﹙capitulo três﹚⠀ ⠀⠀ ⠀ cabana abandonada.
𝜗𝜚˚⋆ㅤㅤKayla Berstapoon
Dezembro, 2022.
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ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ SAI DA CASA SEM QUE NINGUÉM NOTASSE, abracei meu corpo com a chuva me encharcando de novo e colando minhas roupas úmidas em meu corpo.
── Delegado! ── Gritei, chamando atenção do homem e indo até ele, descendo um pouco a colina.
O homem se virou para me olhar, estendendo a mão para eu me apoiar e não acabar caindo colina abaixo com meus saltos, eu aceito a ajuda.
── Sim? ── Aguiar ergue uma sombrancelha, sua voz rouca arrepia os pelos do meu corpo.
── Só achei que... ── Eu hesitei, o que eu estava fazendo? Esse cara concerteza tem força para lidar com cães raivosos. ── não seria seguro ficar muito por aqui, pela floresta tem alguns cães bem raivosos.
── Cães?
── É! Dois rottweilers enormes, correram atrás dos meus amigos. ── Falei.
── Correram atrás dos seus amigos?
── E de mim também. A gente foi pelo caminho da trilha, tinha uma cabana toda mal cuidada, velha e acabada, sabe? Toda podre. ── Expliquei, Aguiar faz uma careta enquanto ainda me olha. ── Aí, saíram dois rottweilers enormes daquele buraco, rosnando e tudo. O Lucio era o único idiota que queria chegar perto deles.
Aguiar não falou nada, mas continuou segurando minha mão e me olhando. A chuva caia entre nós dois e seu cabelo estava grudado em seu rosto, me segurei para não ter o vislumbre de sua camisa encharcada e grudada em seus peitos.
Se mamãe estivesse aqui, diria que ele é um caminho para o inferno. Ele tinha uma áurea masculina e braços fortes, Aguiar era todo bonitão e estava segurando a minha mão como um cavaleiro.
Eu olhei de volta para o casarão atrás de nós, ficar lá sentada seria tão chato e aconchegante.
── Você vai procurar o motorista? ── Perguntei para Aguiar, observando ele piscar algumas vezes como se tentasse manter o foco.
── Sim, você e seus amigos disseram que ele desapareceu por aqui, não é?
── É, lá pela estrada. ── Falei, apontando para o portão de ferro que entramos.
Notei o olhar de Aguiar em mim de novo, meu corpo todo arrepiou não pelo vento, mas por sua mão que ainda segurava a minha e lentamente começava a me levar junto com ele para baixo da colina.
── Sabe, não precisa segurar minha mão, eu subi essa colina correndo. ── Eu ri, me repreendendo pelo orgulho com que disse isso.
Pare de ser idiota, Kayla.
── As descidas são sempre mais perigosas, senhorita Kayla. ── O jeito que Aguiar fala meu nome causa borboletas em meu estômago. É tão atraente ouvir meu nome saindo de uma voz rouca. ── É apenas meu trabalho ajudar a senhorita a descer com segurança para procurarmos o motorista.
── Oh, você quer minha ajuda?!
── Por que acha que eu estaria descendo com você?
Minhas bochechas esquentaram, Aguiar me deu um sorriso de canto e descemos a colina. A chuva continuava a nos molhar, completamente encharcados fizemos o mesmo caminho de quando eu e os outros grupo entramos para o acampamento.
Avistei o ônibus ainda parado na rua, tudo exatamente como estava quando saímos.
── Aqui! ── Eu fui até o ônibus. ── Nós viemos com esse ônibus, o pneu está furado. ── Apontei.
── Como isso aconteceu? ── Aguiar perguntou, se aproximando de mim.
── Eu não sei direito, eu perdi boa parte da explicação quando vi que o presente do meu irmão tinha sumido. ── Murmurei, olhando o bagageiro vazio. ── O motorista junto de uns três do grupo saíram para trocar o pneu que furou por causa dos pregos ali. ── Apontei para a fileira de pregos. ── Depois o pessoal voltou, o motorista ficou e então ninguém mais viu ele.
── E o pneu apareceu furado de novo.
── Isso. ── Concordei, me apoiando no ônibus de braços cruzados. ── E também tem esse x aqui. ── Falei, dando passos para trás e apontando pro x cravado no chão.
Aguiar ficou olhando pro chão por um tempo, pensando. Eu olhei minhas unhas, descascando o esmalte brilhante.
── Talvez seja um assassino. ── Murmurei. ── Tá dizendo no cartaz que tem desaparecimentos. ── Apontei pro poste.
── Sem sombra de dúvidas é um assassino, senhorita Kayla.
── Kayla.
── O que?
── Pode só me chamar de Kayla.
Aguiar me deu um sorriso discreto, estudando meu rosto, não pude evitar minhas bochechas de corarem e eu ficar toda tímida e sem graça.
── A chuva está ficando forte. ── Murmurei, tentando puxar assunto para eu poder parar de olhar Aguiar.
── É, acho que está. ── Aguiar murmurou, se aproximando. ── Você quer voltar?
── Não, acho que não. ── Murmurei, hesitei em dar um passo para trás. ── Então, você é... conhece a coisa do x?
── Conheço mais do que eu gostaria. ── Aguiar resmunga, com a mandíbula travada olhando pro x no chão.
Concordei com a cabeça, sem muito o que dizer. Um trovão alto me fez dar um pulo de susto, as gotas de água escorregavam pelo meu rosto e eu abracei meu corpo na tentativa falha de me aquecer.
── Podemos passar na minha viatura e eu te dou um cobertor e eu te deixo na casa de novo. Você está tremendo. ── Aguiar fala, se aproximando de mim mais ainda.
Neguei com a cabeça, abraçando mais forte meu corpo. Lucio e Mike eram dois patetas, mas Aguiar poderia me ajudar a explorar a cabana destruída na trilha. Poderia ter comida para Joto, já que tinha dois rottweilers enormes lá.
── Podemos antes ver a cabana na trilha? ── Murmurei. ── Quero ver se tem ração para o cachorrinho do meu amigo.
Aguiar concordou com a cabeça, segurei seu braço seguindo o delegado enquanto voltamos para o acampamento, seguir a trilha.
Eu iluminei a trilha com a lanterna, segurando o braço de Aguiar me tremendo pela chuva e de ter que encontrar aqueles cachorros enormes de novo.
── Você é bom com cachorros? ── Perguntei, só por precaução.
── Sei adestrar bem. ── O tom orgulhoso de Aguiar me fez abrir um sorriso aliviada.
── Bom.
Caminhamos em silêncio pela trilha, até a sombra da cabana se fazer presente e um arrepio passar pelo meu corpo.
Fiquei olhando envolta e não tinha nenhum sinal dos cachorros, a não ser pelos rosnados distantes.
Me dando passagem para entrar primeiro, iluminei o lugar que caía aos pedaços. Tinha um buraco na parede, e eu juraria que com essa tempestade essa casa cairia aos pedaços com um relâmpago.
── Você acha que alguém mora aqui? ── Perguntei, olhando ao redor com a lanterna.
── Parece habitável.
── Caindo aos pedaços desse jeito?
Aguiar ergueu uma sombrancelha, travando a mandíbula e colocando a mão na cintura enquanto me olhava.
Eu continuei procurando, andando de um lado pro outro procurando por algum saco de ração. Eu estava tão focada em procurar e não ter feito Aguiar perder o tempo dele comigo que nem notei ele me chamando.
── Achei a ração, ruiva.
── Você achou? ── Perguntei, surpresa. ── Onde tinha?
── Lá fora. ── Aguiar respondeu, me estendendo o saco de ração. Estava quase no final, mas ainda parecia servir para algo.
Se Lucio reclamar porque essa ração não é para lulu da pomerania eu faço ele engolir isso.
── Obrigada. ── Falei, pegando o saco da mão de Aguiar.
── Agora vamos embora, você precisa voltar para a casa. ── Aguiar me puxa, colocando a mão nas minhas costas e me guiando para a saída.
A caminhada até a viatura de Aguiar foi silenciosa, andei do lado do policial e observei ele pegando a manta azulada e felpuda para me aquecer da chuva que agora era mais uma garoa.
── Obrigada. ── Sussurrei, colocando a manta nas minhas costas. Me enrolando no cobertor quentinho.
── Não precisa agradecer.
Dei uma olhada de baixo para cima em Aguiar, pegando o vislumbre de sua camisa branca, agora transparente, grudada em seu corpo. Seus olhos sempre me encarando, os lábios franzido numa linha reta e os fios de cabelo molhados estavam grudados em seu rosto.
── Acho que é melhor eu ir. ── Falei, minha garganta estava seca e eu estava nervosa.
── É, antes que comece aquela tempestade de novo. ── Aguiar falou, mas ao invés de me dar espaço para passar e subir a colina, ele dá um passo na minha direção, me encurralando no carro.
Oh merda.
Estávamos perto demais um do outro, eu deveria me afastar dele? Continuei olhando para Aguiar, um dedo do policial tirou fios alaranjados do meu rosto acariciando minha bochecha.
Minha barriga dava piruetas, cheia de borboletas voando descontroladas. Aguiar aproximou o rosto do meu, minha mão apalpou seu peito e eu fiquei na ponta dos pés tentando, numa tentativa falha, alcançar o rosto de Aguiar.
── Acho que você é muito pequena. ── Sua voz rouca arrepiou meu corpo, fazendo as borboletas em meu estômago voarem descontroladamente.
Eu ri, sua mão segurou minha nuca, acariciando meu cabelo. Ficamos mais perto um do outro, até a respiração pesada e quente de Aguiar bater no meu rosto.
Me inclinei para frente, sua mão grande deslizou pelas minhas costas até minha cintura e eu me apoiei em seu peito puxando seus lábios para mim.
O policial me apertou, empurrando meu corpo contra o carro e devorando minha boca, pedindo passagem com a língua e explorando minha boca.
Era bom.
Muito bom.
Aguiar sabia o que fazia, e sabia muito bem.
Sua língua era macia, gostosa, me deixando nas nuvens. Deixei a língua de Aguiar brincar com a minha até eu me afastar pela falta de ar.
Continuei apoiada em seu peito, Aguiar colocou uma mecha de cabelo atrás da minha orelha.
── É melhor você ir. ── Aguiar sussurrou, ainda acariciando meu cabelo. ── A chuva pode voltar.
Concordei com a cabeça, ainda querendo aproveitar os braços de Aguiar. Peguei a ração para Joto, apertando a manta em meu corpo.
── Vai voltar a procurar o motorista?
── Vou, ruiva. ── Aguiar respondeu, deixando eu me afastar dele para ir em direção do casarão. ── Vou buscar ajuda para você e seus amigos logo, se cuide.
Abri um sorriso, começando a caminha para a colina com um sorriso idiota no rosto.
── Te vejo quando trouxer ajuda. ── Acenei, sorrindo.
Voltei para subir a colina, voltando até o casarão e sorrindo como uma idiota apertando a manta azul envolta do meu corpo.
✿⠀ᝰ ⠀𝓝otas da autora:
── ⠀ ⠀oiê, como estão?
não sei direito o que falar, fiquei numa relação de amor e ódio. Como já deve ter ficado claro, sou péssima em escrever clima de beijo entre os personagens e sou pior ainda para escrever cena de beijo.
ignorem os erros ortográficos, estou escrevendo de madrugada e quase caindo de sono.
mesmo com o capítulo todo acabadinho, capenguinha, eu espero que vocês tenham gostado!
bjs, luh.
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