𝟎𝟎. maldita seja você, mulher.
( 00. CAPÍTULO ÚNICO )
maldita seja você, mulher.
❛ DOIS CORPOS NÃO OCUPAM O MESMO LUGAR SIMULTANEAMENTE, ISSO SE CHAMA FÍSICA.
SOBRETUDO, DUAS ALMAS PODEM ESTAR NO MESMO ESPAÇO E AO MESMO TEMPO, O NOME DISSO É A PAIXÃO ARDENTE ENLAÇADA NO AMOR.❜
،، ✶ 🩸 obs:
Esse conto se trata de um acontecimento inexistente na obra original, a personagem que fará par romântico com sukuna, sua história e o desenvolvimento amoroso de ambos foram criados unicamente por mim. Não precisa ver o anime ou ler o mangá para entender o que acontecerá aqui dentro. Espero que Ryomen Sukuna & Alyka possam encher vocês de tesão tanto quanto me encheram aqui 🫦🫦
꒰ㅤㅤׂㅤ ( em um lugar desconhecido ── Japão, mil anos antes da atualidade. )
─── Eu sei que está acordado, demônio maldito. ─ Tudo bem, aquelas mínimas palavras ─ carregadas por um teor exacerbado de tédio, havia, certo modo, encontrado com os tímpanos da maldição. Ele não conseguiu esconder a confusão em seu traços, não quando a afirmação provinda na voz áspera estava escassa de asneiras. Faziam cerca de quinze minutos ─ pelo que parecia, que ele estava atormentando seus próprios sentidos á funcionarem, acordando enquanto tentava assimilar o que havia acontecido de tão grave para estar em uma situação precária como aquela. A maldição então ─ com um pouco de dificuldade, abriu seus olhos, piscando algumas vezes antes de passear seus globos pelo ambiente, relatando tudo o que conseguia ver: absolutamente nada.
Era como se ainda estivesse com as pálpebras fechadas, tudo continuava estranhamente escuro.
Ryomen não se recordava do local que se encontrava, nem do momento que se viu prejudicado a ponto de sentir cada molécula de seu próprio ser explodir uma contra a outra após tentar se mover, grunhindo ao retornar para o mesmo estado de segundos atrás. Aquela era um dor semelhante ao de inúmeras carroças cheias de carga jogadas com brutalidade em seu corpo, eclodindo em cada célula de sua existência.
Ele estava mesmo vivo?
"Onde estou? O que houve com meu corpo? Que droga, onde eu me meti."
─── Quem está aí? ─ Questionou sem uma mísera gota de paciência, aquela situação estava o deixando insanamente preocupado. Sua cabeça latejava e movimentar ─ até mesmo os lábios, parecia uma tortura sem fim. De início, não escutou nada além de uma cantoria ridícula de gafanhotos ao lado de fora, questionando-se internamente se poderia ser doloroso matá-los e acabar com aquele incômodo repentino que surgia em seus ouvidos. Sukuna estava péssimo, ninguém ousaria negar esse fato sobre o rei das maldições. ─── Eu só posso ter cara de idiota.. quem está aí?! Vamos, me responda de uma vez! ─ Seus dedos acariciavam o linho fino que repousava seu corpo, sentindo a cada macia inundar em seus dedos. Foi nesse breve momento de calmaria que ele ouviu uma risada ─ carregada de escárnio, ecoar pelo ambiente, fazendo-o acreditar que não estava sozinho no cômodo ─ ainda, desconhecido. ─── Você só pode ser alguma humana suicida que gosta de joguinhos estúpidos.
A rispidez fazia parte de seu tom de voz. Ryomen acreditava que o tom usado fosse amedrontar a dona da risada, fazendo-a fechar a maldita boca, todavia, isso não aconteceu. Ele não entendeu completamente quando a gargalhada ─ ao invés de diminuir, se intensificou, deixando-o a mercê da vontade ─ que apenas crescia a cada segundo, de ver o sangue daquele ser sendo derramado por suas mãos. O sangue de Ryomen borbulhava em completa ira, ele tentou mais uma vez se desprender da espécie de cama que seu corpo se afundava lentamente, mas, novamente, não obteve sucesso.
Ele estava ─ estranhamente, fraco, incapaz de cumprir com os movimentos básicos de seu corpo.
A maldição sentia seus ombros implorarem por descanso, seus quatro braços também clamavam para que ele repousasse, contudo, mesmo seu corpo inteiro estando devastado de tanta dor, ele se recusava a aceitar o descanso que necessitava.
A dor o irritava.
Aquela risada o irritava
Tudo naquele lugar extremamente escuro o irritava.
─── Acha mesmo que sou uma humana, Ryomen? ─ Após alguns longos ─ e torturantes, minutos deleitando-se em risadas divertidas, o ser ─ considerado pelo maior como feminino, murmurou com uma acidez inigualável, fazendo Sukuna ranger os dentes, estressando-se rapidamente com a pergunta retórica da desconhecida. Seus olhos não a viam, seus sentidos não sentiam os batimentos cardíacos dela emitindo ondas sonoras até seus tímpanos, por algum motivo, ele franziu as sobrancelhas, como se a possível "pessoa" fosse apenas uma melodia que saia do vácuo de seus próprios pensamentos, decidindo o atormentar justamente quando a paciência parecia faltar em suas moléculas. ─── Você é patético, Sukuna.
Aquilo foi a gota d'água para a bondade ─ inexistente, esvair do corpo do maior.
Ele então sentiu todo o seu sangue subir para a cabeça, mergulhando-o em um oceano sádico que beirava a falta de sanidade mental ─ não que ele tivesse alguma, o juiz dentre os deuses existentes no planeta terra, Ryomen Sukuna não tinha piedade alguma e estava sempre pronto para acabar com a vida de qualquer um apenas para cumprir com suas diversões psicóticas. Ele olhou ao redor, não conseguindo ver nada além de uma lamparina que queimava ao seu lado. Não tinha nenhum feixe de luz além do objeto que continha fogo e óleo que disputavam por dominância, e aquilo não era suficiente para ver o rosto da maldita que o atormentava, sentindo-se tolo por não conseguir distinguir a distância em que as palavras eram lançadas.
Tudo estava um verdadeiro breu.
─── Por que não mostra o rosto? Está com medo, criatura?
Ryomen não sentia nenhuma fonte interna de medo, na verdade, Sukuna não conseguia ligar nenhum sentimento além de sua própria ─ e rotineira, insatisfação no cômodo. Era como se estivesse querendo conversar com algo que não tinha sentimentos, era como se estivesse tentando descobrir algo que não existia. De repente, seus olhos ágeis e conectivos encararam o lado direito do lugar, enrugando as próprias sobrancelhas ao notar a imagem feminina sentada em um pequeno banco amadeirado. Ele poderia jurar ─ em seu nome, que não havia a visto momento nenhum, contudo, o espanto não aconteceu por finalmente vê-la, mas sim quando o clarão da lamparina deu lugar a um repleto brilho que o fez fechar os olhos automaticamente, sentindo as pálpebras queimarem pelo tempo que ficou sem uma fonte forte de luz.
Ela abriu um sorriso, sorriso este que estava sugestivo e que poderia ─ por si só, responder ao deboche escancarado no rosto do ser masculino a um tempo atrás.
─── Não tenho medo de você, imbecil. ─ Comentou por fim. ─── Não verdade, nesse estado, posso palpitar que nem mesmo o menor dos animais temeria sua presença. ─ Dita com divertimento, mas antes que pudesse continuar com o humor impermeável, ela sentiu o pulso ser pressionado pela enorme mão da maldição, sua pele sendo friccionada pelas unhas grandes que fincavam por seus dedos longos.
A mesma o encarou e pôde ver o mais profundo ódio nascer nas íris de Ryomen, não conseguindo guardar o sorriso provocativo.
"Ele não tem mesmo um pingo de paciência." Refletiu ela com este mesmo sorriso estampado em seus lábios.
─── Eu vou acabar com você, sua megera! Vai se arrepender por estar brincando comigo e..
─── Desculpe, pode repetir? ─ O rei das maldições abriu um sorriso incrédulo no momento em que sua palma não sentia mais o calor da pele alva da mulher. Havia sido um lance rápido, como se houvesse se teletransportado para o outro lado do cômodo, ainda mantendo aquele maldito sorriso na face. Sukuna não negava, ele ficaria imensamente satisfeito em ser o responsável por sumir com aquele sorriso, imaginando rasgar a face da mesma em duas partes, sem hesitar em arrancá-lo daqueles traços tendenciosos. ─── Ninguém te ensinou que é extremamente deselegante tratar uma dama deste jeito? Se continuar com esses hábitos ruins, terei de colocar você no cantinho do castigo e poderá pensar melhor nestes atos.
"Ela está mesmo me tratando como uma criança tola?!"
─── Como você é tolo, esqueceu-se que quase foi morto por aqueles feiticeiros estúpidos? Quase sua fama vai parar no inferno juntamente com você, Ryomen.
─── Não acredito em você, mulher.
Ele revirou os olhos, acomodando sua cabeça no travesseiro.
─── Não precisa acreditar em mim, apenas veja seu nome no livro jujutsu e tire suas próprias conclusões. A sua fama te levou a ser selado, Ryomen Sukuna. ─ A última parte de sua frase a fez rir baixinho apenas para atormentar os sentidos do maior que sentiu sua cabeça latejar em segundos, evidenciando as memórias que outrora pareciam ter sido apagadas de seu subconsciente. Imediatamente a luta que travou contra dezenas de feiticeiros estagiou em sua mente, ele engoliu em seco, recordando-se do momento que tentou se curar, usar sua expansão de domínio e consequentemente, viu sua falha, como se seu próprio corpo não conseguisse suprir suas ordens.
Aquilo o irritava.
Ver seus planos falharem era a sensação mais odiada pela maldição.
Ele então notou que não havia prestado atenção na grande marca que havia no rosto feminino, como se também houvesse lutado na batalha que aos poucos conduzia a memória de Ryomen.
─── Estaria em maus lençóis se não fosse por mim, precisou selar seu poder nos seus vinte dedos, isso não é a engraçado? ─ O rosto masculino se contorceu em uma careta.
─── Você me irrita, pirralha. ─ Protesta mal humorado, ajeitando o próprio corpo na maciez contida na cama. De canto de olho, percebeu o quão estranho era sentir o olhar dela queimando seu corpo e então, limpou a garganta antes de instigar. ─── E você, o que é? Uma maldição? Um fantasma? Uma deusa? Preciso ter noção da escória que irá morrer se não sair do meu campo de vista em cinco minutos.
"Não importa a situação, esse idiota não deixa sua superioridade de lado"
─── Estou selada em você. Para te curar, tive que adormecer uma parte do meu poder e transferi-lo para seu ponto vital. ─ Aquele maldito sorriso parecia estar lapidado nos lábios da mulher, deixando a maldição ainda mais amarga em vê-lo permanecer nos traços da mesma. ─── Não fiz porque quero um acordo com você, acredite se quiser mas você me enoja, porém, como maldições, devemos nos ajudar mesmo que algumas sejam tão estúpidas, esse é meu trabalho. Você deu sorte, Rei.
─── Não me recordo de precisar de ajuda e nem de ter pedido para uma mera maldição se selar em mim. ─ Foi a primeira vez que um riso sádico apareceu nos lábios de Sukuna, colorindo a face do demônio com um horror incomum. ─── Não se meta comigo ou eu mesmo acabarei com esse pacto matando você, e convenhamos, eu não brinco quando digo isso, querida.
A ruiva ocupou o espaço faltante da cama, acariciando a própria pele antes de se aproximar rente ao rosto de Ryomen que mordeu o lábio inferior para conter um xingamento breve. Ele nunca havia se sentido intimidado, seja maldição, humano ou o que quer que tenha entrado em seu caminho. Contudo, por motivo inexplicável, aquela mulher ─ se poderia considerar como uma, mexia um pouco com a sanidade restante de sua consciência. A respiração de ambos estava ofegante, nem Sukuna e nem ela desviaram o olhar, temendo que perdessem caso desse o braço a torcer.
Os olhos de Ryomen brilhavam em um desejo silencioso, fitavam todos os traços da face da mesma que chegou um pouco mais perto, desta vez, próxima o suficiente para grudar seus lábios aos dele em um único ato.
─── Alyka, pode me chamar de Alyka. ─ Venenosa. Ela lançou a frase como uma serpente pronta para dar o bote em uma presa fragilizada. Por um mísero instante, os instintos mais carnais possuíram o corpo de Ryomen que sentiu-se tentado a se aproximar mais do rosto dela e sentir o hálito refrescante que expirava para fora da boca de Alyka.
"Alyka, agora você tem um nome, criatura."
─── Vai ser muito divertido dividir o ambiente com você, Sukuna. Só espero que se lembre de uma coisa: não se meta comigo, não quero carregar o título de ter acabado com a vida de um dos meus, principalmente um tão.. hm.. interessante.
Ryomen movimentou sua mão para o rosto de Alyka, sentindo a dor irradiar sua pele mas não o impedindo de puxá-la um pouco para perto, o suficiente para mordiscar a ponta de seu lábio, passando a língua por cima da carne rosada de sua boca. Alyka sorriu em meio ao ato, pondo sua unha sob o peitoral do maior e então criando círculos imaginários sob a pele do mesmo, fazendo arrepios inundarem o interior de Ryomen.
─── Você não conseguiria acabar comigo nem se quisesse, doçura.
E era a mais pura verdade.
Alyka não tinha força o suficiente para matar a maior das maldições. Ryomen sabia que poderia dar danos irreversíveis na mesma e Alyka com certeza tinha em mente que ele conseguia a nocautear com um único braço, mas no fim, ela não se importava. Alyka sempre se sentiu atraída pelo perigo, principalmente quanto tinha de lidar com seres dominantes.
Era um fetiche.
Ela adoraria ver onde aquilo ia dar.
Sukuna não perdia por esperar afinal, estava fadado a conviver com a de cabelos fumegantes.
─── Então tente, querido.
Silabou com um estalar de língua, sorrindo diabolicamente para a maldição.
Ele devolveu-lhe o gesto pecaminoso.
Não tinham o que fazer, poderiam ficar dias e anos ─ até mesmo milênios, na companhia um do outro, desfrutando de presenças ambíguas e de temperamento forte.
Sukuna a viu se levantar, caminhando para longe do quarto, encontrando uma porta que levava para um lugar longe de sua visão ágil.
Ele desejou ─ no início, que ela saísse, porém, estar sozinho naquele local lhe fazia ficar ainda mais irritado.
─── Maldita seja você, mulher. Que você seja atormentada eternamente junto com essa bunda enorme. ─ Suspirou pesado, não ignorando os pensamentos sujos que teve ao olhar para o traseiro avantajado da ruiva. Não iria mais negar para si, seria divertido ter companhia enquanto selado, adoraria pôr em prática suas ações pervertidas, mas ao tentar segui-la, ele sentiu que demoraria um pouco até estar cem por cento. Ele precisava descansar, então, antes que desse conta, sentiu o cansaço lhe esmorecendo, fechando os olhos com satisfação e se entregando ao sono profundo.
Em seus sonhos, ele estava fudendo aquela maldição até que ela tirasse aquele maldito sorriso do rosto.
Não aquieto meu facho, então revisei maldita seja alyka e sinceramente, estou tentada a postar mais alguns capítulos desses dois tesudos 🫦🫦
Espero que tenham gostado, deixem um votinho e um comentário para ajudar no engajamento. Bebam bastante água e comam direitinho, final do ano está vindo e todos precisam estar saudáveis para aguentar essa loucura de Natal + Ano Novo 🥳🥳
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