30
Lili Reinhart
— Cacete, isso é irado. Como alguém consegue colocar essa quantidade de
marshmallows na boca de uma vez só?
Madelaine perguntou enquanto nós assistíamos a um vídeo no YouTube onde um cara tinha mais de vinte deles em sua boca.
— Não faço a mínima idéia.
Eram quatro horas da tarde de uma sexta-feira. Eu não fui até a faculdade hoje porque não queria me esbarrar com o Cole, eu precisava de tempo. E estava tomando isso. Madelaine voltou depois de uma de suas aulas de anatomia e passou em meu quarto em um dos intervalos. Ela era uma garota muito legal e divertida. Eu gostava dela, acho que poderíamos ser ao menos colegas já que apartir de hoje eu a veria na maior parte do meu
tempo.
Não havia muito o que fazer, ela trabalhava para minha mãe e na minha nova casa.
— Ok, chega.
Ela falou, pausando o vídeo na tv. Então ela se virou para mim e me
encarou seriamente.
— Quer conversar sobre alguma coisa importante?
Eu sabia até aonde ela queria chegar.
Cole.
— Hum, não. — eu respondi vagamente.
— Sério? Eu acho que a gente devia dar uma lição nele.
Eu franzi as sobrancelhas.
— Que tipo de lição?
Ela sorriu maliciosamente e eu levei uma jujuba até minha boca.
— A gente devia se beijar.
Eu quase engasguei enquanto mastigava.
— O quê?
Perguntei, incrédula.
Ela deu de ombros, parecia indiferente.
— É, a gente se beija e grava. Manda o vídeo para ele. Vocês ficam quites.
— Eu não acho que seja uma boa idéia...
Eu murmurei, torcendo minhas mãos pousada em meu colo.
— Beleza. Tanto faz.
Depois de algumas horas, Madelaine tinha entrado em meu quarto novamente. Eu estava me sentindo péssima, a dor em meu peito completamente insuportável. Eu
nem percebi que as lágrimas estavam escorrendo por meu rosto até que Mads as limpou.
— Você tá com uma cara péssima. Sem querer ofender. Estou indo para o meu dormitório, você vai ficar bem?
Eu assenti, incerta.
Amy estava fora então eu ficaria sozinha a noite inteira, provavelmente chorando.
— Vamos comigo, a minha colega de quarto está fora, nós bebemos alguma coisa e depois assistimos vídeos de gatinhos fofos.
Eu aceitei, a oferta era melhor do que ficar sozinha.
Cole Sprouse
— Foda-se, eu a amo. Eu a amo.
Eu murmurei, a expressão de Lili estampada em minha frente toda vez que eu fechava os olhos. O rosto vermelho, os olhos marejados e a dor por trás de suas íris. Ela parecia uma obra de arte sombria.
— E então o quê? Você vai voltar a dormir por vinte quatro horas e transar com tudo que se mover?
Kj falou, ele realmente parecia irritado.
— Cala a boca, porra. Eu tô me sentindo um lixo, cara. Eu a perdi novamente, eu perdi o meu anjo. Ela era tudo, e eu fiz parecer com que ela fosse apenas mais uma.
— Pois é, você realmente é um merda. Mas ficar aí se lamentando não vai adiantar em nada. Se levanta e vai atrás dela, já que você diz que a ama.
Sua voz era puro sarcasmo, como se ele não acreditasse nisso e eu me levantei, o segurando pela gola de
sua camiseta. Ele não entendia. Ele não sabia de porra nenhuma.
Eu nunca havia brigado com Kj, não de socos e essas outras merdas, eu nunca havia encostado um dedo nele mas eu estava prestes a fazer.
— Que foi? Você quer levar umas porradas, né? Eu estou puto com essas suas tiradas, Kj.
Eu sorri torto, o empurrando bruscamente contra a parede, seu semblante era pura confusão.
— Eu vou te machucar, cara. Um dia, eu vou te machucar. E não vai ser
pouco.
Então ele me empurrou com força, me fazendo cambalear para trás.
— Qual é, Cole? Você não aguenta lidar com a verdade? Ela é ruim demais para você?
Eu cerrei meus dentes.
— Se você a amasse, se você realmente sentisse algo forte por a Lili, você não ficado com outra garota na primeira oportunidade que aparecesse em sua frente.
Ele disse.
Quando eu estava prestes a dar um soco em seu rosto, o visor de meu celular se iluminou com o nome de Lili, em cima de meu sofá.
Eu andei até lá rapidamente e o segurei, a mensagem que havia chegado na verdade era um vídeo.
Lili estava beijando outra garota.
Eu uni as sobrancelhas tão forte que realmente doeu.
— Que porra é essa?
Kj perguntou, assistindo o vídeo por cima de meu ombro.
— Essa é a Lili?
Eu assenti lentamente, ainda processando a imagem que passava no visor de meu aparelho.
Eu não sei se me sentia puto ou excitado.
— Você a perdeu. — Kj falou. — Para uma garota.
— Foda-se, e eu não a perdi.
Eu digitei furiosamente sobre o teclado digital.
Eu: Aonde vc tá?
Eu: Vc tá bêbada???
A resposta chegou cinco segundos depois.
Lili: Perdeu. Não é a Lili digitando, mas sim a Madelaine, vc é um otário. Um otário sem namorada.
Quais eram as possibilidades de ser a mesma Madelaine que estava em meu
apartamento?
Lili: Enfim, se vc quiser ter algma chance o endereço é esse aq:
Então eu peguei as minhas chaves e saí pela porta voando. Quando estacionei meu carro em frente aos dormitórios femininos do campus, desci e fui até a porta do dormitório
que Madelaine havia indicado na mensagem, ignorei os olhares femininos em minha direção
enquanto eu avançava.
Depois de dar algumas batidas sobre a porta de madeira, Madelaine a abriu. Ela estava vestida com algo que parecia uma fantasia sensual e seu rosto estava corado, o cheiro de
erva em seu dormitório invadiu o meu nariz e eu franzi as sobrancelhas. Atrás dela uma música lenta e sensual soava.
— Você está chapada?
Eu perguntei, observando seus olhos vermelhos.
Ela ergueu sua mão e deu uma tragada no baseado, soprando a fumaça na porra da minha cara.
Então ela sorriu.
— Obviamente, idiota.
Ela me deu passagem e eu entrei, ela bateu a porta com força e eu observei Lili encarando o teto. Ela estava usando uma blusa com alças finas e estava somente de calcinha. Eu me perguntei que porra aconteceu ali antes de eu chegar.
— O que você fez com ela? Você só a beijou, certo?
Eu lancei um olhar mortal para
a ruiva a minha frente.
— Eu só a beijei.
Ela se jogou sobre a cama e começou a movimentar os braços e as pernas, como se estivesse fazendo um anjo na neve.
Eu a ignorei e andei até Lili, me sentando ao seu lado. Ela me encarou, o rosto corado, igualmente o de Madelaine e os olhos irritados.
— Cole... — ela disse baixinho, se sentando. Ela parecia feliz ao me ver.
— Você veio me ver?
Ela parecia levemente confusa agora mas então ela murchou.
— Você disse que me amava e depois você estava com outra garota...
Seus olhos se encheram de água e eu me amaldiçoei mentalmente por minhas escolhas pela milésima vez.
— Lili, não me odeie, por favor. Eu vou cuidar de você, amanhã nós conversaremos melhor, agora você está muito chapada para isso.
Eu sequei suas lágrimas com meus
dedos.
Ela me observou em silêncio por alguns momentos.
— Você me ama? — ela perguntou, de repente.
— Muito mesmo.
Então num movimento inesperado, ela se sentou em cima de meu colo, eu a encarei surpreso.
— A Mads me disse que eu precisava de calcinhas novas. Ela disse que esta era muito sem graça.
Ela mudou de assunto bruscamente.
Meus olhos viajaram até sua cintura.
Sua calcinha estava estampada com diversos cupcakes. Minhas mãos seguraram firmemente sua cintura. Meu dedo deslizou pelo cós de sua
calcinha, eu contornei um dos cupcakes que ficava perto do lugar em que eu realmente gostaria de tocar, enfiar meu rosto, ou meu pau.
Eu engoli em seco e forcei meus olhos para seu rosto novamente.
— Esta é boa.
Eu falei desconfortável, ela estava se mexendo demais em cima de.mim, ficando cada vez mais perto da minha ereção inconveniente.
Ela se esfregou contra mim e eu quase resmunguei um palavrão.
— Espera, amor. Você precisa ficar sóbria.
Eu a tirei de cima de mim delicadamente, a expressão em seu rosto foi substituída de luxúria para rejeição. Puta que pariu, eu não acerto uma.
— Você não me quer.
Ela sussurrou com olhos mirados para baixos, parecia ferida.
— Porra, é claro que eu te quero. Eu me masturbo todo maldito dia pensando em você. Você não pode falar isso, porque é a mentira mais fodida que eu já ouvi.
Agora eu estava puto mas não com ela. Eu estava puto por a querer neste estado, eu estava puto por estar me imaginando com ela em diversos lugares. Em cima da mesa, no
balcão da cozinha, no chão, contra a parede, em qualquer superfície sólida possível.
— Vamos embora, eu vou te levar para casa.
Eu a ajudei colocar sua calça jeans e a passei um de meus braços na parte de trás de seus joelhos e o outro ao redor de seus ombros, a pegando no colo.
Mads estava desmaiada sobre sua cama, em um sono profundo. Eu fechei a porta atrás de mim e coloquei a Lili por um segundo sobre o chão para poder trancá-la e passar
a chave por baixo dela.
Quando a loira estava em meus braços novamente eu a coloquei dentro de meu carro, ela já havia adormecido. Eu dirigi até minha casa, a encarando a todo momento quando paravamos em algum semáforo.
— Eu nunca mais vou te machucar, anjo. Eu prometo. Agora eu vou fazer de tudo para cuidar de você e te manter perto. Você vai ver.
Eu murmurei, no silêncio, segurando sua mão.
— Eu te amo.
{...}
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