"Deles?"
COLE SPROUSE:
Eu estava nas nuvens com a notícia de que seria pai, com o casamento, com a minha vida de agora. Minha família inteira já estava sabendo, afinal eu fiz questão de contar, e do contrário do que eu achei que aconteceria eles me apoiaram e ficaram tão felizes quanto eu.
Algumas pessoas com certeza pensariam que Lili e eu somos novos demais para isso, de fato, realmente somos. Porém, nós lutamos tanto para ficar juntos, que tudo o que vem acontecendo só demonstra o quanto nossa persistência valeu a pena.
- Bom dia. - Lili se revirou na cama e franziu o cenho me olhando.
Ri nasalado e beijei seu pescoço, logo me ajeitando na cama.
- Bom dia, princesa.
- O que você está fazendo acordado tão cedo, amor? - sentou-se na cama e se espreguiçou.
- Eu estou editando o vídeo de ontem. - expliquei. - Tô afim de postar ele hoje ainda. - Lili deitou a cabeça em meu ombro e abraçou meu braço. - E não está cedo, Lil. São duas da tarde. - avisei rindo e ela escondeu o rosto.
- Que preguiça. - bocejou. - Nós vamos embora hoje...? - choramingou.
- Desculpa ter que adiantar a nossa ida, mas meus pais querem ver você, sua mãe também... - fiz carinho no cabelo dela. - Então é melhor que a gente vá logo, passar um tempo em família, antes que nossas férias acabem.
- É, você tem razão. - suspirou e arrastou-se para fora da cama.
Lili estava apenas de calcinha e com uma blusinha clara colada no corpo, deixando em evidência a barriguinha que começava a aparecer, me fazendo sorrir e suspirar como um idiota.
- O que foi? - questionou parando na porta do banheiro. Sacudi a cabeça em nação e sorri.
- Eu te amo. - disse em português, e ela sorriu mais que o normal.
- Eu também te amo. - jogou um beijo e adentrou o banheiro.
Outra coisa que havia mudado nesses anos fora isso, o português. Apesar de praticamente não usá-lo, nem com Lili, eu estava praticamente fluente. Ela havia me ensinado muita coisa, e eu também havia feito um curso pela internet, que teve um bom resultado.
TRÊS DIAS DEPOIS:
CIDADE DE NOVA YORK.
Nós estávamos espalhados pela sala da casa da minha mãe. Lili estava sentada no chão enquanto Trinity - que agora estava enorme - fazia tranças em seu cabelo. Meu pai estava sentado em uma das poltronas com minha madrasta sentada em sua perna, enquanto meus irmãos dividiam o sofá maior com a mãe de Lili, e meu padrasto e minha mãe estavam sentados no sofá menor de dois lugares.
Estávamos discutindo as coisas sobre o casamento, já que Chrissy, minha mãe e a mãe de Lili acharam que era melhor que casássemos antes da barriga dela começar a aparecer.
Eu sinceramente não via motivos para aquilo, e pelo visto, Lili também não. Mas como nós dois só queríamos ficar juntos, casar amanhã ou dali a três meses daria no mesmo para nós.
- Vocês estão pensando no casamento e estão esquecendo que eles dois precisam de uma casa. - Matthew falou alto, chamando atenção das três tagarelas que resolviam meu casamento sem nem pedirem a opinião da noiva.
- Mas eu tenho o meu apartamento, eu comprei logo depois do meu segundo filme. - Lili, que agora havia trocado de lugar com a Trinity e trançava o cabelo dela se pronunciou.
- Meu pai está falando de uma casa grande, Lil. O seu apartamento é pequeno. É bom só para uma pessoa, não para três. - Will explicou e Lili assentiu.
- Assim que nós voltarmos para Los Angeles a gente resolve isso. - assegurei.
- Mas vocês vão casar aqui né? - minha mãe questionou fazendo uma puta cara de cachorro que havia caído da mudança.
Olhei para Lili esperando sua resposta e ela assentiu sorridente. Eu queria que nosso casamento fosse perfeito, do jeito que ela quisesse, e se ela me dissesse que queria casar no Brasil, então casaríamos lá.
- Mas você não acharia melhor casar no Brasil? - Chrissy questionou.
- Não. Não sei, na verdade. Os meus amigos estão aqui, e minha mãe que é minha única família também. - Lili suspirou e sorriu. - Acho que não faria muito sentido casar lá.
- Ok, então quando vão marcar a data? Nós precisamos agitar tudo antes que essa barriguinha comece a aparecer. - a mãe de Lili disse rindo.
- Vocês conseguem arrumar tudo em quinze dias? - questionei.
- Quinze dias? - Lili arregalou os olhos.
- Conseguimos. - Chrissy, minha mãe e a mãe de Lili afirmaram em uníssono.
- Então vamos fazer assim. - caminhei pro meio da sala. - Eu volto pra Los Angeles amanhã com o Dylan, meu pai e o Will e nós resolvemos as coisas da casa. - E Lili, minha mãe, Chrissy e a Amy ficam aqui para resolver as coisas do casamento, pode ser?
Logo um falatório se formou na sala, deixando por fim decidido que aconteceria o que eu acabara de propor.
TREZE DIAS DEPOIS:
LILI REINHART:
Eu acho que nenhum casamento na história havia sido planejado tão rápido quanto o meu. Cole deu quinze dias para resolvermos tudo, e no décimo dia já estava absolutamente tudo pronto. Obviamente porque minha mãe, Chrissy e Madchën estavam à frente de tudo.
As coisas estavam do jeito que Cole e eu escolhemos. Tudo perfeito.
Nós dois procuramos manter o outro por dentro do que estava acontecendo pelo FaceTime, e foi assim que eu ajudei a escolher nossa casa e ele ajudou com as escolhas pro casamento.
Me revirei na cama enrolando para me levantar e percebi Trinity deitada ao meu lado. Sorri e acariciei o cabelo dela com cuidado para que ela não acordasse.
Todos os dias desde que o Cole voltou para Los Angeles para resolver as coisas sobre nossa casa, Trinity tem fugido no meio da noite e vindo dormir comigo. Madchën disse que ela estava com medo de que eu a esquecesse por causa do bebê, e estava assegurado de se fazer presente. Por mais engraçado que fosse, eu gostava de saber que ela se importava tanto comigo a ponto de fazer aquilo. Quem diria né? Ela que não gostava de mim, deixou que eu me tornasse sua melhor amiga.
Olhei a hora em meu celular e me espreguicei. Eu faria minha primeira ultrassonografia hoje.
Eu obviamente precisava sossegar em Los Angeles para começar a acompanhar minha gravidez com o mesmo médico até o bebê nascer, porém, eu precisava saber se estava tudo bem comigo e com o bebê, então seria ali em Nova York mesmo.
Me arrastei para fora da cama com cuidado para não acordar Trinity e caminhei em direção ao banheiro. Tomei um banho morno e vesti uma roupa que mantivesse me aquecida, já que a temperatura havia voltado a baixar. Escovei meus dentes e fiz um rabo de cavalo arrumadinho.
Assim que saí do banheiro, avistei meu celular brilhando no criado mudo e me apressei em pegar o mesmo, o atendendo após ver que era Cole quem ligava.
- Tenho uma notícia boa, e uma ruim. Qual primeiro? - Cole questionou risonho assim que atendi a ligação.
- A ruim primeiro. - Disse saindo do quarto.
- Camila disse que não vai devolver nossos bichos, que nosso zoológico particular agora é dela e do Nash. - gargalhou do outro lado da linha.
Eu mencionei isso? A tal namorada que não era namorada de Nash, esse tempo todo era Camila, minha melhor amiga. Eles agora estavam bem, e super felizes.
- Que horror! - gargalhei. - Ela não é louca de sequestrar meus filhos. - ditei caminhando em direção a sala. - E a boa?
- A boa é que eu estou no aeroporto. Acabei de chegar e vou ao médico com você. - dei um gritinho e sorri de forma exagerada ao ouví-lo.
- Ai amor, que bom! Obrigada. Nem acredito! - disse quase chorando.
- Não chora, Lili. Vai comer alguma coisa, que pela sua voz você acabou de acordar, e em mais ou menos meia hora eu chego aí. - ditou risonho. - Eu te amo, beijo.
- Também te amo, beijo. - finalizei a ligação e praticamente corri para a cozinha, onde encontrei minha mãe e Madchën sentadas a mesa, tomando café e conversando.
- Trinity te acordou? - Madchën questionou após eu beijar seu rosto e sentar ao lado de minha mãe a abraçando de lado.
- Não, ela ainda está dormindo, eu acordei sozinha. - expliquei começando a me servir da salada de frutas que havia sobre a mesa.
- E posso saber o porque desse sorriso que quase lhe rasga o rosto? - minha mãe questionou e apertou minha bochecha levemente fazendo com que eu gargalhasse.
- O Cole acabou de ligar. Está chegando para irmos fazer a ultra juntos. - disse sorrindo e preenchi minha boca com a salada de frutas.
•••
- Será que já dá para saber o sexo? - Cole franziu o cenho enquanto fazia carinho em minha barriga na sala de espera da clínica.
- Acho que não né, amor. Eu estou com pouco menos de dois meses, eu acho. - divaguei.
- Mesmo que não dê. - selou nossos lábios. - Tenho certeza que é um moleque. - disse convencido e riu.
- Eu não tenho palpites. - dei de ombros. - Só que ele vai ser godo e bochechudo como você era. - Cole abriu a boca para me responder, mas foi interrompido pela voz do médico chamando por meu nome.
Nos levantamos e caminhamos em direção ao corredor por onde o médico havia chamado meu nome.
- Boa tarde. Me chamo Dr. Henry. - o médico nos cumprimentou e logo fechou a porta. - Lili. E o rapaz é? - Questionou sentando-se em sua mesa.
- Sou Cole, o noivo dela e pai do bebê. - disse orgulhoso e eu sorri, assim como o médico.
- Então papais, o que será feito será o seguinte: senhorita Lili vai trocar sua roupa pela roupa que lhe espera ali no banheiro. - apontou para a porta com uma bonequinha na frente. - E voltará para cá para fazermos a ultrassonografia, ok?
- Ok. - suspirei sorrindo.
Cole sentou-se na cadeira de frente pro médico e eu segui meu caminho para o banheiro.
Me despi de minhas roupas e coloquei o vestido que era fechado nos seios mas abria um enorme vão depois dos mesmos. Pendurei minhas roupas atrás da porta e voltei para o consultório.
Dr. Henry posicionou uma pequena escada de frente para a cama do consultório e Cole ajudou-me a subir e deitar na cama. O médico cobriu meu corpo com o lençol até o inicio de minha barriga e logo abriu o vão que deixou minha barriga completamente exposta. Ele se afastou brevemente, logo voltando e começando a espalhar um gel incolor por minha barriga. Pegou uma parte do aparelho de ultrassom e começou a passá-lo por minha barriga de forma delicada.
Cole estava em pé ao lado da cama com os olhos colados no visor e os dedos entrelaçados nos meus. Assim que ouvimos um barulho saindo da máquina, meu coração quase saltou do peito. Eram dois barulhos diferentes que se misturavam. Cole encontrava-se apertando minha mão, assim como eu apertava dele e tinha os olhos marejados com um lindo sorriso pintando seus lábios.
- Esses barulhinhos que estão ouvindo, são os coraçõezinhos deles. - o médico disse calmamente, ainda passando o aparelho em minha barriga.
Demorei um pouco, mas assim que percebi que ele falara no plural arregalei os olhos o encarando, e Cole fez exatamente o mesmo que eu.
- "Deles?" - questionamos em uníssono.
- Sim, são gêmeos.
_____
tá acabando 😭😭😭
e aí, acham que são dois meninos, duas meninas ou um casal?????????
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