Capítulo 21.
Me ajuda!

A noite de Lili fora incrível. Seus amigos, Cole e sua mãe adotiva levaram-na para comemorar a audição em um restaurante em Manhattan, e depois foram passear no central park.

Lili não esperava ver Cole até novembro, mas tê-lo de volta de surpresa a fez bem. Algo em sua cabeça começou a funcionar melhor, fazendo-a realizar que precisava colocar um fim nas coisas com Chace. Ele fazia parte de seu passado, e era melhor para todos que ficasse por nele para sempre.

Mesmo sabendo que seu relacionamento com Cole jamais seria aprovado (pela mãe, pela lei, pelos fãs dele), a única coisa que Lili conseguia pensar era poder estar com ele, sem nenhum obstáculo ou problema.

Na manhã seguinte, quando chegou em Los Angeles, decidiu que precisava colocar um fim nas coisas com Chace. Queria ajudá-lo como pudesse, mas não passaria disso. Chace teria que aceitar que dali para frente Lili só poderia oferecer sua amizade, e caso não concordasse, seria o fim definitivo.

"Preciso te encontrar. Podemos nos ver hoje as cinco?"

Lili enviou a mensagem para Chace assim que saiu do banho e jogou-se no sofá para esperar a resposta, que não demorou mais que dois minutos para chegar.

"Claro, te pego às cinco. Mas, se importa de passar na casa de um amigo comigo antes? Preciso entregar um negócio que peguei emprestado com ele. Pode ser?"

Lili encara a mensagem por alguns segundos e suspira antes de digitar:

"Ok."

Algumas horas mais tarde, Lili entrava no carro de Chace e era comprimentada com um selinho no canto de seus lábios.

- Não, Chace. - Lili o repreendeu, arqueando a sobrancelha e ajeitando-se no banco.

- O que eu fiz? - Ele perguntou meio assustado, guardando alguma coisa em seu bolso.

- Você não fez nada. Mas eu vim aqui para conversar.

Chace estreita os olhos, observando Lili sem entender muito bem o que estava se passando em sua cabeça. Sem dizer nada, ele assente em afirmação e arranca com o carro em direção a casa do tal amigo.

- Pode começar a falar, Lili, você está me deixando nervoso. - indagou ao fazer uma curva.

Lili não tinha uma boa explicação para dar a Chace em relação a decisão que havia tomado, então respira fundo e vai direto ao ponto.

- Eu gosto do Cole, Chace. - ela suspira e desvia o olhar para a estrada, encarando-a fixamente para não ter que lidar com as reações do rapaz ao seu lado. - Não sei como isso aconteceu, mas eu gosto dele de verdade. Sei que é impossível ficarmos juntos, mas não acho justo com você, te deixar acreditar que temos um chance quando não temos porque meu coração já está ocupado.

Chace engole em seco e ri desacreditado,

- Como assim está " gostando do Cole"? - questionou virando-se para ela, sem parar o carro. A expressão de raiva e tristeza em seu rosto era misturada demais para distinguir o que sobressaia. - Você está me dizendo que está apaixonada pelo seu irmão, é isso? - questionou em um tom debochado e fez aspas com os dedos no ar
.
- Cole e eu não somos irmãos de verdade e você sabe disso. - Lili choraminga.

- Não é bem isso o que a lei diz. Imagina se alguém descobre essa pouca vergonha, Lili? Você vai ter que voltar para o orfanato e é capaz da sua mãe adotiva ser presa. - sua voz soa sugestiva.

Lili trincou o maxilar e respirou fundo. Ela sabia o quanto era errada e complicada a sua relação com Cole, não precisava que a ficassem lembrando disso a cada cinco minutos.

- Vamos. - Chace chama por Lili ao estacionar em frente a uma casa velha, mas não sem aparência de estar abandonada. Lili hesita e o encara por alguns instantes. - Esse bairro é meio perigoso, é melhor você entrar comigo. - alerta ele.

Lili assente com a cabeça e se retira do carro sem muita vontade, acompanhando Chace.

O celular de Cole tocava escandalosamente interrompendo a reunião com seu agente. Ele pede licença, retirando-se da sala de reuniões para atender a chamada. Cole recostou-se na porta e encarou o celular por alguns segundos, estranhando o fato de ser um número desconhecido, já que pouquíssimas pessoas tinham seu número de celular. Por precaução ele decide atender e gela ao ouvir o tom de voz de Lili do outro lado da linha.

- Cole! - ela chorava de soluçar. - Pelo amor de Deus! Me ajuda! - Lili gritava desesperada.

O pânico toma conta do corpo de Cole ao ouví-la do outro lado da linha, e a única coisa que consegue fazer é deixar o prédio comercial sem avisar, correndo para encontrá-la o mais rápido possível.

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esse capítulo tá curto mas o próximo tá enorme e cheiiiiiio de tensão! o que acham que rolou???

comentem muito e talvez eu poste outro hoje a noite!!!