𝐈𝐗.| 𝒪 (𝒞aótico )𝒟ia 𝒟a ℱamíliaﻬ
𝐈𝐗.| 𝒪 (𝒞aótico )𝒟ia 𝒟a ℱamília
{📖} ࣪ ˖𐀔˖ ࣪ ✧─┈⊹❛𝒪𝒉 𝒕𝒉𝒆 𝒑𝒂𝒔𝒕 𝒕𝒐𝒓𝒎𝒆𝒏𝒕𝒆𝒅 𝒎𝒆, 𝒆𝒗𝒆𝒓𝒚 𝒕𝒊𝒎𝒆.❜
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𝒰𝑴 𝑫𝑶𝑺 𝑬𝑽𝑬𝑵𝑻𝑶𝑺 mais badalados de Auradon chegara: o dia da família! Um dia quase sempre usado para representar o orgulho dos descendentes pelas histórias de seus pais, sendo assim, uma homenagem usada para demonstrar amor, somente de uma forma diferente, os alunos e suas respectivas famílias reunidos nos jardins, em prol de uma celebração harmônica, com o mais importante; boa comida.
Fayrie chegara propositalmente atrasada e se escondera atrás do muro verde, observando avidamente os arredores - e isso ironicamente lhe lembrara um pouco a Cinderela. - mas ainda a tempo de ver a última parte das apresentações que aconteciam em todos os anos; Ben e em sua maioria, pessoas que integravam a realeza cantando e dançando uma coreografia ensaiada ao som de "Be Our Guest", música que existira na história do seus pais, era uma linda homenagem para o rei e rainha de Auradon que tinham uma história muito bonita, mas quando tudo terminou, deu graças aos céus por poder finalmente aparecer e utilizar como desculpa seu evidente atraso para o fato de que não chegou a tempo de dançar juntamente aos outros. Embora o ritmo da música fosse realmente contagiante, sua vergonha a impedia de qualquer participação, fora que era divertido ver Doug se empolgando durante a coreografia.
Logo após o finalizar, podendo finalmente sair, alisou seu vestido com as mãos nervosa e respirando fundo a procura de encher-se de coragem, passou a caminhar rapidamente com o propósito de chegar ao centro do evento, suas botas brancas pela primeira vez de saltos finos e decoradas por alguns stras eram um pouco difíceis de se acostumar de primeira, era raro que utilizasse saltos desse tipo, às vezes nem em eventos grandes como estes, mas hoje ela teria que aguentar.
Trajava um vestido de tom azul-claro de saia pouco rodada, novamente na altura dos tornozelos e também com pontos de brilho formando assim contornos que se assemelhavam a estrelas, uma fina camada de tule azul cobria-o pôr inteiro dando o ar de delicadeza que ela definitivamente adorava, sua parte de cima era bastante detalhada e feita sob medida para encaixar-se perfeitamente em seu corpo, as alças finas do mesmo também decoradas, os acessórios em sua maioria em formato de borboletas que agregavam novamente um intenso brilho ao todo pelas pequenas pedrinhas límpidas que se situavam nos mesmos, seus cabelos acastanhados enfeitados por um acessório de cabelo prateado decorado por pequenas pedrinhas azuis, algumas mechas presas e duas menores caídas a frente de seu rosto que portava uma maquiagem não tão simples como de costume, suas asas brilhando de forma cristalina ao sol direto que as atingia, a depender do ponto de vista, poderia vê-los oscilar.
Seus olhos azuis logo tentaram procurar seus pais em meio a todos os presentes, haviam muitos alunos ainda transitando de volta para seus pais após o final da apresentação, e era possível se ver os pequenos grupinhos de pessoas se formando para conversarem, formou-se um bico em seus lábios sentindo uma leve decepção por não encontrá-los.
Logo, tomou um susto ao Ben se aproximar de si por algum motivo apertando sua cintura afim de assustá-la, algo que funcionou dado o fato de que sua reação foi praticamente pular longe e soltar grito contido.
̶ Hahaha engraçado, muito engraçado Benjamim! ̶ O garoto quase gargalhava, algo que o fez ganhar um tapa bem dado no braço pela irritação visível da fada.
̶ Aí!
̶ Agradeça por não ter sido nessa sua cara de gente sonsa. ̶ Cruzou os bracos acima do peito, como uma criança emburrada, chegava a ser fofo, Ben riu novamente. ̶ Idiota!
̶ Fayrie, Fayrie, tão carinhosa. ̶ Replicou, a fada sentiu seus lábios tremerem lutando contra a vontade que que um sorriso cruzasse os mesmos naquele momento, ainda sim, um sorrisinho fraco de firmou ali. ̶ Pelo visto alguém se dedicou hoje.
Logo, não conseguindo persistir por mais tempo, ela sorriu genuinamente, logo percebendo o garoto puxar uma de suas mãos, a fazendo girar em torno de si mesma, ela riu com o ato, toda irritação parecendo sumir em instantes.
̶ Eu já sou naturalmente maravilhosa Bennyboo.
̶ Gabou-se jogando uma mecha de seu cabelos acastanhados para trás, convencida.
̶ Claro que é.
Ambos sorriram, logo explodindo em risadas, Ben foi chamado para tirar fotos com seus pais enquanto Fayrie adentrou a multidão a procura dos seus, acenou com as mãos para a mãe de Ben, Bela, percebendo a mulher retribuir o cumprimento com um largo sorriso estampado em seu rosto aparentando felicidade em ver a amiga de seu filho ali, havia muita gente ali que reconhecia somente de aparência e de seus pais, que eram um tipo de identificação também, parando para pensar isso era estranho, mesmo que ela o fizesse por várias das vezes que conhecia alguém diferente, mas em termos gerais, era deveras importante na hora de conhecer pessoas novas em Auradon.
Voltando a procura da Fada Azul, seus olhos azulados percoriam os arredores enquanto caminhava adentrando a multidão, franziu o cenho e apertando seus olhos em busca de achá-los, logo, uma voz feminina prendeu sua atenção, ouvira um dos VK's a chamar, Evie acenava de longe com Dude no colo o cachorrinho passou a se contorcer para desvencilhar-se do aperto da azulada, e assim que foi solto por ela, o animal correu para a direção de Fayrie que se abaixou para poder mimar o cachorrinho, ela não resistia ao mascote do time.
̶ Oi coisinha fofa! ̶ Sua voz se afinou, algo que sempre fazia com os animais. ̶ Já faz um tempinho que eu não te vejo em, tava com saudades! Vem! ̶ Pegou o bichinho no colo ainda acariciando-o, logo indo em direção a amiga, algo em si dizia que Evie não estava completamente feliz, algo a incomodava e isso era facilmente perceptível para a fada.
Fayrie tomou uma expressão confusa ao ver Jay e Carlos atacando a fonte de chocolate, mas não os julgava, era realmente irresistível, mentiria se não admitisse que tiveram anos que só vinha por conta da comida, especificamente dos doces.
̶ Acho que eles gostaram de chocolate. ̶ Comentou ironicamente, logo as duas garotas rindo. ̶ Está tudo bem?
Quando a pergunta de Fayrie foi feita, ela percebeu que Evie não a esperava, a azulada arregalou levemente os olhos parecendo assustada e logo desviou seu olhar dos olhos azuis vibrantes da fada em busca de não a encará-la; mentira...
Ainda com Dude em seu colo, olhou a sua volta procurando um local mais privado.
̶ Evie, nós podemos conversar?...A sós.
Logo voltou a encará-la, engolindo em seco ao assentir positivamente com a cabeça.
As duas caminharam por alguns segundos até um local em que poderiam conversar somente as duas, um silêncio pesado dominava o clima e Faye sentia o nervosismo de Evie, Dude já colocando no chão seguia o caminhar da fada, quando seus passos pararam, ela encarou com pesar a amiga percebendo-a usar a tiara que ela a deu, logo suspirando.
̶ Não se preocupe. Não vamos te expulsar de Auradon ou algo do gênero. ̶ Afirmou percebendo relaxar sua expressão assustada, em um surto de coragem, mesmo assim as palavras saindo trêmulas de sua boca, ela disse; ̶ Eu sei de tudo, quer dizer do cookie enfeitiçado.
̶ O-o quê? ̶ Evie parecia reavaliar a frase que havia acabado de ouvir, procurando se lembrar de alguma brecha que deixaram, algo que deixaram escapar.
̶ Por hora, não direi como, isso não tem relevância. ̶ A voz de Fayrie, autoritária e cortante, completamente diferente da entonação gentil e educada sempre usada pela Fada, algo que não ajudou em nada seu nervosismo. ̶ Estou dando uma segunda chance a vocês, não sei o real motivo de estarem fazendo isso, mas eu acredito, eu sinto que há algo a mais por trás disso. Se não for pedir muito, quero que seja sincera comigo.
Um silêncio denso se fez presente entre as duas jovens, Fayrie esperaria o tempo que fosse necessário até que ela se sentisse confortável em lhe contar o que queria. O que em vista de suas expectativas, não demorou.
̶ Eu não quero mais fazer isso. ̶ Evie parecia triste e relutante, logo os olhos escuros da garota pareceram marejar. ̶ Mas não temos escolha, vocês nos deram uma segunda chance...
̶ Dizem que sempre temos escolhas. ̶ Fayrie sorriu levemente, numa tentativa de acalmá-la e mostrar confiança. ̶ Mas o que realmente acontece é que temos medo do que elas podem nos custar, e por isso ficamos limitados a apenas aquelas que nos mantém em nossa zona de conforto. ̶ Procurou segurar as mãos da filha da Rainha Má entre as suas, encarando-a com carinho. ̶ Nós demos a vocês essa chance e unicamente a vocês, não foram vocês que erraram e sim seus pais, isso é inegável, mas este fardo não é de vocês, nenhum deles e muito menos você merece essa culpa, os únicos errados da história são quem culpa vocês por simplesmente nascerem sendo filhos deles. ̶ Argumentou, fazendo Evie erguer o rosto para olhá-la. ̶ Quando nós trouxemos vocês para cá, foi a primeira chance que deveriam ter lhes dado a tempos, e agora estou dando a segunda...eu acredito em você, eu sinto que tudo o que me disse aqui é verdade. Portanto, eu confio em você.
Fayrie embora hesitante, abraçou a azulada sendo rapidamente retribuída, ela precisava fazer aquilo, mesmo que eles estivessem fazendo algo ruim, Faye não os deixaria para trás ela não desistiria, fechou os olhos concentrando-se em seus pensamentos por alguns instantes lhe dizendo que estava sendo burra e inocente, enquanto seu coração sentia que havia feito a coisa certa e ela optara por ouví-lo dessa vez, ouvia-a fungar algumas vezes para afugentar o choro, quando se desvencilharam, Fayrie levou seu polegar ao rosto dela, limpando as poucas lágrimas que ali haviam caído, sua expressão gentil havia voltado a habitar seu rosto e seu sorriso radiante juntamente a ela.
̶ Vamos, antes que você borre a maquiagem. ̶ Evie novamente assentiu com a cabeça, sorrindo por um momento, entrelaçando seu braço no da mesma. ̶ Eu espero que vocês escolham o quê o coração de vocês mandar, nunca escolham nada com base em ninguém, de alguém que vivenciou isso, viver preso a opiniões alheias é um ciclo vicioso que cabe a você quebrar. Eu não quero ter que...ver vocês partindo. Nunca mais. E se caso acontecer, eu não poderei impedir.
Evie ouvia tudo sentindo o medo crescer em seu peito, logo percebendo a sinceridade nas palavras da fada.
̶ Eu não posso mentir para vocês. Isso vai meio contra a minha história e tals, você sabe...o pinóquio e tananan....enfim, aquele clássico. ̶ Brincou, a percebendo rir. ̶ Minha mãe nunca quis que eu mentisse e nunca mentiu, mas nunca disse nada sobre omitir, acho que não deve ter problema. ̶ Deu os ombros despreocupada, era evidente que queria fazer Evie se sentir melhor de alguma forma, e estava funcionando, afinal as duas riam baixinho.
Após devolver a criaturinha a Evie e despedir-se da mesma, voltou a caminhar pensativa e sem rumo através dos jardins em pleno auge de sua beleza, o verde da grama ofuscava seus olhos e as flores coloridas haviam desabrochado lindamente dando um ar muito mais bonito e delicado a paisagem, alegrando-se ao avistar os olhos semelhantes aos seus a encarando com um sorriso no rosto, ela se iluminou em alegria, sendo abraçada pela mãe de imediato e logo sentindo os braços do pai a envolverem e a sua mãe também.
Finalmente.
̶ Você está tão linda meu amor! ̶ A fada azul comentou segurando as mãos da filha ao observá-la com ternura, fazendo surgir outro sorriso nos lábios tingidos da garota, a mulher a observava com os olhos levemente marejados em nostalgia, Fayrie levou a mão ao rosto da mãe acariciando-o.
̶ Está parecendo uma princesa, a minha princesa... ̶ O pai de Faye finalmente se declarou. ̶ Minha menina.
Logo a garota abraçou-o novamente por ser a primeira vez que o via em meses, ele era evidentemente mais alto do que ela, já que ela (in)felizmente puxara a baixa estatura da mãe, Faye sentiu ser erguida no ar com uma facilidade absurda, gargalhando juntamente ao pai com o ato os braços fortemente envolvidos no pescoço do mais velho enquanto o sentia beijar seu rosto, a saudade de ambos um pelo outro era grande, já que, a fada azul a visitara com mais frequência. Quando solta, seus pés se fixaram sobre o chão, logo olhando com um visível carinho para seus pais.
̶ Eu procurei vocês por esse jardim inteiro! Onde vocês estavam? ̶ Perguntou evidentemente ofendida, cruzando os bracos em frente ao corpo, o casal de entreolhou com um sorriso comedido nos lábios.
̶ Ela definitivamente puxou a sua paciência. ̶ Comentou a mãe da garota parecendo por um momento esquecer a existência de Fayrie próxima a eles, logo observando o rosto da filha, fazendo o homem ao seu lado revirar os olhos falsamente ofendido, a fada mais velha percebendo as expressões extremamente semelhantes dos dois. ̶ Minha cara, sua personalidade.
Os dois riram, Octavian finalmente pronunciando-se.
̶ Nós acabamos nos atrasando um pouco fadinha.
̶ Que bom que vocês vieram...
̶ Nós nunca faltaríamos querida.
A expressão de Faye se tornou amorosa novamente, segurando com as mãos a mão de cada um dos dois entre as suas.
̶ Eu amo muito vocês! ̶ Afirmou, vendo-os sorrir, beijou a bochecha do pai novamente.
̶ Também te amamos muito, minha pequena.
̶ E aí, quais são as novidades? ̶ A mãe perguntou, vendo-a dar pequenos pulinhos alegremente.
̶ Eu vou te contar tudo, mamis!
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𝒜𝑳𝑮𝑼𝑴 𝑻𝑬𝑴𝑷𝑶 já havia se passado, Fayrie já havia tirado algumas fotos para assim que chegasse em seu quarto as distribuisse nas paredes, talvez ela estivesse exagerando um pouquinho - ou extrapolado os limites. - mas não se importava; aquelas fotos simbolizavam um dia muito especial de sua vida, portanto deveriam ser guardadas como tal.
Agora Bela a havia abordado enquanto conversava animadamente com sua mãe atualizando-a sobre os acontecimentos atuais, a mãe de Ben dialogava com a fada mais velha, a fada azul, enquanto Fayrie voltava a caminhar ao redor do jardim, parando ao lado da filha de Malévola que agora jogava Croquet, uma das atividades ali disponíveis.
Ao atentar-se de sua presença, a filha de Malévola a encarou, pela primeira vez sem nenhuma expressão de tédio, desdém ou desinteresse, somente um leve sorriso contido no rosto.
Ambas milagrosamente começaram a conversar, Fay não jogava o jogo, portanto ela somente se atentava a analisar a jogadas de Mal, enquanto falavam sobre assuntos corriqueiros e sobre como foi para Mal conhecer Adam e Bela, ao tocar no assunto a arroxeada ria nervosamente, parecendo ainda se recuperar da interação, assim que as duas pararam por um momento comentando sobre o última jogada de Mal, o clima bom se dissipou completamente de Fayrie assim que Leah a vó de Audrey aproximou-se, Faye engoliu em seco pela presença e sua expressão se tornou dura, não tinha boas lembranças a avó da princesa, pelo contrário, se lembrava bem da mulher sendo completamente babaca consigo em uma de suas visitas ao Palácio do casal soberano de Auradon, onde sua mãe precisou intervir para que a mulher parasse de ser inconveniente, e um pequeno detalhe; ela era apenas uma criança.
̶ Olá! ̶ A mais velha cumprimentou, sendo correspondida pelas duas garotas mais novas, Mal estranhou o fato de que Fayrie mudara imediatamente com a presença da mulher. ̶ Nós...nos conhecemos?
Um pressentimento ruim se aflorou em si no exato segundo em que aquela conversa se iniciou, a sensação incômoda a fez colocar a mão sobre o peito, sentindo algo anormal assemelhando-se a uma breve falta de ar.
̶ Não, acho que não. Eu sou nova, tô fazendo tipo um...intercâmbio. ̶ Explicou.
Como se tudo ali estivesse sido premeditado para se tornar um caos, Audrey se aproximara cumprimentando a avó com um beijo na bochecha, Fayrie sentiu aquela sensação piorar, a fazendo respirar pesadamente por alguns segundos, Mal a encarou, seus olhares se encontrando, Faye aproximou-se, deixando-se a disposição para qualquer imprevisto que provavelmente aconteceria.
̶ Vovó!
̶ Audrey! Beije sua vozinha, querida. ̶ Replicou a mais velha, distribuindo beijos a bochecha da neta.
Mal desviou seu olhar da fada perto de si, perguntando incrédula.
̶ Vozinha? ̶ Perguntou somente para confirmar se ouvira corretamente, Faye se viu disposta a segurar o braço da namorada de Ben e tirá-la dali.
̶ A mãe da Bela Adormecida. ̶ Afirmou Audrey encarando as duas garotas com um desdém visível, seus olhos pareciam querer queimá-las em vida. ̶ Vovó, eu acho melhor não falar com essa garota. A não ser que queira dormir por cem anos ou que queira que o Ben acabe sendo manipulado para nos odiar.
Fayrie sentiu seu lábio repuxar levemente com a raiva crescente em seu peito, segurou o braço de Mal, a percebendo olhar para si visivelmente assustada com a situação.
Como se a situação já não pudesse se tornar pior, o olhar de entendimento de Leah fez com que percebesse que aquilo se tornaria ainda pior.
̶ O quê? ̶ Ela direcionou seus olhos a Mal, o medo visível neles. ̶ Você! ̶ Apontou para o rosto da garota, se afastando ao ser segurada pela neta.
̶ C-como está aqui? E como continuou tão jovem!?
̶ Rainha Leah, está tudo bem. ̶ Afirmou Ben, abraçando Mal de lado, a garota parecia confusa com a situação.
̶ A Malévola ainda está na ilha, esta é a Mal, filha dela. ̶ Fayrie se declarou, seu tom de voz terno a amigável, na tentativa de fazê-la entender. ̶ Não se lembra do anúncio da proclamação de Benjamim? Da chance para a nova geração?
̶ Uma chance de quê?! De nos destruir? ̶ Seu olhar foi a fada, a encarando fixamente. A expressão da garota mudou para uma confusa. ̶ Era óbvio que você estaria envolvida nisso! ̶ Voltou seu olhar para o futuro governante de Auradon, indignada. ̶ Você se lembra não é, das maçãs envenenadas. ̶ Pausou sua fala, tentando suportar a dor presente em suas próximas palavras. ̶ Os feitiços...feitiços... Minha filha foi criada por fadas por causa da praga da sua mãe. ̶ Sua voz aumentava gradativamente, a fada madrinha aproximava-se pronta para consolar a mulher. ̶ As primeiras palavras, os primeiros passinhos dela...Eu perdi tudo isso!
Mal, pareceu se sensibilizar com a história, tentando se aproximar da mulher para explicar-se, mas Chad e sua síndrome de herói protagonista, não deixaria sua chance de atuar como o corajoso que nunca foi.
̶ O quê? Eles foram criados pelos pais deles, Ben! O que acha que eles aprenderam, ahn? Bondade, Honestidade?
̶ Você foi criado pela doce Cinderela e ainda assim só aprendeu a ser um babaca mimadinho! ̶ Fayrie comentou, cruzando os braços e apoiando o peso de seu corpo em apenas uma perna, a premonição se agitou novamente em seu peito, aquilo daria profundamente errado, ela sentia.
̶ Nem pensar tá legal, ela roubou o namorado de outra garota. ̶ Olhou para a filha de Malévola, sendo abraçada de lado por Ben que parecia começar a se estressar com a situação. ̶ Você gosta de magoar as pessoas. ̶ Apontou para Jay, logo direcionado-se a Evie, Faye entrou em alerta.
̶ E você não passa de uma falsa mentirosa.
̶ Espelho, espelho que nunca erra, quem é o maior panaca desta terra? ̶ Chad tentou empurrar a mão de Evie para deixar o espelho cair, mas antes que ele a tocasse, seu pulso foi segurado pela mão da fada que se colocara a frente da VK, com força, ela apertara o mesmo ao ponto de que o contorno de suas mãos e dedos estivessem presentes no mesmo, ele resmungou de dor, logo levando a mão ao mesmo após Fayrie o soltar com intensa brutalidade. Seus olhos iniciavam um processo de transição de cor, completamente raivosa.
Ben interviu, fazendo o filho da Cinderela afastar-se por alguns instantes, voltando a se aproximar como uma afronta.
Foi quando Chad a empurrou o ombro com a mão livre a fazendo dar alguns passos para trás, Evie atrás de si segurara o braço da amiga, lembrando de como a garota saiu de seu quarto ao descobrir que ele a estava manipulando, percebendo que ela estava plenamente certa e o loiro era um babaca, fora seu estopim, seu punho esquerdo se fechou, as unhas cravadas com a intensa força colocada, aproximou-se dele que ainda segurava o pulso contra o corpo, como um belo idiota, Chad chegou a caçoar perguntado o que ela faria, Fayrie sorriu sarcasticamente, socando a toda força o rosto do garoto sua mandíbula para ser mais exata, Evie sequer precisou intervir para fazê-lo apagar, foi só um soco para desnortea-lo completamente. Sendo segurado por Audrey, Loonie e Jane.
̶ Isso! ̶ Octavian comemorou animadamente, com uma feição de orgulho exposta no rosto. ̶ Do jeitinho que eu ensinei! Essa é a minha garota!
̶ Octavian!
̶ Ele mereceu, esse menino a incomoda desde que eram crianças. ̶ Olhou para a esposa, que comecava a sentir o amargo sabor de um pressentimento ruim em sua boca, mesmo que Fayrie sentira mais cedo, a mulher alisava seu peito desejando que ele sumisse, logo segurou seu colar de cristal dentre as mãos.
̶ Vocês são realmente incríveis! Esse era um dia feliz, estava tudo bem, mas é óbvio que o preconceito de vocês não deixariam eles serem felizes! ̶ Gritou alto o suficiente para todos ouvirem, se virando para o lado oposto do centro da confusão. ̶ Eles são pessoas como nós! Pessoas com sentimentos, pensamentos e vontades! Vocês estão os invalidando como pessoas! Estão deixando com que o preconceito de vocês os ceguem completamente!
Seu braço foi brutalmente agarrado por Audrey, sendo obrigada a encará-la.
̶ Você pode até ter sangue de Auradon, mas deveria estar na ilha junto a esses vilões que tanto ama, prefere eles a sua própria nação! ̶ Fayrie já sentia a dor atingir-lhe, ofegando, algo que piorou ao ver as pessoas a volta da confusão iniciarem um burburinho, concordando com a princesa, um sorriso contido formou-se nos lábios da mesma, sua expressão se tornou dolorosa puxando-lhe o braço de volta para si com força. A fada azul alarmou-se, sentindo seus olhos se encherem novamente em lágrimas..
Ela olhava para os lados como um animal acoado, assustada, machucada, a dor sendo demais para suportar sozinha, Ben a tentou aproximar de si, tentativa falha já que ela por si mesma se afastou.
̶ CHEGA! ̶ Um grito arranhado se fez presente, sua garganta ardendo e o choro começando a umidecer seu rosto, todos se recolheram sentido algo estanho percorrer seus corpos ao ouvirem-na gritar. ̶ Vocês tem o coração tão sombrio como o de qualquer vilão! A vida toda, eu aguentei isso calada, Vocês me repreendendo, dizendo o quão errada eu estava, CHEGA! EU NÃO PRECISO OUVIR MAIS ISSO! ̶ Se virou para Audrey, explodindo segurou o vestido levemente para cima. ̶ Sabe por quê eu os prefiro?! Porquê em dias eles me trataram melhor do que vocês durante todo o decorrer da minha VIDA! Vocês me ridicularizam, quebraram e machucaram sem a mínima piedade! Enquanto se escondem atrás do medo de vocês, não suportam ver alguém enfrentá-los que já querem matar essa pessoa por dentro lentamente! Principalmente você, sua princesinha mimada e egocêntrica, você só liga consigo mesma! Você vive de aparências e para fazer isso você usa dos outros, até porquê nem personalidade própria você tem! Se eu fosse a Aurora daria graças aos céus por não ter sido criada por você Leah, ela não seria a pessoa incrível que é hoje, basta olhar para a sua neta e verá isso. ̶ Ela olhou para os pais, a fada azul já chorava e seu pai parecia absorto no desabafo dela. ̶ Vocês exigem perfeição, mas são as pessoas mais podres por dentro que eu já conheci! ̶ Sua garganta doeu com a libertação de tudo o que engoliu por anos, foi quando a Rainha Leah, inconformada, a olhou brutalmente nos olhos. Audrey estava completamente chocada.
̶ Se eu fosse a sua mãe, teria vergonha de ter uma filha como você. ̶ Aquilo havia a quebrado de vez, ela queria desabar, suas lágrimas se tornaram mais grossas dificultando sua visão, sua expressão se tornou uma mistura de emoções tristeza, confusão e ao mesmo tempo dor intensa, Leah parecia satisfeita. ̶ Logo ela que fez tudo para nos proteger...
̶ C-como? ̶ Perguntou em um fio de voz, ela já estava enfraquecida demais para raciocinar normalmente, a confusão em sua mente sendo exposta, só sentia a dor se alastrar cada vez mais.
̶ Pare Leah! Agora! Não tem o mínimo direito de machucar a menina assim. ̶ Bela se pronunciou, olhando para a rainha com um medo visível de que ela desejasse toda a verdade para fora, a respiração da mãe de Fayrie começava a desregular-se, o pânico se instalando em seu peito e ao mesmo tempo deixando-a sem reação. Não, não, não, não.
̶ Como não Bela?! ̶ A mais velha olhou raivosa para a Rainha. ̶ Olhe o que essa menina fala para nós! A mãe dela foi uma heroína, ela precisa aprender...
̶ Não ouse. ̶ O pai de Fayrie finalmente se declarou aproximando-se da filha, sua expressão dura não causou o mínimo medo na mais velha.
̶ Pai?... ̶ Perguntou em um sussuro fraco, Octavian sentiu seu coração doer ao olhar para a expressão da filha, travando a mandíbula pela raiva que lhe acometia.
̶ Leah, por favor. ̶ A fada madrinha sussurou. Tentando ao menos conter o surto da mulher.
Um silêncio pesaroso se propagou pelo jardim, ela havia desistido ou...
̶ Foi sua mãe que ajudou no fechamento da barreira. ̶ Fayrie neutralizou sua expressão, talvez em completo choque, suas mãos começaram a tremer, os soluços se tornando incontroláveis, suas sobrancelhas se franziram, sussurrando um "o quê?" Ao encarar sua mãe. ̶ Ela foi a responsável pelo que você abomina garota!
Todos a sua volta soltaram uma exclamação coletiva, surpreendidos.
A fada azul, quando inserida no conselho, fizera questão de que quase ninguém soubesse sua real participação mas, era inevitável que os monarcas mais antigos se lembrassem dela, ela era como uma arma secreta para agir quando eles quisessem, na época, ela entrara somente para ajudá-los na construção de Auradon, mas, com o passar do tempo, após o fechamento completo da barreira, a mulher se desvinculou totalmente do governo, porém, graças as leis que proibiam a magia, a fada mais velha abriu mão da posse de sua varinha, que depois disso, já não funcionava mais consigo como antes.
E Octavian também abriu mão de seu cargo no Palácio, os dois praticamente fugiram em busca de viver uma vida tranquila. Tranquilidade esta que eles nunca tiveram por completo.
Todos com exceção de poucas pessoas, incluindo Mal e Evie, que não ousaram olhar para ela.
A fada azul finalmente reagiu, tentando se aproximar da filha.
̶ NÃO! ̶ Gritou a fazendo recuar, assustada, uma barreira formando-se a sua volta. ̶...Mentiu para mim?! ̶ Perguntou retoricamente, voltando a soluçar, magoada olhou profundamente nos olhos de sua mãe vendo-a desviar o olhar o chão, começando a chorar novamente.
Traída.
Ela se sentia profundamente traída.
Não ousou responder, o ar lhe faltava, sua garganta doía e sentia seu coração bater descontroladamente em seu peito, se abraçando, Fayrie recuou alguns passos para trás, ela só queria ficar sozinha. Portanto, se virou correndo para o mais longe que conseguira, esperando que o mesmo vento que atingia-lhe o rosto secando suas lágrimas, lhe tirasse todo o peso e a tristeza que sentia.
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Primeiramente...boa noite! Espero que não estejam querendo me estrangular agora! Kakakakaakakak esse capítulo foi pesado, realmente, nesse as coisas emergiram e os segredos - alguns deles sugiram. - espero que estejam bem! Eu quase chorei uma 20 vezes escrevendo a minha fadinha ser maltratada, ela não merecia nada disso.
Mas enfim, amo vocês meus amores, durmam bem!💙
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