ᴄᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ: 𝟎𝟐

P.v   S/n Kugisaki.

  Entrei em casa e destranquei a porta com a chave que fica de baixo do tapete, assim que eu entrei dentro de casa, apenas soltei minha bolsa no chão enquanto suspirava cansada. Me direcionei preguiçosamente até o sofá e, acabei simplesmente me jogando no mesmo, com o rosto contra a almofada. Choraminguei brevemente ao me lembrar da forma em que todos me olharam quando fui chamada imediatamente para a sala do diretor, sem contar que, apartir de hoje, eu teria que ficar mais meia hora na escola após a aula.

Querida, você já chegou?_ Escutei a voz de minha mãe vinda da cozinha, o que causou um pouco de eco pela distância.

— Uhum!_ Murmurei alto contra o travesseiro, na esperança que talvez ela tenha ouvido minha resposta.

— Como foi na aula, filha?_ Agora a voz da mulher estava próxima, o que me fez presumir, antes d levantar minha cabeça, que a mulher estava na porta da sala me observando.

— poderia ter sido melhor, se eu não tivesse pego detenção._ Falei levantando minha cabeça por um breve momento e, em seguida, eu a deitei de novo na almofada com o rosto virado para a sala.

  A mulher suspirou e se sentou no sofá em frente no que eu estava, levei meu olhar até a mulher, em seguida, fechei os meus olhos por um breve momento enquanto me sentava no sofá.

— Logo vamos comprar suas saias e você não vai mais precisar de ir para a detenção._ Ela falou me olhando.

— Por que aquele maldito diretor tem que ser assim?_ Fiz uma careta me lembrando do rosto daquele velho.

— Querida!_ Me repreendeu a mais velha.

— O que? Eu não disse nada de mais._ Ela negou com a cabeça enquanto pegava o seu celular.

[Quebra Tempo]

  Havia se passando dois dias em que eu estava de detenção, me sentia uma delinquente saindo da última aula, enquanto todos iam para suas casas eu ia direto para a sala reservada para detenções.

  Abri a porta e, como de se esperar, o nosso supervisor estava dormindo de qualquer jeito em sua cadeira. Entrei na sala e fechei a porta atrás de mim, logo fui para o mesmo lugar de sempre e me sentei ali. Baji não estava na sala, o que acabou me deixando um pouco desconfiada, já que o moreno sempre estava chegando praticamente junto comigo ou se já não estava aqui.

  Dei de ombros e peguei meu carregador portátil e o conectei em meu celular, comecei a mexer em qualquer rede social minha apenas para passar o tempo, usando o meu próprio wi-fi. Minutos e minutos se passavam, eu já havia desistido de mexer em meu celular e comecei a rabiscar qualquer fundo de caderno que peguei da minha bolsas.

  Já havia se passando exatos vinte minutos, faltando apenas dez para a detenção acabar e eu finalmente ir embora. Porém, uma coisa estava me intrigando, Keisuke ainda não havia aparecido por aqui. Talvez ele tenha pulado a detenção de hoje e, talvez cumpra mais uma semana por conta disso. Ou talvez ele havia cumprido a sua detenção.

  De repente, a porta daquela sala foi aberta cautelosamente, revelando um moreno de cabelos soltos, grava frouxa e o blazer de seu uniforme um tanto quando amarrotado. Ele olhou para mim e fez sinal de silêncio enquanto fechava com cuidado aquela porta, olhei para sua mão livre, na qual estava apoiando sua bolsa escolar e pude ver um óculos fundo de garrafa…espera aí…

  O garoto, andando de pressa e com cuidado, se sentou ao meu lado e colocou sua pasta no chão daquela sala fazendo o mínimo de som possível. Fuzilei o garoto ao meu lado com dúvida, ele apenas me olhou com um sorrisinho pequeno no rosto enquanto mostrava suas presas um tanto quanto grandes e afiadas.

— E aí?_ Falou em um tom um tanto quanto baixo, porém o suficiente para que eu reconhece sua voz e afirmar minhas dúvidas que sim, aquele de fato era o Keisuke Baji que tem, ou melhor, parecia que tinha cara de nerdola.

— E aí?_ Apenas repeti o que ele havia dito.

— 'Tá fazendo o que?_ Bisbilhotou a folha rabiscada do meu caderno.

— Só…matando o tempo._ Ele concordou com a cabeça.

— Saquei…_ Falou ainda com um sorrisinho em seu rosto. Ele, em minha opinião, estava animado de mais para uma simples quinta-feira.

— 'Tá tudo bem?_ Perguntei erguendo a sombrancelha direita.

— Claro, claro._ Seu sorrisinho aumentou por um breve momento.
— É que…_ Se virou para mim.
— Não conta 'pra ninguém, mas eu fiquei com a garota que eu 'tava enrolando a semanas._ Agora estava tudo estabelecido, meu semblante relaxou e eu fiz uma expressão de compreensão.

— Entendi…_ Concordei voltando a olhar para o meu caderno.
— E…foi bom?_ Voltei a rabiscar o meu caderno.

— Ela só geme igual uma puta barata, mas acho que foi até bom._ Riu brevemente.

— Ok, isso eu não precisava saber._ Soltei uma risada genuína.

  Por canto de olho, pude ver o garoto colocar os seus pés encima da mesa e começar a balançar sua cadeira para frente e para trás, enquanto mexia em seu celular. Ele definitivamente passa uma vibe totalmente diferente de como eu pensei que ele era, desde que os meus olhos bateu nele pela primeira vez.

  Após mais alguns minutinhos ainda desenhando qualquer coisa em meu caderno, pude ouvir o garoto ao meu lado bufar. Olhei brevemente para ele, que estava com o corpo jogando na sua cadeira enquanto olhava para o teto forrado daquela sala.

— Eu quero ir 'pra casa._ Disse o garoto sem tirar os olhos do teto.

— Faltam…_ Olhei no meu relógio digital em meu pulso.
— Menos de…_ Antes que eu terminasse, o despertador que estava encima da mesa do supervisor dorminhoco tocou, fazendo com que o mais velho a frente do objeto quase caisse de sua cadeira pelo susto.
— Cinco minutos…_ Murmurei terminando minha frase.

  O garoto ao meu lado abaixou sua cadeira e pegou sua pasta escolar do chão, ele me olhou e deu um breve sorrisinho com os lábios reprimidos.

— A gente se vê amanhã._ Dito isso, ele saiu da sala enquanto o supervisor o olhava torto.

— Arrume essa grava!_ Falou o homem que foi totalmente ignorado pelo moreno que já havia passado pela porta.
— Delinquente meia boca…_ Arrumou o seu suéter sem mangas, no qual era parte de seu uniforme como supervisor, já que a logo da escola e o seu nome estavam tricotados no mesmo.
— O que foi?_ Perguntou o velho que levou o seu olhar até mim.

(Breve Quebra Tempo)

— Cheguei!_ Falei alto com a voz arrastada assim que entrei em casa e fechei a porta. Vendo que minha mãe não havia me respondido, deixei minha mochila sobre o sofá e fui até a cozinha enquanto abaixava um pouco minha saia escolar.

  Vendo um pequeno bilhete pregado na geladeira, fui em direção ao mesmo enquanto Joni, meu cachorro de quase seis anos, pulava em meus pés comemorando minha chegada em casa.

  Fiz um pequeno e breve biquinho após ler o bilhete de minha mãe e olhei para as vasilhas de água e comida de Joni, vendo que sua ração estava pela metade. Desviei o meu olhar para os objetos em seus recipientes de aço, nos quais deixavam as vasilhas suspendidas, para o cachorro em meus pés balançando o seu rabinho sem parar de felicidade.

— Hei Joni! Cadê o meu menino?_ Abaixei brevemente para acariciar os seus pelos, enquanto ele apoiava suas patas dianteiras em minhas pernas na tentativa falha de lamber o meu rosto.


Oioi:)

Oq acharam do segundo capítulo?

Foi mal aí a demora, para quem não me segue e tals, estou com uma história mais ativa no perfil do Chifuyu;)

Perdão pelos erros ortográficos e até a próxima!

Tchauzinho<3

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