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Lili Reinhart

Meia hora depois estávamos em frente à fraternidade, a música estava muito alta e dava para ser ouvida do lado de fora, Camila desceu indo até o gramado e eu fiz o mesmo.

— Ok, não aceite bebidas de estranhos, nunca se sabe se algo está misturado com o líquido. Geralmente os universitários costumam usar muitas drogas nestas festas. Não
quero que você se torne uma vítima.

Assenti sabendo que toda essa informação era desnecessária, eu já sabia que não deveria aceitar bebidas assim.

— Ok, vamos nessa!

Ela sorriu e segurou no meu braço, ela estava praticamente me arrastando até a porta de entrada já que eu havia ficado imóvel quando avistei a quantidade de pessoas ali dentro. Engoli em seco quando passamos pela entrada, a maioria das pessoas tinham um copo descartável de bebida na mão e dançavam.

— Você quer beber algo?

Cami gritou por cima de todo o barulho.

— Obrigada, mas eu estou bem.

Dei uma longa olhada no local, era uma casa grande. Os móveis haviam sido afastados, formando uma pista improvisada onde as garotas se movimentavam de forma nada sutil.

Quando me virei para Camila novamente ela já não estava mais sozinha, ao seu lado, o ruivo falava algo que eu não conseguia entender por conta do som e da pequena
distância entre nós. Arregalei os olhos e no mesmo momento, ele me encarou. Ele parecia surpreso, e completamente incrédulo, sua boca se abriu e fechou diversas vezes até que
ele conseguiu formular uma frase.

— Caramba, Lili. Você tá muito gata.

Ele disse me avaliando dos pés à cabeça.

Me remexi desconfortável. Cami deu uma risadinha e olhou por cima do meu ombro com curiosidade.

— Nossa...

Alguém sussurrou perto do meu ouvido, me virei rapidamente dando de cara com o garoto da lanchonete, eu nunca soube seu nome.

E eu não sabia se eu queria saber.

— E então você veio.

ele afirmou com os olhos brilhando e Camila deu um sorriso em aprovação. Kj observava tudo atentamente e logo após puxou o celular, deslizou os
dedos com agilidade sobre o mesmo, o enfiou no bolso um segundo depois e saiu guiando a Camila até a pista de dança.

Suspirei.

— É, parece que sim.

— Desculpe, nós nunca nos apresentamos. Eu me chamo Drew.

— Lili.

Eespondi fitando a porta. Eu sabia que ele passaria por ela a qualquer
momento.

— Um belo nome, vamos dançar?

E antes que eu pudesse negar ele me arrastou até a pista improvisada. Minhas orelhas queimaram e eu disse a ele que não sabia dançar.

As garotas ao meu redor se movimentavam como se dependessem disso para respirar. Eu
sabia que não poderia fazer passos iguais a esse. Na verdade, acho que eu não poderia fazer nenhum.

— Eu te guio. 

ele disse colocando as mãos em minha cintura. Sem saber o que fazer segurei em seus ombros, a música que começou a tocar era lenta e íntima, talvez até romântica demais.

Quando a música acabou Drew se afastou um pouco para olhar em meus olhos, então eles cairam para meus lábios.

Seu peito subia e descia lentamente. Eu queria correr dali mas então Cole atravessou a porta, levou cerca de três segundos para ele me encontrar. Seu olhar era surpreso com um misto de adoração, mas então ele desviou os
olhos para a nuca de Drew e sua expressão ficou fria.

Eu iria me arrepender tanto disso, eu sabia.

Mas eu precisava.

Suspirei fundo e tomei coragem, Cole já estava andando em nossa direção quando eu selei minha boca contra a do moreno que estava em minha frente.

Me afastei logo após percebendo que ele estava imóvel há poucos metros de distância, ele me encarava com a
testa franzida e eu me senti péssima por isso. Era necessário.

— Jesus.

Drew murmurou e com a ponta dos dedos, tirou a mecha que caía em
meus olhos e a colocou atrás de minha orelha.

Cole se virou e foi embora.

Observei seus passos largos e seus ombros largos se afastarem.

— Desculpe, eu preciso usar o banheiro.

Me afastei imediatamente, esbarrando por alguns universitários enquanto fazia meu caminho até as escadas. Recebi diversos olhares
furiosos durante todo o trajeto mas não me importei.

Nada me importava neste momento.

Eu havia o magoado. Eu havia o ferido. Eu havia acabado com a química que existia entre nós.

Tranquei a porta do banheiro e me encostei contra ela, deslizando até o chão frio. E então a primeira lágrima escorreu seguida por mais outras.

No final das contas, Amanda sempre tinha tudo o que queria.


{...}

Capítulo pequeno pra vcs não ficarem sem nada, provavelmente eu vou ficar um tempinho sem postar. Por conta de que o wttpd não enviando notificação e as visualizações estão caindo mt, quando normalizar eu volto ❤

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