13

Cole Sprouse

— E aí, como foi?

Kj perguntou se jogando no meu sofá. Bati a porta com força em resposta e fui até a cozinha pegar uma garrafa de cerveja. 

— Merda, o que houve?

— Nada.

Murmurei me jogando na poltrona dando dois goles na bebida.

— Ela te dispensou? — ele perguntou, o tom de voz completamente divertido.

Lancei um olhar mortal em sua direção.

— Desculpa, cara. Só estava tentando ajudar.

Ele ergueu suas mãos para o alto em
sinal de rendição.

Bufei.

— Porra, eu praticamente me declarei pra ela.

Falei passando a mão por meus cabelos, talvez Lili estivesse certa, eu não tenho relacionamentos, mas ela me fez querer ter um.

Tudo em Lili gritava "EU PRECISO DE PROTEÇÃO". Ela era doce e frágil e eu não sabia exatamente como lidar com esse tipo de garotas, eu estava acostumado com as que eram previsíveis.

— Isso é ruim

E le murmurou, batendo o pé freneticamente no chão.

— Você não a merece — concluiu simplesmente e eu o encarei furioso. Ele deu de ombros. — Não me leve
a mal, irmão. Mas nós dois sabemos que você não faz o tipo dela.

Ele tinha razão. Suspirei, apertando os dedos ao redor da garrafa.

— Vamos sair, você precisa de um par de peitos para tirar a Lili da cabeça, ou talvez você prefira dois, um ménage.

Ele sugeriu, Kj também nunca havia se declarado para garotas, então não sabia como reagir sendo rejeitado por alguém que você realmente gosta, mas eu apreciava a tentativa dele de me fazer se sentir melhor. Soltei uma risada pelo nariz.

— Ela disse que eu tinha minha cama lotada todos os dias.

Eu disse franzindo a
testa, me lembrando de suas palavras.

— Isso nem é muita verdade, nesses últimos dias eu não vi você com outra nenhuma outra garota além da Lili.
Mas o que ela disse é muito você, cara. Você sempre teve sua cama lotada.

Ele disse parecendo pensativo, resmunguei um palavrão.

— Foda-se, cara. Eu estava disposto a ter a merda de um relacionamento, só bastava ela estalar os dedos e eu estava pronto pra cair de joelhos aos seus pés.

Kj arregalou os olhos e piscou lentamente, depois de alguns segundos jogou a cabeça para trás e
começou a gargalhar.

— O quê?

Rosnei me debruçando para frente, recolhendo o maço de cigarros que estava sobre a mesinha central.

— Você quer um relacionamento?

Ele perguntou depois de controlar o riso.

— Eu não sei, mas se ela quisesse eu poderia tentar.

Falei dando de ombros,
acendendo um cigarro em meus lábios. Kj estudava meu rosto para ver se eu estava falando a verdade ou não. Ergui uma sobrancelha enquanto dava uma tragada.

— Droga, eu achei que era uma piada.

Ele murmurou sem graça e depois estalou a língua.

— Certo, você quer ela, mas ela não quer você. Segue em frente, cara. É isso aí. No final, vocês dois ficam bem na fita. Lili se casa com algum príncipe encantado, provavelmente um médico gentil ou um advogado calmo e paciente e eles têm bebês
lindos. E você... — Ele me analisa lentamente. — Você não se relaciona com ninguém então provavelmente morre sozinho.

Dá de ombros.

Eu o encaro quase ofendido.

— Você é um péssimo conselheiro, irmão.

— Eu sei, não precisa ficar falando.

Ele revirou os olhos e o celular em meu bolso começou a vibrar. O puxei para fora e o nome de Melanie brilhava sobre o visor.

— E aí?

Falei sem paciência.

— Modos, Cole. Modos.

Ela soou do outro lado da linha.

— Eu nunca te peço nada, apenas quero que me acompanhe neste leilão beneficente que haverá daqui dois dias.

— O que será leiloado?

Eu havia passado da escala de impaciente para impaciente e entediado.

— Encontros. Mulheres. — Ela pigarreou. — Você sabe... É importante para mim.

Franzi a testa. Era importante para a reputação dela.

— Você quer que eu leiloe uma mulher?

— Sim, apenas leve ela para sair e seja agradável.

Ela queria dar uma boa
impressão no meio de pessoas ricas em que ela se misturava. Soltei uma risada amarga.

— Claro. — falei com ironia. — Depois disso, não me peça mais nada.

Houve uma pausa.

— Tudo bem.

Ela suspirou exageradamente.

— Até breve.

Joguei o celular sobre o sofá e Kj ergueu as sobrancelhas.

— Era sua mãe?

-— Infelizmente, ela quer que eu vá em uma de suas doações. Revirei os olhos. Ela provavelmente ela me faria usar roupas caras e formais, como ternos.

— Um leilão de garotas, hein?

Ele assobiou.

— Cara, eu não quero levar uma garota pra sair, ainda mais agora que...

Eu simplesmente travei.

— O quê?

Ele ergueu as sobrancelhas quando eu não terminei a frase.

— Você sabe o quê. — Cerrei os dentes.

— Entendi. — ele disse tossindo para cobrir a risada. Ótimo amigo.

— Merda, desculpa.

Falou após parar com sua tosse cínica.

— É que é tão engraçado imaginar uma garota te dando um fora porque eu nunca presenciei algo do tipo
com você, a ideia é totalmente absurda.

— Dane-se, cara. Acontece.

Dei de ombros, tentando parecer indiferente.

— Então... quando é este leilão?

Ele perguntou fingindo interesse para mudar de assunto.

— Daqui a dois dias.

— E você vai ter toda aquela merda de smoking e comportamento formal?

Ele perguntou enquanto se levantava do sofá e ia até o corredor.

— É o que parece mas o meu a
Piercing fica. Vai ser como minha marca registrada pra não perder a minha essência e parecer um garoto mimado.

— Isso é uma boa, vai parecer que a ralé invadiu a festa das pessoas nobres.

A voz dele soou abafada indicando que ele estava no banheiro.

— Você diz como se não tivesse vindo de um berço de ouro.

Retruquei. A família de
Kj era dona de alguns hotéis espalhados pelo país, ao contrário de minha mãe, a Sra. Apa era bem divertida e não esbanjava nobreza. Eu passava alguns feriados com a família de Kj, como o dia da ação de graças, era para eu fazer isso com a minha família.

Mas acontece que minha mãe não era exatamente receptiva, tudo que importava para ela era o dinheiro e seu status social.

— Cala a boca, é uma merda ser lembrado de que somos privilegiados quando neste momento alguma criança deve estar morrendo de fome.

Ele apareceu na sala novamente
com a testa franzida. Ele estava certo.

— Cara, a gente precisa voltar para aquela festa.

Kj disse olhando algo em seu
celular e virou a tela do aparelho para mim. Na foto havia duas garotas, onde uma loira tomava um shot de tequila nos peitos da outra.

— Não estou no clima. — falei ligando a TV.

— Eu estou começando a pensar que você virou gay.

— Pense o que quiser, cara.

Murmurei terminando de beber a garrafa de cerveja.

— O único par de peitos que eu queria tocar são proibidos para mim.

— Eu vou me mandar para essa festa, tudo bem pra você?

— Tanto faz.

Falei me levantando e indo até a cozinha buscar algo mais forte,
encontrei uma garrafa de tequila e a levei para sala.

Kj já havia saído, e foi assim que eu terminei a noite, embriagado no sofá do meu apartamento.

{...}

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top