ᴄᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ: 𝟏𝟔

P.v S/n Kugisaki.

  Abri a porta de casa animada, havia acabado de ouvir uma buzina de moto em frente à minha casa, então assim que olhei para fora, vi Keisuke encima de sua moto segurando o seu capacete.

— Demorei muito?_ Keisuke perguntou enquanto eu descia os três pequenos degraus da porta da minha casa.

— Não, não._ Ouvi passos atrás de mim, e quando estava já na calçada de casa perto do mais velho, olhei para trás e vi minha mãe se encostando na batente da porta enquanto me olhava.

— Não vai chegar muito tarde._ Minha mãe falou para mim, que já estava ao lado do mais velho.

— Trago ela antes das nove da noite._ Keisuke disse para a minha mãe.

— Obrigada!_ Falou um pouco alto por conta da distância, enquanto eu pegava o capacete que Keisuke me entregava.

  Acenei para minha mãe, antes de subir na moto do garoto, enquanto olhava para ela já com o capacete em minha cabeça.

— Precisa de ajuda 'pra subir?_ Perguntou o mais velho.

— Acho que não..._ Fiz a mesma coisa da última vez que subi na mesma moto.

— Hum, então 'tá bom._ Ele deu de ombros enquanto eu levava minhas mãos até a sua cintura, segurando-o superficialmente.

  Acenei mais uma vez para a minha mãe, na qual acenou de volta, e olho em seguida Keisuke deu a volta com a moto e desceu da calçada em que havia parado para mim subir.

— Se eu fosse você, eu me segurava._ Keisuke falou andando devagar até a esquina mais próxima de minha casa.

— Eu estou me segurando muito bem, ok?_ Ouvi uma risada vinda do moreno.

  Antes que eu pudesse pensar direito sobre seu aviso, de repente, Keisuke arrancou com a moto e ameaçou à empinar a mesma, o que me fez abraçar sua cintura na hora e encostasse minha cabeça em suas costas. Ouvi a risada alta do moreno que começava à acelerar a moto, o que me fez sentir uma pontada de raiva e lhe dei um pequeno soco no abdômen.

— Opa, opa, não acerta o meu pau, se eu cair, você cai._ Revirei os olhos, mesmo sabendo que ele estava certo.

(Quebra Tempo)


 

  Tirei o capacete assim que desci de sua moto, naquele estacionamento cheio de carro, olhei para o moreno com um sorrisinho no rosto.

— Por que tanto ânimo?_ Perguntou com a sobrancelha erguida e com um sorrisinho no rosto, enquanto pegava o próprio capacete que estava em minhas mãos.

— Porque segunda, graças à você, não terei que ir mais na detenção._ Falei animada enquanto começávamos à andar.

— Só estou cumprindo minha parte do acordo._ Ele comentou enquanto sabíamos a rampa do estacionamento.

— Pelo menos aquele velho filho da mãe vai parar de me encher o saco por conta das saias._ Me referi ao diretor.

— Infelizmente eu ainda tenho que enfrentar aquele supervisor na detenção, por mais uma semana e sozinho._ Ele riu enquanto me olhava.

— Pensei que tivesse prolongado a sua detenção._ Paramos em frente a porta de entrada, do estacionamento para dentro do shopping.

— Desde o dia que você entrou para a detenção, eu já estava cumprindo o prolongamento._ Me lançou uma piscadela, enquanto abria a porta que dava acesso para dentro do shopping e me dava passagem.

  Passando pela porta, logo nós dois fomos em direção às escadas rolantes do shopping, no qual tínhamos que acessar para irmos até a papelaria que vendia nossos uniformes.

— Vai precisar de mais alguma coisa da papelaria?_ Perguntou o mais velho, enquanto eu subia em um dos degraus em sua frente.

— Quanto de dinheiro você trouxe?_ Olhei para ele dando um sorrisinho, enquanto via-o subir no degrau logo atrás de mim.

— Quer me esturquir?_ Soltei uma risadinha.

— Quem sabe._ Ele negou com a cabeça enquanto levava sua mão até o corrimão da escada que nos levava até o segundo andar.

— Hoje eu 'tô bonzinho, pode escolher qualquer coisa de lá._ Pisquei freneticamente para ele enquanto enlarguecia o meu sorriso.

— Sério mesmo?_ Perguntei brincando enquanto fazia uma voz fofa.

— Aí, credo, você 'tá me assustando, para com isso._ Me deu um leve empurrão enquanto me julgava com o olhar.

— Vou arrancar atéo seu último centavo então._ Brinquei enquanto lhe dei um leve empurrado de volta, tomando cuidado para não derruba-lo das escadas.

— Isso foi uma ameaça?._ Chegamos no segundo andar.

— Quem sabe._ Falei enquanto começávamos à andar em direção à papelaria.

— Devo meu preocupar?._ Ri com a tonalidade em que Keisuke falou.

— Digamos que sim._ Falei com ironia.

— Não abuse deste pobre garoto lindo que está ao seu dispor em cumprir a parte do acordo._ Falou enquanto entrávamos na papelaria do shopping.

— Irei pensar no seu caso, vou ver se eu estou boazinha com tanta liberdade em uma papelaria no shopping._ Falei olhando brevemente para o de cabelos longos, enquanto lhe dava um sorrisinho, que apenas me olhava enquanto erguia a sobrancelha.

  Dando alguns passos para dentro da loja, logo veio uma atendente com o uniforme do local, com um sorrisinho gentil nos seus lábios de coloração vermelha, com suas mãos para trás das costas.

— Com o que posso ajudar vocês?_ A mulher perguntou gentilmente.

— Saias escolares para ela._ Keisuke apontou para mim.

— Claro, me sigam._ Ela se virou e começou a andar, o que fez com que Keisuke e eu começássemos à segui-la.
— De que colégio?_ Perguntou assim que dobramos um corredor que deu acesso à vários uniformes escolares de diversas escolas da região.

(Pequeno Quebra Tempo)

  Keisuke e eu saímos de dentro da loja com duas sacolas, uma com quatros saias escolares para mim e a outra com materias escolares que eu e ele escolhemos.

— Espera, então o que depois que ele te disse isso?_ Perguntou o maior enquanto andávamos pelo corredor do shopping, passando por uma vitrine de uma loja de roupas, se referindo ao meu acontecimento da minha última aula de geografia com o professor substituto narcisista.

— Nada, se eu falasse alguma coisa ele me mandaria 'pra sala do velho e eu estaria mais encrencado do que já estou._ Bufei.

— Você é besta, se tivesse sido eu, ou eu teria batido boca com ele, ou eu teria dado um murro na cara dele._ Ri com o seu comentário.
— S/n, já que estamos aqui no shopping, se importa da gente vir nessa loja?_ Ele acabou parando, o que me fez para e olhar para ele que apontava para a loja de roupas ao nosso lado.

— Vamos, o que quer comprar?_ Perguntei enquanto entrávamos na grande loja, na qual estava consideravelmente cheia, que tinha clientes escolhendo peças de roupas e conversando com alguns atendentes.

— Quero ver se chegou uma blusa que queria._ Olhou para mim e me entregou a sacola com os materias escolares.
— Segura aqui rapidinho, eu já volto._ Concordei e logo em seguida, o moreno deu as costas e foi em direção ao balcão e que havia três balconistas.

  Desviei o meu olhar do mais velho e olhei para alguns manequis ao meu lado, passando os olhos pelos manequins masculinos, enquanto dava passos devagares, olhei para o outro lado que tinha roupas femininas junto com manequis femininas e bem vestidas.

  Mordi minha bochecha enquando olhava algumas peças pelas araras-de-roupas da loja. Blusinhas, cropped's e camisetas, tudo de cores coloridas e nada de cores neutras como preto, branco ou bege. Suspirei e fui para a outra arara-de-roupas, agora eram calças, shorts, saias e peças semelhantes.

  Passando cabide por cabide, parei em uma saia xadrez amarela, uma parecida com.a que estava na minha sacola de compras online em um dos meus aplicativos de celular. Assim que peguei na etiqueta para olhar a numeração e o preço da mesma, senti uma mão em minha cintura atrás de mim.

— Gostou dessa?_ Tomei um pequeno susto com a voz de Keisuke perto do meu ouvido.

— Não chegue de surpresa assim!_ Ele soltou uma risada nasal.

— Gostou ou não?_ Se referiu à saia.

— Eu não sei o preço._ Falei voltando à analisar a mesma.

— Não estou perguntando o preço, linda_ Ele cobriu a etiqueta e pegou a saia da minha mão.
— Eu estou perguntando se gostou._ Olhei para ele que tinha um sorrisinho de canto.

— Eu nem sei se ela me serve._ Ele olhou para a saia, depois para mim e, em seguida, afastou-se um pouco de mim e colocou a saia em frente ao meu corpo.

— Serve, é sua._ Arregalei os olhos.

— Keisuke, isso não é a mesma coisa do que experimentar._ Falei tentando pegar o cabide de sua mão, porém ele se afastou erguendo a peça para o alto enquanto ria.

— Não precisa experimentar, eu sei que te serve e já é sua._ Falou enquanto começava a andar e eu o acompanhava, enquanto tentava pegar aquele cabide de suas mãos, nas quais as tentativas foram totalmente falhas.

  Quando menos percebi, estávamos em frente ao balcão e Baji apenas colocou aquela saia encima do mesmo, no qual já tinha uma blusa masculina separada ali encima.

— A blusa e essa saia, tire o preço pra essa gatinha raivosa não ver e arrancar o meu coro depois._ Deu uma piscadela para o balconista, que separava uma sacola de papel da loja, que apenas olhava sem reação alguma para Keisuke.

— Como vai ser a forma de pagamento?_ Ele parecia não ter ligado muito.

— Cartão de crédito._ Senti uma pontada no coração, já sabendo que aquela peça de roupa era cara.

— Certo..._ Ele arrancava o adesivo do preço daquela etiqueta, da saia que nem sabia se era para o meu tamanho.

  Olhei furiosa para Keisuke ao meu lado, ele me olhou de volta de me deu uma piscadela. Revirei os olhos e olhei para o balconista, que apenas guardava as compras dentro da sacola que havia separado antes.

  Não demorou muito para ele pegar a máquina moderna de passar cartão e digitar o valor, então assim que me aproximei para olhar os números que aquela máquina mostrava, senti e vi uma grande mãos cobrir os meus olhos e afastar o meu rosto.

— Sua namorada não gosta que você pague sozinho?_ Ouvi a voz do balconita. Namorada?

  Minhas bochechas ficaram levemente quentes. Somos amigos, claro, quem nunca confundiu amigos com um casal de namorados? Afinal de contas, ele não nos conhece, não sabe nossos nomes e nem nossas idades, apenas nos viu na loja que trabalha e deduziu algo tão...tão...

— Ela é meio esquentadinha._ Minhas bochechas ferviam. Por que ele não negou?

— Quem me dera a minha fosse igual a sua, ela nunca tem dinheiro pra me ajudar nem no sushi._ Os dois riram.

  Porra, por que ele não negou?!

  Ouvi o som de aprovação vindo da máquina, o que fez Keisuke tirar sua mão do meu rosto e me fazer correr para tentar olhar novamente a maquininha.

— Sua via?_ O balconista perguntou.

~ Sim/Não._ Keisuke e eu falamos juntos.

— Ok...sem a via._ Suspirei pesadamente.
— Tenham uma boa noite e voltem sempre._ O garoto pegou a sacola e estendeu para nós, que logo foi pega por Keisuke que passou seu braço por trás do meu pescoço.

— Valeu._ Olhei para ele que apenas começou a me guiar para fora da loja.
— Nem adianta me olhar assim, você não precisa saber o preço._ Olhei para frente.

— Por que não negou?_ Perguntei.

— Neguei o que?_ Andávamos em direção às escadas rolantes.

— Ele achou que eu era a sua namorada._ Ele riu.

— Ele achou mesmo._ Olhou para mim.
— O que iria mudar se eu tivesse dito que você era só a minha amiga? Claro, além de ter constrangido ele?_ Olhamos para frente para pisar nos degrau da escada rolante.

— Eh..._ Concordei com a cabeça.

— Ele nunca mais vai ver nós dois, então relaxa um pouco gata._ Ele riu.
— Quer algo da praça de alimentação?_ Olhei para ele.

— Quanto de dinheiro aquele seu amigo tava te devendo?!_ Ele riu.

— O suficiente para interar com o que eu já tinha para te bancar._ Ri.
— Vai querer?_ Molhei os lábios e olhei para ele.

— Já que estamos aqui..._ Pisquei de novo freneticamente para ele enquanto ele me olhava.

— Credo._ Soltei uma pequena risada.




Oioi:)

Oq acharam desse capítulo?

Perdão pela demora, além da gripe que ainda não passou, minha menstruação desceu HOJE e agora 80% dos meus problemas estão explicados: a sensação de solidão, de estar me sentindo pra baixo e sozinha era tudo apenas TPM...

Bem, foi isso por hoje, vou ignorar o fato que posso sim ter depressão e não poder ir em um profissional é seguir com a vida👍

Perdão pela demora, vou tentar postar com mais frequência!!

Tchauzinho<3

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