𝕃𝕠𝕧𝕖 𝕒𝕥 𝕗𝕚𝕣𝕤𝕥 𝕤𝕚𝕘𝕙𝕥
•Verena•
- Por favorzinho? - Alina juntou as mãos e fez um bico, me olhando como um cachorrinho sem dono - Faz tempo que nós não fazemos uma noite só das garotas -
- Alina, eu estive em milhares de reuniões e tivemos missões a semana toda. Eu tô moída - choramingo cansada
- Moída mas não morta. E eu já achei a festa perfeita pra gente ir -
- Como foi que ela te convenceu? - pergunto a Maia que estava encostada no batente da porta do meu quarto.
- Ela me venceu no cansaço - resmungou com um sorriso
- Nós quatro estamos precisando nos divertir pra esquecer essa semana chata - Alina se ajoelhou - Por favor? -
Troco um olhar divertido com Maia. Suspiro derrotada. Se eu não concordasse a loira na minha frente faria um drama e me infernizaria por dias.
- Tá. Venceu - pulo de susto quando ela gritou e se levantou animada.
- Vocês não vão se arrepender - prometeu e saiu correndo
Maia e eu rimos e fomos atrás dela, a encontrando em seu quarto que a cada segundo ganhava uma roupa no chão.
Nos encostamos na porta de braços cruzados esperando a loira voltar de dentro de seu armario que mais parecia uma loja.
- Então ela covenceu vocês? - Lilura abraçou nossos ombros com um sorriso largo no rosto
Resmungamos a fazendo rir. Logo Alina apareceu.
- Eu tenho a roupa perfeita pra cada uma de nós - Cantarolou feliz vindo até nós com três sacolas.
Troco mais um olhar com Maia e pego a que estava com o meu nome.
- Saímos as dez. Sem atrasos! - Alina apontou autoritária
- Podemos saber aonde vamos? - Escuto uma voz masculina atrás de nos. Laurent.
Me viro e vejo os rapazes. Atrás deles estava meu pai.
- Ah. Vocês não vão a lugar algum amor - Alina respondeu
- Hoje é noite só das garotas pelo que eu entendi - Meu pai riu dando um tapinha no ombro dele.
Laurent e Octavian começaram a reclamar com suas namoradas e irmãs.
Dou uma risada e sigo Andreas pela casa deixando que Dorian e Nicolai se divirtam com a discussão.
- Tá tudo bem? - pergunto fechando a porta dos fundos.
Ele olhava pensativo para a floresta que cercava a casa que eu dividia com meus amigos. Foi difícil convencer esse homem a me deixar sair de baixo de sua asa. Disse que eu ainda era muito nova pra morar longe dele. Que se algo acontecesse ele não estária lá pra mim. Depois de dias e de muito drama da parte dele, consegui vir pra cá.
Admito que também não foi fácil pra mim. Principalmente por deixar minha irmãzinha Beatrix pra trás.
Nas primeiras semanas Andreas ligava várias vezes por dia, preocupado. Eu ria mas sentia saudades dele, das nossas corridas e treinos depois do café da manhã. Ou quando iamos nadar no lago ou apenas ser a companhia um do outro na frente da lareira.
Eu amava morar com ele e Beatrix, mas aqui, nesta casa com meus amigos, eu não precisava esconder meus poderes. Não precisava esconder quem eu realmente era. Eu odiava ter que manter essa parte de mim em segredo do homen que me criou com tanto carinho. Eu apenas não conseguia contar a ele.
- Sabe que mês que vem é meu aniversario né? - perguntou me abraçando pelos ombros.
- Claro que sei - respondo ofendida - Sabe que eu não esqueço datas importantes. Principalmente o aniversário do meu pai -
- Eu sei princesa - riu me olhando - Eu só queria saber se tem como você passar a semana comigo e sua irmã -
- Claro. Não perderia por nada - sorrio pra ele - Mas você sabe que uma vez por dia eu tenho que ir a um lugar -
- Eu sei. Tenho muito orgulho de você. Um dia você vai ver que tudo que você está fazendo por nós, vai salvar muitas vidas -
Sinto um gosto amargo subir pela minha garganta. Isso sempre acontece quando alguém toca nesse assunto. Principalmente ele. Balanço minha cabeça discretamente pra ignorar uma voizinha chata na minha mente.
Ele nunca mentiria pra mim.
- E bom....- hesitou nervoso. Volto minha atenção para ele
- Tem algumas coisas que eu quero te contar. Acho que você já está pronta -
- Não pode me dizer agora? -
- Hoje você vai sair e se divertir com as suas amigas. E esse mês você tem muita coisa pra fazer. Isso pode esperar -
- Verena!!! Você tem que se arrumar logo- Nos viramos vendo Alina na janela de seu quarto - Desculpa interromper Senhor Andreas - ficou sem graça percebendo que havia nos atrapalhado.
- Sem problemas. Eu já estava de saida - Acenou voltando a olhar pra mim - Divirta-se. E tenha juizo. Entendeu? -
- É sério? Esse papo pra adolescente? Essa faze já passou - reclamo com um bico
- Não quer dizer que eu não deva me preocupar - beijou minha testa me fazendo sorrir - Eu te amo pequena -
- VERENA - Alina gritou impaciente de dentro da casa
- É melhor eu ir antes que alguma planta me arraste lá pra dentro. De novo - rimos com a lembrança - De um beijo no furacãozinho -
- Pode deixar - me abraçou uma última vez e se afastou
- Toma cuidado -
- Sabe que eu sempre tomo cuidado -
Era só mais uma noite das garotas. O que de diferente podia acontecer?
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•Autor•
- Alina!! Não acredito que você nos arrastou até Magix - Verena brigou entre dentes, pensando se desistia ou não de entrar na boate lotada
- Nós já fomos em todas de Solária e outras de outros reinos - se defendeu - Essa é nova. Pode ser legal -
- Seria ainda mais legal se não tivessemos que esperar em uma fila enorme - Reclamou Maia e Lilura concordou fuzilando a amiga com os olhos
- A Verena podia tentar dar uma ajudinha né? - sorriu amarelo
- Não vai rolar Alina. Você nos meteu nessa - negou cruzando os braços - Eu não vou arriscar só pra entrar em uma festa -
- Mas amiga.... -
As quatro amigas continuaram a discutir durante toda a espera. Pras pessoas que não as conheciam aquilo seria estranho em uma amizade, mas para elas era normal. Discutiam e brigavam como crianças por coisas banais. Isso logo passava e começavam a rir até de coisas bestas. Era assim que as coisas funcionavam.
Não importava o que acontecia, sempre estavam lá uma pela outra. Era aquele tipo de ligação que nunca sumiria, iria até o fim dos tempos.
........................
Saul Silva andava calmamente pelas ruas de Magix. As mãos no bolso de seu casaco, os passos lentos. Andava despreocupado.
O plano era voltar direto para Alfea para descansar e se preparar para as proximas aulas. Mas sentiu uma vontade repentina de caminhar pela cidade, deixar que suas pernas o levassem para qualquer lugar. Normalmente Silva era sempre alerta. Dessa vez, deixou sua mente relaxar e esquecer de seus afazeres de Diretor Especialista.
Distraído, só percebeu onde estava quando ouviu música abafada e risadas e vozes altas. Uma boate. Não era o seu tipo de ambiente.
Estava prestes a dar meia volta quando alguém na frente da fila chamou sua atenção.
Cabelos castanhos na altura dos seios, corpo magro e atlético. Rosto jovem com um sorriso brilhante. Tão contagiante que Silva sentiu vontade de sorrir também. Sobrancelhas marcadas e bem desenhadas.
Luzes de dentro da boate iluminaram o desenho de seu corpo como uma aura colorida. Era a garota mais bela que Silva já havia visto.
Se sentindo observada, Verena olhou em volta até encontrar o par de olhos que a encaravam com intensidade.
Era um homen alto, forte com postura perfeita. Parecia a cima dos 35 anos. Cabelos pretos com alguns fios grisalhos, uma barba por fazer mas bem cuidada que lhe dava um certo charme. Ele era lindo.
Maia cutocou o ombro de Verena achando sua atenção, dizendo que era a vez delas de entrar. Antes das portas se fecharem, Verena se virou uma última vez lançando seu melhor sorrio na esperança de conseguir mais a atenção do homen misterioso. Discretamente ordenando com sua magia aos seguranças que o deixacem entrar rapidamente caso ele quissese.
O sorriso fez o coração de Silva errar todas as batidas, lhe deixando tonto e com falta de ar. Se sentiu hipnotizado e não conseguiu se segurar e aceitou o convite silencioso.
Ficou surpreso quando um dos seguranças o chamou e deixou passar na frente da fila.
O som alto era quase insurdecedor, fazia seu corpo vibrar com cada batida da musica. Só poderia ser ouvido se gritasse no ouvido um do outro.
Silva entrou e quase se arrependeu. Aquele não era um lugar do seu costume. Se sentia completamente deslocado.
Procurou a bela jovem pela multidão, não a encontrando nos primeiros minutos e isso o desanimou. Como aconteceu a pouco tempo, prestes a se virar e ir embora, seus olhos finalmente a acharam na pista de dança. Dançando animadamente com suas amigas.
Seu sorriso encantador fez Silva sorrir também, sem perceber. Ela se divertia e parecia leve. Apreciando a vista, Silva se encostou na pilastra e obersou.
Se sentindo observada de novo, Verena procurou por entre rostos estranhos o homem misterioso, o encontrando a alguns metros de distância. A olhando encantado.
A musica mudou, e Verena mudou sua dança junto com ela.
Antes dançava pra sí, agora era pra ele.
Silva de tempos em tempos descia seu olhar pelo corpo dela, mas preferia seu rosto, seus olhos.
Para ele, só existia ela. E para ela, só existia ele.
Então um pequeno grupo surgiu entre eles, quando passou, a jovem que o encatou desapareceu. Voltou a procurar esperanto vê-la de novo.
Se virou com um pequeno pulo quando alguém deu com tapinha em seu ombro, encontrando ela lhe estendendo a mão com um sorriso. Ao qual ele aceitou com prazer.
O puxando pra pista de dança com ela, o fez mover seu corpo colado com o dela. Eles sentiam cada curva, cada musculo, cada suspiro um do outro.
Agora mais de perto Silva conseguia ver sua pele sem imperfeições, seus cílios compridos e volumosos, seu lábios cheios e convidativos.
Ele queria beijá-la. E ela queria muito que ele a beijasse.
Lilura sentindo a ausência de sua amiga, saiu a sua procura. Quando finalmente a encontrou, seus pés travaram no chão.
Lilura não era uma fada comum. Era uma das mais raras. Seu dom lhe permitia ver o futuro. Ela não tinha controle de quando via ou o que. As visões apenas inumdavam sua mente.
E o que ela viu quando olhou para Verena e Silva, a fez sentir emoção pela felicidade que eles teriam em um futuro um pouco distante. Também uma grande preocupação pelos desafios e dores que eles teriam que passar para enfim, conquistar o final feliz que eles ainda não sabem que vão desejar tanto.
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•Verena•
Empurro as portas com força ainda puxando sua mão. A fila do lado de fora ainda maior que antes.
Já do outro lado da calçada, me viro pro homen misterioso. Agora sem as luzes para atrapalhar, consigo ver com claresa a cor de seu olhos. Uma mistura de cinza e azul. Eu podia olhar pra esse par de olhos pelo resto da minha vida sem me cansar deles.
- Verena Celeste Neith! - Alina berra da entrada - Noite das garotas - fez um bico triste
- Estou atrapalhando? - perguntou ele
Sua voz rouca me arrepiou.
- Podem ir! Aproveitem!- Lilura apareceu apressada, balançando as mãos como se tentasse nos espantar - Deixa eles Alina - beliscou a loira empurrando ela de volta pra dentro
Dando dois toques em sua tempora, entendi o recado de ler sua mente.
Deixe a noite rolar sem medo, aproveita e se solta. E deixe ele conhecer aquele seu lado mais guardado. Vai valer a pena. Confia em mim.
Fico confusa com seu conselho
- Tá tudo bem? - perguntou me tirando dos meus pensamentos.
- Sim, sim - sorrio envergonhada
- Então, Verena Celeste Neith - disse meu nome lentamente. Como se saborease em sua lingua.
- Estou em desvantagem - digo mordendo meu lábio inferior, vendo como seu olhar foi em direção a ele - Sabe o meu nome, mas eu não sei o seu -
Voltando a olhar para os meus olhos, deu um sorriso charmoso que me deu borboletas no estomago.
- Saul Silva - estendeu sua mão para que eu apertasse.
Seu toque era suave, quente.
- É um prazer te conhecer, Saul -
- Acredite, o prazer é todo meu, Celeste - disse levando minha mão até seus lábios.
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Mais um capítulo para vocês♡ Eu não planejava postar hoje, mas acho que a mackiavelick tava curiosa de mais e pediu pra postar hoje kkk. Tá, eu admito que também to cariosa com o que ela escreveu em Fairytale.
Ainda não decidimos um dia específico pra postar, mas vou tentar não demorar muito.
Espero que tenham gostado ♡♡
Até o próximo capítulo♡
Não se esqueçam de votar e comentar ♡.
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