Cαpítulo trece - El beso II
Eu dirigia numa velocidade além do permitido, eu só precisava correr o mais longe de Lorenzo e dos meus hormônios.
Estacionei o carro e peguei minha bolsa no banco traseiro e entrei em casa.
Um silêncio me fez lembrar que a essa hora meus avós estavam embarcando numa viagem de aniversário de casamento.
Ao chegar no meu quarto me joguei na cama, um pouco frustada com minha atitude.
Mais como eu iria me relacionar com alguém?
Sendo que a pessoa mais importante da minha vida está crescendo dentro de mim.
— Não sei porque a tia Angel disse que você é a resposta de tudo — acariciei minha barriga — Mamãe vai sempre te proteger e te amarei até meu último suspiro.
Me levantei a contragosto e peguei uma camisola no guarda roupa, uma toalha e fui pro banheiro.
Me desfiz da roupa que eu usava, abri o registro e deixei a água cair sob minha pele, aproveitei e lavei meus cabelos.
Quando terminei, me sequei e me enrolei na toalha, peguei meu potão de creme da Skala e comecei a passar no cabelo.
Quando terminei, botei uma touca na cabeça. Me vesti e desci, na varanda estendi minha toalha e fui para cozinha, coloco água no fogo.
Ligo meu celular numa playlist brasileira e começo a cortar os temperos, quando a água estava fervendo, jogo sal e depois o macarrão.
Em outra panela começo a preparar o molho, que seria de linguiça, ponho um pouco na mão pra experimentar e minha barriga ronca.
Escorro o macarrão, o lavo e depois levo pra panela, pra tempera-lo.
Quando tudo está pronto, vou até o tanque do lado de fora da casa e enxago meu cabelo.
Depois de pentear o cabelo, faço meu prato e vou pra sala, ligo a tv e ponho num filme qualquer.
Quando termino, estico minhas pernas sobre a mesa de centro e fico acariciando minha barriga, até que pego no sono.
— Vamos Dominique — Angel me puxa pelo braço dentro do aeroporto —
— Vai devagar sua louca, não está vendo o tamanho da minha barriga? — resmungo andando feito um patinho —
— Não comece usando o bebê como desculpa — reviro os olhos —
— Suas passagens senhoritas — o homem estende a mão pra Angel que entrega — Façam uma boa viagem
— Eu faria se você viajasse comigo — Angel pisca pro homem que fica extremamente vermelho —
— Para de ser tarada — digo rindo e sigo pra dentro do avião —
No avião me sento ao lado da janela e Angel se põem ao meu lado, respiro fundo pois ficar andando muito me cansa.
Afinal estou com 8 meses, mesmo estando assim, não consegui fugir da Angelina que sismou que precisamos passar o Ano Novo no Rio de Janeiro.
Tenho medo do bebê nascer lá, longe do Ruan e dos meus avós. Mais o médico me liberou, então aceitei viajar com Angel.
Eu e Ruan optamos por não sabermos o sexo do bebê, decidimos fazer uma surpresa, pra nós e pra toda família.
Com a promoção, passei a ganhar um pouco mais, e consegui alugar uma casa pra mim, porque a casa que meus avós moram, é pequena pra todos nós.
Minha casa não é enorme, mais são dois quartos, um com acesso ao outro, o quarto do bebê é todo no tom de amarelo e branco, tudo bem clean, pra ser bom pra qualquer sexo.
Tem um quintal bem grande, dei prioridade a isso, pois desejo que o bebê tenha espaço pra andar e brincar quando crescer.
Nos primeros meses Ruan, Angel e meus avós se revezaram pra ficar comigo e o neném.
Estava tudo bem planejado e eu estou ansiosa demais pra chegada do Miguel ou da Maria Júlia.
Sobre Lorenzo, nosso contato se limita apenas na empresa, eu ganhei uma sala e foram contratadas duas secretárias, uma pra mim e outra para o Lorenzo.
O beijo, não conversamos sobre isso, Lorenzo até tentou, mais fugi disso.
Eu não estou preparada pra entrar num relacionamento, ainda mais com o Dante me perseguindo ainda.
Ele não tentou nada contra mim, mas continua tentando se aproximar e eu fugindo dele.
Angel fica uma fera toda vez que o vê, ela diz que sua vontade era de dar um chute no meio de suas bolas e o mandar direito pra cadeia.
Eu sei que eu deveria denuncia-lo, mais não tenho provas que ele fez contra mim e espero nunca ter, principalmente com a chegava do bebê.
— Chegamos — falei abrindo a porta da casa—
— Que massa Nique — Angel olhou a casa em volta —
— Bem só precisar retirar os plásticos e fazer uma limpeza e casa estará prontissima — puxo o plástico e a poeira sobe fazendo eu e Angel tossirmos —
— Ainda bem que eu chamei reforço — olhei pra Angel com a sombracelha arqueada —
— Como assim?
— Bom eu tomei a liberdade e chamei um pessoal
— Que pessoal Angelina? Eu pensei que seria só nós duas
— Ih eu hein, ia ser uma chatisse danada — ouvimos batidas na porta — Chegaram
Angel abriu a porta e quase cair pra trás quando vi, as pessoas que ela chamou.
Estavam Ruan, Antonia, Arthur e Lorenzo.
Todos entraram e botaram as malas no chão, Ruan caminhou até mim, beijou minha bochecha e minha barriga, observei Antonia virar a cara.
Desde que eles dois terminaram, o clima entre nós ficou estranho, ela deve pensar que eu sou culpada pelo término.
— Foi difícil achar aqui hein — Arthur reclamou e puxou Angel pela cintura —
— Não começa a encher o saco — ela se desfez do braço dele — Bem galera, vocês estão vendo que tem muito trabalho a fazer, vamos começar
— Limpar essa casa — ele olhou em volta — Nem fudendo
— Arthur se veio pra ficar reclamando, pode voltar de onde veio — Angel apontou pra porta —
— Credo , que grosseira gatinha — revirou os olhos —
— Mais alguém quer reclamar ? — todos negaram — Acho bom, eu e a Antonia ficaremos com a parte debaixo e vocês meninos com a parte de cima — ela se aproximou de nós — Eu vou verificar se está limpo, estamos entendidos?
— Sim — os quatros concordaram feito crianças —
— A Dominique não vai ajudar ? — Antonia perguntou e Angel balançou o dedo negativamente — Por que ?
— Você já viu o tamanho que ela está?
— Angelina eu estou aqui — falei seguindo a mesma pela cozinha — E eu vou ajudar, não estou morta
— Tem certeza ? — Angel perguntou e eu assenti — Se você se sentir mal, só parar
Depois de dividir as tarefas e os produtos de limpezas, começamos a faxina.
Eu fiquei de lavar o banheiro da parte debaixo, quando terminei de lavar o banheiro. A casa estava bem suja, fazia mais de cinco anos que eu não botava os pés naquela casa, a última vez que fui naquela casa foi no ano novo.
Meus pais alugaram essa casa para que todo final de ano, até o carnaval ficassemos lá.
Assim que terminei de limpar o banheiro, fui para sala e comecei a varrer, por fim passei um pano molhado, pra tirar a poeira.
Comecei a tirar os plásticos do móveis, quando tirei tudo, levei tudo pro lado de fora, os colocando no tanque pra lavar.
Voltei e passei pano em todos os móveis, e por fim passei um cheirinho no chão.
Quando cheguei na cozinha, as meninas já tinham terminado.
Logo em seguida os meninos desceram, com uma cara de acabados e Angel subiu para verificar a limpeza.
— Quem vai fazer a janta ? Eu estou morrendo de fome — Ruan falou e se apoiou sobre a ilha da cozinha —
— Ixi, ainda tem que ir no mercado — falei e Arthur levou a mão até a testa — Mais pode deixar que eu vou
Subi para o quarto que provavelmente eu vou dividir com a Antonia, já que a Angel provavelmente vai dormir com o Arthur.
Separei um vestido florido, minhas peças íntimas, toalha e a necessarie.
Entrei no banheiro e fui logo fazendo xixi, se antes eu fazia xixi a toda hora, agora que o bebê está se encaixando, eu fico 23 horas do meu dia fazendo xixi.
Após o banho me sequei, passei um creme no corpo e um outro pra evitar estrias na barriga, vesti as peças íntimas e o vestido.
Pentei meu cabelo, passei desodorante e um perfume e sai do banheiro.
Dei de cara com Lorenzo sentado na beirada da cama e soltei um grito.
— Você quer me matar do coração ? — pus a mão sob o peito sentindo meu coração bater a mil por hora —
— Desculpa, não era minha intenção te assustar
— Mas assustou — respondi jogando a roupa que eu estava numa sacola e guardando a necessarie — O que posso fazer por você?
— Angel pediu pra eu te acompanhar no mercado
— Não precisa
— Mais eu vou — me seguiu pelas escadas—
— Estamos indo no mercado, o que lembrarem que precisa ser comprado, mande mensagem pelo WhatsApp — acenei para eles e olhei pra Angel que estava com um sorriso no rosto —
" Eu te mato ", sussurei antes de sair de casa.
No carro, liguei o GPS pois eu não lembrava direito o caminho pro mercado mais próximo.
Quando chegamos, estacionei o carro e entramos.
Lorenzo pegou o carrinho de compra e me seguia pelo mercado, nem parecia que antigo chefe, CEO de uma empresa, está fazendo compras num mercado no Rio de Janeiro.
Se alguém me falasse isso, quando o conheci, com seu jeito sério e carrancudo, eu iria achar graça.
Porém se alguém me falasse também, que eu ficaria doente e perderia quase todas as chances de ter um filho, eu diria que isso é um filme de drama.
— Parabéns pela família, sua esposa é linda— uma senhora que estava atrás de nós na fila disse fazendo com que ambos virassemos —
— Ele não é meu marido. Apenas um amigo — respondi e a senhora meneio a cabeça e torcer os lábios —
— Deveria então — abri a boca pra responder alguma coisa mais fiquei quieta —
Lorenzo e eu nos olhamos, comecei a pôr as compras na esteira do caixa. Após a mulher passar tudo, Lorenzo se ofereceu pra pagar e eu não protestei, porque se eu falasse seria pior.
Botamos as compras no carrinho e fomos em direção ao carro, guardamos tudo e seguimos pra casa.
Após o jantar que foi carne assada, ajudei Ruan a lavar a louça e ficamos conversando com pouco.
Meus pés estavam super inchados, me sentei na sala e botei meus pés pra cima.
Ruan se sentou e começou a fazer uma massagem neles, quase tive um treco de tão bom que era isso.
Lorenzo estava sentado no outro sofá mexendo no celular e toda vez trocavamos olhares.
Antonia passou por nós, e fechou a cara, dei um toque no Ruan que foi atrás dela no quintal.
Aproveitei a deixa e subi, liguei o ventilador que havia lá, porque o ar condicionado não estava funcionando, peguei um babydoll e vesti.
Soltei meu cabelo e deitei, pegando no sono logo em seguida.
Acordei sentindo um calor infernal, calcei meu chinelo e peguei o celular ligando a lanterna pra não cair no meio do caminho.
Quando cheguei na cozinha, peguei um copo e enchi de suco, estava bem gelado então desceu que nem uma maravilha.
Notei um vulto, me aproximei da porta da varanda e vi que era o Lorenzo sentado.
— Acordado a essa hora — digo me aproximando dele —
— Digo o mesmo de você. Não deveria estar descansando? Você fez muito esforço — ele me olha e depois volta a olhar pra frente —
— Está muito calor. Como você está aguentando, você me disse que não gosta de calor
— Estou vivendo a base de banhos, aí vim aqui para fora, está correndo um vento bom
— É verdade. Bom vou voltar pra cama — falei e acenei com a cabeça pra ele —
— Espera — ele se levantou e segurou meu pulso — Por que você está me evitando?
— Não estou te evitando — respondi e olhei pro lado —
— Você não sabe mentir — ele soltou minha mão — Eu te fiz alguma coisa?
— Claro que não — soltei uma risada nervosa — Está tudo bem Lorenzo
— Foi o meu beijo? Não gostou ? — engoli seco, pois estava fugindo dessa pergunta —
— Não é isso. Eu só não posso agora Lorenzo, não posso brincar. Estou com um filho a caminho e minha vida está se encaixando
— Dominique não estou pedindo pra você se casar comigo. Eu apenas gosto de você. Você é um ser humano incrível, eu te admiro muito, e olha que não é do meu fetio ficar elogiando os outros — dei um sorriso achando graça — Eu quero apenas tentar
— Mais e se eu me machucar?
— Você tem total liberdade, pra chegar em mim e falar, que não está bem.
— Não sei
— Vamos tentar no final do ano, se você não quiser. Eu não falarei mais nada
— Está bem. Quem diria, eu nunca imaginaria que o CEO, gostaria de mim, dessa forma.
— Acho que você anda lendo muitos livros desses CEO frios e calculistas — dei um risada — Agora posso fazer uma coisa que quero a tempos?
— Pode — ele pegou meus braços e pôs em volta do pescoço dele —
Suas mãos passearam pelo meu rosto, e eu fechei meus olhos, e fui me aproximando dele, até nossos lábios se encontrarem.
Diminui o espaço entre nós, mesmo sendo um pouco difícil devido a barriga enorme, e ficamos nos beijando até o fôlego nos faltar.
As mãos de Lorenzo pousaram sobre minha barriga e ele ficou ali acariciando a mesma.
— Nossa ele chutou — ele disse animado e eu não contive a risada — Ele ou ela
— Sim, parece que gostou de você — senti meu bebê se remexendo todo na barriga, como se brincasse de pique esconde com a mão do Lorenzo —
— Você está cansada, vamos dormir — ele pegou minha mão e me levou pra dentro —
Enquanto ele trancava a porta da varanda, lavei o copo que sujei e subimos juntos.
Na porta do quarto, ele me deu um selinho e se abaixou pra beijar minha barriga.
— Pra não haver ciúmes — ele afagou meus cabelos — Boa noite Nique
— Boa noite Enzo — dei um tchauzinho pra ele —
Me deitei na cama com um sorriso enorme, eu estava feliz, mais não posso negar que não estou apreensiva com o futuro.
Mais eu espero que ele seja bondoso conosco.
Olá meus barcelonenses!
Como estão?
Estava morrendo de saudade de vocês e de escrever essa história maravilhosa!
Finalmente teremos uns capítulos de Dominique e Lorenzo juntos.
Mais como será a reação da Belle hein?
Vocês vão precisar continuar acompanhando pra saber!
Obrigada por voar conosco a companhia Machado, muitos beijinhos e um cheiro ✈️❤️
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