Can I see him?
Os dias seguintes foram um inferno. Em Riverdale, como em toda cidade pequena, as fofocas correm como o vento, então não demorou muito para que as notícias se espalhassem. Archie havia sido internado no convento SOQM, e Kevin não teve nem ao menos tempo de terminar com ele ou decidir se realmente era isso o que queria. Cheryl agora sabia as mesmas coisas que Toni, pois estava morando com ela e Veronica, para não tomar o mesmo rumo que seu irmão gêmeo. Betty havia ido embora com seu pai, a madrasta e a irmã caçula. Enquanto Jughead estava um caco, procurando pistas pela cidade inteira. Atrás de algo que o ajudasse a derrubar Victoria, para trazer Elizabeth de volta.
A perspectiva de ambos era tristemente distinta. De um lado Betty estava miseravelmente triste, quebrada por dentro, lutando para se reerguer, se adaptar à escola nova, a cidade nova, e as mudanças que sua gravidez vinham trazendo para sua vida. A garota tinha pesadelos constantes com a irmã gêmea de Veronica, e por muitas vezes sonhava que perdia Jughead para a morte por causa dela. Ela sofria em silêncio todas as vezes que pensava nele, pois lembrava de como ele a tratou da última vez que se viram, de como ele pensou coisas ruins dela tão rapidamente. Mas, o mais doloroso para ela, era saber que ele não fazia questão de fazer parte da vida de seu filho, que não havia a procurado para saber se o bebê estava bem, ou mesmo para questionar para onde estava indo para que pudesse visitar o bebê. A garota sabia que estava errada e que escondeu muita coisa de Jughead e de outras pessoas, mas seus sentimentos por ele faziam-na necessitar por uma atitude de conto de fadas.
Do outro lado: Jughead mal dormia. Sua cabeça estava sempre nos documentos que ele havia recebido anonimamente. Alguma coisa o dizia constantemente que ali estava a resposta para tudo o que vinha acontecendo, mas ele não conseguia enxergar absolutamente nada. A falta que sentia de Betty e a preocupação com o bebê deles o consumia diariamente, atrapalhando-o na investigação da única coisa que poderia trazê-la de volta.
- Jughead, por que não tira alguns dias de folga? Você está exausto, e trabalhar assim não fará você render absolutamente nada. - Alice oferece gentilmente.
- Eu não posso, Alice. Preciso continuar procurando ou vou enlouquecer, tenho que trazer a Betty de volta. - o rapaz responde cansado, e toma um gole do seu café.
- Querido, você não acha que seria mais inteligente se contássemos a Elizabeth que você sabe o que aconteceu com ela? - Alice puxa a cadeira de frente para a mesa de Jughead, e se senta. - Ela está tão arrasada quanto você, acha que você a rejeitou e o filho de vocês.
- Não posso, de jeito nenhum. Você conhece sua filha melhor do que eu, e se ela souber que eu estou me metendo em coisas possivelmente perigosas para trazê-la de volta, ela vai aparecer aqui, e isso pode causar uma série de eventos problemáticos. - desabafa. - Só Deus sabe o quanto está me destruindo não acompanhar o crescimento do meu filho, Alice. Mas não posso arriscar a vida dele e a da mãe dele. Victoria não erraria se precisasse tentar de novo.
Quando Jughead contou para Alice tudo o que sabia sobre o atentado de Victoria contra Betty, ela quis matar a garota com as próprias mãos, quis entregá-la a polícia, quis proibir a filha de ir embora, mas o rapaz a convenceu de ficar quieta. Racionalmente falando, o movimento mais inteligente era deixar que Elizabeth fosse morar com seu pai, assim estaria distante daquele caos de Riverdale, e seu bebê estaria a salvo.
- Faz uma coisa - Alice volta a falar. - leva esses documentos para casa. Você precisa olhar pra eles depois de descansado. Muitas vezes, a gente precisa largar um pouco do que estamos fazendo pra conseguir enxergar o que estamos procurando. - coloca-se de pé e organiza os documentos dentro de uma pasta, as entregando para Jughead. - Enquanto isso, eu vou olhar as cópias que tenho aqui. Estou com a cabeça mais fresca que a sua, e talvez consiga encontrar algo que seja relevante.
Jughead finalmente se dá por vencido. Ele recolheu a pasta que Alice o entregou, colocou a mochila nas costas e saiu do jornal, depois de agradecer a sua chefe.
"Jug! Cheryl e eu precisamos da sua ajuda."
O garoto encara a mensagem e larga o corpo no sofá, respondendo-a.
"O que aconteceu?"
"A mãe da Cheryl aconteceu. Archie está no Sisters of quiet mercy. Precisamos de você e dos serpentes pra tirar ele de lá. ELES USAM PSICOLOGIA DE CONVERSÃO!"
Jughead senta-se no sofá de supetão, o garoto estava atordoado e confuso. Psicologia de conversão? Aquilo era loucura.
Aquela era a deixa perfeita para Jughead afastar-se um pouco dos documentos que o estavam consumindo. Ele ajudaria sua amiga de gangue e esfriaria a cabeça. Era perfeito para ele.
"Vou falar com eles. Enquanto isso, preciso da planta do local. Cheryl já esteve lá dentro, certo? Mande-a desenhar."
Uma semana depois.
Illinois, Chicago. 7:28 PM.
- Eu também estou morrendo de saudades, mãe. - Betty choraminga ao telefone, e sua madrasta, Kandice, revira os olhos do outro lado da sala. - Sim. Sim. Ok. Tá bem, mãe. Eu prometo. Também amo você, boa noite.
- Elizabeth, querida. Seu pai e eu vamos sair para jantar, se importa de cuidar da Amy? - Kandice aproxima-se da enteada.
- Não, podem ir. - guarda o celular no bolso de seu jeans.
- Traremos o jantar de vocês. - Hal avisa antes de passar pela porta acompanhado de sua mulher.
Betty encara a porta e suspira em completa frustração. A garota nunca se sentira tão fora de casa como se sentia desde o dia em que chegou em Chicago, para morar com seu pai. Era uma sensação constante de que havia alguma coisa errada, mas ela não conseguia identificar a razão daquele sentimento.
- Betty? - Amy chama a irmã de seu quarto. - Você quer assistir a um filme comigo? - questiona a pré-adolescente, quando sua irmã mais velha coloca o rosto na porta de seu quarto.
Amy era muito parecida com Hal. Os grandes olhos azuis, o nariz proeminente, os lábios finos. Mas tinha os cabelos escuros como os de Kandice, sua mãe. A garota de treze anos, era a única pessoa com quem Betty sentia-se verdadeiramente a vontade.
- Você está sentindo falta dos seus amigos, não é? Parece tão triste. - sorri com ternura em direção a irmã, e estica a mão para que ela se aproxime.
- Um pouco, Amy. - Betty suspira e senta-se na cama, ao lado da irmã. - Mas o que está me deixando triste é que eu estou sentindo mais falta da única pessoa que não está sentindo falta de mim.
- O pai de seu bebê? - Betty arregala os olhos. - Qual é, Betty? - a garota estoura em uma risada ao ver a expressão da irmã. - Eu tenho treze anos, não cinco. Sei como bebês são feitos, sei como a maioria dos homens são canalhas e abandonam mulheres grávidas. Como o papai fez com a sua mãe. - diz atrevida.
Elizabeth solta uma risada sonora. Amy poderia não ter nenhuma ligação com Alice, mas parecia tão filha dela quanto Betty. Era atrevida, e nada contida ou tímida, bem distinta de seus pais.
- Sabe, você deixaria minha irmã mais velha chocada. Polly. - Betty sorri. - Mas respondendo a sua pergunta, sim, é do pai do meu bebê mesmo que estou falando. - confessa.
- Posso vê-lo? E quero ver Polly também. - pediu.
Betty exitou por alguns segundos, mas logo tirou o celular do bolso, abrindo o facebook de Jughead para mostrar a irmã. Quando o fez, seu coração quase caiu ao chão.
As últimas postagens no perfil de Jughead, eram marcações de Victoria, que ainda se passava por Veronica. Diversas fotos em momentos que pareciam felizes, até mesmo apaixonados.
- Eu sinto muito. - Amy sussurra.
Betty mal ouviu o lamento de sua irmã, sua cabeça parecia ter saído de órbita.
Ela não podia culpá-lo, ou podia? Afinal, ela foi embora sem nem ao menos se despedir. Escondeu dele que esperavam um filho. O abandonou sabendo que ele precisava da ajuda dela para livrar sua família dos planos sórdidos da família Lodge. Por outro lado, Jughead havia sido grosseiro com ela, havia desconfiado dela e a abandonado também. A garota não sabia o que pensar. Preferiu ignorar as sensações que a incomodavam. Aliás, ela sabia que Jughead precisava fingir estar com a irmã gêmea de Veronica.
- Betty, você está bem? Está pálida. Quer que eu ligue para o papai?
- Não. Não! - Betty finalmente desperta. - Eu só me perdi em pensamentos. - Vamos assistir o filme.
LEMBREM-SE DE CHECAR MINHA HISTÓRIA SPROUSEHART NO MEU PERFIL, ATUALIZEI HOJE DE MADRUGADA!
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