.
— Jogador 126.
— Pera aí, da licença, da licença. — Gi Hun disse repentinamente, passando pelas pessoas até ficar em frente a todo mundo. — ATENÇÃO! Atenção…
— Vocês estão loucos é? — o som da voz alta de In-Ho foi ouvida, e Nari arregalou minimamente os olhos, ela não esperava nem um pouco que ele fizesse isso. — Mesmo depois de verem tanta gente morrendo, vocês ainda querem jogar?! E se no próximo jogo forem vocês, hein? — Ele então andou para perto do 456. — Vamos parar aqui ou todo mundo morre! Vamos sair daqui com essa grana, a gente tem que viver, aí o resto a gente acerta depois!
— Ah é? 70 milhões vão mudar o que? — o jogador 100 questionou, e Nari respirou fundo, tentando manter alguma calma. — Eu não sei qual é o tamanho da sua dívida, mas o resto… esse dinheiro não serve de nada! Não paga nem um décimo! É verdade ou não? Nós não temos saída! Esse dinheiro não vai mudar absolutamente nada!
— É isso mesmo! 70 milhões pra mim não serve pra nada!
— No primeiro 25 milhões, no segundo 78 milhões, façam as contas, mais que triplicou no segundo jogo. Então com mais um só jogo vai acumular um valor de 340 milhões!
Nari respirou fundo enquanto tentava manter alguma calma, a voz dele ecoando por sua mente, tudo parecendo ficar confuso e a visão dela ficar um pouco turva por um momento, ela balançou a cabeça, tentando se recompor antes de se afastar de Jun-Hee, que ficou confusa e tentou agarrar o pulso da mais alta novamente, mas a garota já havia se afastado demais para isso, ficando ao lado de Gi-Hun.
— CALA A BOCA! — ela gritou de repente, ainda sentindo sua cabeça doer levemente enquanto ela chamava a atenção dos jogadores, mas seu olhar estava fixo unicamente no jogador 100. — Ninguém aqui tem culpa que você seja burro o suficiente pra adquirir uma dívida de 10 bilhões de wons. E esse dinheiro realmente não vai servir de nada quando você morrer! Como você pode ter tanta certeza assim de que vai sair vivo daqui? Você é só um velho!
Ela podia sentir a raiva fervilhar em seu sangue enquanto ela tentava manter a calma. Ela nunca gostou de tratar as pessoas mais velhas assim, mas para ele ela abria uma exceção.
— Você pode ser uma das pessoas mortas no próximo jogo, uma das pessoas que vai aumentar o valor do prêmio, e então o que você acha que vai acontecer? O valor do prêmio ter aumentado vai servir de alguma coisa? Usa o seu cérebro caramba. Dizem que pessoas mais velhas são mais sábias e inteligentes, mas aparentemente isso não aconteceu com você.
Quando ela terminou de falar cochichos eram ouvidos por todo lugar, enquanto ela estava ao lado de Gi-Hun, respirando fundo para tentar recuperar o fôlego após ter dito todas aquelas palavras odiosas. Ele a olhou surpreso, mas não muito. A garota desde o começo do jogo deu sua opinião sobre tudo, até discutiu com o grupo do jogador 100 antes, para defender ele. Então não era uma total surpresa ela ter explodido assim, ainda mais com o quão nervosa ela parecia estar desde o começo do jogo.
— Olha aqui sua garota petulante…
— Eu não aguento mais ficar aqui. — uma voz chorosa foi ouvida, fazendo Nari levar sua atenção a dona da voz, a jogadora 095. — Por favor, por favor, deixa eu sair desse jogo agora, eu só… eu só… eu só quero ir pra minha casa por favor. Eu não quero morrer.
— Moças, vocês ainda são muito jovem, vocês vão ter outra chance na vida, mas eu não. — um homem disse, referindo-se a jogadora 095 e Nari, que mordeu o interior da bochecha.
— Por favor!
— Eu e minha família não temos futuro… e eu tenho uma dívida de 500 milhões e eu preciso de pelo menos metade disso, pra pelo menos recomeçar do zero.
— Tá e se você morrer? Sua família não vai conseguir nem recuperar o seu corpo! Aí sim a situação complica! — 001 retrucou. — Eles vão fazer o que?! Você não entende!
— Fica com medo não! Dadkji, Gonggi e peão, os jogos até que não são tão difíceis. — um homem disse repentinamente, fazendo Nari respirar fundo. — Mais de 200 pessoas sobreviveram! Se a gente já chegou até aqui, vamos jogar mais uma rodada!
— Tô vendo que você é uma pessoa inteligente, rapaz.
— Velho maldito. — Nari disse, fingindo tossir
— Isso, nós passamos nos jogos, por isso a gente tá vivo, vai, vamos jogar mais um e esse vai ser o último, eu garanto a vocês!
— É mais uma rodada!
Os próximos minutos que se passaram para Nari foi confuso, sua cabeça doendo enquanto diversos jogadores gritavam “Mais um jogo!”, o que fez sua mente girar e ela ter que se apoiar em Gi-Hun para não cair ali na frente de todo mundo. Isso seria muito humilhante caso acontecesse. O homem a olhou por um momento, parecendo quase preocupado mas ela fechou a mão em punho e ergueu o polegar, indicando que estava bem.
Nari só retornou a si quando sentiu a mão de Jun-Hee agarrar a sua, o olhar da garota preocupada, enquanto ambas eram iluminadas pela luz vermelha do lado X, mas a garota mais alta fez questão de sorrir, para mostrar que ela estava bem.
— Jogadores, a votação está encerrada. — O guarda com máscara quadrada disse após Gi Hun votar no X. — 139 votos para o círculo contra 116 para o X. Pela decisão da maioria, amanhã nós faremos o terceiro jogo. Obrigada a todos.
A tensão estava presente no ar, todo o lado X sentindo-se decepcionados enquanto o lado O comemoravam, a esperança deixando o corpo de cada um que votou em sair do jogo, enquanto todos começavam a voltar para sua cama. Um suspiro deixou os lábios de Nari quando seus olhos se fixaram no 390, o mesmo homem que havia aceitado ela no grupo, que agora votou em continuar o jogo, mesmo sabendo das consequências disso.
Um olhar estava fixo em suas costas, fazendo-a se virar para trás, notando 333 encarando ela e Jun-Hee, o que a fez franzir o cenho enquanto seu olhar se ficava no tecido de velcro na blusa deles. Ele havia voltado no X. E ela nem havia notado isso, provavelmente porque sua mente estava lhe pregando peças.
Ela o encarou por um longo momento antes de dar as costas a ele e andar em direção a cama dela, implorando a Deus ou ao universo para que tudo desse certo no próximo jogo.
⤷‧₊𖥻 NOTAS ! ★
꒰ ׅ ࣪ ⊹ Oioii! O que acharam?
꒰ ׅ ࣪ ⊹ Desculpa o atraso! Como vocês talvez não tenham percebido, eu tento publicar dois capítulos por semana, mas eu acabei não conseguindo porque me atrapalhei. Eu tô planejando duas fanfic da Saebyeok, então tá meio complicado e os capítulos ainda tão bem grande, o que complica um pouco pra reescrever, mas espero que vocês tenham gostado. Talvez amanhã eu publique o outro capítulo, mas não tenho certeza.
꒰ ׅ ࣪ ⊹ Vocês não tem noção do quanto eu odeio escrever capítulos da votação, porque é simplesmente muita gente falando e eu sou meio burra, então eu tenho que toda hora ficar voltando.
꒰ ׅ ࣪ ⊹ Finalmente a Nari explodiu de verdade com o jogador 100, e não se preocupem, foi a última vez, porque nas próximas ela talvez fique quieta e deixe ele ser burro sozinho.
꒰ ׅ ࣪ ⊹ Acho que os próximos capítulos é o do jogo Socializar e eu tô simplesmente MUITO ansiosa pra escrever ele, vocês não sabem o quanto!!
꒰ ׅ ࣪ ⊹ Lembrando que vocês sempre podem me dar dicas construtivas e feedback (mesmo que sejam ruins, só façam com respeito), isso sempre me ajuda muito a saber se está bom e no que eu posso melhorar. Além disso, obrigada a todos que estão lendo, votando e comentando! <3
꒰ ׅ ࣪ ⊹ Este capítulo também não foi revisado!
꒰ ׅ ࣪ ⊹ Por favor, se você estiver gostando desta história votem e se puder comentem, isso é muito importante para que a história possa fluir !!
꒰ ׅ ࣪ ⊹ Espero que tenham gostado, beijos, Agui 💗
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