EPÍLOGO «» O DIFÍCIL RECOMEÇO


Naquele fatídica noite, naquele maldito ano, tudo havia se desmoronado, tudo aquilo que ambos visavam obter se esvaiu entre os dedos. Ae Cha perdeu a vida por amar dois homens, Yoongi perdeu a pessoa que mais amava assim como Jungkook. O ano de 1942 trouxe a desgraça que assolou a vida de ambos os homens, e famílias.

Na noite em que os dois dispararam um contra ao outro que resultou na morte de Ae Cha, o caseiro presenciou toda a cena; no momento em que viu o que estava prestes a acontecer jogou um vaso ao chão, na tentativa falha de chamar a atenção dos homens, contudo presenciou o fim de tudo.

Já sem reação Jungkook que jazia com o corpo de Ae Cha nos braços apenas chorava deixando as lágrimas da profunda tristeza caírem, Yoongi com as mãos sujas pelo sangue da amada cobria o rosto escondendo que também chorava. A dor que sentiam em seu âmago era insuportável, como viveriam sem ela? Se perguntavam.

O caseiro correu até o telefone antigo da fazenda pedindo a telefonista que o direcionasse a delegacia mais próxima, foi a única coisa sensata que pensou no momento. Os policiais chegaram encontrando a lamentável cena em que Jungkook balançava o corpo sem vida enquanto o abraçava chorando, e Yoongi largado encostando nas costas do sofá olhando para o nada com os olhos vidrados.

Os pais de Ae Cha, o senhor e senhora Bae não só estavam chocados completamente arrasados como indignados querendo justiça pela filha, gerando assim uma briga entre eles e as famílias Jeon e Min. Os dois jovens detidos tiveram seus julgamentos após duas semanas o crime, recebendo a sentença de cinco anos e meio de prisão, contudo ambos não se importavam queriam apenas se isolarem na solidão e dor dominava seus corações.

Mesmo depois do ocorrido Yoongi e Jungkook ainda se estranhavam, não se davam bem, tanto que tiveram que tirar Jungkook da mesma cela que dividia com Yoongi e mais três detentos, pois estavam se atracando quando trocavam farpas. Semanas se passavam, meses, anos e nada fazia com que a dor fosse embora, ela apenas os engolia mais e mais, o remorso os corroía, se pudessem voltar no tempo.

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Quatro anos e meio depois mais precisamente 1946, os jovens foram libertados por bom comportamento e graças as incansáveis vezes em que os advogados de ambas famílias recorreram. A mãe de Yoongi teve a sorte de sua patroa que possuí um bom coração tê-la ajudado, enquanto a Sra. Jeon achava um absurdo ter o único filho preso por tanto tempo pagando um excelente advogado.

— Meu filho senti tanta a sua falta! —  A mulher vestida com roupas simples, com olhos chorosos abraçou Yoongi com ternura.

— Não chore mãe, apenas paguei pelo que fiz, e mesmo assim ainda não acho justo estar livre. — O homem que também tinha os braços envoltos a mãe disse, ganhando um olhar incrédulo da progenitora.

— Meu filho você já cumpriu sua pena, não tem que continuar a se martirizar dessa forma.

— A senhora não faz ideia de como me arrependo de cada dia que vivi, sendo que matei a única mulher que mais amei nada vida, eu mesmo acabei com minha vida. — Yoongi se pós a correr sem direção deixando sua mãe para trás, que gritava seu nome.

Enquanto a Sra. Min estava desesperada em frente ao portão do presídio. Alguns poucos metros dali os pais de Jungkook abraçavam o filho sorrindo emocionados por o ter de volta.

— Meu filho é muito bom tê-lo de volta ao nosso lado, sua mãe e eu passamos esses anos todos preocupados com você. — O Sr. Jeon disse enquanto abraçava o filho depositando suaves tapinhas nas costas.

— Meu bebê como senti sua falta, nem imagina quantas noites chorei com medo de perdê-lo por ficar junto a ignorantes perigosos. — Empurrou o marido com a voz embargada envolvendo o pescoço do filho com seus braços.

— Estou agora aqui, parem de se lamentar por algo que já aconteceu. — Tanto o Sr. Jeon quanto a Sra. Jeon estranharam o comportamento do filho, Jungkook nunca havia sido grosso com eles.

— Você deve estar cansado, venha vamos para casa. — Jungkook olhou para os pais adentrando o veículo preto que partiu assim que a família Jeon o adentrou.

Durante o período em que passou preso, Jungkook teve muito tempo para pensar, em seus plenos 22 anos havia se tornando um homem amargurado, com uma grande ferida no peito que o próprio duvidava se fechar tão cedo. A água quente do chuveiro caía sobre seu rosto escorrendo por seu corpo másculo, Jungkook retirou o rosto debaixo d’água apoiando as mãos na parede gelada, abaixando a cabeça.

— Porquê diabos a vida tem que ser tão injusta? Porquê, porquê?! — Bateu o punho fechado na parede de azulejos brancos, fechando os olhos e sua mente lhe pregou uma peça.

“Quando você me toca, quando me beija, me abraça me sinto tão bem... Jungkook me toque.”

Se lembrou de quando havia percebido que Ae Cha enfim tinha se apaixonado por ele, que ela enfim estava nutrindo os mesmo sentimentos que ele, quando pediu para que a tocasse durante o banho. Fechou o registro saíndo a passos largos do banheiro com apenas uma toalha em volta a cintura, indo para o quarto se vestindo com uns de seus blazers que ali estavam guardados e muito bem cuidados por sinal. Batidas na porta fez com que ele encarrasse a madeira escura, dizendo um “entre”.

— Meu querido trouxe um lanche, você perdeu peso é nítido. Você não deveria ter ficado por tanto tempo naquele lugar, você não tem culpa.

— Mãe...

— Aquela garota é a culpada, quem mandou se envolver com dois homens e ainda se casar com você e o trair, lhe fazendo sofre, você também era muito jovem e ela não valia...

— MÃE! Será que pode calar a boca e parar de falar idiotices, não percebe o que está dizendo? Eu sou inocente? Matar uma pessoa está tudo bem para você? Fiquei preso para pagar o que fiz perante a lei, tem noção do quão quebrado estou? Não! Sabe o que sinto toda vez que me lembro da mulher que amo morta em meus braços? — Estendeu os braços com raiva encarando a mãe — Sinto que sou um imbecil, o pior dos homens, me deixei levar pela raiva, ódio... Então para de falar com se eu fosse um santo. — Jungkook passou pela mãe indo procurar o pai, naquela casa ele não viveria mais.

                                          🍁

Yoongi andava sem beira nem eira, vagando pelas ruas de Londres com a cabeça cheia de pensamentos, olhou para frente e seus olhos se arregalaram quando avistou que estava de frente ao parque que frequentava com Ae Cha, onde passou momentos que tanto aquecia seu coração.

“Yoongi vou morrer... Se continuar a fazer cosquinhas em mim, vai ver quando eu lhe pegar.”

Yoongi jamais esqueceria aquele sorriso genuíno, a bela face que o fazia tremer toda vez que via em ansiedade para tocar aquele corpo tão macio. Esfregou as mãos pelo rosto, saindo dali antes que mais lembranças o atormentasse.

Caminhou até chegar em casa, mas bastou olhar para o lado para sentir seu corpo fraco. A casa vizinha com janelas fechadas, a grama seca e o pequeno jardim da frente completamente morto, apenas fazia que Yoongi fosse consumido por lembranças, abriu rápido o portão subiu os degraus entrando dentro da casa que considerava sua, correndo até seu quarto se jogando na cama.

“Você me ama certo? Teu coração pertence a mim, sim?”

— Ele nunca deixará de ser seu Ae Cha.

Lágrimas escorria de seus olhos, chorava por se sentir pela milionésima vez um idiota que merecia arder no fogo do inferno por causar tantos problemas, por ser tão egoísta. Sua mãe observava o filho parada perto da porta, até se sentar ao lado dele na cama acariciando seus fios acastanhados.

— Meu filho, venha comer algo deve de estar com fome.

— Não obrigado, estou sem apetite.

— Não queres passar mal não é, então come algo.

— Mãe eu já lhe disse que não quero. Me deixe em paz por favor. — Yoongi se encolheu na cama, quase abraçando a si mesmo.

Por que todos aqueles anos estavam sendo um tormento? Por que viver sem Ae Cha fazia a cicatriz em seu peito nunca se fechar, o fazendo sofrer em demasia?

Yoongi assim como Jungkook queria não viver com aquele peso na consciência, se pudessem voltavam no tempo abriam mão dela, apenas para vê-la sorrir e ser feliz.

— Yoongi, não fique assim, Ae Cha se foi há muito tempo supere meu filho, supere. — O acastanhado se virou para a mãe olhando no fundo de seus olhos.

— Superar? Como faz para superar ter matado seu grande amor? Como faz para tirar essa angustia que me corrói por dentro, que faz meu peito doer? A senhora não tem noção de como a ferida dói mesmo depois desse tempo. — Se levantou indo até a porta.

— Aonde vai? Acabou de chegar.

— Vou andar por aí, porque ficar na minha casa está me sufocando.

Todos diziam que com o tempo você aprende a superar, a se tornar alguém melhor, todavia os erros foram a lição mais importante na vida dos jovens. O destino sempre tem algo reservado para você, algo inesperado que pode chegar e te nocautear como os lutadores de boxe, a vida é tão justa e injusta.

                                       🍁

A noite já havia caído, o céu noturno brilhando graças as estrelas e a lua que tornava aquela uma das mais belas visões, e aquele céu sobre a cabeça dos dois jovens faziam com que tivessem mais lembranças dolorosas.

Jungkook firmemente rumou até a casa onde viveu com Ae Cha, a encontrando em um estado total de abandono, provavelmente os pais da jovem nunca mais quiseram colocar os pés nessa casa, mas também não quiseram se desfazer. Jungkook andou pela casa tomada pelo ácaro e mofo — agradecia por ainda ter as chaves da casa — subindo os degraus que o levaria até onde teve noites agradáveis e memoráveis com sua falecida esposa.

Defronte a porta com a mão sobre a maçaneta pode ver sua mão tremer, sentiu o corpo ficar rígido, porém abriu a porta encontrando o cômodo do mesmo jeito que ele e Ae Cha haviam deixado. Seus passos ecoavam pelo cômodo vazio, seu nariz coçou diversas vezes devido ao cheiro do lugar, seus dedos correram pela penteadeira, onde sua esposa passava certo tempo se arrumando sorrindo para ele. Fechou os olhos e pode visualizar a imagem de seus cabelos curtos solto, sua boca coberta por um batom rosa bem claro, vestida em seu vestido azul escuro que marcava sua cintura.

Jungkook olhou para o lado em direção a janela fechada com as persianas abertas deixando a luz da lua adentrar o cômodo, e foi assim que viu uma tela caída ao chão, se aproximou abaixando-se  virando-a  tendo a visão de uma porta e uma janela aberta com um fundo azul marinho, seu cenho franziu vendo a pintura até olhar embaixo vendo a assinatura de sua amada ao canto da tela.

Ao virar novamente a tela tendo o fundo virado para si olhou atentamente, encontrando algo escrito em letras miúdas abaixo.

“A porta por onde passou aquele que jamais pensei amar tanto, e a janela por onde podia ver a casa onde aquele que também amo vive. Meus dois universos!”

Enquanto Jungkook encarava as últimas palavras escritas por Ae Cha, Yoongi entrava após ver a luz da sala acesa e a porta entreaberta. Como alguém havia conseguido entrar ali aquela hora? Se perguntava enquanto olhava o cômodo também incomodado com o estado daquele lugar e com o cheiro.

Yoongi olhou para o corredor que ligava a sala a cozinha, se recordando de quando a dona de fios curtos morenos e olhos tão escuros o fitava tentando esconder sua surpresa após Jungkook o levar até lá para jantar a pegando de surpresa. Girou sobre os calcanhares olhando o sofá coberto por um lençol branco encardido, com um sorriso pequeno nos lábios, ali ele e Ae Cha haviam trocado breves selinhos quando vossa mãe os deixava a sós para buscar um lanche, enquanto estudavam para as provas do colégio.

Passos o assustou trazendo de volta a realidade, foi então que avistou Jungkook descer a escada em seu traje elegante, o olhar do moreno parecia o fuzilar. Desviou o olhar de Jeon vendo que segurava algo, enquanto Jungkook continuou descendo até se aproximar.

— O que faz aqui? — Indagou o moreno o encarando.

— A casa estava com as luzes acesas, e a porta entreaberta então entrei para relembrar o passado. — Yoongi respondeu sem cerimônia.

— Não consegue tirá-la da cabeça também, estou certo?

— Exatamente, todos os malditos dias penso nela.

— Estamos fadados a viver remoendo essas lembranças que nos torturam ao mesmo tempo que aquece nossos corações. — Yoongi encarou surpreso Jungkook por estar concordando pela primeira vez com o próprio.

— Ela deve nos odiar, deve estar profundamente desapontada conosco, mesmo dizendo aquilo em seu último suspiro de vida. — Foi a vez de Jungkook encarar Yoongi surpreso por estar concordando.

“Mas agora não me arrependo de nada, pois amei vocês profundamente...” Essas palavras não saem da minha cabeça, contudo Yoongi, creio que ela realmente nós amou demasiadamente, esse quadro e uma prova disso. — Estendeu a pintura para Yoongi que pegou após tossir.

Observou a imagem e depois a mensagem deixada atrás, após Jungkook lhe dizer. Boquiaberto segurando o choro olhou novamente para o moreno a sua frente.

— Ela nos amou tanto, mesmo que de um jeito torto e errado... Será que a amamos com deveria?

— Dei o meu melhor sempre para que ela se sentisse amada por mim, lhe entreguei meu coração por completo. — Jungkook declarou olhando para as mãos.

— Também lhe dei meu coração desde o primeiro contato, Ae Cha foi a mulher que mais amei em minha vida até o presente momento, e certamente não amarei alguém igual.

— Yoongi, lembro-me que seu último pedido foi para que sejamos eternamente felizes, mas não estamos o fazendo... Se Ae Cha estiver nos vendo de algum lugar provavelmente estaria entristecida em nos ver assim, concorda?

— Sim, você tem razão Jungkook, temos vivido apenas por existir, não estamos realizando o último desejo dela, estamos pondo nossa diferença na frente em todos esses anos, e não nos esforçando para deixar a cicatriz da profunda ferida se cicatrizar. — O acastanhado divagou seu olhar para Jungkook e para o quadro que ainda segurava.

— Quando encontrei essa pintura no quarto me dei conta de que nossas diferenças é uma das coisas que não nos permite seguir em frente que não passa de uma implicância  infantil a essa altura da vida. Deveríamos recomeçar novamente, do jeito certo pondo tudo de lado. — Ao dizer isso a Yoongi, Jungkook sentiu um pequeno alívio crescer no peito.

— Por incrível que pareça concordo contigo, seria algo que deixaria Ae Cha feliz, e nós faria dar o primeiro passo rumo ao recomeço, rumo a cicatrização da ferida que tanto insistir em nós fazer sentir dor.

Após concordarem, Yoongi e Jungkook apertaram a mão um do outro selando ali o recomeço.

                                       🍁

No dia seguinte após acordarem ambos foram a um certo destino, ambos foram visitar — se despedir — da pessoa que um dia amaram tanto a ponto de se deixarem ficar cegos de ódio.

O túmulo de Bae Ae Cha mostrava claramente que não eram os únicos que haviam tido a mesma ideia de visitá-la, havia tulipas vermelhas jazidas sobre o túmulo. A foto oval preto e branca da jovem que tinha um futuro todo pela frente fizeram os dois homens derramarem lágrimas, eles compartilhavam da mesma dor.

Ae Cha, o que seria dela e dos dois presentes ali se nada disso tivesse acontecido? Era a pergunta que rondava a cabeça deles nesse exato momento, portado afastando tal pergunta depositaram as flores que trouxeram sobre o túmulo.

— Me perdoe por ter deixado a raiva me consumir a ponto de fazer o que fiz com você, me perdoe por não ter percebido que não estava feliz ao se casar comigo... Me perdoe por tudo querida. — Jungkook abaixou a cabeça olhando para os próprios pés derramando mais lágrimas.

— Me perdoe por não ter aceitado o que o destino preparou para nós, me perdoe por ter insistido fazendo com que cometesse adultério, sem medir as consequências que isso poderia trazer, e olha onde eu lhe trouxe. Me arrependo profundamente por ter começado todo o caos que nos levou a fazer o que fizemos. — Yoongi fechou os olhos sentido lágrimas quentes escorrer por seu rosto não conseguindo as conter.

Como resposta um vento forte veio trazendo pétalas de flores das árvores ali perto e o sol brilhou mais forte. Os dois entenderam que aquilo só poderia ter sido a resposta de Ae Cha. Saíram do cemitério caminhando lado a lado em silêncio, até ambos baterem nas costas um do outro com a mão como se estivessem dando força um ao outro.

                                       🍁

Doze anos depois os dois jovens que cometeram erros e aprenderam com eles, tinham vidas plenas no auge de seus 32 anos. Ambos tinha recomeçado, ambos tinhas suas famílias, ambos eram amigos.

Depois de amarem, chorarem, sofrerem, o destino sorriu para eles trazendo o amor de volta, a esperança de dias melhores, o sorriso e lágrimas, lágrimas de alegria ao se casarem, ao verem os filhos nascerem. Jungkook era pai de uma linda menina de 8 anos, e Yoongi pai de um menino de 9 anos.

Bendito seja o destino que os fizeram sofreram tanto para depois recompensá-los com presentes tão maravilhosos. Mas se engana quem pensa que eles se esqueceram de Ae Cha, dela eles guardavam boas lembranças, bons momentos e sempre a visitavam quando podiam, ambos acreditavam que graças aquele evento no cemitério ao que acreditavam ser o seu perdão, conseguiram seguir em frente.

“O destino não é composto por um caminho reto, sempre haverá  curvas. Resta você saber conduzir bem para não cair...”  — Trecho do livro dos autores Min Yoongi e Jeon Jungkook  “Uma Mulher Para Dois Homens Apaixonados.”


Olá bearzinhos! Graças a todo amor que vocês deram a 1942 ela chegou a 1K. Uma enorme alegria para essa autora que escreveu essa shortfic com muito amor e dedicação (mesmo estando recheada de erros ortográficos kkkkk), vocês adicionaram tanto amor que meu coraçãozinho ficou quente, cada comentário, cada mensagem deixada ao final sobre terem gostado da história me deixou muitooo feliz. Esse capítulo especial enormeeee, foi feito com muito amor para comemorar o 1K e para mostrá-los que fim levou nossos amados Jungkook e Yoongi. Espero de coração que tenham gostado e que o capítulo não tenha ficado maçante.

Enfim, beijos da Bear, e obrigada mais uma vez por todo carinho que tiveram com 1942.

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