21
Cole Sprouse
Eu estava cansado pra cacete.
Zoe havia dito que precisava comer algo porque segundo ela, estava passando mal comendo somente frutas e verduras. Eu fui fazer algo na cozinha para nós comermos e logo após fui até o restaurante verificar se a reserva que eu havia feito para mim e Lili saírmos mais tarde estava bem.
O lugar era de tirar o fôlego, um enorme arranha céu com um terraço que servia comida italiana. Eu nunca havia achado esse tipo de coisa atraente. Jantar à luz de velas e
uma vista para a cidade toda.
Era algo que eu não me imaginava fazendo nunca.
Mas então Lili entrou em minha vida e me fez querer tudo isso e mais um pouco.
Eu deveria achar algo normal, mas eu ainda assustava com tudo isso.
Me virei na cama quando comecei a ouvir sons de porta sendo aberta e conversas ecoando pelo corredor.
Bufei. Zoe não poderia chamar alguém para cá sem minha permissão.
Me levantei e fui em direção ao corredor.
Pisquei algumas vezes para me acostumar à claridade aqui fora. Meu quarto estava escuro e aconchegante, totalmente o oposto desta luz toda.
— Zoe, já disse pra você não chamar ninguém para...
Parei no meio da frase quando
avistei Lili parada ao lado de Kj. Ela encarava o piso do corredor enquanto segurava uma mala num tom vermelho desbotado.
Ela ergueu os olhos para mim, havia um misto de tristeza e decepção em seu olhar,então seus olhos caíram para o resto do meu corpo e eu me lembrei de que eu estava somente de cueca.
Zoe se virou e assobiou. Ela veio até mim e contornou com o dedo indicador uma das tatuagens que haviam em meu peito.
— Querido, seus amigos estão na porta.
Afastei sua mão de mim e observei enquanto Lili se virava e ia até o elevador.
— Ela é minha namorada, porra.
Eu disse indo até ela, atrás de mim ouvi Kj murmurando algo à Zoe.
Segurei o pulso de Lili, ela parou de costas para mim, esperei que ela se virassemas ela continuou olhando para frente.
A girei pelos ombros cautelosamente.
— Oi, anjo.
Eu disse arrumando uma mecha de cabelo que caía sobre seus olhos
atrás de sua orelha.
— Desculpe, não sabia que você estava acompanhado, acho que foi tolice minha pensar que éramos exclusivos.
Ela disse fitando a porta do elevador.
Franzi a testa.
— Nós somos. — afirmei. — Essa é a prima louca de Kj, nós não fizemos
absolutamente nada.
Ela analisou minha expressão por alguns segundos e assentiu.
— Ok, vou confiar em você.
— Oque aconteceu?
Perguntei.
— Minha mãe me expulsou de casa.
Ela falou as palavras rapidamente e fechou os olhos com força.
Olhei para mala em suas mãos. Agora fazia sentido. Eu havia ficado confuso. Melanie não me expulsaria de casa mas também não era o melhor tipo de mãe do mundo.
— O quê?
Ela abriu os olhos.
— É o que você ouviu. — Ela deu de ombros tentando parecer indiferente, mas no seu olhar havia uma certa mágoa.
— Não tem problema. Você pode ficar aqui.
Ea negou com a cabeça.
— Não me parece justo.
— Não é justo você não ter aonde ficar, pelo menos por enquanto você não arranja outro lugar.
Ela pensou por alguns instantes.
— Tudo bem, eu posso ficar no sofá.
Nunca que eu ia deixar ela dormir no sofá mas eu assenti. Ergui a mala dela pela barra de metal já que percebi que as rodinhas estavam com problemas.
Kj estava jogado no sofá e Zoe estava parada ao lado da porta com os braços cruzados sobre os peitos, ela não parecia muito feliz. Ela se colocou na frente de Lili impedindo sua passagem para dentro.
Suspirei irritado.
— Não sabia que esta garota fazia seu tipo.
Ela disse fazendo uma análise demorada em minha namorada.
— Não sabia que eu havia te perguntando algo, agora sai do meu caminho.
Ela deu um passo para o lado e Lili pôde entrar, a segui para dentro e fechei a porta.
Deixei a mala encostada ao lado da porta e pedi um segundo à Lili enquanto eu iria buscar alguma roupa para vestir.
Kj veio me seguindo pelo corredor e eu o amaldiçoei mentalmente por ter deixado Lili sozinha com a cascavel de sua prima.
— Ela vai ficar aqui?
Ele perguntou se referindo à Lili. Retirei qualquer peça do meu armário.
— Sim, cara.
Eu disse terminando de abotoar minha calça jeans.
— Você tem vários apartamentos, por que não deixa ela ficar em um deles?
— Cala boca, cara. Eu gosto de ter ela por perto.
Eu saí para o corredor novamente
e fui em direção à sala. Escutei os passos de Kj logo atrás de mim. Ele era tão insuportável quanto sua
prima. Talvez fosse algo de família.
Lii estava parada ao lado do meu sofá e observava o ambiente. Zoe havia sumido e eu a agradeci mentalmente por isso. Puxei ela pelo braço até minha poltrona. Me sentei e enrolei meu braço em sua cintura, fazendo com que ela se sentasse no meu colo.
Suas bochechas haviam ficado rosadas sobre o olhar curioso de Kj.
— Você está deixando a minha namorada constrangida, babaca. Olha pra outro canto.
Kj ergueu as mãos para o alto e puxou o celular do bolso, desviando sua atenção de nós para o aparelho entre suas mãos.
— E então, você quer conversar sobre o que houve? — perguntei fitando seus olhos.
— Não, obrigada.
Ela desviou o olhar para minha tv.
Se ela não estava a fim de falar sobre, eu iria respeitar sua decisão.
— Vamos arrumar suas coisas.
Eu disse mudando de assunto, fazendo com que ela se levantasse.
Peguei sua mala e a levei até o quarto que havia sobrado no meu apartamento, somente Kj o usava algumas vezes e acho que as coisas estavam em ordem.
Abri a porta e me certifiquei de que Lili estava atrás de mim.
Ela observou o quarto por alguns momentos e deu um sorriso fechado.
— Você sabe que não é necessário, eu posso ficar no sofá.
Ea disse, desconfortável.
— Mas o quarto está sobrando. Você pode usá-lo.
Eu entrelacei seus dedos nos
meus.
Eu gostava da forma como eles se encaixavam. Era um dos novos hábitos que eu tinha quando estava perto de Lili.
— Está bem.
O quarto era decorado com cores claras. Além da cama, havia um armário e uma cômoda. O essencial.
— Você pode decorá-lo como quiser.
Ela negou com a cabeça.
— Eu gosto de como as coisas estão.
Subi minha mão desocupada por seu braço até chegar em seu rosto. Contornei sua boca rosada com a ponta do polegar e a puxei para mais perto. Sua respiração havia ficado pesada conforme eu me aproximava. Chutei a porta a fechando e passei os braços em volta da cintura de Lili.
Ela ergueu a cabeça para que eu pudesse a beijar com mais facilidade, me curvei para frente numa tentativa falha de encontrar seus lábios, nossos corpos se colidiram fazendo com que ela cambaleasse para trás, em direção à cama.
Ela soltou um murmúrio em surpresa.
Agora ela estava deitada sobre a cama e um dos meus joelhos haviam parado no meio de suas pernas. Soltei um riso nasalado e fitei a forma que seus cabelos estavam esparramados pelo lençol.
Sua boca estava entreaberta e eu tomei isso como uma iniciativa para beijá-la. Nossas respirações se fundiram num beijo lento, que foi ficando cada vez mais necessitado e rápido.
Minha mão deslizou para dentro de sua camiseta, e antes que eu pudesse me impedir, meus dedos roçaram em um de seus mamilos.
Lili suspirou e afastou sua cabeça para trás.
— Ainda não.
Ela disse olhando diretamente nos meus olhos.
— Seus amigos estão aqui... isso seria meio desrespeitoso.
A observei. Seu rosto tinha uma pontada de vergonha. Assenti lentamente. Eu havia ficado excitado pra caralho, mas jamais faria algo contra sua vontade. Saí de cima dela frustrado e passei a mão pela nuca.
Ela se levantou e olhou para o visor de seu celular.
— Acho melhor eu ir tomar um banho. Já está quase na hora.
— Tem razão, você pode usar o banheiro do meu quarto.
Ela negou rapidamente com a cabeça. Eu dei risada.
— Segunda porta à direita no corredor.
Eu disse me virando e indo até meu quarto.
Eu precisaria dar uma atenção especial lá em baixo.
{...}
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