𝐅𝐨𝐮𝐧𝐝𝐞𝐫'𝐬 𝐃𝐚𝐲

A escuridão envolvia Luz como um manto pesado, enquanto ela se via de volta naquela noite fatídica. O cheiro de metal e gasolina pairava no ar, misturado com o som distante de sirenes que pareciam ecoar em sua mente. Os flashes da festa se dissipavam, dando lugar à visão aterrorizante do carro tombado, com os corpos de seu pai e Grace na frente.

Ela estava no banco de trás, o cinto de segurança a prendendo, enquanto Ezekiel estava ao seu lado, inconsciente. Luz lutava contra a onda de pânico que a invadia.

Luz: "Zeke!" __ela gritou, mas a voz soava abafada, como se estivesse falando sob a água. O carro estava de cabeça para baixo, e cada movimento era um desafio.

Com um esforço desesperado, Luz tentou soltar o cinto.

Luz: "Vamos, vamos!"__ ela murmurou para si mesma enquanto puxava a fivela várias vezes até que finalmente se desprendeu. Ela caiu no chão do veículo, sua cabeça doía intensamente, mas não havia tempo para isso. Com lágrimas escorrendo pelo rosto, Luz arrastou-se para fora do carro.

A visão era distorcida; tudo parecia girar ao seu redor. O som das sirenes se tornava mais forte, mas ainda assim distante. Ela se arrastou até Ezekiel e balançou seu ombro com força.

Luz: "Zeke! Acorda! Por favor!"

Nada.

Desesperada, Luz pegou seu celular do bolso e digitou rapidamente o número de emergência enquanto sua mão tremia.

Luz: "Por favor... me ajudem," __ ela sussurrou entre soluços.

Foi então que algo a fez parar: Pietro estava acordando um pouco à frente, com os olhos semicerrados e uma expressão de dor profunda.

Pietro: "Lucia, Eu... amo vocês," __ele disse com uma voz fraca e trêmula.

O coração de Luz despencou. As lágrimas começaram a escorregar por seu rosto enquanto ela olhava para seu pai sangrando.

Luz: "Não! Não! Papai!" __gritou ela, sua voz agora cheia de desespero.

Pietro: "Eu... amo vocês..." __Ele repetiu novamente antes de fechar os olhos para sempre.

Luz sentiu como se o chão tivesse desaparecido sob seus pés. O desespero tomou conta dela; as lágrimas não paravam de cair enquanto ela balançava a cabeça em negação.

Luz: "Papai! Não! Por favor!" __A dor era insuportável; um buraco negro se formou em seu peito.

Ela não conseguia pensar claramente; tudo o que queria era que tudo aquilo fosse um pesadelo do qual pudesse acordar. Mas a realidade era cruel e implacável.

A sirene agora soava mais perto; Luz não sabia se isso era um alívio ou uma nova onda de dor. Ela estava perdida em meio ao caos que cercava sua mente e coração. A imagem da noite fatídica permanecia gravada em sua memória como uma ferida aberta que nunca cicatrizaria completamente.

E assim ela chorava, agarrando-se ao último momento que teve com seu pai e à lembrança de Grace, tudo desmoronando ao seu redor enquanto a escuridão engolia suas esperanças e sonhos.

__

A escuridão do quarto de Luz era quase palpável, com sombras dançando nas paredes enquanto a luz da lua filtrava-se pelas cortinas.

De repente, ela acordou com um grito abafado, o coração disparado e o corpo coberto de suor frio. O pesadelo ainda estava vívido em sua mente: uma cena distorcida onde ela via seu pai e cunhada sendo levados por uma escuridão sem fim, chamando seu nome enquanto ela não conseguia alcançá-los. A sensação de impotência era insuportável.

Após alguns minutos tentando recuperar o fôlego, Luz se levantou lentamente, sentindo o frio da madeira gelada sob os pés descalços. O pijama preto envolvia seu corpo, mas não conseguia aquecer a dor que pulsava dentro dela. Com um movimento automático, calçou um chinelo Slide também preto que estava jogado no armário perto da porta.

A mente ainda confusa e atormentada pela lembrança do pesadelo, Luz decidiu que não poderia ficar mais ali. O ambiente opressivo da mansão Stark parecia sufocá-la ainda mais. Assim, sem pensar duas vezes, saiu de casa e adentrou as ruas escuras.

As ruas estavam desertas e silenciosas, exceto pelo som dos próprios passos da Stark ecoando na calçada. O vento frio fazia com que os pelos de sua pele se arrepiem, mas isso era o menor dos seus problemas. A sensação de estar viva era um fardo insuportável. Sua mente girava como um redemoinho de lembranças e arrependimentos.

——"Era para eu estar morta, não eles," __ela murmurou para si mesma, repetindo a frase como um mantra que não trazia alívio, apenas mais dor. As palavras soavam vazias no ar noturno, mas eram tudo o que ela tinha para expressar a angústia que sentia.

Enquanto caminhava pelas ruas escuras, cada sombra parecia sussurrar lembranças do passado: As conversas sobre moda com Grace e os conselhos carinhosos de Pietro. E agora tudo isso estava perdido. A ausência deles era uma ferida aberta que não parava de sangrar.

Com lágrimas escorrendo pelo rosto pálido, Luz continuou a andar sem destino. O frio não importava; nada importava além do peso esmagador da culpa e da dor pela perda irreparável. Ela se sentia como uma sombra vagando em busca de um lugar onde pudesse finalmente encontrar paz-um lugar onde pudesse deixar para trás a dor e a escuridão que agora dominavam sua vida.


Enquanto Luz caminhava, imersa em seus pensamentos sombrios, avistou Stefan Salvatore correndo em sua direção. Ele vestia um conjunto de moletom casual: calça e regata brancas, cobertas por uma jaqueta moleton preta que lhe conferia um ar despreocupado. Uma visão que normalmente não chamaria sua atenção, mas naquele momento, Luz sentiu uma onda de irritação.

Ela rapidamente limpou as lágrimas do rosto e ajeitou o cabelo, tentando recompor sua imagem. Não poderia deixar que ninguém a visse fragilizada, especialmente alguém como Stefan, que era apenas um coadjuvante na sua vida e ainda namorava a insuportável Elena Gilbert. Ao se aproximar, ele a cumprimentou com um sorriso tímido.

Stefan: "Oi, presidente," __disse ele, a voz carregada de uma inocente simpatia.

Luz forçou um sorriso que não chegava aos olhos.

——"Oi, Salvatore," __respondeu com uma entonação que deixava claro que estava longe de ser entusiástica. Ela não estava ali para abrir seu coração ou compartilhar suas fraquezas.

Stefan hesitou por um momento, como se percebesse que algo não estava certo.

Stefan: "Você está bem?" __Ele perguntou, mas Luz percebeu a preocupação genuína em seu olhar. A última coisa que ela queria era parecer vulnerável diante dele ou de qualquer outra pessoa.

——"Claro," __disse ela com desdém, cruzando os braços. ——"Por que não estaria?" __A arrogância em sua voz era evidente, e ela se esforçou para manter a postura altiva. --"Só... pensando em algumas coisas."

Stefan parecia confuso com a resposta dela, mas Luz não se importava. Para ela, mostrar fraqueza era inaceitável-especialmente para alguém como ele. Ela sempre se esforçava para passar a imagem de perfeição e controle.

Stefan: "Se precisar de algo..." __ele começou, mas a Stark o interrompeu.

——"Não preciso de nada," __cortou ela com firmeza. ——"Não sou como você e Elena." __A menção do casal fez seu estômago revirar; desde a infância, Elena sempre fora o oposto dela-doce e perfeita aos olhos de todos.

Stefan ficou em silêncio por um instante, parecendo pesar suas palavras antes de responder.

Stefan: "Só queria ajudar."

Luz revirou os olhos internamente; como se precisasse da ajuda dele!

——Agradeço pela preocupação," __disse ela com um tom frio.__ "Mas estou perfeitamente bem."

Com isso, Luz virou-se para ir embora, decidida a não permitir que ninguém visse o quanto estava lutando internamente. Enquanto caminhava pela noite escura, uma sensação de orgulho misturada com solidão a acompanhava.

Ela sabia que tinha um passado difícil e muitas cicatrizes escondidas sob a fachada de perfeição que exibia ao mundo-mas nunca permitiria que alguém visse isso.

De repente, uma pontada aguda atravessou sua cabeça, fazendo-a parar abruptamente. Ela gemeu de dor, sua mão voando para a testa, pressionando o local afetado. O mundo ao seu redor parecia girar, e ela lutou para manter o equilíbrio.

Stefan Salvatore, que estava se afastando após a conversa desconfortável, notou a mudança repentina na expressão de Luz. Ele correu até ela, preocupado.

Stefan: "Stark! Você está bem?" __A urgência em sua voz era palpável.

——"Não preciso da sua ajuda," __ela respondeu rapidamente, tentando esconder a fraqueza. ——"É só uma dor de cabeça. Eu sempre senti essas dores." __Apesar de suas palavras, a verdade era que ela estava se sentindo cada vez mais tonta.

Stefan não estava convencido. Ele percebeu que Luz estava tremendo levemente e imediatamente tirou sua jaqueta de moletom, colocando-a sobre os ombros dela.

Stefan: "Você está com frio," __ele disse suavemente, um gesto simples que fez Luz se sentir um pouco menos sozinha em meio ao seu orgulho.

——"Não é nada," __Luz insistiu, mas sua voz falhou enquanto ela tentava se manter ereta. ——"Merda... De novo não," __murmurou para si mesma, percebendo que não conseguiria suportar aquilo por muito mais tempo.

Com um movimento desajeitado, a morena cambaleou para o lado. Stefan imediatamente se aproximou e segurou seu ombro com firmeza.

Stefan: "Presidente Stark!" __Sua preocupação era evidente enquanto ele tentava estabilizá-la.

Mas antes que ela pudesse responder ou se recompor, tudo ficou escuro ao seu redor. A dor cresceu como uma onda avassaladora e, em um instante, Luz desmaiou nos braços de Stefan.

Ele a segurou antes que pudesse cair completamente ao chão, seu coração disparando com o medo do que havia acontecido.

Stefan: "Luz!" __Ele chamou novamente, mas não obteve resposta. A única coisa que ele podia fazer agora era mantê-la segura e esperar que ela voltasse a si.

Stefan chegou na mansão Salvatore, fechou a porta atrás de si enquanto mantinha Luz Stark inconsciente em seus braços. Ele andou até seu quarto deixando-a em sua cama, talvez o que ele fez naquela noite tenha contribuído para sua preocupação agora.

O vampiro olhou para a marca que deixou no pescoço da garota, e sentia-se culpado.

Naquele dia Stefan estava descontrolado, e consequentemente atacou e usou Luz para satisfazer sua fome. É claro que Stefan sabia que a Stark estava com raiva e frustrada por não ser Miss Mystic Falls duas vezes consecutivas, e isso era sua culpa.

Ou pior, ele poderia tê-la matado brutalmente naquele dia.

No outro dia...

O dia havia amanhecido, Lucia abriu os olhos lentamente e se assustou quando viu que estava em um quarto que, com certeza, não era o dela. Ela se levantou da cama e calçou seus chinelos, ela percebeu que vestia um moletom preto por cima de seu pijama e andou até entrar em uma grande sala.

Damon: "O que faz aqui?" __perguntou curioso, ele estava sentado no sofá enquanto bebia Bourbon.

——"Você? O que faz aqui?"

Damon: "Eu quem te pergunto, essa é a minha casa."

——"Sua casa?" __sua voz saiu confusa, mas então os flash do que aconteceu ontem veio em sua mente. Ela mordeu os lábios em frustração e vergonha.

Rapidamente ela correu até a porta, com seu rosto todo vermelho de vergonha até que ao abrir a porta deu de cara com Stefan Salvatore.

"ótimo, a pessoa que eu queria encontrar pela manhã." __Pensou Lucia em descrença.

Stefan: "Vejo que acordou." __sorrir simpático.

Damon: "Esse moletom é seu Stefan?" __perguntou com um sorriso malicioso.

——"Acho melhor eu ir embora." __passou pelo Salvatore apressando o passo.

Stefan: "Espera..." __a chamou.

——"Eu acho melhor você esquecer o que aconteceu na noite anterior." __A Stark diz séria. ——"Assim como não somos amigos, seu moleton eu devolvo depois."

Assim Lúcia apressou os passos indo embora a pé. Stefan até iria deixá-la em casa mas parece que a Stark não gostava da sua companhia, o que ele não entendia.

𝖫𝗎́𝖼𝗂𝖺 𝖲𝗍𝖺𝗋𝗄
×××

Voltando para casa, de manhã cedo vou em direção as escadas e me assusto ao escutar a voz de Ezekiel.

Ezekiel: "Onde você estava?" __perguntou sem enrolação.

Me virei encarando-o, o loiro estava deitado no sofá enquanto segurava uma bola de futebol americano.

——"Não te interessa." __voltei a subir.

Ezekiel: "Vai pro desfile?" __perguntou e concordei.

Subi as escadas chegando em meu quarto, tomei um banho demorado e depois entrei em meu closet escolhendo meu Look de hoje.

Estou vestindo calça skinny preta, uma blusa preta e jaqueta vermelha de couro, nos pés botas pretas com salto. Deixei meus cabelos soltos e fiz uma maquiagem básica, mas que consiga esconder as olheiras. Meus olhos estavam inchados então pego um de meus óculos pretos.

Ezekiel: "Pra quê tudo isso?" __me olhou de cima a baixo, julgando minha roupa.

——"Pra simbolizar minha derrota." __digo dramática andando até a porta.

Ezekiel: "Lúcia e seus dramas." __revirou os olhos pegando as chaves de sua moto e me seguindo.

Chegando na praça principal, o carros alegóricos já estava quase saindo. Ezekiel se distanciou de mim e Vejo Caroline no degrau um pouco acima ao lado de Matt, e ao seu lado Elena com seu par, Stefan Salvatore.

Damon: "Que pena que não pode participar." __o moreno  comentou aparecendo do meu lado.

——"Todos sabem que era para eu estar alí." __digo sem encará-lo. ——"Caroline é uma reserva."

Damon: "Deus me livre ter uma amiga como você." __diz debochado.

——"Não é só porque tomamos Bourbon uma vez e contei sobre meu pai, que nos tornamos melhores amigos." __cruzei os braços agora encarando-o.

Damon: "Gosta do Stefan?" __perguntou do nada.

——"Eu não tô entendendo sua pergunta." __perguntei desconfiada.

Damon: "Então isso significa um "sim?"

——"Eu quem te pergunto, porque está conversando comigo como fôssemos próximos, por acaso gosta de mim?" __perguntei recebendo uma risada do mesmo.

Damon: "Você tem belos olhos verdes, e curvas também." __disse me encarando de cima a baixo, com um olhar malicioso.__ "Mas me apaixonar por alguém é quase que impossível.

——"É recíproco." __me aproximei mais dele. ——"Você tem olhos azuis cativantes, confesso. Mas não o bastante para me apaixonar por você. Nem por você e nem pelo seu irmão. Acho que isso responde sua pergunta."

Damon: "Garota você tem um ego que me surpreende." __diz ao meu lado, após eu voltar o olhar o desfile.

Carol: Vamos dar uma salve de palmas para a banda Marcial da escola Mystic Falls. __A banda toca seus instrumentos e as pessoas aplaudem.__"E como parte das histórias local, alguns alunos do Sr. Saltzman recriaram a batalha de Willow Creek. __O carro alegórico passa, com alguns alunos incluindo Tyler e Jeremy.

Tyler piscou para mim, o que me fez revirar os olhos. Mas dou um aceno de cabeça para ele e o Gilbert.

Carol: "Senhoras e senhores, recebam a corte de nossa estonteante Miss Mystic Falls, e seus belos acompanhantes.

O carro passou, Caroline sorriu fazendo alguns acenos para todos ali, ela me encarou e abriu ainda mais o sorriso.

Querendo me provocar, só pode.

Carol: Essa é a Caroline Forbes, Miss Mystic Falls. Não é linda? __Sorrir pra mesma.__ "E vamos cantar com nosso time de futebol, Mystic Falls. Muito bem, vamos mostrar nosso apoio a eles, pessoal.

.


Depois do desfile, a noite já havia caído, e eu me encontrava no Mystic Grill, observando Ezekiel jogar sinuca com Tyler. A mesa ao lado estava ocupada por Caroline e Matt, e eu não podia deixar de notar que Caroline não parava de nos fitar, como se estivesse esperando um momento para se aproximar.

——"Será que você pode voltar a falar com Matthew?" __perguntei, desviando o olhar para o moreno concentrado à minha frente.

Tyler olhou para mim com uma expressão que misturava frustração e desânimo.

Tyler: "Acha que eu também não quero?" __ele disse, encaçapando uma bola com firmeza antes de voltar seu olhar para mim.

Senti um impulso de me aproximar da mesa onde Caroline e Matt estavam. Um sorriso provocador brotou em meus lábios enquanto caminhava até eles.

——"Vocês foram até que bem, mas claro que eu seria ainda melhor." __comentei, tentando soar despreocupada.

A Forbes arqueou uma sobrancelha, seu sorriso cínico transparecendo uma competição silenciosa.

Caroline : "Obrigada pelas palavras, amiga. Pena que você não pôde participar."

A relação entre nós sempre foi cheia de farpas afiadas. Conhecemo-nos desde a infância, e embora eu tivesse apenas uma amiga além de Grace, minha falecida cunhada, Caroline sempre foi a mais difícil de lidar.

Ela era uma das garotas mais estilosas e bonitas que eu já conheci. Mas, claro, nada se comparava à minha beleza!

Matt: "Então Lúcia, como está se sentindo?" __perguntou preocupado.

——"Em relação a quê exatamente? À ridícula marca em meu lindo pescoço ou ao fato de eu ter esquecido o que aconteceu naquele dia?"

Matt: "Acho que os dois."

——"Eu estou bem, como sempre estive." __forcei um sorriso, mas sentia uma sombra de insegurança em meu coração.

De repente, fomos interrompidos pelo prefeito Lockwood — meu querido ex-sogro. O clima instantaneamente mudou.

Richard: "O que você está fazendo aqui? Tyler, pedi que fosse para casa."

Tyler: "Decidi ficar mais um pouco." __ele respondeu firme, mas o prefeito puxou seu braço com força.

——"Sr. Richard, o que está acontecendo?" __perguntei ao me aproximar deles. A tensão no ar era palpável; eu sabia que Tyler não tinha uma boa relação com o pai.

Richard: "Tyler não se cansa de me desobedecer."

Tyler: "Me solta!" __ele puxou seu braço do aperto do mais velho.

——"Sr. Richard, não vai querer fazer um barraco aqui na frente de todos, vai?" __intervindo rapidamente entre eles para evitar um escândalo.

Caroline se aproximou cautelosamente.

Caroline: "Oi pessoal, está tudo bem? Prefeito?"

Richard: "Por favor Lúcia, leve Tyler pra casa agora. Ou melhor, leve seus amigos também." __seus olhos imploravam enquanto olhavam entre mim e Ezekiel.

O que estava acontecendo?

A inquietação crescia dentro de mim.

Ezekiel: "Tem algum problema Sr. Lockwood?"

Matt: "O que está acontecendo?" __perguntou preocupado.

Richard: "Não posso explicar agora, mas vocês precisam ir pra casa imediatamente." __a urgência em sua voz era inegável enquanto ele olhava fixamente para Tyler.

——"Vem Ty." __segurei seus ombros firmemente.

Tyler: "Tudo bem, vamos."

Richard entregou a chave do carro a Tyler com um olhar resignado.

Richard: "Aqui está a chave do meu carro. O carro está nos fundos; leve seus amigos também."

Tyler se virou e começou a caminhar em direção aos fundos do Grill com Caroline e Matt ao seu lado.

Ezekiel: "Eu vou pegar minha moto." __e seguiu em direção à porta sem hesitar.

Subi na moto dele e nos lançamos pela estrada escura em direção à mansão Lockwood. O vento frio cortava meu rosto enquanto Ezekiel acelerava. Mas logo percebi algo estranho; ele estava tenso ao minha frente.

Ezekiel: "Está escutando esse barulho?" __ele tentou focar no som enquanto eu fazia o mesmo.

De repente, uma dor aguda atravessou minha cabeça como uma faca afiada; gemi involuntariamente enquanto Ezekiel também reagiu ao desconforto crescente. Era como se nossos cérebros estivessem sendo bombardeados por um zumbido ensurdecedor.

——"Ezekiel! Para a moto agora!" __gritei desesperadamente na esperança de evitar uma tragédia iminente.

Mas foi tarde demais; a moto capotou violentamente, nos lançando para longe como bonecos de pano jogados ao vento.

O estrondo do acidente reverberou pela noite silenciosa enquanto sentia o impacto do chão frio contra meu corpo. Bati minha cabeça com força – não o suficiente para perder a consciência, mas forte o bastante para me deixar atordoada.

Ezekiel: "Lúcia! Levanta!" __sua voz cortante me trouxe de volta à realidade quando ele se aproximou cambaleando até mim; vi sangue escorrendo de sua cabeça.

——"Tá tudo bem?" __perguntei preocupada enquanto ele acenava afirmativamente com a cabeça embora seu olhar traísse dor e confusão.

Ezekiel: "E você?"

——"Estou... estou." __meus pés pareciam pesados enquanto tentávamos nos levantar juntos e seguir até o carro de Tyler que havia capotado nas proximidades das árvores escuras.

Matthew finalmente conseguiu sair do carro após lutar contra o cinto preso; ele parecia desorientado, mas consegui ajudá-lo a se manter em pé enquanto tentávamos avaliar os danos ao nosso redor.

Ezekiel abriu a porta traseira do carro e tirou Caroline que estava inconsciente — seu corpo inerte fez meu coração acelerar ainda mais.

Ezekiel: "Anda caralho, liga para a emergência!" __gritou em desespero.

Aquele olhar quando ele descobriu que Grace morreu...

Ele segurava nossa amiga nos braços enquanto Tyler pegava seu celular freneticamente ligando para emergência.

O desespero tomou conta de mim; tudo parecia tão surreal e aterrorizante ao mesmo tempo...

NO HOSPITAL, a atmosfera estava carregada de desespero. Entramos como se fôssemos sombras, a luz fluorescente do corredor ofuscando nossos rostos pálidos. Algumas enfermeiras, com suas expressões focadas e profissionais, pegaram Caroline rapidamente, levando-a para uma sala de emergência. Eu sentia minhas mãos suarem e meu coração martelar no peito como um tambor ensandecido.

——"Isso não vai acontecer de novo." __sussurrei para mim mesma, tentando me convencer de que íamos sair dessa.

Uma enfermeira ruiva se aproximou de mim, sua voz firme e tranquilizadora.

Enfermeira: "Vem, precisamos examinar você."__ Ela me puxou suavemente em direção a outra sala, mas a angústia me acompanhava como uma sombra.

Os exames foram rápidos; eu só tinha um pequeno corte na cabeça. Mas a sensação de alívio foi rapidamente substituída por um eco aterrador na minha mente:

"PAPAI! NÃO, POR FAVOR!" Os gritos ainda reverberavam em minha cabeça, um lembrete cruel do terror daquela noite que nunca me deixaria.

Caroline não merecia isso.

Eu não poderia presenciar outra pessoa morrer assim...

Caroline merece viver.

Quando finalmente saí da sala de curativos, o peso no meu peito parecia mais pesado do que antes. Fui até Tyler e Ezekiel, que estavam sentados em uma cadeira dura, suas expressões refletindo a ansiedade que nos consumia.

——"E a Care?" __perguntei, minha voz tremendo com aflita expectativa.

Tyler olhou para mim com olhos cheios de preocupação.

Tyler: "Ainda não sabemos."

——"E Matthew?" __a pergunta escapuliu dos meus lábios como um sussurro desesperado.

Ezekiel: "Ainda está fazendo o curativo. Ele só teve alguns arranhões."__ Ao ouvir isso, uma onda de alívio me atravessou, mas era frágil diante da tempestade emocional que se aproximava.

A Xerife Forbs se aproximou lentamente, seu olhar sério indicava que algo estava errado. Ela havia saído da sala onde Caroline estava sendo tratada.

Ela respirou fundo antes de falar:

Liz: "Caroline teve uma hemorragia interna e estão levando para a cirurgia."__ Sua voz tentava transmitir calma, mas eu podia sentir a tensão no ar. __"A Dra. Stark está fazendo o que pode."

Ezekiel: "Ela vai ficar bem. Minha mãe é a melhor cirurgiã do estado." __diz esperançoso.

A xerife então desviou o olhar para o Lockwood.

Liz: "Já ligou pra sua mãe?"
__perguntou e Tyler balançou a cabeça lentamente.

Tyler: "Não, eu já ia fazer isso."

A xerife Forbes hesitou por um momento antes de continuar:

Liz: "É sobre seu pai..."__ A pausa foi como um golpe no estômago.__ "O prefeito morreu."

As palavras caíram como uma bomba entre nós. Tyler ficou paralisado, os olhos arregalados em choque absoluto; ele parecia ter perdido toda a cor do rosto. Eu olhei para ele sem saber o que dizer ou fazer. A única coisa que consegui foi envolvê-lo em um abraço apertado, como se pudesse absorver sua dor e solidão.

Era como reviver o pesadelo da noite em que meu próprio pai havia partido; eu entendia profundamente o vazio devastador que Tyler estava enfrentando agora. O abraço foi tudo o que pude oferecer naquele momento sombrio; eu queria ser forte por ele, mesmo que estivesse tão quebrada por dentro quanto ele.

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—Capitulo intenso.

—Luz Stark só se ferra a coitada. Ela pode ser arrogante e insensível na maioria das vezes, mas ela se importa com Caroline.

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