꧁ঔৣ 𝕯𝖊𝖘𝖒𝖔𝖗𝖔𝖓𝖆𝖗 ঔৣ꧂
Oi amores!
Nossa já estamos no capítulo 28, nem eu esperava que ia tão longe já que a ideia era ser apenas 15 capítulos hahaha.
Bem boa leitura amores.
. ⋆ ❀:ཻུ۪۪⸙•. ⋆ ❀:ཻུ۪۪⸙•. ⋆ ❀:ཻུ۪۪⸙•
꧁✞ Jimin ✞꧂
꧁ Quatro dias antes ꧂
-Você achou tudo isso no cofre?
-Sim, se lembra do pastor estrangeiro que nos casou?
-Aquele europeu com cara de dor?
-Esse mesmo, acredita que ele tem duas famílias?
-Mentira…
-Juro, e a igreja paga pra segunda família uma boa quantia pra segunda esposa ficar longe e calada.
-Park Jimin, se nada der certo na sua vida você pode virar um belo detetive.
Assim que saí do escritório liguei pra Mirhay, ela tinha que saber de tudo, infelizmente seu pai não era tão santo quanto ela e a igreja pensavam, contei a ela sobre as palavras de duplo sentido ao se referir sobre a rotina do casamento e tudo mais.
A mãe dela pode ser alguém arrogante, prepotente e até atirada para cima de mim, mas ela nunca faltou com respeito comigo nem com ninguém que eu saiba. Além de sua vida na igreja e nos retiros, ela vivia para família e cuidar dela, uma mulher muito bonita no auge de seus quarenta e cinco anos, e por mais que ela seja chata e insuportável ela não merece o marido que tem.
-Você está bem com tudo o que te mostrei?
-Não, mas não é como se eu pudesse fazer algo pra mudar isso, eu esperava que meu pai tivesse se envolvido com algum tipo de desvio de dinheiro e que estava apagando casos assim. Mas não acobertando casos de traições e até abusos sexuais, sem falar no que você me contou sobre o pai do Jungkook, coitado desse garoto, espero que ele não surte quando descobrir tudo isso.
Bufei baixando a cabeça apoiando meus braços sobre a mesa do restaurante que estávamos.
-Eu espero, mas eu tenho que contar pra ele, ele merece saber dessa merda toda.
-E como você está se sentindo descobrindo isso?
-Como se a vida tivesse fodido meu cú sem lubrificante. É uma puta coincidência.
-Acredito mais em destino e em carma, mas seja como for, eu acho que vocês sempre estiveram destinados a estarem juntos de alguma forma.
Algumas horas se passaram até que tudo fosse contado e decidido entre eu e ela, como uma boa amiga que é ela foi ao escritório do advogado que está cuidando do caso do moreno. Apresentei algumas das evidências, as cópias, os vídeos e fotos que consegui coletar, Mir estava cabisbaixa com tudo, saber que o próprio pai era alguém que acobertava tudo aquilo e ainda se dizia tende a Deus era repugnante.
-A senhora sabe que se eu entrar com as acusações seu pai também será alvo delas?
-Sim, mas não posso ficar quieta ou me tornarei tão cúmplice quanto.
-Certo, mas temos dois problemas.
Me endireitei na cadeira sentindo a mão de Mirhay tocar meu braço
-Quais?
-Primeiro, que mesmo que o pastor Jeon quebre a medida e eu entre com o processo contra ele eu ainda preciso de testemunhas, preciso que estejam dispostas a depor contra ele.
-Podemos tentar falar com elas?
-Claro, mas vítimas de abusos geralmente se calam por medo.
-Mas podemos tentar.
-Sim.
-O senhor disse que eram dois problemas.
-Sim, se conseguirmos as testemunhas ainda assim fica faltando que o senhor Jeon Jungkook aceite entrar com processo contra o progenitor. Contra danos morais e psicológicos, creio que já falou com ele.
-Ainda não, mas vou, obrigado doutor.
-De nada, vou guardar tudo isso pra caso precise usar mas espero que não.
-Eu também espero.
-E quanto ao meu pai?
Mir se virou antes de irmos embora.
-Bem a senhora como filha e herdeira pode entrar com processo de delatar seu pai, aconselho a redigir um documento explicando a situação, provando que a senhora e sua mãe não sabiam de nada. Vocês ainda serão investigadas mas com as provas que temos provará que vocês não tem nada com o caso. Se desejar, posso cuidar disso também.
-Claro, faça isso.
-Muito bem, ahh, ia me esquecendo, os documentos do divórcio já estão prontos.
Ele pôs os documentos sobre a mesa, Mirhay foi a primeira a assinar e eu ri com a presa que ela teve de se livrar desse casamento.
-Assina Park.
-Se Importa de ser casada comigo só mais essa semana?
-Me importo, porque?
-Queria assinar isso no jantar com o Jungkook, como um presente.
-Aiaiaiai, Park, Park, isso tá mais pra uma declaração do que um presente. Enfim, apenas assine isso até a próxima semana.
-Que pressa de se livrar de mim, eu não fui um marido tão ruim assim.
-Não tenho pressa de me livrar de você, mas sim de ser feliz.
⋆❀:ཻུ۪۪⸙•.⋆
꧁Uma semanas depois do pedido de namoro ꧂
-JUNGKOOK , anda, vem tomar café você vai se atrasar.
Não demorou muito pra que eu visse meu moreno entrar pela sala e se sentando na bancada que divide o cômodo da cozinha, seus cabelos estavam úmidos e seu tronco exposto pela falta de camisa, ele usava uma calça jeans preta e justa que deixava a mostra a barra vermelha de sua boxer.
Dei a volta na bancada e peguei a toalha que estava ao seu lado colocando em seus cabelos começando a secar.
-Você esteve doente semana passada, não deveria ficar com os cabelos úmidos.
-Foi só uma febre baixa, e você cuidou de mim e eu fiquei bonzinho rapidinho.
Beijei seu pescoço e o abracei por trás.
-Mas não queremos que fique doente de novo queremos?
-Depende, eu vou ganhar beijinhos?
-Não precisa ficar doente pra ganhar beijinhos.
Virei o banco que ele sentava e abri suas pernas ficando entre elas, suas mãos seguraram minha cintura enquanto as minhas seguravam seu rosto, eu o olhava decorando cada centímetro de seu rosto assim como ele fazia comigo. Sua boca sem falar nada me chamava e eu atendi seu pedido, lambi seus lábios para em seguida chupar seu inferior, minha boca foi invadida com carinho pela língua quente do menor, eu podia ouvir nossa música tocando e o mundo parando.
Era diferente eu conseguia sentir o sabor que o amor entre nós tem. -Isso é possível, amor ter sabor? Não importa pra mim, era possível.
Nosso beijo se aprofundou mais, meus dedos puxaram seus cabelos compridos fazendo ele gemer e vibrar em minha boca, suas mãos me apertavam e percorriam um caminho perigoso. Arranhando minhas costas e descendo até minha bunda onde suas mãos se abriram e apertaram com força em seguida. Me puxando mais pra perto dele, sua mão entrou pela calça de moletom que eu usava apertando minha bunda novamente, chegando perto demais de onde não devia me fazendo gemer em surpresa e interromper o beijo.
-Ei,ei,ei, calminha aí, onde você vai com essa mão boba?
-É que sua bunda me parece uma delícia, sabia?
Ele apertou outra vez minha bunda.
-Deu, essa brincadeira já tá indo pra um caminho estranho.
Me afastei dele indo até o outro lado da bancada me virando pra terminar o café.
-Ah Jimin-shi, me deixa ver.
-Você já viu minha bunda, várias vezes.
-Sim, mas não com você deitado de bruços na cama, comigo sentado nela.
-Você já sentou na minha bunda, lembra quando fez massagem em mim? E para de olhar pra minha bunda, consigo sentir ela queimando com seu olhar
-Estávamos de roupa isso não vale, e não tem como não olhar ela é enorme.
Me virei entregando o café para o menor e apertando seu nariz.
-Coma, já está atrasado.
Consegui ver que ele ficou com um bico enorme por eu ter encerrado o assunto, eu entendo ele, sei que talvez ele tenha desejo de perder a virgindade por completo, mas esse assunto é algo delicado pra mim. Seokjin foi o único pra quem me entreguei e ele fez questão de fuder minha visão sobre isso, eu o amo mas preciso de tempo para pensar nisso.
No carro meu pequeno olhava pra janela enquanto brincava com a aliança em seu dedo, coloquei minha mão em sua coxa e a apertei chamando sua atenção.
-Está chateado?
-Não, só pensando.
-Quer me contar?
-Não é nada demais, em um mês meu curso acaba e eu me formo como barista e isso tá me deixando nervoso.
Sua voz não me passava firmeza, ele não estava sendo sincero, mas não posso invadir seu espaço.
Em frente ao café Jungkook soltou o cinto e ficou de lado com os pés sobre o estofado do banco.
-O que vai fazer hoje a noite?
-Tenho uma jantar com a Mirhay e os pais dela.
-Porque?
-Os papéis foram autenticados, e agora estamos oficialmente separados, ela disse que contaria sozinha pra eles, mas acho que eu deveria estar lá já que não seria reação que o maldito do pai dela vai ter.
-Oh, então acho melhor você ir mesmo.
Toquei seu rosto fazendo um carinho com meu polegar em sua bochecha.
-Você queria algo?
-Você disse que eu sempre podia pedir qualquer coisa certo?
-Sim.
Ele pegou minha mão e colocou em seu rosto acariciando sua fase em minha palma, seus olhos me olhavam de baixo para cima, ele estava sendo manhoso.
-Você pode me acompanhar na cerimônia no fim do curso?
Sorri alegre, meu pequeno ainda tem alguns receios sobre como as pessoas vêem casais gays e ouvir ele pedindo pra que eu esteja ao seu lado em algo público aquece meu coração.
-Tudo por você anjo.
Juntei nossas bocas em um beijo, agora eu não tinha mais que me esconder ou esconder minha relação com ele, eu estava livre pra viver esse amor ao lado de Jungkook, com as testas agora juntas ele sorria me olhando.
-Eu tenho que ir agora.
-Eu sei.
Ele saiu e eu baixei o vidro do meu lado do carro.
-Jungkook.
-Sim?
-Eu te amo.
-Também te amo.
⋆❀:ཻུ۪۪⸙•.⋆
-Pelos céus Jimin, vocês parecem dois cachorros no cio.
Tomei o resto da água no copo de cristal vendo meu amigo rir depois que eu contei sobre eu e Jungkook termos transado na escada de emergência do prédio, eu tinha que assinar alguns papéis do corvo, então fui até o clube resolver.
-O que eu posso fazer se meu namorado tem mais energia que eu?
-Ele tem mais energia porque é mais novo que você que já é um velho.
-Vai tomar no cú Namjoon.
-Já tomei meu querido duas vezes hoje.
Acabei por suspirar alto quando me lembrei da conversa de mais cedo com o moreno.
-O que foi?
-Hoje mais cedo, Jungkook apertou minha bunda.
-E daí, ele não toca nela na hora do sexo?
-Sim, mas não é isso, ele me pediu pra ver ela enquanto eu tô sem roupa e de bruços.
-Pera aí, ele é virgem na parte da frente ainda?
-Sim.
-Porra Jimin, coitado dele, libera o cú pra ele o que custa?
-Você sabe muito bem o que custa, eu o amo, não sei que ele não vai fazer o mesmo que Seokjin, mas tenho medo de travar. Medo de lembrar de tudo durante o ato.
-Te entendo, mas acho que deveria tentar, vocês já estão juntos e são até namorados. Sei lá conversa com ele, explica tudo, domina sua mente e tira esse medo daí, esse garoto te ama e isso tá mais que nítido.
-Eu sei, eu sei, eu não me nego a ser o passivo pra ele, só preciso meditar e fazer o que você disse, tirar esse medo de um passado que não vai mais voltar.
-Isso aí, faça isso e de esse cú pro garoto logo antes que ele perca a virgindade com aquele gatinho com heterocromia.
-Namjoon.
-Brincadeira.
-Vou embora antes que eu esqueça que sou seu amigo e bata em você.
No pátio da mansão eu falava com alguns seguranças quando senti minhas costas serem tocadas me fazendo virar rápido, meus olhos queimaram assim como meu sangue, os olhos castanhos me consumiam me causando repulsa pelo toque.
-Ola meu pequeno mochi.
-Seokjin.
Me despedi dos seguranças e caminhei para longe mas não adiantou, Kim continuou a me seguir até que resolvi parar e o encarar.
-Pare de me seguir caralho.
-Que boquinha suja.
-O que você quer, Seokjin?
-Você, mas ultimamente toda vez que te vejo você está com aquele carrapato grudado em você.
-Não fale do Jungkook assim.
Kim deu uma gargalhada alta e se aproximou de mim.
-Meu aniversário está chegando vi aqui reservar uma masmorra, eu ainda estou esperando sua resposta.
-Eu não vou cair no seu jogo, bota de uma vez por todas na sua cabeça que eu te odeio, que eu jamais vou encostar em você a não ser pra te encher de soco. Para de me perseguir, para de mandar aquelas porcarias de doces para minha casa, eu nunca mais vou me deitar com você, eu te odeio.
-Tsk,tal,tsk, que maneira feia de tratar que te ensinou tudo sobre sexo, talvez você esteja precisando de uma boa punição. Mas tem que ser algo que doa muito, ah, e se eu machucar aquele carrapato?
O segurei pela gola da camisa, nossos narizes se tocavam.
- Não ouse pôr as mãos nele ou eu mesmo te mato seu desgraçado.
Ele fez um bico e quando eu menos esperava me arrancou um selar rápido, e eu me afastei rápido vendo ele caminhar para longe com as mãos nos bolsos.
-Se não quer que ele sofra nada acho melhor me responder o mais rápido possível, e ensine ao seu bichinho de estimação a olhar por onde anda, ele pode acabar sofrendo um acidente. Minha paciência está no limite, e eu vou ter o que quero de um jeito ou de outro.
Quando eu saí pra cima dele meu celular tocou, era Mirhay , ela estava chorando desesperada pedindo pra que eu a encontrasse em nossa antiga casa.
Mesmo que minha vontade seja matar Kim aqui e agora, minha amiga era mais importante no momento. Corri entre as ruas o mais rápido que pude, quando cheguei em frente a casa que me serviu de lar por tanto tempo reparei dois carros, um deles sendo de Mir e o outro de seu pai.
Eu não tinha um bom pressentimento daquilo, algo me falava que eu tinha que correr ainda mais rápido, e foi o que fiz.
A porta da frente estava aberta, e de fora eu já ouvia os gritos vindo da parte interna da casa.
-Vagabunda, como pode fazer isso, o que vão pensar da nossa família?
-Que se foda essa família a igreja e o diabo a quatro, ninguém mais vai me dizer o que fazer.
Entrei na casa vendo minha ex-sogra aos prantos enquanto Mir chorava do que aparenta ser raiva.
-Que porra tá acontecendo aqui?
Corri até a mulher que durante anos esteve ao meu lado e a abracei, seu corpo tremia.
-O que foi Mirhay, que escândalo é esse? Dá pra ouvir os gritos lá de fora.
-Eles já sabem que nos separamos.
-Porque você contou sozinha, eu disse que estaria com você.
-Ela não contou.
O nobre e mentiroso arcebispo chutou a mesinha de centro fazendo sua esposa dar um pulo no sofá, soltei Mir e fique cara a cara com ele.
-Viemos mais cedo, estávamos curiosos com o convite de vocês, achávamos que iriam dizer que essa aí estava grávida e queríamos fazer uma surpresa, mas quem teve a surpresa fomos nós. Pegamos ela e a Janni se agarrando no sofá.
Olhei bem no fundo dos olhos dele, eu já estava tomado pela raiva só de ver Seokjin, e ouvir esse velho nojento falar só estava piorando o que eu estava sentindo.
-Aconselho ao senhor cuidar a boca e as palavras que saem dela.
-Ou o que Park, vai me bater, acha mesmo que a comunidade cristã vai te deixar livre se encostar em um líder religioso? Como defende uma mulher que te traiu com outra?
-Porque não houve traição, não é traição quando os dois sabem de seus relacionamentos extraconjugais.
Ouvi uma porta abrindo, Jenni saiu do banheiro com o lado esquerdo do rosto vermelho, eu tinha quase certeza do que tinha acontecido. Cravei minhas unhas na palma da mão com tanta força que senti minha pele arder.
-Jenni diz que isso no seu rosto não é o que tô pensando.
Ela baixou os olhos e eu perdi a cabeça, parti pra cima dele com toda a raiva que eu tinha acumulada desde a hora que vi Kim em minha frente.
O primeiro soco foi certeiro em seu nariz que começou a sangrar na hora, ele se desequilibrou mas não caiu, me segurou pela camisa e me devolveu o soco. As três mulheres tentaram nos separar, mas só me afastei quando a mais velha entre elas se pôs no meio pedindo por favor.
-Eu vou te processar por agressão.
-Ótimo, faça isso e aproveite e deixe seu advogado a par das merdas que você esconde no cofre do seu escritório.
A mais velha olhou para o marido perguntando sobre o que eu falava, mas o ele não respondia apenas me encarava.
-Vamos, conte a ela que além de ser um covarde que bate em mulher, o senhor também é um traidor que dorme com as mulheres do abrigo da igreja, fala que você ameaça pôr elas pra fora sem ter onde morar se elas não chuparem esse pau mucho. Aproveita e conta sobre todos os outros casos envolvendo pastores e membros que o senhor acoberta sem falar dos desvios de dinheiro. Se a senhora quiser tenho todas as provas muito bem guardadas.
Ele tentou mais uma vez vir contra mim, mas Mir entrou no meio.
-Pai vai embora, sai da minha casa agora.
-Sua … tenho vergonha de ser teu pai.
-E eu de ser sua filha, e vá atrás da sua mulher que já está indo embora antes que ela tenha um treco e o senhor seja culpado de algo pior.
-Você destruiu essa família Mirhay, você e essezinho aí.
Ele passou por mim batendo em meu ombro e gritando algo que não entendi, voltei meu olhar para as duas mulheres que estavam ali e me aproximei, me ofereci para levar Jenni ao hospital mas ela se negou.
Mir acalmava a amada ao tempo que tentava se acalmar, arrumei a bagunça na sala e no quarto principal da casa e preparei um chá para as duas.
-Bebam, é camomila com gengibre.
-Obrigada Ji.
-De nada, vocês vão dar parte dele né?
-Eu não sei, Jenni e eu conversamos, não dá mais, decidimos ir embora da cidade do país se for preciso.
-Tem certeza disso?
-Tenho, vamos pra um lugar onde possamos ficar juntas, onde vou poder tornar Jenni minha esposa finalmente.
-Seus pais já sabem disso, Jen?
-Sim, eles que nos aconselharam a irmos embora, eles entenderam que não importa o que aconteça, Mir e eu nunca vamos deixar de nos amarmos.
-Não se preocupe Jimin, se você ainda precisar de mim pra qualquer coisa é só me ligar e eu volto correndo.
-Te digo o mesmo.
Mirhay é uma mulher incrível, queria muito que tivéssemos dado certo em algum momento do passado, mas acho que nossos destinos correram para onde era nosso lugar.
No caminho de volta pra casa me peguei pensando. - Será que eu devo me afastar de tudo isso, deixar toda essa merda pra trás, pegar meu moreno pela mão e ir embora? - Quem sabe pra um lugar assim como Mirhay onde um dia eu posso fazer dele meu marido?
Estava tão inerte em meus pensamentos que quando parei o carro no sinal vermelho me peguei a metros do estabelecimento onde o pequeno trabalha. Estacione o carro no outro lado da rua, pelos vidros limpos do local eu conseguia ver Jungkook andando de um lado para o outro sorrindo para todos em seu caminho.
Entrei no café chamando a atenção por conta daquele sino barulhento, seu olhar veio até mim e sua cabeça se inclinou para o lado em um sinal calmo junto ao sorriso que aumentou ao me ver.
-Já lhe atendo, senhor.
Jungkook é um provocador filha da puta, o tom de voz que usou para se referir a mim foi mais doce e inocente do que de costume, mordi o lábios confirmando o local que eu sentaria.
Jackson me encarava negando com a cabeça, segundo ele eu tinha virado um bloco de açúcar depois que comecei a me relacionar com o menor, mas segundo ele isso era bom pro negócio dele já que eu tinha virado cliente frequente do local.
-Quer fazer seu pedido senhor?
Vesti minha melhor cara de provocador olhando para o mais novo de pé ao meu lado.
-Um café gelado puro.
-Algo mais?
Olhei em volta e aproveitei que ele estava bem ao meu lado e apertei forte sua bunda.
-Creio que isso não está em nosso cardápio senhor.
-No de vocês não, mas no meu sim.
Ele sorriu ficando com as orelhas vermelhas, enquanto eu esperava que ele voltasse meu celular tocou, na tela o nome da clínica que meu pai está brilhava, hoje está sendo o dia pra me tirar do sério.
-Alo.
' - Senhor Park, precisamos que o senhor venha até a clínica.'
-Estou ocupado, se for algo financeiro pode ligar pro meu advogado.
' - Senhor, seu pai está em falência, o coração parou, junto aos demais pegando, precisamos que decida se vai desligar os aparelhos ou não.'
A voz do médico responsável estava séria, não nego que saber que meu pai está realmente morrendo não me machuca um pouco, afinal ele é meu pai, e eu não sou um monstro igual ele.
-Tudo bem, chego aí em alguns minutos.
Levantei da mesa pegando minha carteira e celular, o mais novo percebeu minha agitação e se aproximou rápido me perguntando o que tinha acontecido, contei sobre a ligação e ele se ofereceu pra estar ao meu lado.
Quando confirmei que queria ele ao meu lado, ele correu até os fundos para trocar de roupa e avisar Jack que iria sair mais cedo, assim que voltou ele entrelaçou nossos dedos sem se importar com os olhares sobre nós, e só isso já me deixou melhor. Jungkook pode ter seus medos, seus próprios fantasmas para lutar, mas a forma que ele deixa tudo de lado para ajudar outros mostra o quão forte ele é e vem se tornando.
Quando chegamos na clínica meu peito apertou e minhas mãos começaram a suar, minha cintura foi abraçada pelo mais novo, no quarto toda a visão que meu pai passava a anos atrás se desfez.
O sim dos aparelhos era alto, respiradores e controladores de frequência cerebral fazia seus trabalhos enquanto o aparelho que antes monitorava seu coração estava desligado. A aparência fraca e mórbida do corpo sobre a cama era de longe o homem que antes atacava e batia de frente com qualquer um que ia contra seus princípios..
-Senhor Park, tentamos o possível mas o coração não resistiu e acabou rompendo a artéria principal, os demais órgãos estão falhando também, sinto muito mas não temos mais o que fazer.
-E esses aparelhos funcionando?
-Apenas para manter o cérebro funcionando assim como a máquina que mantém a circulação do sangue e oxigênio para o corpo. Se o senhor decidir desligar os aparelhos tudo acaba.
-Ele está sentindo dor, ou vai sentir se desligar?
-Não, será tudo indolor e o mais confortável possível.
-O senhor pode me dar cinco minutos pra me despedir dele?
-Claro, vou preparar os papéis para o senhor assinar, com licença.
Jungkook estava seguindo o médico para fora do quarto, mas eu segurei sua mão.
-Pode ficar comigo?
Ele assentiu e se sentou na poltrona ao canto do quarto.
Eu não sei dizer muito o que sinto nesse momento, se é alívio ou dor, lembranças vem e vão na minha cabeça, momentos difíceis onde na adolescência eu só queria ser amado por meu pai, queria ter lembranças boas como talvez eu e ele jogando futebol em alguma praça enquanto a chuva caia talvez até tomando sorvete em um parque de diversões.
Mas infelizmente o que tenho são apenas lembranças tristes, surras e palavras que me machucaram de dentro para fora, quis tanto o amor de meu pai que procurei outro tipo de amor que só me fez mal, tanto quanto.
Quando ele apresentou os primeiros sintomas da doença eu não liguei, e às vezes até quis concordar com com Namjoon de apenas largar ele na clínica e esquecer dele, mas eu prometi a mim mesmo que não seria o monstro sem coração que ele foi pra mim.
Podem achar que eu sou louco ou errado por cuidar de alguém que tanto me machucou, mas eu não vou dar como ele, ele é meu pai e isso não vai mudar mesmo que eu queira. Eu não posso mudar o que me aconteceu no passado, mas posso garantir que tudo será melhor no futuro, ele pode não ter orgulho de mim, mas eu tenho de mim mesmo e agora tenho alguém que me ama e se orgulha de mim.
Eu acredito que o que fiz foi o certo e que um dia talvez isso seja recompensado, ou talvez já esteja sendo, se ele irá para o céu ou para o inferno não sei dizer e talvez nem me importe, as coisas feitas por ele serão cobradas no outro lado.
Eu não posso mais fazer nada além de me despedir e continuar a viver minha vida, só que agora em paz.
Me abaixei e beijei sua testa, dei uma última olhada em seu rosto sentindo dor e tranquilidade ao mesmo tempo.
-Eu te perdoo pai.
Não posso dizer que estou totalmente triste mas não me sinto bem, em casa Jungkook tratou de fazer chá com pão de mel, ele não disse nada nem perguntou, apenas ficou ali ao meu lado em silêncio e isso era tudo que eu precisava.
Eu sentia seus dedos fazendo carinhos em minha cabeça que estava em seu colo, eu não sei o que ele assistia na televisão mas sentia ele dar pequenos pulinhos ao tentar segurar suas risadas.
Me virei em seu colo observando seus olhos me encarando e sua mão quente acariciando minha bochecha.
-Achei que estava dormindo.
-Só estava pensando.
-No que?
-Que eu te amo muito.
-Eu também te amo.
Podem dizer o que quiserem mas eu sou um gay derretido por esse garoto, levantei sua camisa e escondi minha cabeça embaixo dela, distribui beijos em seu abdômen o que fez ele rir e implorar para que eu parasse. Me sentei no sofá e bati em minhas pernas para que ele sentasse nelas, suas pernas me abraçaram assim como seus braços em meus ombros.
Não importa o que aconteça se eu tiver ele ao meu lado eu estarei bem, assim que nossas bocas se juntaram para um beijo o interfone tocou e ele saiu do meu colo.
-Eu pedi pizza.
Jungkook desceu para buscar a pizza e eu arrumei mesa enquanto isso, quando ele voltou tinha uma cara séria e o rosto vermelho.
-O que foi?
-Acho que isso é pra você.
Ele me estendeu um envelope preto com detalhes em prata.
A minha raiva era grande demais, rasguei o papel em pedaços, estava farto de tudo, acabei chutando a cadeira da mesa e jogando um copo no chão que se esparramou em pedaço, eu não sabia mais se minhas lágrimas era de ódio, raiva ou dor, só sei que tudo que aquele dia trouxe me fez explodir.
-Jimin para e respira.
A voz de Jungkook estava longe demais, eu só sentia meus punhos arderem pelos socos que eu dava na parede, meu corpo só parou quando eu tive minha cintura agarrada por trás.
-Por favor Jimin, para, tá me assustando.
Acabei por me entregar e cair de joelhos com o menor junto ao meu corpo, seus braços me envolviam e eu podia sentir sua respiração em minha nuca.
-Me perdoa, mas é que hoje, hoje tudo tá dando tão errado, anjo, eu só queria que…
-Pshii, eu não sei o que exatamente aconteceu hoje pra você estar assim, mas você tem todo direito de pôr pra fora sua tristeza e sua raiva. Chore, grite o quanto quiser, apenas não se machuque por favor. Vem, vou te dar um banho e depois vamos dormir de conchinha tudo bem?
-Eu vou limpar isso.
-Jimin, deixa isso que eu limpo depois, você sempre cuida de mim quando eu preciso, me deixa cuidar de você agora.
⋆❀:ཻུ۪۪⸙•.⋆
꧁✞ Jungkook ✞꧂
Ver Jimin com tanta raiva a ponto de chorar me assustou, não por medo, mas porque nesses quase oito meses juntos eu nunca vi ele desmoronar.
Eu não sei o que aconteceu e nem vou perguntar, vou esperar o tempo e respeitar o espaço dele assim como ele sempre respeitou o meu. Sei que o envelope era de Seokjin pois a dias caixas de doce mochi vêm chegando em nossa casa e eu os jogo fora antes que Jimin veja, não por ciúmes, mas pra que ele não tenha que se lembrar de algo que o fez tão mal.
Depois de muita briga após o banho sobre eu ser a conchinha de fora ele acabou cedendo e dormindo, fiquei ali acariciando seus cabelos loiros, aproveitando nossas pernas entrelaçadas e nossas temperaturas diferentes se misturando.
Assim que ouvi seu ressonar baixo que provava que ele estava cravado no sono eu me afastei com total cuidado possível, observei outra vez quando ele trocou de posição ficando de bruços com os braços flexionados embaixo do travesseiro, fazendo suas costas musculosas se destacarem junto a tatuagem tão bonita do corvo.
Prendi meu cabelo e fui até a área de serviço pegar tudo que eu precisava pra limpar os cachos espalhados.
-Luvas, eu tinha certeza que tinha comprado.
Acabei por ignorar a falta das luvas, limpei tudo mas quando fui me abaixar pra pegar o último caco de vidro acabei cortando meu dedo nele.
-Merda.
Lavei o ferimento e fui atrás de um band aid, revirei tudo e não achei, talvez eu tenha esquecido.
-Acho que tem na gaveta da estante.
Abri a pequena gaveta ao lado da televisão da sala, revirei tudo e achei o curativo e o coloquei, quando fui fechar a gaveta novamente um pequeno papel amassado chamou minha atenção.
-Jimin e essa mania de guardar os recibos de supermercado.
Eu estava enganado, o papel em questão era um bilhete de Seokjin, falando sobre seu aniversário e que queria fuder Jimin em uma sessão, o que chamou minha atenção foi a parte que dizia sobre o que eu ia achar de o ver em tal situação nas imagens do SD.
O motivo não sei, mas procurei qualquer SD que estivesse naquela gaveta e achei dois, corri até o quarto e peguei com cuidado o notebook e os fones de ouvido.
Na sala abri o primeiro mas estava vazio, no segundo apenas uma pasta com o nome "cachorrinho mochi", eu sempre disse que um dia minha curiosidade iria me deixar em maus lençóis e acho que esse dia chegou.
' Que obediente, merece um prêmio, talvez eu devesse fuder esse seu cú, o que acha, o que acha meu pequeno mochi, você quer isso? '
' Sim meu senhor '
As imagens a seguir eram de Jimin vestido de látex em uma camisa que prendia suas mãos para trás, semelhante a uma camisa de força melhorada, era possível ouvir os sons das peles se chocando assim como os gemidos de ambos. A pele das pernas de meu mestre tinham hematomas de cores diferentes mostrando que alguns eram mais velhos e outros recentes.
Senti algo morno escorrer em meus olhos, eu estava chorando, meu peito doía, mas não como quando eu estava triste e nem era por Jimin.
Raiva?
Eu estou com raiva de Seokjin, minha vontade era de achar ele e socar sua cara, Jimin apareceu no arco da porta da sala coçando os olhos, arranquei o SD da entrada e guardei o papel no bolso do calção.
-Anjo, vem deitar.
Sequei minhas lágrimas rápido.
-Porque está chorando?
-Estava assistindo um filme triste, vamos voltar pra cama.
Estendi minha mão pra ele mas ele me virou e selou nossos lábios.
-Tem certeza que foi só isso?
-Sim, agora vamos, estou com vontade de ser a conchinha de dentro.
. ⋆ ❀:ཻུ۪۪⸙•. ⋆ ❀:ཻུ۪۪⸙•. ⋆ ❀:ཻུ۪۪⸙•
Muita merda pra um capítulo só né?
Mas não se preocupem, ainda tem mais de onde elas vieram hahaha.
Beijinhos de arco-íris nos corações 💋🏳️🌈💜
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top