3

Cole Sprouse

Uma semana.

A porra de uma semana inteira

Já se faziam sete dias desde que eu havia visto aquela garota na cafeteria, já se  faziam sete dias que eu senti meu sangue bombear duas vezes mais forte em minhas veias. Era estranho como eu me sentia atraído por aquela garota, era diferente de tudo que
eu já havia experimentado. Isso porque só bastou um único olhar.

Eu imagino como será quando eu ter seus lábios contra os meus, também imagino  os tipos de sons que ela fará quando estiver em baixo de mim. Eu me perguntava se ela  gritaria ou se ela simplesmente era um das silenciosas.

— Cara, você viu a morena que passou ao seu lado?

Kj perguntou, estourando a
bolha pessoal que eu havia criado em torno de mim.

— Não. Por quê?

— Achei que você tinha notado, já que ela olhou sugestivamente em sua direção.

Ele sorriu, enquanto eu continuava indiferente, seguindo até a área da faculdade que permitia fumantes.

— Foda-se, cara.

eu murmurei, retirando um cigarro de meu bolso e o colocando entre
meus lábios, depois puxei o isqueiro e o acendi. 

— Você não está mais saindo com mulheres?

ele me perguntou, o tom de voz
completamente surpreso. Eu engasguei enquanto dava uma tragada.

— Eu não saio com elas, idiota. Eu apenas durmo.

Dei de ombros, observando uma
morena se aproximar de nós, jogando seus longos fios por cima de um de seus ombros  nus.

— Oi, Cole.

ela disse me dando um enorme sorriso que poderia estampar a marca de alguma pasta de dentes. Ela havia ignorado completamente a existência de Kj.

— Eu não saio em encontros. Não durmo com a mesma garota por mais de uma vez, não levo chocolates e flores no dia seguinte após o sexo, resumindo, eu sou um babaca.
Ou um cafajeste, como vocês garotas preferirem chamar.

Eu solto a fumaça lentamente e
observo seu rosto se contorcer em uma careta.

— Está bem

Ela começou, relutante.

— Eu apenas queria saber se você gostaria de ir até meu apartamento. Estarei dando uma festa. E se você quiser chegar um pouco mais  cedo, eu entendi seus requisitos, não se preocupe, eu sei ser uma boa garota.

Ela pisca  em minha direção e eu quase balanço minha cabeça negativamente.

Inacreditável. Ela estava disposta a aceitar a minha merda.

— E traga seu amigo, se você quiser.

Ela moveu seus olhos por Kj e depois foi embora, rebolando em sua minissaia.

— Nós vamos até essa festa. Ela vai acabar cedendo em algum momento.

Kj disse, ainda observando seu traseiro se afastar.

— Tanto faz

eu murmurei, jogando meu cigarro em uma lixeira a alguns metros de
distância.

Cesta.

Movi meus olhos para a entrada do campus, onde um enorme fluxo de universitários saiam e entravam no campus, quando ela passou pela entrada, em passos curtos e
rápidos.

— Cara, não é a Loira do cappuccino?

Kj perguntou observando ela assim
como eu.

— Sim. Vou dormir com ela hoje

eu disse observando as roupas que ela usava. Um suéter vermelho simples e uma jeans escura que se ajustava muito bem em seu corpo.

Porra, até assim ela era quente.

— Boa sorte

ele desejou, a voz pingando ironia.

Eu comecei a traçar meu caminho rapidamente entre as pessoas até ela.

— Amor?

eu a chamei a poucos centímetros de distância. Duas garotas estranhas se viraram em minha direção mas ela continuou andando.

Merda.

Eu não sabia a droga de seu nome.
Passei por três garotas que se aglomeraram em minha frente e segurei seu braço.

Ela deu um pulo em surpresa mas depois se virou para me encarar com a testa franzida.

— Ei, tá com tempo?

Indaguei, olhando diretamente em seus olhos.

— Estou atrasada para minha aula.

ela disse tentando se desvencilhar do meu leve aperto em seu braço.

— Me passa seu número? — perguntei ignorando completamente o que ela havia me dito.

Dane-se sua aula, eu não me importo.

— Desculpe, você ao menos me ouviu?

ela disse desistindo de se soltar.

Observei algumas meninas que sussurravam enquanto passavam por nós e ela pareceu notar também porque seu rosto ficou vermelho.

Adorável pra cacete.

— Será que se eu te passasse meu número você me largaria?

ela perguntou claramente incomodada, olhando para todos os lados menos para mim.

Eu sorri torto.

— Como você quiser, amor.

Eu entreguei meu celular em suas mãos. 

— Pronto.

ela murmurou após salvar seu contato.

Lili.

Encarei a tela do celular e soltei um riso irônico. É claro que ela se chamava Lili, a garota se parecia com a porra de um anjo.

Caminhei de volta até a área dos fumantes e encontrei Kj, só que agora ele tinha as costas apoiadas casualmente em uma árvore e uma garota entre seus braços.

— Vaza, linda.

eu disse olhando diretamente para Kj que protestou, quando a garota se virou e começou a se afastar.

— Que porra, Cole. O que está de errado com você?

ele perguntou, parecendo frustrado.

— Depois arranjaremos alguém para você transar.

Entreguei meu celular em sua mão.

Ele encarou a tela por alguns momentos.

— Lili? — ele perguntou com as sobrancelhas franzidas.— Quem é essa?

— A Loira da cafeteria.

eu expliquei, ele riu e acenou positivamente.

Ele devolveu meu celular e eu o enfiei em meu bolso.

— Vou levar ela na festa.

— Você é rápido. Rápido demais. Garotas como a Lili merecem a coisa toda lenta. Com encontros antes, flores, beijos apaixonados e o lance do amor.

Ele gesticulou com as mãos e eu franzi as sobrancelhas, acendendo outro cigarro.

— Hoje eu vou ter Lili em minha cama

eu o ignorei e fiz uma espécie de dancinha da vitória com o cigarro entre meus dedos.

Algumas risadinhas femininas ecoaram ao nosso redor.

— Às vezes me pergunto por qual razão ainda somos amigos.

ele murmurou.

— Eu quero ela, cara. E eu a terei.

— Apenas desacelere o ritmo, Sprouse. Lili aparenta ser boa menina, do tipo que é pura e lê livros, ela deve ser inteligente. E se ela for inteligente, ela não faz seu tipo.

— Ela faz meu tipo. Ela faz meu tipo em minha cama. Em diversas posições. Ela malditamente faz a porra de meu tipo.

— Ela é diferente, você não enxerga isso?

Eu desviei meus olhos de seu rosto para longe e travei meu maxilar. Ela era boa, e eu provavelmente era o tipo de câncer que iria fodê-la, acabar com todo seu sistema até que não sobrasse nada.

É claro que eu via.
Ela parecia ser tudo.
Ela poderia ser tudo.

Mas eu queria resumí-la a como as outras garotas. Previsíveis, superficiais, falsas.

E de repente, Lili não passava de apenas mais uma.

Foi por isso que eu digitei uma mensagem para ela:

Cole: Quer ir até uma festa hoje?

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