P.v  Chifuyu Matsuno.

  Ajeitei minha bolsa escolar nas minhas costas, enquanto pegava o guarda-chuva roxo que estava em seu porta-guarda-chuvas perto da porta. Antes de abrir a porta de entrada, peguei o meu celular e certifiquei que já havia mandado a mensagem para [Sobrenome] avisando que já estava saindo de casa.

  Desliguei a tela do meu celular e logo abri a porta de casa, sai de dentro da mesma e fechei a porta novamente. Olhei para o céu cheio de nuvens cinzas enquanto caia uma chuva consideravelmente mediana.

  Ajeitei o meu fone de ouvido, no qual era de bluetooth da cor branca, e peguei novamente em meu celular. Desbloqueei o mesmo com a minha digital e apenas deixei tocar a última música que eu não havia terminado anteriormente, na qual estava na minha playlist de música dos anos 90/80.

  Começando a andar em direção as escadas do prédio enquanto guardava o meu celular novamente, no bolso da minha blusa de frio. Assim que cheguei no térreo, ainda na parte coberta das escadas e do pequeno corredor de apartamentos, olhei para o céu que fazia cair água da calha do prédio, se escorrer pelo cano do lado de fora do mesmo, que causava um som irritante para quem estava ali por perto como eu.

  Abri meu guarda-chuva e logo comecei a andar para fora do prédio, andando na parte mais arejada do local onde os moradores costumam estacionar os seus carros na brita, fui rapidamente para a calçada pública encharcada pela chuva. De cabeça baixa e em silêncio, apenas aproveitava os últimos minutos e segundos de “heaven knows i'm miserable now – The Smiths”. Cantarolando baixinho o ritmo da música, eu me aproximava cada vez da esquina que já era possível se ver o café da família [Sobrenome].

  Logo que eu dobrei a esquina, olhei para as casas do meu lado, olhando diretamente para as numerações das mesmas, na procura da específica que [Nome] havia me dito ontem a tarde. Assim que achei a mesma, rapidamente fui em direção a mesma, abrindo e fechando a porta da cerca assim que passei pela mesma.

Indo em direção a porta, dei três batidinhas nela antes de olhar para a rua, assim que um carro em alta velocidade passou pela mesma, jogando água de uma poça em tudo conter lugar. Ajeitei  mais uma vez o meu fone de ouvido, enquanto começava a tocar “Eyes without a face – Billy idol” nos mesmos.

  De repente, a porta atrás de mim foi aberta e eu rapidamente olhei para trás, tendo a visão perfeita da garçonete do café atrás de mim, ajeitando previamente seus cabelos com um sorrisinho lindo e gentil em seus lábios. A melodia, bem na parte em que Billy Idol começava a cantar, em meus fones fez com que aquela cena diante dos meus olhos parecesse em câmera lenta, como se fosse algo de um filme de uma comédia romântica na qual minha mãe com certeza me faria assitir com ela no sofá à noite. Tirei meu fone de ouvido esquerdo, piscando algumas vezes, enquanto abaixava um pouco o volume da minha música.

— Bem vindo._ Disse a garota gentilmente, enquanto abria mais ainda a porta para que eu pudesse entrar.

— Obrigado…_ Murmurei entrando na casa da garota, enquanto fechava meu guarda-chuva e o deixava do lado de fora da casa, para que não molhasse o chão, no qual parecia ser escorregadio.

— Quer beber alguma coisa?_ Disse a garota enquanto fechava a porta e eu tirava os meus sapatos, ficando apenas de meias.

— 'Tá tranquilo, não quero incomodar._ Sorri para ela que se virou para mim.

— Querida, seu amigo chegou?_ Ouvi uma voz feminina e mais velha vinda de um cômodo mais distante de onde estávamos.

— Sim, mamãe._ Escutamos passos.
— Meus pais estão em casa, se você não se incomodar._ Falou a garota um tanto quanto sem graça.

— 'Tá tudo bem._ Sorri para ela.

  Olhei rapidamente em direção de onde eles vinham, não demorou muito para que uma mulher mais velha, porém com a aparência extremamente igual a [Nome] e sua irmã mais velha, na qual acabei conhecendo ontem a tarde por coincidência. A mulher conservada logo se aproximou de nós com um sorrisinho no rosto, ela logo veio estendendo sua mão em minha direção para que eu pudesse cumprimenta-la.

— Bem vindo, sou a mãe da [Nome]._ Falou gentilmente enquanto eu pegava em sua mão.

— Obrigado, me chamo Chifuyu Matsuno._ Logo nós nos soltamos.

— É a primeira vez que [Nome] trás algum colega de escola para casa, ela nunca tinha feito isso mesmo em sua escola anterior._ Disse a mulher ainda com o seu sorriso gentil em seu rosto.

— Mamãe…_ Murmurou a garota com sua voz constrangida.

— O que? Mais é a verdade._ Senti uma mão macia pegar na minha repentinamente.

— Vamos logo para o meu quarto antes que papai se junte a mamãe…_ Falou [Sobrenome] me puxando em direção ao corredor.

— Epa! Mantém a porta destrancada!_ Ouvi uma voz grossa vinda de um cômodo, no qual acabamos de passar antes de ser praticamente empurrado para o quarto da garota.

— Desculpa…_ Murmurou a garota encostando sua testa em sua porta.
— Eles não são sempre assim, acontece é que, como a mamãe diz, eu não trago muita gente da escola para casa._ Falou se virando para mim, enquanto sorria timidamente.

— Tudo bem._Sorri para ela.
— A onde eu posso deixar minha bolsa?_ Perguntei mudando de assunto.

— Pode deixar na minha cama mesmo._ Falou se afastando da porta.

  Olhei para a sua cama e pude notar que a mesma estava extremamente organizada, tanto ela como o seu quarto todo. Para que eu pudesse deixar o meu pelo menos perto disso, eu demoraria quase um dia inteiro.

— O professor exige capa no trabalho?_ Perguntou a garota, enquanto começava um som de algo sendo arrastado e ela soltasse um pequeno grunhido de força.

— Na verdade…_ Me virei para ela e pude vê-la empurrando uma pequena mesinha, para colocar no centro do seu quarto.
— Ele pede uma capa e uma contracapa._ Falei indo rapidamente ajudá-la a carregar aquela mesa.
— Aqui está bom?_ Perguntei quando paramos.

— Sim, obrigada._ Abaixamos a mesinha e a colocamos no chão.
— Vamos primeiro fazer a capa e a contracapa, depois vamos direto começar a fazer o trabalho._ Falou a garota colocando suas mãos em seus quadris.

— Tudo bem._ Falei indo até minha bolsa e pegando meu material que iríamos usar.

[Breve Quebra Tempo]

  Já fazia quase uma hora que estávamos fazendo aquele trabalho, no qual a garota havia separado em duas partes para que eu e ela fizesse corretamente e dividido. Minha folha estava um tanto quanto mais organizada, já que [Nome] insistiu para que fizesse todos os títulos e me convenceu a usar marca-textos nas partes importantes dos textos. De repente, a porta do quarto foi aberta, o que fez eu e [Nome] olhar rapidamente para a mesma, na qual revelou a mãe da garota em minha frente, segurando uma bandeja com um sorriso largo em seu rosto.

— Espero não estar atrapalhando…_ Falou vindo rápido enquanto deixava a bandeja cheia de cookies com gotas de chocolate.

— Acho bom a porta estar aberta…_ A mesma voz grossa de mais cedo invadiu o quarto.

  Olhei rapidamente para a porta e pude ver um homem alto com braços musculosos, segurando uma garrafa de Coca-Cola dois litros com a mão direita, enquanto sua mão esquerda segurava dois copos de vidro.

— Boa tarde senhor._ Sorri para ele acenando com a cabeça.

  O homem deixou aquela garrafa no chão junto com os copos, ele me olhou por alguns segundos após de ajeitar sua postura.

— Boa tarde._ Estendeu sua mão para mim.
— Eu sou o pai da [Nome]._ Concordei com a cabeça.

— É um prazer em conhecê-lo também._ Após isso, o homem apertou com força minha mão por um breve momento, antes de solta-la.

— É um prazer em conhece-lo também._ Dito isso, apenas deu as costas e saiu do quarto enquanto eu fazia uma careta de dor em minha mão e a balançava para cima e para baixo.

— Desculpe Matsuno, meu marido está feliz pela [Nome] trazer um colega aqui para casa, ele só tem um pouco de ciúmes da filha mais nova._ A mulher riu brevemente.
— Estaremos na sala, se precisarem de alguma coisa, podem me chamar._ Falou a mulher indo em direção a porta e saindo do quarto, fechando-a para continuar nos dando privacidade.

— Desculpa pelo meu pai, ele é…_ Negou com a cabeça.
— Chato em relação a garotos._ Olhou para mim.
— Quando descobriu que minha irmã estava namorando com o meu cunhado, quase caiu para trás da cadeira._ Ri brevemente enquanto massageava minha mão.

— Ele parece ser um pai bom, só um pouco bruto e muito forte._ Falei pegando em minha caneta na qual eu havia derrubado entre minhas pernas.

— Bruto e forte só de amassar pão._ Soltou uma piada, na qual eu e ela acabamos rindo juntos.

  Logo voltamos a escrever em nossos devidos papéis que se complementam em silêncio, enquanto em meus fones tocava “Ocean Eyes – Billie Eillish” após algum tempo mudar de playlist.

  Após algum tempinho escrevendo, acabei errando uma letra da palavra que estava escrevendo, então rapidamente fui olhar em meu estojo escolar e na hora acabei me lembrando quem havia pego emprestado e não me devolveu semana passada…Keisuke seu filha da…

   Fiz um breve biquinho enquanto desviava meu olhar do papel para a garota da minha frente, já que iria pedir o seu corretivo emprestado. Porém, naquele exato momento, meus fones tocava aquela mesma música em seus dois minutos e onze segundo, o que tornou aquela cena de [Nome] totalmente concentrada em não errar, uma das que com certeza não irão sumir de minha mente tão cedo.

  Pude sentir repentinamente uma breve falta de ar e um batimento cardiaco meu errar, minhas bochechas se esquentaram com aquela sensação estranha. Franzi o cenho me sentindo um pouco ofegante, aquilo definitivamente nunca havia me acontecido antes. Desviei o meu olhar da garota enquanto colocava minha mão em meu peito, sentido com toda a certeza o meu coração batendo mais forte naquela região.

— 'Tá tudo bem?_ A voz da garota chamou minha atenção, o que me fez olhar rapidamente para ela e tirar minha mão do meu peito.

— Tá sim…_ Sorri para ela meio sem graça.
— Me empresta o seu corretivo?_ Perguntei a ela.

— Claro…_ Falou abrindo o seu estojo.

(Quebra Tempo)

  Já eram quase seis da tarde e aquela chuva ainda não havia passado, eu e [Nome]  estávamos na porta de sua casa nos despedindo, já que havíamos terminado o nosso trabalho.

— Matsuno, está levando os cookies?_ A mãe da garota perguntou colocando sua cabeça para fora da cozinha.

— Sim senhora! Minha mãe com certeza irá fica feliz com eles._ Mostrei o saquinho transparente recheado com diversos cookies que aquela mulher havia feito.
— Obrigado._ Sorri para ela.

  Logo a mulher tirou sua cabeça de lá ainda com um sorriso, então me virei para a garota da minha frente que abriu a porta para mim.

— Nos vemos amanhã?_ Perguntei para ela após ajeitar meu tênis, no qual havia acabado do de colocar.

— Claro, não posso faltar. Tenho que entregar um resumo da matéria de matemática amanhã para o professor…_ Ela suspirou fazendo bico.

— Aquele velho rabugento sempre pega no pé dos novatos, não liga 'pra ele não._ Sorri para ela.
— A gente se vê então amanhã._ Falei indo para fora da casa, porém, quando fui pegar meu guarda chuvas, meu coração errou uma batida quando não o vi mais ali.
— Caô…_ Soltei indignado.

— O que foi?_ Perguntou a garota logo atrás de mim.

— Eu fui roubado._ Minha voz saiu um pouco mais fina, vendo o portão da cerca entreaberto.

— É sério?!_ Ela logo passou por trás de mim.

— Tomara que caia um raio na pessoa que estiver agora com o meu guarda-chuva!_ Gritei para o horizonte, enquanto caia muita água dos céus.

— Matsuno! E se for alguém de rua que precisava?_ Suspirei olhando para ela.

— Ainda bem que eu moro aqui perto. Vou me molhar, mas não vou demorar._ Bufei descendo os dois pequenos degraus da casa da garota, enquanto me preparava mentalmente para entrar debaixo da chuva.

— Espera!_ Olhei para trás e a garota logo apareceu com um guarda-chuva de patinhos amarelos.
— Use o meu…_ Entregou para mim.

— Tem certeza?_ Ela concordou com a cabeça.
— E se amanhã estiver ainda chovendo?_ Molhei os lábios enquanto a olhava.

— Não tem problema, eu dou o meu jeito._ Sorriu gentilmente para mim.

— Certo…_ Abri aquele guarda-chuva e, antes de ir para debaixo daquela água, olhei para a garota.
— A gente se vê amanhã._ Dito isso, logo sai em direção a certa aberta da garota e peguei o rumo de casa, segurando um guarda-chuva branco com patinhos amarelos.

Oioi:)

Oq acharam desse capítulo?

Agora realmente tá começando a interação desses dois de verdade 🤌🏻

Bem, foi isso por hoje, perdão pelos erros ortográficos e até a próxima:)

Tchauzinho<3