𝙲𝚊𝚙𝚒𝚝𝚞𝚕𝚘 6: 𝐄𝐦 𝐛𝐮𝐬𝐜𝐚 𝐝𝐚 𝐥𝐢𝐛𝐞𝐫𝐝𝐚𝐝𝐞


Avisos da autora:

Nesse capítulo atual pode ocorrer cenas pesadas que podem desencadear gatilhos, irei colocar tal sinal (⚠️) para notificar o início da cena que pode acabar mexendo com alguns leitores.
O final de tal cena será composto por esse sinal (✅)

É isso, boa leitura pessoal!

𝐀𝐧𝐨𝐫𝐢 𝐌𝐨𝐧𝐚𝐲

Após a nossa conversa, eu analisei novamente o lugar, com curiosidade, procurando algo sem ser a porta que agora estava ao chão, graças a domínio.

Como se lesse meus pensamentos domínio soltou mais um sorriso irônico

-Aqui é tudo fechado, só sairemos daqui pela porta principal-Rebateu a minha pergunta antes que eu a pergunte.

Bom, ela é verdadeiramente esperta.


-A única opção é realmente a porta principal?-Questionei em dúvida, afinal, será mesmo que devo confirmar em sua afirmação?

Domínio apenas revirou os olhos

-Se eu estou falando que é, é porque é! Não tem outro acesso, só a encontrei entrando por ali!- exclamou um pouco irritada, no entanto, a vi respirar fundo e me olhar novamente.

-Eu não a colocaria em perigo minha rainha-Falou o demônio com mais calma.

Sendo sincera, não consigo confiar de fato na fala dela, se ela não me colocaria em perigo, isso eu já não sei.

-Que seja-Respondi em um suspiro enquanto faço massagem em meus pulsos, que haviam ficado roxos, devido o contato direto com o amandita.

Se não fosse por ela, eu com certeza teria virado humana e estaria a mercer dos sombrios e correria o risco de ser mais uma marionete.

E eu com certeza seria a mais perigosa das marionetes.

-Rainha, precisamos ir- A voz de Domínio me trouxe de volta a realidade, concordei apenas com a cabeça e por fim procuro trazer mais energia para o meu corpo; fechei meus olhos e deixei meus outros sentidos agirem.

Naquele momento eu conseguia sentir tudo, a ansiedade de domínio, os movimentos feitos em outro setores, os murmuros dos outros sombrios....espera um pouco...

Rapidamente abriu os olhos e olhei para a mulher ao meu lado, sabia que naquele momento meus olhos brilhavam fortemente, eu conseguia sentia a intensidade do meu olhar naquele momento.

-Achei eles, estão com a minha foice, sem ela, não vamos conseguir daqui e mesmo que você saiba todos os caminhos, acho que não consegue viajar pelas linhas multiversais- Falo com sinceridade,mesmo já sabendo a resposta.

Domínio era aliada deles, no entanto, os traiu quando veio até mim, pode facilmente me trair também.

Eu não tolero traições.

-Okay...de quem estamos falando exatamente?-Questionou o demônio cruzando os braços enquanto eu segurava um rosnado profundo em minha garganta.

Eu estava irritada, saber que esse demônio traiu seus companheiros é algo que eu não tolero e tão pouco gosto, sou leal aos meus companheiros

Capaz de dar minha vida por eles.

Por conta da minha irritação eu precisei respirar fundo pra não avançar para cima da minha atual aliada.

No entanto, senti uma mão tocar em meu ombro, aquele toque me era familiar; Ele está cumprindo a promessa dele.

Ele não me deixou.

Segurei as lágrimas de alívio que queriam sair, enquanto eu soltava o ar, não sei o que está me deixando tão emotiva.

Eu com certeza não estou naqueles dias.

-Estou falando dos trigêmeos, um é moreno mas a fisionomia é idêntica a dos outros dois, já esses dois são idênticos em aparência, não a diferença alguma entre eles; apenas que um é homem e a outra é mulher, obviamente.-De início eu falei devagar, controlando a minha voz embargada mas logo consegui falar normalmente ao decorrer da fala.

Entretanto, senti a surpresa de domínio mesmo ela escondendo suas reações.

Ela concordou com a cabeça e somente soltou um sorriso lateral, invocando a sua foice.

Foice?...

Prestei atenção na arma dela, uma longa e enorme foice dupla, tendo uma lâmina em cada ponta, tal arma era negra com detalhes escarlates por si, tais detalhes eram de maneira enrolada ao redor do suporte que carregava as lâminas.

-Gosta do que vê?- Questionou a platinada com um sorriso zombeteiro nos lábios.

-Bela arma- Rebatia enquanto começava a andar, estávamos perdendo tempo ficando parada em "minha prisão", até porque eu poderia acabar ficando fraca novamente.

E isso não está em meus planos, estão bem longe deles.

⚠️⚠️⚠️⚠️⚠️⚠️⚠️⚠️⚠️⚠️⚠️⚠️⚠️

Quando cheguei num dos vastos corredores, vi sinais claros de que uma chacina tinha ocorrido ali, me deixando em choque.

No meio do corredor, só era possível ver os ossos, ossos dos antigos corpos dos sombrios....corpos...de pessoas...de seres que eram bons antes da contaminação....

Seres que se submeteram as tentativas de possessão dos sombrios...

Minhas mãos começaram a tremer enquanto olhava o cenário a minha frente.

Estão todos mortos...eles...eles não tem mais chances de se salvar e de reencarnar...

Eles...morreram...para sempre...

-Decidi tomar a frente e matar esses vermes, eles só iriam nos atrapalhar - Domínio falou atrás de mim, se aproximando a passos lentos, dando para ouvir suas botas baterem no chão a cada passo dado.

Ela parecia satisfeita, muito satisfeita.

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As lágrimas que eu lutei para segurar, vinheram a tona novamente e eu as deixei cair.

No entanto, no meio das minhas lágrimas, uma lembrança me fez ter esperança...

Tal lembrança me fez ter certeza de que essa esperança iria se concretizar.

Ainda havia uma chance, uma única chance de os dá um único caminho para eles...

Mas...isso iria trazer consequências... nossa localização estará exposta....

Se for para lutar, para me libertar...então que seja.

Enxugo as lágrimas e respiro fundo, por fim olhou para domínio por cima do ombro, mesmo que pareça que não a chance, mesmo que tudo esteja rodeado pelo cheiro da morte.

Eu vou expulsar esse cheiro, eu vou os salvar, mesmo que isso me custe tudo.

Um cheiro está por todo o prédio, isso é notório, domínio fez isso de propósito.

-Você os matou faz pouco tempo, o cheiro de morte está forte ainda - afirmei vendo o sorriso de domínio, ela havia parado de se aproximar de mim ficando encostada na parede mais próxima, de braços cruzados enquanto sorria.

-Olha...de burra você não tem nada-Falou ela de maneira irônica sem tirar o sorriso estúpido da cara.

Maldito demônio.

Frustrada, nego com a cabeça e me abaixo, apoiando um joelho rente ao chão, olhei para os ossos mais uma vez e respiro fundo, sentindo a morte por todos os andares.

Domínio matou todos os sombrios que ela encontrou pelo caminho

Sem mais demora, fechei os olhos e comecei a cantar, de maneira suave, como se a minha voz fosse o vento, o vento da vida.

-Traga o amor....
Por onde eu for....
Eu quero trazer...a paz...
De um amanhã... onde a luz vai guiar....

Assim que eu abro meus olhos, o cheiro não estava presente, os ossos tinham sumido e eu pude ver, pequenas partículas de luz, desaparecendo lentamente, como se fossem estrelas no céu noturno.

Me levantei com o coração calmo, com um sorriso em meus lábios enquanto eu olhava o ambiente.

Logo me virei olhando para domínio admito que, fiquei meio confusa, o olhar dela parecia brilhar, como se segurasse lágrimas, senti que naquele momento eu não deveria a questionar sobre isso e por isso não o fiz.

Rapidamente peguei em sua mão e a puxei, começando uma corrida.

Aquela correria parecia ter a trazido de volta a realidade.

-M-Minha rainha! Quem deve lhe guiar sou eu!-Existiu uma diferença na fala dela, seu jeito atual não parecia nenhum pouco com a mulher que me libertou a poucas horas atrás.

E pelo visto, ela também percebeu isso.

-Não temos mais tanto tempo assim, a canção de socorro, expôs nossa localização para os trigêmeos, eles já sabem que eu fugi e eu tenho total certeza que eles também sabem que você é a causa disso- Falei sem perder o passo, no entanto, domínio passou a minha frente, agora era ela que me puxava e me guiava.

A firmeza com a qual ela segurava minha mão, me fez perceber que retornou a sua antiga postura arrogante e sádica

Me questiono o que a fez fraquejar tanto

No entanto, sua fala me fez ficar em terra antes mesmo de vagar pelos meus pensamentos novamente.

-Então será uma corrida contra o relógio minha rainha.

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