Capítulo VI

   Ainda no cubículo de mental, ouviam barulhos cada vez mais próximos. Eles se olharam por curtos segundos que pareceram minutos infernais, tinham que pensar algo ligeiramente para não serem recebidos á balas; Sehun se abaixou, dando sua mão para ela subir e se firmar no teto do elevador, para todos só estaria ele esperando por eles. A manoban utilizou da sua flexibilidade nata para prender seus pés entre as laterais da parede, prendendo suas armas em X sobre seu peito.

A porta finalmente veio a se abrir, o oh tinha escondido cuidadosamente suas pistolas na cintura de um modo que ficasse tão discreto que de longe não poderia ser visto.

— Hey — chamou a atenção dos cinco meliantes que faziam a guarda da porta que levaria os dois para onde a bomba se encontrava. — Pensei muito e resolvi me entregar, essa vida de fugitivo é difícil — precisaria que eles abaixassem a guarda para que fossem surpreendidos.

— Levante as mãos — demandou um deles — Não faça nenhum movimento brusco antes que eu chegue aí.

— Tudo bem senhor — abaixou o olhar, visualizando seus cadarços desatados — Eu tenho que amarrar meus cadarços — avisou, abaixando o tronco, ficando com os joelhos próximos ao chão mas ainda sim, posicionados para uma possível levantada rápida.

— Não se mexa

— Só estou amarrando meus cadarços — avisou, terminando, pondo as mãos suavemente sobre a cintura; Escondida no teto, lisa se soltou, caindo sobre as costas de sehun, atirando juntamente a ele em um sincronismo praticamente perfeito, vendo a tentativa dos “ seguranças ” de atirar neles — Nem fodendo que eu iria me entregar pra vocês — proferiu observando a trajetória da bala até acertar em cheio a testa do que estava mais a frente dos outros.

Gradativamente eles viam os homens caírem mortos no chão e seu sangue se espalhar por todo o lugar.

— Aqui tá limpo, vamos subir — se levantou ainda com lisa em suas costas, cravando seus dedos nas coxas dela, trazendo ela para sua frente em agilidade sutil, sorrindo sem expor seus dentes para ela, mantendo suas mãos metaforicamente coladas nela. — conseguimos gatinha — piscou para ela.

— É… — O empurrou, sustentando seus pés sobre o chão, em uma distância segura dele. — Melhor seguimos antes que mais deles apareçam — andou até a porta que levariam para o determinado lugar. Nesse curto passo Lisa respirou pesado, sentindo as fortes mãos do garoto em suas pernas, agarrando-as com ousadia e confiança, como se soubesse exatamente o que fazer, quando fazer e o efeito que causaria na pessoa. Sobrelevou os lances de escadas, alcançando o local. Ao chegarem, sentiram seus cabelos voarem sobre seus ombros e não enrolaram para buscar o explosivo. Reviraram o lugar de um lado para o outro e no instante que a acharam removeram os itens que pudessem atrapalhar o desamarmento da bomba.

— Me empreste uma das suas faquinhas, vou desarmar isso aqui em dois estalos — estendeu sua mão para ela, sem olhar em seus olhos, notando a demora e finalmente se virando para a mesma. — Só temos três minutos.

— Primeiro, não são faquinhas, são adagas, segundo… — puxou a luva de suas mãos para mais perto dos seus dedos — Eu vou desarmar isso, então por favor me dê licença.

— Mas… — Não teve tempo para reclamar, ela já tinha tomado o seu lugar para parar o explosivo antes que levasse tudo aos céus. Observou ela sutilmente erguer um pouco da sua calça, revelando quatro lâminas de diferentes tamanhos pressas em seu tornozelo, protegidas por uma capinha que evitava que ela se cortasse. — Você é bem equipada, então daí que saiu a lâmina que quase furou meu pescoço, não é?

— Não — Respondeu pegando a adaga menor, pondo confortavelmente perante aos seus dedos, buscando os fios específicos para serem cortados — Aquela estava entre meus seios, é bem mais rápido para pegar quando você tem um brutamontes em cima de você com uma arma apontada pra sua cabeça.

— Aquilo não foi pessoal, não tenho nada contra você lisa…

— Já falei que é Lalisa pra você.

— Tá bom Lalisa, saiba que aquilo não foi pessoal, estava fazendo meu trabalho como você também estava fazendo.

— Exatamente, mas agora não é o momento para falar sobre isso Sehun.

— Você lembrou do meu nome, que meigo da sua parte.

— Você é um idiota mesmo — sussurou, concentrando-se no que fazia. Lisa tinha consciência que com uma bomba daquela origem não tinha um padrão específico para ser desmontada, o que era quase impossível descobrir, contudo, havia um truque que uma das suas melhores amigas tinha lhe ensinado; os fios de origens sempre são aqueles mais escondidos e afastados dos outros. Essa técnica poderia esconder os fios de desliga e liga muito bem, ainda mais pra uma pessoa leiga na qual a manoban não era.

Teve o mínimo de cuidado para passar seus dedos e a lâmina entre os primeiros fios, qualquer fio que cortasse errado levaria a bomba a explodir no mesmo segundo.

— Um minuto lisa, não demore para fazer isso — O oh disse, encarando-a de um jeito diferente. No decorrer da tentativa da garota de achar os fios certos, não percebeu o olhar do oh perante ela. Sehun não era de se interessar sempre por alguém, constantemente achava que isso atrapalharia sua vida e colocaria uma vida em risco, por essas e outras, sua vida poderia ser considerada apenas trabalhar e trabalhar, nada a mais, nada a menos. Todavia, a Lalisa era diferente, ela já vivia no perigo assim como ele, tinha uma incrível personalizada e não permitia ninguém achar que ela passaria pano para qualquer merda que aparecesse.

— Esse é o último — falou baixinho, cortando o último fio, observando o contador chegar a dez segundos para a explosão e a cortagem parar no segundo que foi desmontada.  — Parou — respirou tranquilamente.

— Fico mais aliviado — se achegou até ela — Nunca duvidei de você.

— Ah, claro que não — guardou a arma afiada no mesmo lugar de antes e se colocou reta, sentindo as mãos dele envolverem seu quadril. — O que você acha que está fazendo?

— Tentando te beijar? — falou como se aquilo fosse a coisa mais óbvia do mundo.

— Por que isso agora sehun? — ergueu suas sobrancelhas. — Você sabe muito bem que posso enfiar uma das minhas “ faquinhas ” nas suas mãos libertinosas, não é?

— De saber eu sei... — jogou a cabeça para trás, movendo-a de um lado para o outro e voltando a onde estava. — E eu amo saber disso.

— Então?

— Eu gostei desse curto tempo que tivemos lisa.

— Não tivemos tempo nenhum, nunca existiu isso.

— Ah, não fique na defensiva Lalisa, você fica extremamente sexy fazendo isso.

— Você é um louco — desviou o olhar dele.

— Sim, eu sou um louco que tem algo em comum com você.

— Tem é?

— Temos sim — confirmou com a cabeça, apertando carinhosamente suas mãos na cintura dela.

— O que é? — mirou nele.

— O amor pelo perigo — piscou para ela.

— E?

— Ah — mordeu os lábios — Quero dizer que poderíamos ter um relacionamento casual lisa, sem compromisso um com o outro, sem o dever de lembrar de nada, no segundo que não quisermos podemos seguir em frente e esquecer tudo.

— Ah, é? É interessante isso Sehun, uma proposta quase inegável se não fosse por ser de você que estou falando.

— Vamos curtir lisa, me diz que você não gostou de mim? Eu posso facilmente dizer que estou atraído por você desde o momento que ousou levantar aquela adaga para me matar.

— O que teríamos então? — perguntou, como se tivesse realmente interessada.

— Perigo em dobro, uma dupla para missões futuras, beijos… — Acariciou o rosto dela com uma das suas mãos, hipnotizado pelos lábios rosados tão próximos aos seus. — e outras coisas a mais que só você poderá me dizer se podemos ter.

— Gostei sehun, onde está o contrato para que eu assine?

— Contrato? — Riu, deslizando seus dedos por entre as madeixas dela, achegando lentamente em seus lábios, fechando os olhos e por fim juntando suas bocas como se fossem uma só, ou simplesmente se completassem. foi um beijo rápido, mas intenso, que brincava de exploração na cavidade bocal um do outro, chupões sustentaram a vontade de rouba-la para ele. — Esse é o contrato e não se preocupe, você acabou de assinar — selou rapidamente seus lábios no dela.

— Parece que temos um contrato assinado e concretizado — sorriram, mas a felicidade momentânea logo foi embora. O celular da manoban começou a tocar, quando olhou para a tela viu que era um número desconhecido. — Alô? — atendeu.

— Olá Manoban e Sehun — automaticamente ela reconheceu a voz e colocou no vivavoz — Parece que nem mesmo meu exército foi o suficiente para acabar com vocês, pensei que antes deles chegarem vocês iriam se matar.

— Por que você fez isso? — Era seu chefe, ou provavelmente ex.

— Ah lisa, o motivo vária de eliminação daqueles que podem dá trabalho futuramente, á também daqueles que tá causando problemas diretamente aos meus interesses, no caso do Sehun, ele tem uma lista enorme de mortes, mortes que não eram para acontecer.

— Você acha mesmo que mandar um monte de mariquinhas me mataria resolveria?

— Não, pensei que a própria lisa faria isso ou que você faria isso com ela, os homens que mandei foi apenas para eliminar aquele que sobrasse.

— Acho bom você tomar cuidado, o próximo da minha lista de mortes será você, pode ter certeza que terei o maior prazer de fazer isso.

— Tente, se conseguir é óbvio.

— Eu vou atrás de você — A Manoban avisou — Nós vamos — Sehun olhou para ela e sorriu satisfeito com o que acabará de ouvir.

— Vocês não sobreviveriam aos meus homens, não aos que eu deixei de surpresa caso venham atrás de mim.

— Veremos — Lisa desligou o telefone e lançou no precipício a sua frente. — Esse maldito vai pagar.

— Não precisa repetir lisa — segurou a mão dela, entrelaçando nossos dedos — temos mais uma coisa em comum agora, pode ter certeza que esse infeliz se arrependerá do que tentou fazer conosco.

— E agora? — Encarou a beleza do topo do prédio.

— Temos um ao outro, agora vamos nos preparar para matar ele e qualquer um que tente contra nós.

— Engraçado… — deixou um riso escapar.

— O que?

— Você falando isso, aquele que antes não queria ter uma dupla.

— Você é mais que uma dupla lisa, carregamos uma barragem juntas, o peso de simplesmente amar o perigo e de vingança também.

— Tudo bem sehun, temos agora um objetivo, após o objetivo não sabemos, porém nós seguiremos mesmo assim.

Sehun e Lisa partiram para uma nova missão, uma missão diferente só pelo fato deles estarem juntos. Ele se sentia mais invencível que nunca, ela sentia um êxtase dentro de si causado pelo Oh. De fato eles tinham algo em comum, o amor, o perigo e principalmente o um amor perigoso.

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