Teen choice awards.

COLE SPROUSE:

- Como foi a viagem? A comemoração do aniversário do KJ? - Dona Madchën questionou do outro lado da linha.

- Foi ótima, mãe. - Coloquei o celular no viva voz e o larguei em cima da mesa do computador. - Tão ótima que ficamos até dois dias a mais e agora estamos correndo contra o tempo pra chegar no TCA . - Falei enquanto pulava pelo quarto calçando meu tênis.

- Ah, então, que bom. - O sorriso era nítido em sua voz. - Estamos com saudades de vocês! Quando você e Dylan vem pra casa passar um tempo com a gente?

- Eu não sei, mãe. - vesti minha blusa. - Está tudo muito enrolado com as coisas do filme, e em outubro tem as premières, entrevistas, e divulgação do filme. - Soltei um suspiro longo e vesti minha jaqueta. - Provavelmente só terei tempo de ir pra casa no meu aniversário.

- Nem no natal, Cole? - A voz de minha mãe pareceu triste.

- Não sei mãe, não tenho como dar certeza à senhora. - Tiro o celular do viva voz, pego as chaves do carro e minha carteira. - As gravações de "Tudo o que ela sempre quis" começam no dia primeiro de novembro, e acabam provavelmente meados de dezembro, pode ser que não de tempo, entende? - Saio do quarto e vou em direção à sala, encontrando uma tremenda zona. - Mãe, eu preciso desligar, estou saindo de casa. Mais tarde nos falamos. Amo você.

- Tudo bem, meu filho. Tenha juízo. Diga a Dylan e Lili que mandei um beijo. Amo vocês. - Sorri ao ouvi-la, e desliguei o telefone depois de me despedir.

- Da pra vocês me explicarem o motivo dessa zona, já que estamos saindo agora? - Dylan parou ao meu lado de braços cruzados, chamando atenção de, Charles, Shawn, Priscila e Lili que quase se agrediam por causa de um jogo de vídeo game.

- Relaxa aí pirralho. - Charles brincou e Dylan revirou os olhos.

- Vamos embora, gente. Já estamos mais que atrasados. - Caminhei até a porta, com Dylan ao meu lado, mas as quatro crianças ao vídeo game continuaram nas mesmas posições.

- Gente, vamos embora logo ou tá difícil? - Franzi o cenho. - Não se esqueçam que nós ficamos de nos encontrar com o Taylor, Aaron e os outros lá, e não vai ser nada fácil achá-los lá dentro.

- Ih, é verdade! Melhor irmos logo. - Charles finalmente levantou-se.

- Espero que dê tempo de dormir no carro, eu tô exausta. - Lili levantou resmungando e arrumou o vestido em seu corpo. Pegou sua bolsa e um embrulho, que me parecia um presente, e caminhou em direção à porta.

- Eu só espero que tenha muita comida na after, tô com fome. - Priscila colocou-se de pé e seguiu Lili.

- Mas você acabou de comer dois burritos. - Shawn abraçou a namorada por trás.

- Mas continuo com fome. - Deu de ombros.

O caminho até o local onde ocorria o teen choice awards foi tranquilo, exceto pelas implicâncias entre Charles e Lili, por causa de um maldito jogo de vídeo game.

Quando chegamos ao local, como de costume, fui puxado para dar entrevistas. Lili preferiu ficar de longe, olhando, com meu celular tirando fotos e fazendo vídeos para mim.

Na hora de sentarmos, fomos separados. Shawn e a namorada ficaram bem próximos do palco. Dylan ficou no "segundo andar" com Taylor e Aaron. E Lili, Charles e eu ficamos na terceira fileira de frente para o palco. O lugar mais perigoso pra loira ao meu lado. Atrás de Britney Spears. Lili ainda não tinha notado quem estava a sua frente, porém eu podia afirmar que assim que percebesse só poderia ter duas reações: um desmaio ou uma crise de asma.

Eu deveria ter avisado Lili que Britney estaria aqui, mas queria fazer surpresa. E agora, o medo dela ter um ataque era no mínimo grande. Lili não era fã de muitas pessoas, mas se tinham duas que tiravam totalmente sua lucidez, essas duas eram, Britney e Justin.

Ela estava com uma mão apoiada em minha perna enquanto encarava seu celular, rolando a tela inicial do Twitter. Lili de repente levantou a cabeça e me olhou com os olhos arregalados, com um brilho infantil.

- O que foi? - Franzi o cenho.

- Disseram que a Britney está aqui. - Falou afobada e levantou o celular na altura dos meus olhos. - Ela já passou pelo blue carpet, já deve estar aqui dentro. - Apertou minha perna e mordeu o lábio inferior.

- Ela está aqui dentro. - Falei baixo e reprimi o riso. - Está na sua frete. - Apontei com o queixo.

- Ela o que? - Lili deu um grito fino, me fazendo reagir rápido e tapar sua boca aos risos.

- Shhhhhhhh! Tá todo mundo olhando pra gente. - Ela gargalhou contra minha mão e eu fui a soltando aos poucos. - Eu sei que é meio impossível, mas não surta.

- Você só pode estar de sacanagem! - Lili me encarou incrédula. - O amor da minha vida está bem na minha frente e você quer que eu não surte?

- Ué, mas eu achei que você estava acostumada a ficar perto de mim sem surtar. - Brinquei.

Lili revirou os olhos e empurrou meu ombro.

- Idiota. - Riu. - Mas olha, você jura de dedinho que vai atrás dela pra me ajudar a conseguir pelo menos um abraço? - Lili encolheu os ombros e fez beicinho, o que me fez rir e a puxar para um abraço.

- Eu juro de dedinho, mala sem alça. - Beijei o topo da cabeça dela.

- Hm, antes que comece, quero te dar uma coisa. - Lili soltou-se de mim e pegou o embrulho que eu havia visto mais cedo em sua mão.

- O que é isso? - Franzi o cenho e sorri sem graça.

- Um presente, que uma pessoa muito especial pediu pra que eu entregasse a você. - Deu de ombros e sorriu.

- Então, não é um presente de você pra mim? - Franzi o cenho e comecei a abrir a embalagem.

- Não. Provavelmente deve ter uma carta ai dentro. Logo logo você descobre quem te mandou isso. - Riu, me ajudando a abrir o pacote.

Assim que finalmente conseguimos abrir, caiu um saquinho meio transparente com uma correntinha prata, em cima do meu colo. Peguei o saquinho e o abri. Era um cordão, aparentemente de prata, e tinha um pingente minúsculo no fecho com a letra "L". Franzi o cenho e encarei Lili que me olhava sorrindo.

- "L"? - Inclinei a cabeça de lado.

- Lê a carta criatura. Ou pelo menos o bilhete, já que a carta parece ser enorme. - Pegou um postit rosa, e um envelope bem gordo de dentro do pacote e me entregou.

Passei os olhos pelo bilhete e notei um "arroba" já conhecido por mim. Sorri ao pensar que a garota por trás de uma fan accout pra mim, se deu o trabalho de conseguir enviar um presente para uma "amiga" minha, só para que chegasse à mim.

Coloquei o cordão em meu pescoço, com a ajuda de Lili, junto com os outros dois que já usava, e voltei minha atenção para o pacote. Haviam alguns doces, que eu não reconheci, mas Lili se prontificou em dizer o que eram cada um deles. Eram doces brasileiros.

Por fim, havia outro embrulho, dentro do maior. O abri e encontrei uma camisa branca. Estava escrito "Brasil. Três vezes campeão mundial. 58 - 62 - 70", tinha também uma bandeira pequena do Brasil, e outra dos Estados Unidos.

- E aí, gostou? - Lili questionou sorridente.

- Eu amei! - Falei encarando a camisa. - Como você conseguiu pegar isso? - Franzi o cenho.

- Por obra do destino eu vi uma dm dessa menina. Ela queria te mandar um presente, porém, não tinha pra onde mandar. - Lili mordeu o lábio inferior. - Ela me contou a história dela com relação a você. Você salvou essa garota, Cole. - Sorriu e soltou um longo suspiro. - Ela passou por muita coisa, e só não se entregou ao pior, graças a você. E por isso, achei que não teria nada mais justo que ela pudesse te agradecer por isso de alguma forma. - Ela passou a mão pelo meu rosto, e descansou a mão na minha bochecha. - Você provavelmente vai entender melhor quando ler a carta.

- Você é maravilhosa sabia? - Sorri feito um idiota e segurei o rosto dela entre as mãos. - Você sabe quanto esse contato com meus fãs me faz bem. Não tem presente melhor que saber que eu pude ajudar um deles.

- Eu sei. Eles são sua base, Cole. Sem eles, você não seria nada. - Lili juntou brevemente nossos lábios. - E não digo pela fama, nem por nada material. Digo pelo amor que eles tem por você. Elas cuidam de você melhor do que qualquer anjo da guarda. - Rimos juntos.

{•••}

Assim que a premiação acabou, eu fui puxado para uma última entrevista.

- Bom, vamos a primeira pergunta. - Uma garota ruiva, de olhos claros e quase da minha altura falou encarando um pedaço de papel. - Nós sabemos que você e Charles começaram a promover The Outfield em alguns meses, mas quais são os planos para o próximo ano?

- Hmm, eu ainda não sei. - Ri e franzi o cenho em direção a câmera. - No início de novembro começarei a gravar meu segundo filme, o qual ainda não posso dar nenhum detalhe, mas vai ser incrível. - A ruiva sorriu animada e assentiu me encorajando a continuar. - Pela segunda vez vou contracenar com uma pessoa com quem já estou familiarizado, e acho que isso vai ajudar muito. - Finalizei.

- Isso é incrível! Agora estou ansiosa em dobro! - Rimos. - Um rumor que vem perturbando muito suas fãs, inclusive a mim, e eu gostaria muito que você esclarecesse. Você e Charles brigaram? Não vemos mais quase fotos ou vídeos de vocês dois juntos. Isso vem nos preocupando.

- Não! De jeito nenhum. - Ri e sacudi a cabeça em negação. - Charles e eu somos quase gêmeos siameses. - Gargalhei sendo acompanhado pela garota. - É que nós passamos tanto tempo juntos, fazendo tantas coisas que até esquecemos disso. E ultimamente nós estamos tão ocupados que fica ainda mais difícil de lembrar.

- Ah, que bom que não é algo que precisamos nos preocupar. - Sorriu e eu assenti. - Quando você pretende voltar a conhecer seus fãs ao redor do mundo? Pretende fazer uma tour?

- Espero que em breve, talvez no meio do próximo ano. - Umedeci os lábios e passei a mão pelo cabelo o arrumando. - Eu realmente quero viajar o mundo inteiro conhecendo meus fãs. Tenho vários projetos à caminho.

- Isso é ótimo! Eu quero saber da sua experiência mais engraçada ou assustadora, e a mais fofa, com uma fã sua. Tenho certeza que tem muitas histórias pra compartilhar com a gente. - Deu uma breve olhada para câmera.

- A mais engraçada barra assustadora, foi quando eu estava em Nova York pra algum evento, não lembro - Olhei pra cima na tentativa falha de me lembrar. - três fãs invadiram minha casa, e eu assisti tudo pelo facetime com um amigo meu, mas já faz bastante tempo. - Comecei a rir acompanhado da ruiva ao meu lado. - E a experiência mais fofa... hm... - Levei o dedão e o anelar ao queixo e pensei por um momento. - Ah! Acho que aconteceu hoje - sorri ao lembrar - uma fã, conseguiu enviar um presente, na verdade, presentes pra minha namo-, pra uma amiga minha - me corrigi rapidamente e podia ter certeza que estava com as maçãs do rosto coradas. - Ela me deu uma camisa do país dela, doces de lá, e também, esse cordão aqui. - Virei a correntinha em meu pescoço e mostrei pra garota, e em seguida pra câmera.

- Nossa! Como ela conseguiu isso? - Perguntou sorridente.

- Nem eu sei! - Ri.

- Agora, a pergunta que eu mais recebi, e como uma das suas maiores fãs, a que eu mais quero saber. Você está namorando? - Ao ouvir aquela pergunta, eu gelei de imediato. Porém, eu não tinha como responder aquilo, já que nem eu mesmo assim, então, resolvi simplificar.

- Não, não estou. - Sorri meio sem graça.

- Hmmm - A ruiva fez uma cara de deboche que me fez rir - então, quer dizer que aquela loira baixinha, que está sempre com suas roupas e anda contigo o tempo todo, não é sua namorada? Qual é mesmo o nome dela?

- Não, ela não é minha namorada. - Ri sem graça. - Lili é a melhor amiga de um dos meus melhores amigos, e é uma amiga de longa data. Nada demais. - Menti.

- Então quer dizer que nós ainda tempos chances? - Brincou.

- Claro! - Disse rindo.

NARRADOR:

A premiação fora incrível. Shawn ganhou todas as categorias que havia sido indicado, assim como Cole. Lili finalmente conseguiu seu tão sonhado abraço de Britney, e Cole obviamente teve que correr atrás de uma bombinha pra que a garota não morresse de falta de ar, depois que "o amor da vida dela" foi embora.

No fim da premiação, eles se encontraram com todo o pessoal e seguiram para after party. A música estava alta, como em qualquer festa, tocava How deep is your love do Calvin Harris. Pessoas conversavam alto, outras já um pouco alcoolizadas riam de tudo e todos. Gente dançando numa enorme e decorada pista de dança, outras dando entrevistas. De tudo, um pouco.

Cole e Lili dançavam na pista de dança, como se houvessem apenas os dois ali. As coisas começavam a se acertar cada vez mais.

Agora, os dois tinham tudo para dar certo.

Pelo menos, era isso que os dois pensavam, enquanto dançavam se olhando nos olhos.

Mas, enquanto os dois se divertiam, e aproveitavam um ao outro, haviam duas pessoas tramando pra que aquela felicidade não passasse daquela noite. Sarah e Nate. Os dois conversavam, encostados em uma pilastra próxima a pista de dança. Sarah fazia Nate repetir pela vigésima vez o que teria que fazer, para que nada em seu plano desse errado.

- Eu já entendi, Sarah. Você tá achando que eu sou gravador, porra? Não aguento mais repetir a mesma coisa. - Nate revirou os olhos nitidamente irritado.

- Uma última vez, Nate. Pra ter certeza que nada vai sair errado. - Sarah choramigou.

- Ok, Sarah. Assim que a Lili se afastar do Cole, eu a sigo, invento uma desculpa e a levo pra um lugar reservado. Você leva o Cole até a gente, e eu a beijo. Fim. - Nate bufou impaciente.

- Não, Nate. Você precisa beijar a Lili antes d'eu chegar com o Cole! - Sarah lembrou o amigo, praticamente o sacudindo. Nate assentiu e apontou na direção da Lili.

- Olha lá, a hora é agora. Vê se não vacila. - Nate debochou e seguiu Lili que ia em direção ao bar, buscar uma garrafa d'água para Cole, que estava terminando de dar um autógrafo a uma fã, filha de um dos atores presentes no local.

- Nate, "não vacila" digo eu! Se esse plano der errado, estamos os dois ferrados, porque vão saber que foi armação nossa. - Sarah avisou e caminhou em direção a Cole.

Nate assentiu e seguiu Lili, que sentou-se em um banco de frente pro luxuoso bar da festa, a espera da água que havia pedido.

- Nossa, Nate! Que susto! - Lili falou repousando a mão espalmada no peito, assim que Nate sentou-se esbarrando nela, fingindo estar bêbado. - Ei? Você tá bem?

Nate começou a falar enrolado, coisas aleatórias. E o cheiro da bebida que ele havia engerido uns minutos atrás, ajudou bastante, fazendo Lili acreditar que ele estava totalmente alcoolizado.

- Eu preciso de ar.. - Nate começou a revirar os olhos e a se apoiar no bar. Lili pegou a garrafa de água que o barman havia acabado de colocar a sua frente e pulou do banco.

- Você consegue andar? - Nate fez sinal positivo com a cabeça.

Lili apoiou o braço de Nate por cima de seu ombro e dirigiu-se com o garoto para o jardim do local onde estava acontecendo a festa. Ela encostou o amigo na parede o dando apoio e o entregou a garrafa de água.

- Cara, o que você bebeu? Absinto? Álcool setenta? Você não tá nem parando em pé. - Lili questionou de cenho franzido.

- Acho que batizaram minha bebida. - Nate mentiu e apoiou-se ainda mais em Lili, puxando a garota pra perto.

- Você tem que aprender a não largar seu copo sozinho, seu louco. - Revirou os olhos e se afastou um pouco, mas ainda dando suporte pro amigo se manter de pé. - Eu vou lá dentro buscar alguém pra levar você pra casa.

- Não! - Nate falou arrastado e encostou a loira na parede.

- Cama ai, Nate. Você está bêbado, e eu não tô afim de problemas, de novo. - Lili tentou se afastar numa tentativa falha.

Nate olhou rapidamente por cima de seu ombro, e notou Sarah se aproximando com Cole. Nesse momento, o garoto tatuado não pensou duas vezes, segurou o rosto da loira entre as mãos e juntou seus lábis aos dela sem aviso prévio. Lili tentou se soltar de Nate, mas era impossível para ela, por conta do jeito que Nate a segurava. Além da garota ser pequena, ele a estava empresando contra a parede, o que dificuldade ainda mais que ela se soltasse.

- Meu Deus! Eu não acredito! - Sarah fingiu surpresa, chamando a atenção de Cole para o que acontecia entre Nate e Lili.

- Mas que porra é essa? - Cole falou entre dentes, e seus olhos já começavam a marejar, mesmo que de raiva.

- Cole, calma. Não vale a pena, vocês nem estão namorando. E qualquer escândalo que você fizer aqui, pode te causar problemas, tem imprensa de todo o tipo aqui. - Sarah segurou o braço de Cole, mas o garoto continuou andando na direção do que o perturbava. - Cole, não vale a pena. - Sarah se repetiu. - Eu avisei a você, eu sabia que ela ia querer pagar na mesma moeda. Nós garotas somos horríveis quando somos traídas.

- Sarah, cala a sua boca um pouco, sua voz tá me tirando do sério e eu já estou suficientemente irritado. - Cole lançou um olhar fulminante pra morena ao seu lado.

- Então foi pra isso? - Cole puxou Nate pelos ombros, o separando de Lili, que tentava recuperar o folego, totalmente desnorteada e sem entender o que se passava. Assim que Lili bateu os olhos em Sarah, ali parada com Cole, sacou o que estava acontecendo e passou as mãos pelo cabelo. - Foi pra me pagar na mesma moeda que você deixou eu acreditar que estava tudo bem entre a gente? - Cole questionou com as lágrimas escorrendo por suas bochechas.

- Eu não fiz nada. Ele me agarrou. - Lili respondeu com a raiva e frustração estampadas em seu rosto, pois sabia, que mais uma vez, Cole não acreditaria nela. - Mas quer saber? - Secou o rosto com o dorso da mão. - Eu não vou tentar fazer você acreditar em mim. Você nunca confiou em mim mesmo, não vai ser agora que isso vai mudar, não é mesmo?

- Não tem como confiar em você, vendo tudo o que eu acabei de ver. - Cole tinha o rosto vermelho, e tentava controlar a fala. - Eu nunca mais quero ver a sua cara, Lili. Nunca mais, tá me entendendo? Essa foi a gota d'água pra mim. - Falava tentando controlar os soluços.

- Você não vai ver, Cole. Mas não vá pensando que eu vou desistir dos meus sonhos por causa da sua cegueira e dos seus caprichos. - Lili secou o rosto com raiva e o encarou nos olhos. - Essa é a última vez que você não confia em mim. Eu fui contra o mundo pra ficar perto de você, e você deixou que nos destruíssem, nos separassem. Parabéns, você é um fraco! - Cuspiu as palavras.

Sarah segurava um sorriso de satisfação e Nate sumiu de perto dos três.

- Você não confia em quem diz amar, você prefere seguir o caminho mais fácil. Você morreu pra mim, nesse exato momento. No momento em que você achou que eu poderia ser tão baixa a ponto de machucar você só por capricho. Eu cansei de ser a errada, a vilã que roubou o mocinho da melhor amiga dele. - Sacudiu a cabeça em negação e suspirou cansadamente. - Vocês dois se merecem. Eu espero Sarah - encarou a morena. - que você consiga ser feliz ao lado de uma pessoa que não te ama. Sua mãe deve ter te contato que quando temos um amor não resolvido, nunca o esquecemos, mesmo quando nos apaixonamos ou amamos outra vez.

- Não joga a culpa da merda que você fez nela. - Cole segurou o braço de Lili firmemente e a fez o encarar.

- Como você pode ser tão cego? - Lili conteve um grito, quase que de dor. - Eu não estou colocando a culpa nela. E eu não vou tentar te explicar absolutamente nada, Mitchell - Franziu o cenho e engoliu o choro. - Quando você descobrir toda a verdade vai ser tarde demais. Você vai estar sozinho quando voltar a enxergar.

- Como você pode ser tão fria, Lili? Você sabe que eu sou apaixonado, louco por você e faz uma merda dessas! Eu te amo, merda. - Cole chorava feito uma criança. - Some, Lili. Desaparece! Se possível, vai embora do país e nunca mais volta. - Cole a soltou bruscamente.

- Eu vou Cole. Pode ficar tranquilo. Você nunca mais vai me ver. - Lili forçou um sorriso e encarou Sarah nos olhos. - Você é o ser humano mais sujo que eu já conheci em toda minha vida. Você não sabe o que é amar alguém. Uma pessoa que ama quer a outra feliz, não a destrói.

Assim que Lili se afastou do local, Cole desabou. Ele chorava de forma desesperada, sem se importar com a quantidade de pessoas que o olhavam, que no caso, eram muitas, e a maioria tinha uma câmera ou um celular em mãos.

O garoto deixou a festa sem se despedir de ninguém, e muito menos deixou que Sarah o seguisse. A raiva fora tanta que Cole arremessou seu celular contra o muro de uma casa, na intenção de aliviar a dor, em vão.

Conversas, momentos, vídeos, fotos, passavam pela cabeça do garoto como um filme. Cole via passar diante de seus olhos seus melhores momentos ao lado da garota que ele tanto amava, a mesma garota que acabara de quebrar seu coração pela milésima vez. Mas o que Cole não sabia, era que quem havia tacado seu coração no chão e pisado em cima, havia sido Sarah. A tal garota que o jurava amor eterno, era a mesma que estava cavando a cova para enterrar seu coração.

Enquanto Cole andava pela rua chorando totalmente desolado, Lili estava em um taxi a caminho da casa de Duan. A garota chorava de soluçar e praguejava os quatro ventos por estar se sentindo daquela forma. Era como se o coração dela estivesse sendo triturado, depois de ter sido pisoteado, a dor era tanta que ela sentia falta de ar, e o peito doía.

- Meu Deus, Lili! O que aconteceu? - Duan questionou assustada assim que abriu a porta de sua casa e se deparou com a amiga aos prantos.

Lili a abraçou sem dizer uma só palavra e desabou. Todo o choro que ela havia segurado desde a primeira briga com Cole, ela deixava sair agora. Duan não a questionou, sabia que a única coisa que a amiga precisava naquele momento era um ombro pra chorar e um abraço, mesmo sem saber o que se passava. Duan conhecia muito bem Lili, mesmo com pouco tempo de amizade, ela sabia que se a garota estava daquele jeito, não era por coisa boba, e tinha quase certeza que tinha dedo do Cole naquilo.

- Eu vou embora. - Lili finalmente falou e se afastou de Duan, que deu espaço para que a amiga sentasse. Duan arregalou os olhos e guiou Lili até a sala, que sentou-se no sofá. - Você está sozinha? - Lili questionou secando as lágrimas.

- Estou. - Duan sentou-se ao lado de Lili. - Creig foi ao estúdio com Kenny e depois eles iam para o TCA, e eu não quis ir. - Encolheu os ombros. - Mas que história é essa que você vai embora?

- Eu vou voltar pro Brasil, amanhã de manhã. E não adianta você pedir pra eu ficar, já está decidido. Eu só vim te avisar porque sei que você não vai contra mim e que vai avisar os outros que estou bem, sem deixarem saber onde estou. - Despejou tudo em cima da amiga.

- Você sabe que não precisa passar por seja lá o que for que está acontecendo sozinha, né? - Duan segurou as mãos de Lili. - Você não precisa desistir de tudo, você tem a mim. - Encarou os olhos verdes da garota.

- Eu sei. - Lili suspirou. - Mas eu realmente não quero mais ficar aqui. Eu vou embora, eu preciso ir. Ficar aqui, no meio de toda essa dor só vai me fazer mal. - Umedeceu os lábios. - Eu estou de férias na faculdade, isso não vai me prejudicar. Quando as férias terminarem eu vou pedir transferência. - Mordeu o lábio inferior e encarou a amiga. - Vou pedir pra que eles me mandem pra algum lugar longe daqui, eu não quero mais ver o Cole, Duan.

- O que ele te fez de tão grave? - Duan arregalou os olhos.

- Ele quebrou meu coração, mais uma vez. - Lili voltou a chorar.

- Mas e o filme? Como você vai fazer?

- Eu não sei, Duan. Eu só sei que preciso ir, não quero pensar em nada disso agora.

- Você acha justo desistir de todos os seus sonhos por causa dele? Você realmente acha que ele merece esse sacrifício? - Duan levantou o rosto de Lili, a fazendo olhar em seus olhos.

- Eu estou fazendo isso por mim, Duan. - Suspirou. - Eu não vou suportar viver sabendo que o Cole me odeia por coisas que eu não fiz.

- Então prova pra ele que não foi você que fez seja lá o que for que ele acha que você tenha feito!

- Não! - Lili levantou-se e passou as mãos pelo cabelo. - Eu tô cansada de ter que provar as coisas pra ele. O mundo não gira ao redor do umbigo dele, ele que descubra sozinho! - Secou o rosto. - Eu não morri de fome, não vou morrer de amor!

- Então você está decidida? Você vai embora? - Lili assentiu. - Tudo bem, Lil. Eu não vou ser egoísta e pedir pra você ficar só porque vou morrer de saudades. Mas você promete que não vai esquecer da gente? E que vai voltar, pelo menos pra ver o Logan quando ele nascer?

- Eu prometo, Duan! - Soltou um longo suspirou e sentou-se para abraçar a amiga. - Talvez, quando eu estiver curada dessa doença, eu volte. - Agora eu vou embora, quero chegar em casa antes que eles voltem da after. - Levantou-se novamente.

- Promete que você vai ficar bem? - Duan levantou e abraçou a amiga apertado, mesmo com a barriga atrapalhando significativamente.

- Eu vou tentar.

Lili despediu-se da amiga e saiu atrás de um taxi para ir para casa, enquanto Duan ficou sentada no sofá encarando o teto.

- Se eu matar alguém eu vou presa mesmo estando grávida? - Duan questionou Creig assim que o mesmo passou pela porta. - Tipo, se eu triturar os rins do Cole, eu vou presa? - Creig arregalou os olhos e caminhou até a noiva.

- O que aconteceu pra você estar afim de fazer uma coisa dessas?

- Na verdade, tô pensando em triturar e fritar os olhos e o cérebro, ele não usa mesmo. - Duan deu de ombros. - Eu não sei o que aconteceu, só sei que a Lili está deixando todos os sonhos dela pra trás por que ele não quer mais vê-la.

- Parece que ela traiu ele com o Nate. - Creig tirou a camisa e deitou a cabeça no colo de Duan.

- E você acha que isso é verdade? - Duan revirou os olhos. - Lili não aceitou as propostas de quase amor eterno do Justin, iria ficar com o Nate? - Forçou o riso. - Mas eu duvido. E pelo que me consta, mesmo que ela tenha ficado com o Nate, não seria traição. Ela e Cole não estão namorando.

- Não estavam namorando oficialmente, mas pro Cole, a Lili é e sempre vai ser namorada dele. A namorada dele, mulher dele, o que quer que seja. Aquele cara é de quatro por ela.

- E mesmo assim ele não pensou duas vezes antes de traí-la, né? - rosnou Duan. - Talvez seja bom que ele sinta a dor de um chifre.

- Eu não consideraria traição... Ninguém leva a sério cem por cento um namoro on-line. - Creig deu de ombros.

_____

cole vai tomar um tombo....

única coisa que eu acho bom dele não ter acreditado nela, é que ele tá sentindo na pele o que ele fez a lili sentir 🤷🏻‍♀️

comentem! vocês quase não comentaram no capítulo passado):

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