ㅤㅤㅤㅤㅤㅤ( 𝟎𝟐 ). VOTAÇÃO E DISCUSSÃO DE IDIOTAS
⋆.ೃ࿔*:𓇼' C A P Í T U L O D O I S ˚˖𓍢ִ໋🌷͙֒
౨ৎ : votação e uma discussão de idiotas
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Nari estava sentada ao lado de Jun-Hee olhando para suas próprias mãos, que tremiam levemente, ela ainda estava muito assustada com toda a situação do jogo “Batatinha frita um, dois, três”. A adrenalina percorria todo o sangue dela, suas mãos estavam trêmulas e ela estava inquieta enquanto respirava fundo, mordendo os lábios inferiores.
Ela nunca esteve tão perto da morte como naquela brincadeira e isso deu um choque de realidade tão grande e a fez pensar em tudo que ela passou e fez até chegar ali. Ela sentiu saudades dos abraços que a mãe dela dava a ela quando algo a assustava ou a preocupava imensamente, mas ela não tinha esses abraços agora. Mas pelo menos ela tinha Jun-Hee, que deslizou a mão para segurar fortemente a dela.
O ar estava pesado, com todo mundo ainda tenso e repensando sobre o ocorrido de minutos atrás, todos ainda muito assustados e ainda em choque. Mas isso não impediu da porta ser aberta e revelar mais uma vez os guardas com uniformes rosas e máscaras geométricas, fazendo com que Nari se colocasse um pouco mais a frente de Jun-Hee no lugar em que elas estavam sentadas.
Muitas pessoas se esconderam e se afastaram ao ver eles, e era a reação mais normal que tinha ao quase morrerem. Nari apenas queria sair dali logo e fazer uma nova receita de bolo para tentar superar essa nova situação traumática.
— Vocês que estão aqui passaram pelo primeiro jogo. Meus parabéns a todos. — mais uma vez o com máscara quadrada disse, fazendo a garota Hae querer se levantar de seu lugar e meter um soco na cara dele, ainda muito irritada, mas ela se conteve, respirando fundo, ela seria morta se fizesse isso. — Quero anunciar agora o resultado do primeiro jogo. Dos 456 jogadores, 91 foram eliminados e 365 jogadores completaram o jogo. Mais uma vez, parabéns a todos vocês por terem conseguido completar o primeiro jogo.
91 jogadores mortos. 91. Ele estava de brincadeira com a cara dela? Parabéns? Sério mesmo? Um monte de pessoas morreram e eles simplesmente diziam parabéns aos que conseguiram sobreviver por pouco? Que piada.
— Por favor! Deixa a gente ir embora! — a senhora que ajudou Jun-Hee no jogo antes implorou, enquanto se ajoelhava. — O dinheiro que o meu filho tá devendo eu vou pagar, custe o que custar, só deixa a gente ir embora, eu imploro! Deixa a gente ir embora daqui… vem, vem, porque cê tá parado vai, vai…
— Eu sei que eu errei, mas me perdoa só dessa vez…
— Parece que temos um mal entendido. — o guarda mais uma vez disse, enquanto várias pessoas se ajoelharam e imploravam para ele não matar eles e deixar eles irem embora. — Nós não queremos machucar vocês. Nós só estamos dando uma chance para vocês.
— Chance?! Que tipo de chance é essa? — Nari questionou irritada enquanto se levantava, mas a garota Kim apertou a mão dela e a puxou para baixo, forçando-a a sentar novamente.
— Cláusula três do consentimento. — o 456 gritou, fazendo a Hae agradecer pela primeira vez por ele falar. — Os jogos podem ser encerrados se a maioria concordar. Não é assim?
— É isso mesmo.
— Então pronto, vamos pra votação.
— Mas é claro. Nós respeitamos a liberdade de cada um de vocês escolherem o que acham melhor. Antes da votação eu quero anunciar o valor do prêmio que o vencedor vai levar como foi prometido.
— Vai dar aula de manipulação em outro lugar seu quadradão! — Nari gritou, fazendo Jun-Hee colocar a mão sobre a sua boca, abafando o som da voz da garota e ela pode ver o guarda olhar em volta, mas não ter certeza de quem que disse aquilo.
Ignorando isso ele agarrou um controle e apertou em um botão que fez o mesmo porquinho dourado de antes descer, iluminando a sala com a cor alaranjada. Muito dinheiro começou a cair lá dentro, fazendo a Hae ficar boquiaberta, mas ela não iria mais se deixar ser manipulada por ele.
— O total é de 91 jogadores foram eliminados na primeira rodada, então até o momento o valor acumulado do prêmio é de 9,1 bilhão de wons. Se todos decidirem encerrar os jogos agora, os 365 jogadores que sobraram vão poder dividir igualmente o 9,1 bilhão de wons e irem embora.
— Ei, quanto é que dá? — o jogador 100 perguntou, fazendo Nari revirar os olhos.
— Dividido por 365, fica 24 milhões, 931 e 500 mil pra cada.
— Disseram 45 bilhões! — Thanos gritou e Nari revirou os olhos, ele era burro?
— A regra do jogo é a seguinte: nós adicionamos 100 milhões de wons pra cada jogador eliminado, depois do próximo jogo, se tivermos mais eliminados, o prêmio vai aumentar de acordo com a quantidade de jogadores que tiverem saido.
— Então, quanto vai dar no final? Pra quem sobreviver.
— Como eu já expliquei, como começamos com 456 jogadores, o prêmio total é 45, 6 bilhões de wons. Esse valor vai ser dividido por todos os jogadores que conseguirem passar pelos seus jogos, que nós planejamos.
— Escuta aqui, se no final, só sobrar uma pessoa, ela leva tudo?
— Exatamente.
Os cochichos se fizeram mais presentes e Nari teve que respirar fundo. Mais uma vez todo mundo estava sendo manipulado e cegado pelo dinheiro, incrível.
— Depois do próximo jogo a gente também pode votar se quer ir embora?
— Como diz no formulário que vocês assinaram, depois de cada jogo vocês poderão votar para ver se querem dividir o valor do prêmio que foi acumulado até o momento e abandonar os jogos, nossa maior prioridade é ter certeza de que cada um de vocês está aqui por livre e espontânea vontade. Agora, nós já podemos começar a votação. — uma cabine de votação se fez presente, com dois botões, um vermelho e um azul. — Se quiserem continuar no jogo apertem o botão que tem um O, se quiserem parar apertem o botão que tem um X.
Nari observou a sala ser dividida com a luz vermelha e a luz azul, indicando o lado em que cada pessoa ficaria após a votação.
— Nós vamos começar pelo número mais alto. Jogador 456.
O jogador mencionado andou entre as pessoas até chegar no local de votação, mas uma senhora de cabelos escuros e lápis de olho preto começou a falar, fazendo Nari suspirar irritada.
— Tudo isso não serve de nada! Assim como a gente não escolhe quando vai nascer, não dá pra escolher quando vai morrer. A hora e o local da nossa morte já foi decidido pelos deuses no momento em que a gente nasceu.
“que mulher detestável” a garota Hae pensou, irritada enquanto mordia os lábios com força, soltando um suspiro frustrado quando sentiu o polegar de Jun-Hee esfregar nas costas de sua mão, acalmando-a e isso a fez lembrar que ela ainda tinha que conversar com a garota sobre ela ter ido parar neste jogo sem ter dito nada a ela.
— Não adianta ficar desesperado porque a gente não tem como escapar do nosso destino. — e as falas da mulher de nada adiantou, o jogador 456 ainda sim votou no X, fazendo a garota de cabelos negros e franja suspirar aliviada.
— Depois de votar cole o adesivo que você vai receber do lado direito do peito e vá para a área que corresponde com o seu ciclo.
A situação toda deixou Nari ansiosa enquanto observava as pessoas sendo chamadas e votando. Ela observava o placar com os olhos fixos ali, rezando a Deus ou fazendo alguma lei da atração naquele momento para que todo mundo escolhesse o X.
— jogadora 444.
A chamaram, fazendo-a se separar das mãos de Jun-Hee. Ela ergueu o queixo, querendo parecer confiante e não a garota medrosa que ela estava sendo naquele momento. Ela encarou o guarda a sua frente com determinação e raiva enquanto votava no X, em seguida recebendo o adesivo e colando-o ao lado direito do peito.
— Jogador 333. — o chamaram e Nari o amaldiçoou mentalmente quando ele simplesmente votou no O, decidindo querer jogar mais. Por que ele estava sempre tão interessado em dinheiro? Por Deus.
A garota Hae observou quando o jogador 230 foi chamado, correndo e apertando no botão O sem nem pensar duas vezes. A forma como ele agia era engraçada e Nari se perguntou se ele não estava drogado ou algo do tipo.
— PERA AÍ TODO MUNDO, PERA AI! — O jogador 456 gritou, fazendo Nari voltar sua atenção a ele. Ele nunca cansava de passar vergonha não? — Cês não podem fazer isso! Vocês tem que cair na real! Ainda não entenderam? Isso aqui não é um jogo normal, se a gente continuar vai morrer! A gente tem que sair desse lugar e o único jeito é a votação, a gente tem que acabar com isso!
— O que acha que tá fazendo? — o jogador 100 questionou, e a garota Hae revirou os olhos automaticamente. — Por que tá querendo causar confusão desde cedo? Tocando o terror, falando de atiradores antes de começar o jogo?
— Exatamente, por causa dele a gente ficou ainda mais assustado, eu fiquei tão nervosa que por pouco não morri também!
— Aliás, como que você sabia que iam atirar na gente?
— Será que ele é um infiltrado que colocaram aqui pra fingirem que é um jogador? Quem é ele? Colocaram esse cara aqui pra manipular gente não foi?
— Para de ser burro! Se ele fosse um infiltrado não estaria tentando ajudar a gente! Ele estaria dizendo pra gente continuar. E sim, ele pode ter assustado a gente, mas também foi por ele que continuamos vivos, se ele não tivesse dito sobre o tempo a gente teria continuado parados e teríamos morrido! — Nari gritou em resposta, ganhando um olhar feio da jogadora que havia dito aquilo e do jogador 100.
Ela nem sabia o porque, mas se sentiu mal por eles estarem julgando tanto assim o jogador 456, mesmo ela tendo sido uma das que mais julgou ele.
Ela deveria aprender a calar a boca dela e não tentar arrumar confusão com todo mundo ali, provavelmente boa parte daquela gente tinha raiva dela agora, principalmente os guardas.
— Exatamente! E você aí cuidado com o que fala hein. — o jogador 390 concordou com Nari, se aproximando do jogador 456. — Foi só graças a ele que a gente conseguiu se organizar e terminar o jogo sem morrer. — e então ele apontou para o outro jogador que julgou o 456. — e você aí, eu te vi no jogo, com as pernas tremendo, você devia vir agradecer ele, não vir acusando
— Por que você tá se metendo, hein? É seu parça?
— Parça?! Olha a sua idade!
— Não te interessa, cê vai fazer o que? Aham?
— Aí para! Tá bom, chega — a mesma senhora de antes que Nari conseguiu ver ser o número 149, falou, apartando a briga e se aproximando do jogador 456— Não vamos brigar, pessoal, pessoal, vocês tem que entender que nós devemos a nossa vida a esse senhor, eu falo de mim e inclusive do meu filho. Dêem mais valor gente a suas vidas, parem de ser idiota e vamos embora desse lugar, hein?
— Vamos embora daqui.
Todo o lado X começou a concordar com ela e Nari assentiu, sorrindo minimamente para a mulher. Ela não poderia ter estado tão mais certa. Ela não queria morrer jogando uns jogos de criança por dinheiro, dinheiro ela poderia conseguir de outra forma, não as custas das mortes dos outros, certo?
— EU JA JOGUEI TODOS ESSES JOGOS! — o jogador 456 gritou repentinamente, fazendo Nari arregalar os olhos e franzir o cenho em confusão. — Eu já joguei todos eles! É por isso que eu sabia o que ia acontecer, porque não é minha primeira vez aqui, eu já joguei todos esses jogos a três anos! E todo mundo que jogou comigo na época acabou morrendo aqui!
— Mas pera ai, se todo mundo morreu, como é que você tá aqui?
Nari revirou os olhos, por que as pessoas estavam sendo tão burras naquele dia? Por que eles não conseguiam usar a lógica e sempre perguntavam o óbvio? Por Deus.
— Ou seja, foi você que venceu a competição.
— Fui eu. — mesmo já sabendo a resposta, Nari ficou boquiaberta. — Fui eu que ganhei o prêmio. Se vocês continuarem jogando, todo mundo que eu tô vendo aqui agora, vai acabar morrendo aqui dentro. Como da outra vez.
— Quanta besteira. Se tivesse ganhado teria saído com 45 bilhões de wons, então você ia voltar prós jogos pra que?
Nari se perguntou se ela seria presa se caísse no soco com aquele senhor. Por que ele tinha que ser tão insuportável assim?
— Exatamente! Ele tá mentindo! Para de falar merda!
— Se você é bilionário eu também sou!
Que estúpidos. Nari quis falar algo novamente, mas ela sentiu o olhar de Jun-Hee nela, o que a fez olhar para a garota que balançou a cabeça negativamente, dizendo para ela permanecer quieta. Um suspiro deixou os lábios da Hae enquanto ela assentiu e voltava a atenção para a discussão.
— Se você venceu isso aqui mesmo, é bom pra gente. — Thanos falou, após se aproximar do jogador 456. — Cê vai soltar um monte de dicas de como ganhar esse prêmio.
— É, é isso! Com ele aqui a gente vai ter medo por que? Vamos lá gente, vamos jogar! — o jogador 100 concordou e todo o lado O se animou, tentando convencer os jogadores restantes a votarem para continuar.
Nari sentiu que iria vomitar naquele momento, só a perspectiva de continuar naquele jogo e que ela poderia morrer sem nem ao menos ter abraçado a mãe dela a assustava.
— Por favor eu imploro, a gente tem que sair daqui. Quantos mais jogos, mais gente morrendo. Uma delas pode ser você. — ele agarrou os ombros de um jogador. — A gente pode acabar com isso e ir embora daqui, todo mundo…
Ele foi interrompido ao sentir o cano de uma arma em suas costas, fazendo ele gelar, e Nari revirou os olhos ao ouvir novamente a voz irritante do guarda quadrado.
— A partir de agora não está permitido qualquer tipo de ação que interfira na votação. Contamos com a compreensão de vocês. Então, vamos dar continuamento a votação. Jogador 228.
Todos eles estavam votando em continuar. Isso fez o estômago de Nari se revirar, ela não podia acreditar que o destino dela estava nas mãos de pessoas gananciosas que só pensavam em dinheiro.
Assim que Jun-Hee votou no X, ela andou até Nari, agarrando a mão trêmula da garota que sorriu minimamente para ela, como se estivesse garantindo que ficaria tudo bem, mas até ela estava com medo de tudo isso.
Ela sentiu alívio a atingir quando começaram a votar no X, mas algo se destruiu dentro dela quando a jogadora 120 votou no O. Ela estava admirando tanto ela… por que ela queria continuar o jogo? Sendo que muitas pessoas iriam morrer ali. Ela respirou fundo, tentando pensar que todos ali tinham um motivo para o que estavam votando.
— Jogador 100.
Muitas pessoas estavam votando no O, mas ainda tinha esperanças, ainda mais que o X estava na frente nas votações, até o lado O ganhar forças e só der empate graças ao jogador 007. A cada voto do lado X, Nari e os outros jogadores comemoravam, e ela sentia esperança de que sairia de lá e descobriria uma nova receita de bolo e que talvez conseguisse alavancar suas vendas de bolo novamente.
— Por último, jogador 001.
Nari virou para trás, para encarar o jogador chamado. Observando as feições dele, mas desviou o olhar rapidamente. Ele lhe dava uma sensação um pouco ruim, desconforto e até medo. Mas ela ainda não sabia o porquê.
Todos começaram a gritar círculo e X ao homem que andou confiante até o local de votação, fazendo o estômago de Nari revirar quando ele votou no O, fazendo assim com que os jogos continuassem.
— Vai ficar tudo bem! — Nari garantiu a Jun-Hee, apertando a mão da garota, que assentiu, ainda não convencida daquilo.
Mas ela não tinha tanta certeza disso, não quando o jogador 001 se virou para trás e Nari o viu sorrir.
⤷‧₊𖥻 NOTAS ! ★
꒰ ׅ ࣪ ⊹ Oioii! O que acharam?
꒰ ׅ ࣪ ⊹ Este capítulo foi meio parado, mas foi só pra finalizar o episódio um, já que decidi que vou dividir todos os episódios em dois capítulos!
꒰ ׅ ࣪ ⊹ Como vocês podem ver Nari achou o jogador 001 estranho e até ficou meio desconfortável, mas ela está longe de desconfiar dele como Frontman, só a primeira impressão dela sobre ele que não foi nada boa.
꒰ ׅ ࣪ ⊹ Ela também não tem paciência alguma com o senhor 100, e ela ainda vai perder muita paciência com ele, mas quem não também? Ele é um velho insuportável.
꒰ ׅ ࣪ ⊹ Este capítulo também não foi revisado!
꒰ ׅ ࣪ ⊹ Por favor, se você estiver gostando desta história votem e se puder comentem, isso é muito importante para que a história possa fluir !!
꒰ ׅ ࣪ ⊹ Espero que tenham gostado, beijos, Agui 💗
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