Eu preciso saber.

Capítulo 27:
Eu preciso saber.
LILI REINHART

Havíamos chegado à Itália à três dias, e eu só conseguia me sentir uma ridícula mal agradecida.

Pela primeira vez, desde o dia em que Rachel apareceu no orfanato para levar-me para casa, eu estava me sentindo estranha, como se não fizesse parte da família. Os pais de Rachel me receberam extremamente bem, mas algo me dizia que Linda, a mãe dela, não havia ido muito com a minha cara. Afinal, em menos de vinte e quatro horas, eu havia lhe ouvido dizer a Rachel que ela estava com enorme problema nas mãos. Esse problema só poderia ser eu.

Quando Cole apareceu no meu quarto na primeira noite, nós passamos boa parte da noite conversando, mas, fomos pegos pela Rachel por volta das cinco da manhã. Ela, aparentemente sem desconfiar de nada, - já que estávamos apenas deitados um do lado do outro conversando - colocou Cole de volta no quarto dele e pediu-me para que eu dormisse, pois no dia seguinte conheceríamos a cidade, o que no fim, fora adiado, e estamos nos aprontando para fazer isso nesse exato momento.

Enquanto visto uma roupa quente e confortável, posso ouvir a movimentação pela casa. Cole gargalha em algum cômodo, enquanto sua avó grita para que ele saia. Rachel está no quarto ao lado do meu, provavelmente se vestindo também, e o senhor Loretto, já está do lado de fora da casa, nos esperando no carro.

_____

Sentada no banco de trás do carro, entre Rachel e Cole, sinto-o envolver seus dedos nos meus, enquanto seu polegar acaricia o dorso de minha mão. Aquele ato simples e carinhoso, faz com que toda a preocupação que ultimamente vem ocupando a minha cabeça, suma completamente.

A vista da cidade é incrível. A maioria das construções parecem castelos ou igrejas, e a sensação que tenho é que estou em meio a um filme medieval. É tudo tão mágico e cinematográfico para meu cérebro estadunidense que mal consigo colocar meus pensamentos em ordem.

Depois de visitarmos a Piazza Grande, guiados pelo maravilhoso sotaque do vovô Loretto, Cole insistiu para que visitássemos o museu arqueológico em que ele ia quando era ainda muito pequeno, e quando chegamos lá, eu fiquei mais impressionada com o exterior do museu que com o museu em si.

O Museo Archeologico Nazionale "Gaio Cilnio Mecenate" é amplo e com uma área verde externa incrível. As colunas de pedra que pareciam restos de castelo localizadas na extremidade frontal do museu foram o que mais me chamaram a atenção, e assim que Cole percebeu isso, avisou aos avós e a Rachel que me levaria até lá, para ver tudo de perto.

- Esse lugar é incrível. - indaguei, oferecendo-o um sorriso quando Cole passou o braço por cima de meus ombros. - Você tinha quantos anos quando foi embora daqui? - questionei no momento em que passamos embaixo de um dos arcos das enormes colunas de pedra.

- Dois, talvez três? Não me lembro muito bem. - Cole olhou ao redor e sorriu. - Mas eu vinha para cá todo ano, pelo menos no natal, até eu começar a ter trabalhos demais para parar até na minha própria casa.

- Eu sinto muito... - coloquei-me de frente para ele e Cole negou com a cabeça, sorrindo pelo canto dos lábios.

- Não é como se eu sentisse falta daqui. - ele dá de ombros. - Tudo o que eu me lembro desse lugar é de passar as férias com os meus avós. Era bom, mas, foi apenas minha infância.

- Você pode assumir que sente saudades de ser o menininho dos seus avós, Cole. - eu sorrio, envolvendo-o às mãos dele nas minhas. - Eu adoraria ter sido a garotinha dos meus avós se os tivesse conhecido. - dessa vez, sou eu quem dá de ombros.

- Hm, e o que você acha ser a minha garota? - ele sorri, e passa a língua entre os lábios. - Não pra eu te tratar como um avô, claro. - esclarece em meio a uma gargalhada e me puxa pela cintura, juntando nossos lábios em um breve selinho.

Sinto um misto de excitação e tristeza ao mesmo tempo. Tudo o que eu queria era poder ser "a garota" de Cole, mas, nós dois sabíamos que jamais seria possível. Cedo ou tarde teríamos que parar de nos iludir, mas eu não queria estragar esse momento, então, apenas movimentei minha cabeça em concordância e roubei-lhe um beijo demorado.

- Vamos, quero que me mostre todo o museu. - falei alto, puxando-o pela mão em direção ao resto das esculturas de pedra.

O dia foi incrível. Comemos comidas típicas maravilhosas, visitamos outros museus e igrejas, e Cole sempre dava um jeitinho de ficarmos a sós, o que resultou em diversos amassos pelos lugares mais escondidos dos pontos turísticos.

No fim do dia, quando cheguei em casa exausta e larguei meu corpo cansado na cama, tomei um tempo para olhar as diversas fotos que havíamos tirado. O álbum de fotos do meu celular tinha registros de imagens minhas com Rachel e todos nós cinco juntos, mas, a maioria eram fotos que eu havia tirado de Cole pelos passeios, e fotos nossas que ele fez questão de tirar em todos os lugares que passamos. Aquilo aqueceu meu coração, me dando a segurança de que pelo menos eu teria fotos nossas para olhar quando precisássemos voltar para realidade e acabar seja lá o que for que tivéssemos.

Duas batidas na porta do quarto me fizeram deixar o celular de lado e me sentar na cama. Respirei fundo encarando a porta, observando-a ser aberta lentamente, revelando uma Rachel com uma expressão preocupada no rosto.

- Posso entrar? - questionou baixo e eu assenti com a cabeça.

Assim que Rachel passou pela porta, me endireitei na cama.

- Aconteceu alguma coisa?

Estranhei quando minha mãe adotiva não me respondeu e preferiu primeiro sentar-se na cama e segurar minhas mãos antes de começar a falar.

- Recebi um e-mail a algumas horas atrás, Lili. Pedi para o meu advogado analisar tudo para ter certeza que é verdadeiro antes de responder, porém, tem uma possibilidade de que sua mãe biológica tenha entrado em contato comigo pelo meu e-mail de trabalho.

A voz de Rachel era calma, mas parecia que ela estava gritando na minha cabeça que a mulher que me abandonou quando eu tinha poucos dias estava de volta.

Eu não sabia o que sentir, nem o que falar. Meu ouvido zunia, minha respiração estava mais desregulada a cada segundo e meu estômago estava embrulhado com o nervoso.

- Eu preciso saber, de você, em primeiro lugar, querida, se você quer que eu a responda. Você quer conhecer essa mulher se ela for mesmo sua mãe biológica, Lili?

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CHEGAMOS A 40K DE LEITURAAAAAS!!! EU TO MUITO FELIZ!!!! OBRIGADA MESMO!!!!!

Já tenho vários capítulos planejados, vocês vão ter altos ataques do coração!!! hahahah

Além disso, quero convidar vocês a ler a minha história nova LOVER, vou postar um capítulo novo dela hoje, se tudo der certo!

É só visitar meu perfil, comentar e deixar a estrelinha, me dizendo se querem ou não que eu continue a história!

E também, quero convidar vocês a ler as adaptações da minha amiga buggielov buggielovs mas essa em especial:

espero que tenham gostado do capítulo!!!

o que acham de eu indicar nos capítulos a frente histórias que eu li/estou lendo pra vocês??

até o próximo!!!

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