꧁ঔৣ M𝖆𝖉𝖚𝖗𝖔 ঔৣ꧂
Oieee!
Não iria ter att hoje aí vi que batemos 26k de leitura, então fiz essa capitulo bem soft pra vocês.
Obrigada por todo o carinho que vocês tem dado a My Time e por todas as outras obras.
Boa leitura meus amores!
. ⋆ ❀:ཻུ۪۪⸙•. ⋆ ❀:ཻུ۪۪⸙•. ⋆ ❀:ཻུ۪۪⸙•
꧁✞ Jungkook ✞꧂
Eu nunca me senti tão amado e protegido quanto no dia que voltei para casa, ver Taehyung sem aquelas roupas sociais e com um sorriso no rosto que eu nunca tinha visto, meu melhor amigo e até Namjoon que nunca foi muito com minha cara, ver todos ali comemorando minha recuperação me aqueceu imensamente.
E mesmo que Seokjin tivesse aparecido e vomitado tudo o que disse, eu não me abalei, não como achei que seria.
Filmes, novelas e livros sempre davam a entender que o casal se separava quando o vilão aparece, que o amor do casal só ficava forte depois que ambos ficavam longe um do outro, que o ciúmes reinava e era tóxico até um deles perceber que estava errado, e só depois de tudo isso ficariam juntos. Faziam com que o malvado tivesse boas razões para ser como era, davam traumas ao personagem para justificar suas maldades.
Jimin e eu tivemos nosso momento onde erramos um com o outro, ele por não me contar desde o início sobre minha mãe e não dividir seus medos comigo, e eu por não ouvir e não querer entender seus motivos, mas não deixamos que isso nos afastasse, nos separasse, e mesmo que eu tenha sofrido um acidente, soubemos encarar isso da melhor forma.
Ouvimos um ao outro, de verdade, não nos iludimos com contos de fadas onde um discurso de arrancar lágrimas seria feito, não, fomos nós mesmo ali, pedimos desculpas e fomos desculpados.
Porque quando amamos de verdade não precisamos de um discurso a nível nobel da paz para entender e perdoar, quando amamos sabemos que um simples ' me desculpe ' significa um infinito de sentimentos quando dito de forma sincera.
Sinceridade, acho que isso sempre esteve presente entre nós dois, mesmo que eu tenha demorado mais pra entender como funcionava, Hoseok fala que meu relacionamento com Jimin é maduro demais, e que está feliz por isso, por Jimin ter paciência em me ensinar como o mundo funciona dentro e fora do quarto.
Mesmo que meu mestre me diga que eu sou bom em entender e aprender, que fui e sou forte por passar por tudo que passei, eu ainda digo que grande parte dessa minha força e vontade de viver veio de Park Jimin, do meu lobo em pele de cordeiro.
Eu sei que tudo dependeu unicamente de mim, mas sem o apoio dele, da calma,carinho, amor que ele me deu e me dá eu talvez teria desistido a muito tempo de me achar, teria me perdido no que meu progenitor queria para mim, e isso estava próximo de acontecer se Jimin não tivesse me ajudado a me achar.
— Anjo, você viu onde minha camisa vermelha está?
— Ah, está?
— Você não tem suas camisas não?
— As suas são melhores.
Jimin se aproximou me abraçando pela cintura escorregando suas mãos até minha bunda.
— É, elas realmente ficam melhores em você.
— Seu safado.
Uma semana passou desde o incidente com Seokjin em nossa casa, e daqui a dois dias temos nossa primeira audiência contra meu 'pai', falar essa palavra não faz mais sentido pra mim, mas é algo que não posso negar ou desfazer.
— Eu fiz café e tirei uma forma de biscoitos de manteiga do forno.
— Não devia estar fazendo força, ainda nem tirou os pontos.
— Tenho que extravasar minha energia de alguma forma, já que a maneira que eu quero você me nega.
Beijei rapidamente seus lábios cheinhos e sai para cozinha sendo seguido por um Park resmungando que não fez sexo comigo por medo dos pontos abrirem e para não forçar minha perna engessada.
— Eu vou tirar eles hoje, se depois disso você me negar qualquer contato eu vou bater em você Park Jimin.
— Quem gosta de apanhar aqui é você meu anjo.
— Exato, então trate de pensar em como vai bater em mim.
— Quando foi que você se tornou esse grande safado, em?
— Quando aceitei me tornar seu submisso.
Ele me puxou para sentar em seu colo, beijou meu pescoço, e fez questão de me alimentar dando biscoitos em minha boca, isso virou um ritual desde que voltei do hospital, eu gosto não nego, até chamo Jimin de daddy às vezes o que descobrir deixar ele sem jeito e de bochechas vermelhas.
— Você falou com o Tae sobre o seu ex?
— Sim, no mesmo dia que descobri sobre eles, ele também me contou sobre o passado dele e os motivos de ter terminado com o Jackson e a Amanda.
— E o que você acha do seu ex ter sido a pessoa que despertou Taehyung depois de tantos anos?
— Não tenho que achar nada, Yoongi foi alguém importante no meu passado, mas não significa que por isso sou dono dele ou empecilho sobre com quem ele se relaciona. Nossos caminhos não estavam destinados a estarem juntos.
— Humm.
— Para de ciúmes Jimin-shi.
— Não tenho ciúmes.
— Há, não, imagina.
Ele me deu um tapa na bunda quando sai de seu colo, no banheiro demorei mais que o normal para tomar banho já que tenho todo um preparo para proteger o gesso, mesmo eu dizendo que não precisava Jimin fez questão de comprar uma cadeira de banho para facilitar.
É tão engraçado pois até no banheiro nossas coisas se misturam, sabonetes, cremes, shampoos, quem olha diz que somos casados a anos.
Quando sai do banho fiquei um bom tempo encarando minhas cicatrizes, a que está em minha barriga por conta do transplante não me incomoda tanto, o médico falou que dos três tipos de operação a minha foi a que deixa a menor cicatriz possível, ela está avermelhada e inchada ainda mas acho que vai ficar tudo bem.
Mas a outra, ela está cicatrizando bem também, mas não gosto de olhar, ela me traz tantos sentimentos ruins que me causam um bolo na garganta, me fazem ter a certeza do desprezo de alguém que deveria me amar e me proteger, má aceitar e apoiar.
Antes que meus olhos sejam tomados por lágrimas outra vez, sinto o toque gelado percorrer minha coluna e o toque do queixo de Jimin em meu ombro. Sua destra abraça minha cintura enquanto a canhota tem os dedos tocando levemente a cicatriz que tanto desprezo, ela vai do meio das costas até a parte da frente da minha cintura.
— Um beijo pelos seus pensamentos.
— Não é nada, só não quero parecer fraco.
— Anjo, você vem tentando ser muito forte nessa semana, saiba que chorar de ódio, raiva ou tristeza não é fraqueza. Você carregou e suportou muito nos últimos meses, e agora está cheio, então deixe sair, extravasa essa dor, a angústia e a raiva tudo que quiser.
— É que essas cicatrizes elas.. eu… Jimin eu… eu…
Meu corpo foi virado, me fazendo agarrar a cintura fina de meu amado, enterrei meu rosto na curva de seu pescoço e derramei minhas primeiras lágrimas, caminhamos assim até a cama onde ele se sentou e me pôs em seu colo outra vez.
Enquanto eu chorava ele me vestia com cuidado e em silêncio, Jimin sempre soube me dar meu espaço, me dar silêncio quando eu precisava ser ouvido e para entender tudo, eu sempre fui grato por isso, como estou agora por ele apenas me ouvir chorar enquanto me veste e me dá carinho.
— Quer ficar deitado até a hora de irmos tirar os pontos?
Afirmei em silêncio e sorri ao ver que ele deitou me ajudando a deitar em seu braço, minhas costas se alinharam em seu peito, minha cintura foi abraçada depois que ele pôs um travesseiro entre minhas pernas para que o gesso não me machucasse.
Minhas lágrimas continuavam a cair, mas eram mais brandas graças ao carinho reconfortante que os dedos gelados faziam em meus cabelos.
— Quando soldados vão para guerra eles lutam com tudo que tem para sobreviver, eles vão sabendo disso, sabendo que se voltarem para casa, podem voltar sem um braço, uma perna, ou cheios de cicatrizes.
Seus braços se envolveram em meu corpo me apertando com amor ao seu corpo, seu rosto estava em meu pescoço me dando beijos quentes.
— Você foi enviado para uma guerra sem preparo algum meu amor, teve que aprender a lutar com as armas que tinha e sobreviveu a ela. Entendo que não goste delas, que te dão lembranças ruins, que te dão raiva, e você têm total direito de se sentir assim. Mas lembre sempre que todo soldado carrega na pele medalhas de uma guerra vencida em forma de cicatriz. Você foi e é um grande soldado que venceu a maior guerra, a vida, nem todos conseguem vencer ela.
— Obrigado.
— Não tem que me agradecer meu amor, eu sempre vou estar aqui para te lembrar do homem incrível e forte que você é.
Não sei como ou em que hora, mas acabamos pegando no sono e só acordamos quando o celular dele começou a tocar, por sorte faltava meia hora até minha consulta e graças a deus o hospital era próximo da nossa casa.
— Era a minha mãe.
— Aconteceu algo?
— Não, é que a Hannah queria saber se você estava bem.
— Humm.
Jimin vestiu uma camisa simples e calçou seus tênis, enquanto ele estava de joelho na minha frente colocando o calçado no único pé que podia, eu observava ele, pensava em tudo principalmente que talvez eu devesse dar uma chance a única coisa que ainda não começou a se resolver na minha vida.
— Você acha que eu devo dar uma chance para ela?
Ele apoiou sua cabeça em meus joelhos, levei minha mão até sua bochecha para fazer um carinho.
— O que eu acho não importa, o que importa é o que você quer e se isso vai te fazer bem. Se você acha que está pronto para encarar ela e ouvir o que ela tem a dizer eu vou te apoiar, mas se você acha que só vai estar pronto pra isso daqui dez anos, tudo bem, eu vou estar aqui para te apoiar também.
— Dez anos, pretende ficar ao meu lado tanto tempo assim?
— Se você soubesse.
— Soubesse o que?
— Nada, agora vamos antes que ficamos mais atrasados.
A consulta foi rápida, a retirada dos pontos foi desconfortável mas não doeu como eu imaginei que iria doer, fiquei bem triste ao saber que tomarei para o resto da minha vida os imunossupressores para que meu corpo nunca rejeite o órgão transplantado.
Minha alimentação não vai mudar tanto, mas devo evitar muita gordura e álcool, este último não me afeta já que não tenho o hábito e nem gosto de beber, mas a gordura, meus doces amados, mas o médico disse que posso comer mas com cautela.
Agora mesmo estamos em uma mesa na calçada de um restaurante, Jimin com seu café e eu me afundando nas tortinhas de amêndoas, apenas duas claro, já que Jimin está disposta a controlar minha alimentação para que eu não passe mal.
— Aqueles ali não são o Taehyung e o Yoongi?
Olhei para onde ele estava apontando e vi os dois cotados de mãos dadas vindo em nossa direção.
— Sim, são eles.
— Saco.
— Taehyung é seu amigo.
— Mas o baixo não.
— Meu deus para com isso.
Antes dele me responder algo os outros dois chegaram em nossa mesa, Tae nós comprimentou com abraços e beijos, me perguntando como eu estava e me deu outro beijo quando falei que estava bem.
— Oi sweetheart, como está se sentindo? Tete me contou o que aconteceu.
— Estou vivo, me recuperando.
Yoongi coçou a nuca e eu pude ver que ele não sabia o que dizer.
— Hyung contou sobre SeokJin?
— Sim, eu juro que não sabia de nada, se soubesse eu jamais.
— Tudo bem, Taehyung não conhecia ele, Jimin e ele se tornaram amigos muito depois de Seokjin ter partido, não tinha como nenhum saber.
— Em pensar que me deixei levar por aquele rostinho bonito.
— E pela sentada dele também.
Taehyung disse sem pensar o que ocasionou um tapa em sua cabeça.
— Desculpa.
— Eu tentei ligar para ele, saber o porquê de tudo isso, mas a única coisa que ele disse foi que era divertido e me mandou nunca mais ligar para ele.
Jimin parecia incomodado, se mexia na cadeira a cada dois segundos.
— Acho que nós já vamos, ainda precisamos arrumar nossas malas.
Olhei para meu antigo instrutor esperando uma resposta. Nós, malas?
— Eu ia contar mas não achei tempo, Yoongi me chamou para viajar com ele, eu me tranquei por muito tempo dentro de mim. Nós não nos amamos, mas nós encaixamos bem, temos uma conexão boa em várias formas diferentes, então vou me permitir essa aventura.
Abracei meu amigo, acho que todos devemos dar uma segunda chance para vida, para nós mesmos.
— Seja feliz hyung, e mantenha contato, irei sentir sua falta.
Jimin se levantou e abraçou o amigo desejando felicidades, e prometeu ao Yoon que se fizesse Tae chorar iria matar ele.
Não demorou até estarmos sozinhos outra vez, risadas e conversas fora.
— Vou buscar o carro.
Esperei por Jimin e aproveitei o tempo sozinho, Taehyung está dando uma nova chance para sua vida, a vida me deu uma segunda chance ao me apresentar Jimin.
É, a vida é cheia de segundas chances, e isso está me deixando estranho, Jimin perdoou o pai no leito de morte porque não queria ser igual a ele, não queria carregar a dor que seu pai despejou sobre ele.
Eu não quero ser como meu pai, não quero afastar as pessoas que amo e que me amam por estar cheio de mágoa e raiva, não eu não quero ser assim.
— Cheguei, vem, vou te ajudar a entrar no carro.
— Estou pronto.
— Pronto?
— Sim, você pode me levar até a minha mãe?
— Você tem certeza disso?
— Sim, eu quero ouvir o que ela tem a me dizer.
O beijo na minha testa era sinal que a promessa feita por ele de que não importa o que eu decidisse ele estaria ao meu lado, seria comprida.
A paisagem mudou a cada rua passada, o bairro era calmo e cheio de casas simples e lindas com jardins floridos e árvores bem regadas.
A casa onde estacionamos tinha uma cor salmão, janelas brancas, roseiras e um balanço na varanda, era uma casa realmente bonita, Jimin abriu o pequeno portão e me ajudou a chegar até a porta que logo foi aberta sem que precisássemos bater.
— Filho, eu vi seu carro pela janela.
— Oi mãe, ahh, Jungkook quis vir, espero não ter chegado em uma hora ruim.
— Claro que não, vocês sempre são bem vindos, entrem. Oi querido.
A mãe do loiro me abraçou pelos ombros me guiando para o interior da casa.
— Vou chamar Han, só um minuto.
Jimin segurou minha mão sempre sussurrando que tudo ficaria bem, e que se eu quisesse era só falar que ele me levaria para casa, ouviu alguns minutos até que minha progenitora chegasse na sala.
Minha sogra e Jimin foram para a cozinha onde ele conseguia me olhar sempre mostrando que estaria logo ali se eu precisasse.
— Oi meu fil… Jungkook como está?
— Bem, obrigado, eu.. eu queria agradecer por ter sido minha doadora.
Me curvei mesmo sentado.
— Faria de tudo que estivesse ao meu alcance por você, mesmo que não acredite nisso.
— Queria pedir desculpas pela forma que tratei a senhora naquele dia, eu não devia ter gritado nem pressuposto nada sem antes ouvir o que tinha pra falar.
— Você estava no seu direito, só fico mal por ter sofrido aquele acidente, espero que aquele monstro apodreça na prisão.
A outra mulher apareceu na sala trazendo duas xícaras de chá, que por sinal descobri também ser o sabor preferido de Hannah.
— Porque me deixou?
— Seu pai, ele sempre foi muito violento, eu sempre tinha que esconder as marcas das pancadas que ele me dava já que eu era voluntária em um hospital da nossa antiga cidade, foi lá que eu conheci Mery, ela estava muito machucada, ela disse que caiu da escada. Uma desculpa que reconheci na hora, ela esteve muitas vezes lá e sempre me procurava para tratar suas feridas, em resumo acabamos virando amigas até que um dia entre lágrimas nos beijamos e com o tempo me apaixonei por ela e ela por mim. Nenhuma de nós estava aguentando nossos casamentos, planejamos fugir juntas e levar você e Jimin para sermos uma família. Mas seu pai descobriu, me viu beijar ela em um dia que me buscou no hospital, nunca soubemos se foi seu pai ou o pai de Jimin que descobriu primeiro e quem contou pra quem. Quando chegamos em casa você não estava pois ficava com uma vizinha para eu e seu pai trabalharmos, ele me bateu, muito, eu corri mas ele me pegou e me bateu mais, consegui me esconder no banheiro e tentei ligar para Han. A única mensagem que recebi dela foi que ela não aguentava e já estava indo embora, tentei pegar você com a vizinha, mas quando eu ia pegar você em meus braços seu pai arrancou você de mim, ele segurou seu pescoço e jurou que se eu tentasse te pegar para ir embora ele mataria você e depois a mim. Eu tive medo por você, seu pai com raiva era um homem sem consciência, e pelo que fez com você agora parece que não mudou.
Eu tinha um nó em minha garganta, como um homem pode ser tão baixo assim? Ameaçar um bebe com apenas alguns anos de vida só para atingir sua companheira.
— Eu tentei me comunicar.
— As cartas?
— Sim, mandei um por mês desde que você tinha sete anos, achei que seria uma idade onde saberia ler e responder elas, mas nunca tive resposta, até que elas começaram a voltar, eu estive na casa, mas quando cheguei outras pessoas moravam lá. Depois disso nunca mais tive notícias de você, até que Mary aceitou um trabalho nessa cidade e encontrou Jimin, o resto acho que você já sabe.
Passamos um bom tempo conversando entre lágrimas, explicações e lembranças, Hannah entendeu, ou disse entender, que eu ainda não posso fingir que não cresci sem mãe, que eu não tenho como chamar ela assim, que preciso de mais tempo para que possamos ter uma vida de mãe e filho. Entendeu que eu a desculpei e que sou grato por salvar minha vida duas vezes e que estou disposto a dar uma segunda chance a nós dois, só que não agora.
Mery nos convidou para um café e aceitamos, na mesa tudo era novo e estranho para mim, mas de alguma forma eu gostei, gostei da sensação de acolhimento e paz, de família.
Talvez tudo esteja se acalmando, talvez meu futuro esteja pronto para mim, pronto para Jeon Jungkook e para Park Jimin, pronto para ter paz, para nós amarmos.
. ⋆ ❀:ཻུ۪۪⸙•. ⋆ ❀:ཻུ۪۪⸙•. ⋆ ❀:ཻུ۪۪⸙•
Obrigada meus amores, por tudo e por sempre estarem presentes.
Beijinhos de arco-íris nos corações 💋🏳️🌈💜
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