ᴄᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ: 𝟏𝟖
P.v S/n Kugisaki.
Acordei com o meu despertador tocando ao lado da minha cama, me sentei e desliguei o mesmo que ecoava aquele som estridente em minha cabeça. Suspirei fundo e olhei para pequena pilha de saias escolares, nas quais eram as novas que havia ganhado à dois dias atrás, encima da cadeira da minha escrivaninha.
Dei um sorrisinho e me levantei um pouco animada, fui em direção ao banheiro e escovei os dentes, enquanto em minha cabeça, só se passava como seria a reação do senhor Hayato ao ver que agora estava com saias novas e nas normas da escola. Joguei uma água no rosto e, assim que sequei o mesmo com a pequena toalha ao lado do espelho do banheiro, sai de dentro do mesmo e já comecei a me despir para vestir o meu uniforme, jogando minhas vestes de dormir pelo quarto.
Peguei a parte de cima do meu uniforme, na qual já estava quase completa no cabide dentro do meu guarda-roupa, e logo comecei a vesti-lo com pressa. Até que, quando peguei uma das saias para vestir, parei e me olhei no espelho do meu quarto, passando apenas uma coisa em minha cabeça...uma semana?
P.v Keisuke Baji.
Eu estava no banheiro do meu quarto, em frente ao meu espelho, me olhando com desânimo enquanto escovava os dentes e só pensando que poderia ter enrolado mais um pouco na cama.
Até que, de repente, o meu celular, que estava encima da pia do meu banheiro, vibrou três vezes seguidas. Peguei o mesmo, me perguntando e xingando mentalmente quem seria a pessoa idiota que estaria me mandando mensagens plenas seis da manhã.
Desbloqueei o telefone e apenas apertei nas notificações que havia recebido, então, assim que abri o chat, quase engoli a pasta de dente de susto quando vi o sobrenome da garota.
Rapidamente lhe digitei uma resposta, deixando minha escova de dentes pendurada em minha boca enquanto olhava focado para o celular. Não demorou muito para que eu recebesse outra resposta de Kugisaki, na qual me arrancou um sorrisinho no rosto, mesmo estando com a boca cheia de pasta e ocupada por uma escova de dentes barata.
Retirei a escova de minha boca e cuspi toda a pasta, então, assim que voltei para o celular, apenas lhe de uma pequena resposta e desliguei a tela do meu telefone.
Enxaguei minha boca e a minha escova, coloquei a mesma em seu devido lugar e sai do banheiro, entrando em meu quarto e indo em direção ao meu guarda-roupa para pegar o meu uniforme. Garota ousada...
P.v S/n Kugisaki.
Entrei na escola e, com passos rápidos, eu andava em direção às escadas, na esperança mínima de que o diretor não me pegue logo pela manhã e encha a minha cabeça por conta das saias, nas quais estão lavadas e dobradas no mesmo lugar de hoje de manhã.
— Se ir mais de pressa, você cai._ Ouvi a voz de Keisuke ao meu lado, o que me arrancou um pequeno susto e desprevenido.
— Keisuke?_ Franzi o cenho assim que olhei para ele.
O moreno, diferente de todos os dias, desta vez estava literalmente parecendo um delinquente de escola. Seus cabelos, nos quais ele os mantém amarrados com um rabo de cavalo na escola, estavam soltos. No lugar de seus óculos, desta vez, o moreno usava suas lentes.
— Que bicho te mordeu para vir desse jeito?_ Ele riu enquanto colocava sua pasta escolar pendurada de um lado só de seus ombros.
— Decidi mudar um pouco hoje._ Ele começou a me acompanhar nas escadas.
— Quantas já deram encima de você?_ Perguntei enquanto olhava para os degraus.
— Sete._ Olhei para ele que olhou para mim.
— Oito, contando com você._ Olhou para frente.
— E quando eu dei encima de você hoje?!_ Ele riu pelo nariz.
— O seu olhar vale mais que mil cantadas._ Sorri.
— Essa é nova._ Comentei enquanto chegávamos no segundo andar.
(Quebra Tempo)
O sinal para o intervalo tocou, o que me fez apenas suspirar de alívio, por poder sair um pouco da sala, enquanto pegava o meu celular e me levantava. Saí da sala de aula, e fui em direção às escadas, nas quais estavam lotadas de alunos descendo e subindo nas mesmas.
Ao chegar no térreo, senti minha claustrofobia aliviar um pouco. Até que, de repente, antes mesmo que eu pudesse dar um passo direito no pátio perto das escadas, meu telefone vibrou uma veze. Desbloqueei o telefone e abaixei a aba de notificações, lendo as minhas últimas notificações, incluindo a que havia acabado de receber.
Dei um sorrisinho assim que li o nome de Keisuke, desliguei a tela do telefone e sai em direção à área de educação física. E em poucos minutos, enquando corria e tomava cuidado para nenhum supervisor me pegar indo para a área das quadras da escola, cheguei na quadra coberta da última vez. Fechei a porta da quadra e fui em direção da mesma arquibancada da última vez, na qual a porta que dava acesso à parte interna da mesma já estava entre-aberta.
— Keisuke?_ Abri direito a porta e, antes que eu pudesse ver o moreno, senti algo extremamente gelado e molhado.
— O que é isso?!_ Me afastei e me virei para o lado de uma vez, vendo Keisuke, que havia se "escondido" ao lado da porta, rindo enquanto segurava uma lata de energético.
— É só energético, quer?_ Perguntou enquanto se recuperava e fechava a porta, na qual eu havia acabado de passar.
— A onde você comprou?_ Perguntei assim que peguei a lata, na qual ele havia estendido em minha direção à pouquíssimos segundos atrás.
— No mercadinho perto da minha casa._ Cheirei dentro da lata.
— Relaxa gata, eu não batizei._ Olhei para ele ainda desconfiada.
— Como conseguiu manter gelado até agora?_ Perguntei enquanto levava a lata até minha boca.
— As cantineiras me adoram._ Me deu uma piscadela enquanto virava o meu rosto e tomava dois pequenos goles.
— É doce..._ Fiz uma careta assim afastei a lata de minha boca e entregava a mesma ao moreno.
— Era o único que tinha na loja._ Pegou a lata de volta.
— Então..._ Ele se virou e caminhou lentamente até a parede, na qual ficamos encostada na mesma na última vez que estive aqui.
— Por que veio usando uma de suas saias antigas?_ Ele se virou para mim e encostou na parede, com uma mão atrás das costas, enquanto a outra, na qual segurava a lata, levou a mesma até sua boca.
— Eu..._ Pensei em uma resposta.
— Para falar a verdade..._ Molhei os lábios e caminhei, em passos lentos, em direção à ele.
— Eu não queria ficar sozinha._ Ele abaixou sua lata de energético.
— Qual é o seu próximo horário?_ Perguntou.
— Biologia, por quê?_ Parei em sua frente.
— Quer cabular aula?_ Inclinou levemente sua cabeça para a direita, sem desviar os olhos dos meus.
— Eu não preciso de pontos na matéria daquela professora..._ Ele sorriu.
— Então, por que não?_ Ele apontou com a cabeça para mim ir para o lado dele.
— O diretor te encheu o saco hoje?_ Ele, com a sua mão que estava em suas costas, pegou o seu cigarro eletrônico do bolso de sua calça.
— Graças à Deus ele não me viu hoje de manhã._ Suspirei.
— Mas com certeza ele vai me achar antes de ir embora._ Olhei para o moreno ao meu lado que soltava aquela fumaça com cheiro doce.
— Eu tive o azar de dar de cara com ele quando cheguei._ Bufou o resto da fumaça enquanto olhava para o chão.
— Velho idiota..._ Murmurou, o que me arrancou uma risada e um pensamento vago concordando com sua frase.
— E aí? Quantas garotas já deram encima de você só com esse "novo vizual"_ Fiz aspas com as mãos.
— Eu perdi a conta gatinha._ Se virou para mim.
— São muitas nos meus pés._ Me deu uma piscadela.
— Coitadas, são cegas._ Ele fez uma expressão irônica de choque e ofendido.
— Como pode? Eu sou tão carinhoso com você._ Revirei os olhos.
— Nem parece que no começo você só me respondia com três palavras no máximo._ Ele riu.
— Eu ainda achava que você era uma stalker._ Olhei para ele franzindo o cenho.
— Mas você não pensou nisso só quando descobriu que eu seguia os seus amigos?_ Ele olhou para frente enquanto puxava mais uma vez a fumaça do seu cigarro eletrônico.
— Sempre desconfiei, meninas bonitas como você dando mole 'pra mim tão fácil é duvidoso._ Falou logo após soltar a fumaça.
— E desde quando eu dou mole 'pra você?_ Ele olhou para mim.
— Você conversar comigo já foi estranho, "dar mole" é só uma expressão gatinha._ Tomou um gole de seu energético.
— Vocês garotos são estranhos._ Ele riu.
— E vocês garotas também são estranhas._ Ofereceu o seu energético para mim novamente.
Aceitei sua bebida, pegando a lata suada de sua mão e logo a levei até os meus lábios, sentindo aquele gosto doce atingir e preencher minha boca. Tomando mais dois goles, desci a lata e olhei para frente, percebendo o silêncio que acabou se estabelecendo entre nós dois.
— Então..._ Quebrei o silêncio.
— O que vamos fazer enquanto cabulamos aula?_ Olhei para ele.
— O que quer fazer?_ Deu mais uma tragada em seu cigarro eletrônico.
— Sei lá..._ Fiz um biquinho enquanto entregava a lata para o moreno.
— Quer brincar?_ Arregalei os olhos, olhando torto para o garoto.
— É de "eu nunca", garota poluída._ Suspirei mais aliviada enquanto dava de ombros.
— Ah...pode ser._ Olhei para frente.
— Senta aí._ Ele chamou a minha atenção quando se sentou no chão ao meu lado.
— Minha saia é curta._ Ele colocou a sua lata ao seu lado.
— Idai? Só 'tá eu aqui com você, ninguém vai ver sua calcinha._ Tirei a parte de cima do meu uniforme, fazendo com que eu usasse apenas a parte interna dele, na qual era uma blusa de mangas cumpridas branca e a gravata.
Jogando aquela parte do meu uniforme no chão, me sentei encima dele da forma mais comportada possível. Com as minhas pernas esticadas e cruzadas, suspirei enquanto encostava minha cabeça na parede atrás de mim.
— Então..._ Ele bufou.
— Você ou eu que começa?_ Perguntou.
— Você quem teve a ideia da brincadeira, vai você._ Olhei para ele.
— Tabom..._ Olhou para mim, enquanto também tinha sua cabeça encostada na parede.
— Eu nunca... estive um poliamor._ Neguei com a cabeça já pensando em uma pergunta.
— Não..._ Fiz um biquinho pensativo.
— 'Tá, eu nunca beijei alguém do mesmo sexo._ Ele riu.
— Nunca._ Ele esticou as pernas enquanto suspirava.
— Eu nunca..._ Ele pensou e, em seguida, seu um risinho.
— Eu nunca mandei nudes._ Sorri negando com a cabeça.
— Eu nem sei tirar fotos assim._ Ele riu com o nariz.
— Eu nunca fui pega na hora H._ Ele riu.
— Ano passado. Eu 'tava na casa de uma garota que disse que os pais iriam voltar só no outro dia, mas acabou que eles voltaram 'pra casa para buscar algo e eu tive que pular a janela do quarto dela._ Riu levando o seu cigarro para a boca.
— Eu quase quebrei o meu pé._ Olhou para mim enquanto puxava a fumaça para a sua boca.
— Sua vez..._ Ele assoprou aquela fumaça doce no meu rosto.
— Eu nunca transei com os meus pais em casa._ Ele olhou rápido para mim de cima à baixo.
— Nunca. Em primeiro lugar, eu nunca nem transei._ Ele soltou uma risada alta e sincera.
— Brinca não gatinha._ Ele levantou os seus joelhos e apoiou seu braço direito encima dos mesmos.
— É sério, eu nunca fiz isso._ Ele olhou para mim.
— Sério?_ Concordei.
— Sério, sério mesmo?_ Ele tentava conter o sorriso.
— É sério. Se eu beijei alguém, foram duas ou três vezes, tudo ainda no ano passado._ Ele parecia chocado.
— Ok, só com essas informações acabei de descartar noventa porcento das minhas perguntas._ Ri.
— Sério mesmo?!_ Concordei com a cabeça.
— Eu não sou "comivel" como as garotas dessa escola._ Brinquei fazendo aspas com as mãos.
— Vai por mim gata, você é sim._ Ergui a sobrancelha.
— Eu 'tô surpreso que você nunca fodeu._ Riu.
— Um mulherão desse, porra, se alguém já te rejeitou, eu digo e afirmo que é gay._ Ri com sua resposta.
— Tem garotas melhores._ Ele olhou para mim sério.
— Cala a boca, eu te falei ontem, você é gostosa._ Neguei com a cabeça enquanto virava o meu rosto para frente.
— Você fala isso porque é meu amigo._ Vi por canto de olho mais fumaça sair de sua boca.
— Posso ser sincero?_ Olhei para ele de novo.
— Tem esse negócio de amizade não, se eu digo que você é gostosa, é porque você é gostosa._ Deu ênfase no "é".
— Só aos seus olhos então._ Ri e, em seguida, suspirei fundo.
— Agora é minha vez..._ Mudei de assunto.
— Eu nunca usei drogas._ Olhei para ele.
— Já usei algumas vezes, maconha e outras que não me faz dormir._ Fez bico.
— Maconha?_ Ele concordou.
— Foi só uma vez._ Fez bico.
— Não foi ruim, mas eu fiquei chapado 'pra caralho e eu mal consigo me lembrar o que eu 'tava pensando._ Riu.
— Meus amigos falaram que eu 'tava achando que estava em Marte e não sabia voltar 'pra terra..._ Negou com a cabeça enquanto sorria.
— Por quê?!_ Perguntei sorrindo.
— Sei lá, eu tava em outro universo naquela hora._ Olhou para cima.
— 'Tá afim de fazer outra coisa?_ Suspirei.
— Qualquer coisa._ Olhei para cima também, vendo a parte de fora da arquibancada, na qual dava para o teto da quadra coberta.
— Ok...que nota você me dá?_ Olhei para ele.
— Nota?_ Ele olhou para mim.
— É. Aparência, estilo..._ Levantei as sobrancelhas assim que entendi.
— Certo...Rosto, eu dou um dez._ Ele concordou.
— Corpo...nove._ Ele fez cara estranha,.
— Voz, eu dou um dez..._ Pensei.
— Estilo, eu dou também um dez e..._ Pensei mais um pouco.
— Romântico, eu dou um sete._ Ele fez cara de ofendido.
— Corpo nove? Romântico sete?!_ Ri.
— Por quê?_ Molhei os meus lábios.
— Você é bonito de mais, precisa de uma nota "negativa" para que eu possa me sentir melhor._ Ele revirou os olhos.
— Mas e o romântico?_ Molhei os lábios.
— Você é pegador, quando teve um relacionamento sério?_ Ele abriu a boca para argumentar.
— É. Mas para você, eu me esforço._ Cerrei os olhos.
— Dando encima de mim de novo?_ Perguntei brincando.
— Sempre._ Piscou para mim.
— Agora sou eu._ Molhou os lábios.
— Isso é fácil. Aparência dez, estilo nove, cabelo dez, corpo mil..._ Sorri sentindo minhas bochechas esquentarem.
— Porra, vai se foder, você é linda._ Estalou a língua.
— Para de ser puxa saco._ Escutamos o som do sino, indicando que o intervalo havia acabado.
— Qual é o seu próximo horário depois o de agora?_ Levou o seu cigarro eletrônico até a sua boca.
— Matemática..._ Ele soltou aquela fumaça na minha cara mais uma vez.
— Por quê?_ Abanei a fumaça.
— O meu é sociologia._ Bufou.
— Odeio a minha professora, não vou na aula dela não._ Molhou os lábios.
— Vai repetir de ano se ficar cabulando aula._ Ele riu.
— Bom que eu posso cair na sua sala ano que vem._ Piscou para mim.
— Nem ferrando que eu vou deixar você repetir de novo._ Ele sorriu.
— Minha mãe me bateria._ Olhou para frente.
— Eu também._ Lhe deu um leve empurrão.
— Você é fraquinha, igual no videogame._ Cerrei os olhos.
— Quer uma revanche então seu merda?_ Ele olhou para mim provocativo.
— Porque da última vez, quem ganhou foi eu._ Ele continuava sorrindo.
— Eu deixei._ Lhe empurrei de novo.
— Mentiroso._ Fechei o punho e lhe dei um soco no ombro.
— Ai sua louca!_ Esfregou o ombro enquanto me olhava.
— Depois da escola, vai 'tá ocupada?_ Cruzei os braços.
— Não, vou para casa sozinha, minha mãe 'tá no trabalho hoje._ Ele me olhou de cima à baixo.
— Então você vai 'pra minha casa e vamo resolver essa revanche._ Ergui uma sobrancelha.
— Fechado, mas não vai vir chorar depois._ Ele riu.
— Quem vai chorar aqui é você, gatinha._ Sua voz saiu com mais ameaça.
— Assim veremos._ Ele riu.
— Veremos._ Reforçou minha ideia.
Oioi:)
Capitulo meio grandinho, porém meio merda🙂
Bem, ainda estou DOENTE. Pensei que tava melhor, porém do nada piorei de novo e fiquei de cama o dia todo. Q xerek, odeio ter munidade baixa.
Bem, foi isso por hj, perdão pelos erros ortográficos e até a próxima:)
Tchauzinho<3
P.s: Q FOGO NA BCT, QUERO ESCREVER LOGO O HOT!!!!!
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