꧁ঔৣ H𝖔𝖏𝖊 𝖊 S𝖊𝖒𝖕𝖗𝖊 ঔৣ꧂
Olá amores!
Primeiro de tudo, um feliz dia das mães as mamães que me acompanham.
Pois é, chegamos ao nosso capítulo de despedida, My Time está nos deixando, eu tenho tanto pra falar, mas vamos deixar as despedidas para o final, então leia as notas finais.
Esse capítulo é dedicado a 5 amoras muito especiais pra mim, 1aGarotaMilenar TaianeGomes332
Ranane97 ThataIstefani e SweetNaminnie por nunca me deixarem desistir.
Boa leitura meus amores
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꧁✞ Autora ✞꧂
O poema , As sem-razões do amor, de Carlos Drummond de Andrade diz que amor não se troca, não se conjuga e nem se ama, amor é feliz e forte em si mesmo ele basta por si só. Jungkook e Jimin eram a retratação deste trecho, se bastavam, eram fortes individualmente e em conjunto, amavam amar um ao outro.
Um servia para o outro como refúgio, segurança, força, eram suas próprias estações, seu próprio mundo e universo. Em um ano juntos aprenderam a viver, amar, sofreram com cada obstáculo que insistia em aparecer, mas nunca se deixaram abater por isso, sabia que suas vidas não eram uma história escrita em livro onde o rumo sempre era o mesmo, onde o casal estava bem e o vilão aparece para os separar e depois viveriam juntos para sempre. Eles sabiam que eram diferentes, sabia que o que sentiam era puro, mesmo que tivesse começado de uma maneira nada convencional e dolorosa, se amavam e nada faria com que eles se afastassem.
Jeon aprendeu com a ajuda de Amanda e Jimin a reconhecer seus sentimentos a identificá-los, mesmo que tenha alguma dificuldade ele não sofre mais com a dor de sentir e não saber o que eram. Aprendeu que a religião nem sempre está certa e que nem todos que se dizem ser fiéis à palavra são fiéis, aprendeu que amar não é errado, que amor não tem etnia, gênero, raça, religião que amor e amar é apenas isso amor. Se viu feliz ao lado de uma homem, que mesmo com seus traumas e demônios pessoais, o mostrou o caminho do prazer, do sabor do primeiro amor, o ajudou a conhecer seu próprio corpo e desejos, que o permitiu tantas coisa como poder dizer não, poder escolher o que fazer de sua vida, mostrou que sua vida dependia de suas escolhas e de ninguém mais.
Já Jimin por outro lado teve que aprender, e aprendeu, a amar de novo, confiar de novo, já havia experimentado o sabor do amor mas esse era amargo, machucava, humilhava e era desprezível, deixou marcas tão profundas em seu coração que achou que nunca iria se curar. Chegou a criar uma regra para sua vida, 'Nunca se apaixonar' , como estava errado, como se iludiu, sua regra estúpida assim como suas marcas e dores foram por água abaixo quando Jeon Jungkook entrou em sua vida, quando aceitou a pedido de Taehyung para ajudar o filho do antigo pastor. Jungkook sem saber nada da vida do mundo mudou a vida do loiro, despertou o desejo de cuidar e proteger, trouxe de volta a vontade de ser entregue a alguém, de dar e ter carinho. Sentiu aos poucos as cicatrizes mais profundas sumirem a cada sorriso e beijo casto dado pelo menor, foi reconfortado pelo amado quando foi sua vez de cair no sofrimento, foi cuidado com amor como nunca tinha sido em toda sua vida, nem pelo seu progenitor. Quis tanto Jeon como seu pequeno submisso e ensinar os prazeres do bdsm mas se viu perdido em amores quando o moreno entregou mesmo sem saber tudo que Jimin precisava, amor.
E depois de toda dor agora podiam aproveitar suas vidas, sabiam que nada era um mar de rosas e que sempre teriam obstáculos, mas também sabia que poderiam se apoiar um no outro e vencer todos eles. Passaram as duas últimas semanas preparando sua tão sonhada viagem para Itália, passagens, passaportes, roupas adequadas para o frio que estação dia do país, Jimin falava bem o idioma e Jungkook enrolava bem em seu inglês então não se preocuparam em contratar um tradutor. Jimin quase teve um ataque cardíaco quando Jungkook revelou a surpresa por trás das semanas distantes, mas amou cada centímetro da serpente tatuada na pele macia, sempre deixou claro que as cicatrizes não eram e nunca seriam um problema, mas se seu pequeno preferiu assim apoiaria, tudo para que ele não chorasse mais.
Mas Park não ficaria para trás, e com toda essas surpresas veio o pedido de morarem em outro país, longe das lembranças dolorosas que ambos tinham. Quis dar o tempo que Jeon precisasse, sabia que ele tinha Hoseok que sempre foi seu ponto de sanidade ali e que tinha crescido no país cheio de marcas tristes. Jungkook olhou para o desenho feito pelo mais velho e lembrou de tudo que viveu, o que perdeu e ganhou, sabia que Jimin iria aceitar qualquer resposta que desse, mas sabia que o loiro também tinha suas marcas enraizadas ali, então não tinha o que pensar, merecia ser feliz e queria ser feliz, então aceitou.
Aceitou começar uma nova vida em um novo lugar, ao lado de Jimin, sabia que sempre poderiam voltar, não sabiam para onde nem quando iriam mudar, mas iriam mudar, sabiam que seriam felizes, não apenas por estarem ao lado da pessoa que amam, mas porque mereciam ser felizes.
— Jimin, você viu meu passaporte? Não estou achando.
— Está comigo. Já podemos ir?
— Sim, eu nem acredito que estamos fazendo isso.
Dentro do avião os pés do mais novo não paravam quietos, era a primeira vez em um avião, ficou assustado com todas as informações de segurança e perdeu as contas de quantos daqueles pacotinhos de amendoim tinha devorado durante o vôo. Passaram por uma pequena turbulência mas não foi nada de mais, Jimin passou o vôo todo segurando a mão quente do amado e trocou de lugar quando o mesmo passou mal olhando para as nuvens pela pequena janela da aeronave. Demorou algumas boas horas até chegarem em seu destino, Park não se achava alguém romântico, mas por mais clichê que fosse planejou uma viagem para Itália, para conhecer as plantações de café famosas em todo mundo, sabia da paixão do moreno pelo preparo e queria o deixar ainda mais feliz.
No desembarque o loiro ria em ver o menor cambaleando com as pernas moles e teve que segurar a cintura alheia para que Jeon não caísse.
— Finalmente terra firme.
— Vamos para o hotel e depois vamos comer algo está bem?
Antes de embarcarem em um táxi, Jimin teve que esperar que o outro fosse ao banheiro já que por motivos óbvios estava com uma leve dor de barriga. No caminho do aeroporto até o hotel Park sorria ao ver os olhos do menor brilhando ao ver a paisagem linda da cidade de Nápoles, uma mistura incrível entre o moderno e contemporâneo. Mesmo que Jungkook tenha deixado as artes visuais para trás, não podia deixar de se encantar pelas estruturas antigas que davam características ao país.
— Lindo, não acha?
— Perfeito.
Levaram uma hora até o hotel, e por mais que tivesse condições de escolher um hotel cheio de luxos, preferiu algo mais simples e aconchegante, o quarto era confortável com uma grande cama de casal de frente para a janela que dava a bela paisagem da noite de Nápoles, um conjunto de sofá de cores escuras, uma televisão, armários e um banheiro com banheira e armários cheios de toalhas brancas e pretas. Jimin sabia que tinha feito a escolha certa quando viu os olhinhos, não tão inocentes, percorrem e brilharem com o cômodo, com as mãos no bolso do casaco acompanhou com os olhos o mais novo que mexia em todos os armários e no pequeno frigobar .
— Olha, tortinhas de amêndoas.
— Eu pedi pra que eles colocarem aí já que gosta delas geladas.
Jungkook se jogou nós braços do amado tendo sua cintura segurada e seu lábios beijados.
— Obrigado Jimin-shii.
— Tudo por você meu anjo. Vá tomar um banho enquanto quarto nossas coisas.
— Vamos jantar fora?
— Só se você quiser, se estiver muito cansado posso pedir algo no quarto.
— Queria muito ver a noite da cidade, mas seria bom descansar por essa noite e passearmos amanhã.
— Tudo bem, vou pedir algo então. O que quer beber?
— Chá de pêssego.
Enquanto Jeon aproveitava a água quente, o loiro fez o pedido e riu pelo sabor do chá escolhido pelo menor, Jungkook sempre dizia que o cheiro da fruta o fazia lembrar de Park devido ao shampoo que o mais velho usava, desde então o chá de sabor de pêssego não podia falar na casa, e pelo visto nem nas viagens. Guardou nós cabides suas roupas e objetos íntimos como a pequena bolsa com lubrificante e camisinhas. Outro sorriso bobo escapou quando percebeu que Jungkook havia levado uma mala enorme e outra menor sem contar a bolsa de mão, o contraste era grande e Jimin já sabia que teria que comprar outra mala para levar as coisas que sabia que o outro compraria.
— Jimin, pode me alcançar a bolsa pequena.
— Essa?
O menor confirmou com um aceno e Jimin levou o que foi pedido até ele recebendo um selar em agradecimento.
— Obrigado amor.
— De nada, não demore logo o jantar estará aqui.
— Só mais dois minutos.
— Você diz isso sempre.
— E você sempre acredita.
Jungkook voltou para o interior quente do banheiro e realmente demorou mais do que simplesmente dois minutos, mas Park não se importou, estava conformado com o fato dito pelo mais nova, sempre acreditava nessa pequena mentira. O jantar já tinha chegado quando o moreno saiu de seu banho, Jimin arrumou tudo perfeitamente na mesa em frente a janela.
— Eu passaria a vida admirando essa paisagem.
Park teve sua cintura abraçada por trás.
— Você pode, basta dizer que é aqui que iremos morar, diga e eu comprarei a casa que escolher.
Se virou dando de cara com o moreno vestido com um robe de seda azul tão escuro quanto a noite fora daquele quarto. Jeon tocou o rosto macio sentindo sua cintura ser acariciada com amor.
— Me daria uma casa se eu pedisse?
— Eu traria o universo até você se assim desejasse.
— Você é o único universo de que preciso.
Os lábios juntos dividiam o sabor doce de paz e amor, de um futuro juntos e isso bastava. Jimin escorregou sua mão até a bunda farta do menor e apertou forte suspirando antes de começar a rir, Jungkook ficou vermelho pois seu estômago estava roncando alto.
— Acho que você precisa de comida também.
— Acho que sim.
Jantaram entre sorrisos e sonhos próximos, olhavam a paisagem Jimin amava aquele sorriso inocente e ouro, amava os olhos de jabuticaba e as constelações que moravam neles, não tinha um dia que não se apaixonasse, que não amasse mais e mais aquele pequeno ser que entrou na sua vida.
— Podemos sentar na varanda?
Acabou saindo de seus apaixonantes devaneios quando Jungkook o chamou pela segunda vez.
— Claro.
Jimin puxou o outro para seu colo, repousou a mão sobre as pernas cruzadas do moreno que deitou sua cabeça no ombro do loiro.
— Quando eu era pequeno perdia horas na janela do meu quarto olhando a lua, imaginava como seria poder ir até ela, estar nela, mas nunca pensei que um dia teria minha própria lua.
O loiro abaixou a cabeça para olhar melhor nos olhos do amado.
— Você é minha lua particular que vem iluminando minha vida como a lua lá do céu ilumina a noite. Eu te amo.
— Eu te amo.
Os minutos se passaram enquanto olhavam as estrelas, Park se sentia aquecido de dentro pra fora, fazia carinho nos fios escuros, sentia o cheiro do banho recente o cheirinho que só Jeon tinha e que o loiro amava. Ouviu um pequeno resonar, se mexeu tentando ver o rosto do moreno, estava dormindo, beijou o topo da cabeça do menor ajeitando no colo e se levantando levando até a cama.
Arrumou o menor na cama o colocando entre os travesseiros macios, abriu o robe de seda e deu uma risada ao ver o outro sem nada por baixo.
— Assim você dificulta meus planos anjo.
Tirou sua camisa e se deitou circulando a cintura fina do outro, beijou o ombro com cuidado para não acordar o amado e se alinhou nas costas marcadas por tinta.
— Você é minha galáxia inteira meu amor.
No dia seguinte Jungkook não sabia quando tinha pego no sono na noite passada, mas era óbvio que Jimin tinha o posto na cama o que deixou o menor meio decepcionado já que sentiu seu corpo livre do tecido, seu objetivo era ter uma noite calma cheia de amor e prazer, mas seu cansaço pela viagem o venceu.
Olhou em volta e não achou Jimin, levantou quando ouviu o som do chuveiro ligado e agradeceu pela porta estar aberta o suficiente para que pudesse passar por ela, agradeceu mais ainda por Park estava de costas e de olhos fechados aproveitando a água. Debaixo da água tocando o corpo do outro, Jungkook sussurrou um bom dia, aproximou seu corpo e passou suas mãos até a parte baixa da barriga do mais velho, se surpreendeu ao sentir o outro duro e pulsando.
— Tão animado logo pela manhã?
— Culpa de um certo alguém que dormiu sem roupa e passou a noite esfregando a bunda em mim.
— Coitado do meu senhor, eu deveria ser punido ou compensar meu erro?
O moreno se ajoelhou em frente ao loiro e mesmo que quisesse que o dia fosse romântico para o que os esperava mais tarde, Jimin não negaria nada aquela imagem sexy logo pela manhã, então segurou o queixo e acariciou a bochecha do menor.
— Nosso carro chega em dez minutos, isso te dá quatro pra aproveitar.
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A manhã se passou entre passeios pelos pontos turísticos e famosos de Nápoles, museus, galerias, aquedutos e o tão famoso porto de Nápoles onde Jeon se encantava pelas embarcações e pequenas feiras ali. Jimin estava amando a sensação de liberdade que estava tendo, o passeio de barco que fizeram pareceu acalmar ainda mais ambos, ninguém se importava com eles de mãos dadas nem quando estavam abraçados aos beijos nem mesmo quando estavam se beijando em uma cafeteria movimentada.
Jimin só confirmou seus pensamentos da noite anterior quando carregava a quinta sacola de compras que o moreno fazia.
— Vamos ter que comprar outra mala.
— Eu já sabia disso desde que saímos de casa, vamos passar no hotel e deixar isso tudo lá antes da próxima parada.
— Temos apenas três dias aqui quero levar lembranças pra todos.
Jimin roubou um beijo quando o outro fez bico cruzando os braços em uma falta manha.
— Tudo bem, mas agora vamos amanhã vôo e termina suas compras.
— Pra onde vai me levar?
— Pra um piquenique.
Jungkook ficou animado com a ideia, nunca tinha feito um piquenique, seria mais uma das coisas de sua lista de primeiras vezes com Jimin, estava tão animado que nem se importou quando Jimin pediu pra que ficasse no carro até que guardasse tudo.
— Como vamos fazer um piquenique de mãos vazias?
— Quando chegar lá você verá meu amor.
A paisagem mudava a cada quilômetro que se passava para longe da cidade, as grandes construções iam sendo trocadas por extensões de plantações, montanhas algumas com animais espalhados. Jungkook mantinha os olhos na paisagem que mudava a cada segundo e aproveitava com sinceridade o vento gelado que balançava seus cabelos. Seus olhos brilharam quando o carro parou na entrada de um fazenda que tenha terras e mais terras de plantação de pés de café, Jimin comprimentou o senhoriu que os guiou entre a plantação, teve que entrelaçar os dedos para que o menor não ficasse parando a cada cinco passos.
Ouviram sobre a época do plantio, sobre geadas, colheita, torra e até mesmo sobre o preparo dos diversos grãos, até que o senhor das terras o deixasse no ponto mais alto, um campo mais aberto com poucas árvores e na sombra de uma delas uma mulher de cabelos grisalhos pelo tempo terminava de arrumar sobre uma toalha quadriculada o restante dos alimentos.
— Obrigado Isabelle.
— Não agradeça querido, aproveitem.
Quando a senhora saiu, Jimin puxou o menor para seus braços se apossando dos lábios finos e rosados.
— Vamos comer.
— Tá tão lindo.
Os minutos foram passando, Jimin tentou fazer vista grossa negando aos pedidos de Jungkook por mais pães doces, falhou, ouvir a voz mansa e manhosa o chamando de senhor e pedindo por favor quebravam qualquer marra que o mais velho tentava ter. Aproveitaram das tortas, queijos e do bom e velho suco de uva já que álcool era proibido, Jeon parecia uma criança em um parque de diversões, olhava tudo e amava tudo, sentia o vento gelado, ouvia os sons diferentes e olhava o verde extenso do lugar, sentia paz, tranquilidade, estava feliz.
— Nunca pensei que me sentiria tão feliz e livre como estou me sentindo agora.
— Desde que eu esteja com você, serei feliz em qualquer lugar.
— Você anda bem romântico ultimamente, Jimin-shi.
— Não gosta?
Jungkook foi puxado para os meios das pernas do mais velho, podia ver nos olhos as chamas aumentarem, Jimin andava mais carente, atencioso, meloso, Jungkook gostava muito mas Jimin estava sendo o dobro do que sempre foi. O menor beijou os lábios cheinhos e sorriu ao tocar as bochechas geladas, amava essa diferença de temperatura que tinham, Jimin sempre mais frio enquanto o menor sempre estava quente.
— Eu amo, mas parece que quer me falar algo e está hesitando.
— Você tem tanta facilidade em me ler.
A vergonha era novidade no rosto do mais velho que entrei seu rosto na dobra do pescoço alheio para que não visse suas bochechas vermelhas, o ato durou alguns segundos até que Park respirasse fundo e virasse o menor para ficar de frente para si.
— Quando você entrou na minha vida, me tornei sua flor, floresci em suas mãos, como se eu estivesse esperando, congelado, esperando alguém que me mostrasse que o amor era possível outra vez, talvez tivesse que ser assim, talvez o universo providenciou assim. Meu coração palpita, quando você me olha, quando você me toca, quanto mais o universo se move para nós, mais percebo que não há falhas no que sinto por você porque você me ama tanto quando eu te amo. Você é minha penicilina, meu anjo, meu mundo, eu sou um gato carente que procurava abrigo e achei, achei nos seus beijos, abraços, nas suas palavras, no teu olhar, achei muito mais que abrigo, achei amor. Eu estava destinado a você, então me ame agora, me toque agora, me deixe te amar hoje e se aceitar para todo o sempre.
Jimin levou a mão até a bolsa que trazia com ele desde a hora que esteve no hotel para largar as compras, tirou uma caixa mediana e aveludada de cor preta, abriu revelando dois colares que se completavam, lua e sol, dois astros separados por anos luz de distância mas que sempre se amaram independente do que fosse dito.
— Eu sei que é simbólico, e que de onde viemos nunca vai ser oficial, mas mesmo assim quero que seja meu, para sempre, até o dia que você me permitir ficar, então, você, você quer casar comigo?
Jeon ficou parado olhando as jóias, sentia seu coração querer explodir, suas lágrimas acanhadas se acumularam nos cantos dos olhos. Passou por tanta coisa, sentiu tanta coisa, chorou, gritou se machucou, mas também aprendeu a amar e ser amado e isso valia mais que qualquer coisa no mundo, valia mais ainda porque sabia que teve e tem aí seu lado alguém que o apoia e torce em cada decisão tomada. Mas essa não era uma decisão, decisões são difíceis de serem tomadas, aquela não era, aquela pergunta não era nem de perto algo difícil aos olhos de Jungkook, seu amor era verdadeiro e puro então se jogou nos braços de seu amado deixando que as lágrimas caíssem.
As mãos frias rodearam a cintura fina, Jimin sentia as lavras do moreno molharem a pele de seu pescoço enquanto sentia o cheirinho de banho e amaciante que sempre amou no menor.
— Anjo, diga alguma coisa ou eu que terei uma crise.
— Eu te amo Jimin, eu estava acostumado a correr atrás de qualquer coisa que me trouxesse luz, que iluminasse a escuridão que minha antiga vida era, e então você surgiu. Trouxe luz para minha vida, uma reencarnação dos meus sonhos de infância, eu nem sabia que emoções eram essas no início e às vezes ainda acho que estou sonhando, e se for não quero acordar. Você me mostrou meu tempo, meu espaço, me permitiu sentir e viver, foi minha pequena realidade que me trazia para o mundo com toda a paciência que poderia ter. Então sendo um sonho ou realidade eu quero que você fique, que seja meu tempo, minha euforia, meu universo, meu pequeno gato malhado. Então sim, eu aceito ser amado por você hoje e sempre até onde o universo nos permita amar, eu aceito me casar com você.
Assim como as lágrimas de Jungkook caiam sem parar as de Park começaram a fazer o mesmo, suas bocas se juntaram em um beijo salgado pelas lágrimas mas não se importaram por que essas eram de puro amor, tinham sabor de recomeço, felicidade de paz. Se afastaram cheios de vergonha, conheciam seus corpos nus, já tinham feito muita coisa em uma cama, mas a vergonha presente não era algo devasso, mas uma forma silenciosa de carinho, de amor, de uma nova vida que nenhum deles tinha experimentado ainda.
Jimin pôs o colar que carregava o pingente de sol em Jungkook fechando e beijando o pingente sobre pele quente, o colar da metade da lua foi colocado sobre a pele gelada e branca do mais velho que se arrepiou ao sentir os lábios quentes do amado repetindo seu ato.
— Serei seu hoje e sempre meu anjo.
— E eu me entrego a você hoje e sempre.
Não importava quantos obstáculos tinham enfrentado, quantas lágrimas derramaram nem quanta dor sentiram, agora nada mais importava além deles mesmos e de seu amor. Iriam viver e aprender com seus erros e acertos, aprendendo com amor, porque amor é assim mesmo, não tem fórmula e nem manual de instrução, nasce do sei lá onde e sem razão.
E não importava onde estivesse ou o que enfrentariam, sabia que teriam um ao outro para se apoiar, levantar e continuar, porque eles tinham encontrado seu tempo um no outro, porque Park amava Jungkook e Jeon amava amar Jimin. E ali deitados na toalha quadriculada tento o céu, a lua e as estrelas como suas testemunhas eles afirmaram aquilo que todos já sabiam, que Park Jimin e Jeon Jungkook pertenciam um ao outro.
Fim
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Então acabou amores, chegamos ao fim dessa história cheia de sexo, traumas, conflitos, aceitação e amor.
Obrigada a cada um que acompanhou desde o início, aos que vieram depois e aos que vão chegar ainda, obrigada por aceitarem minhas dificuldades e atrasos. Obrigada pelas mensagens que mandam de carinho e apoio.
Vou sentir saudades de escrever sobre esse assunto envolvente do bdsm e sentirei saudades dos comentários engraçados de vocês, My Time só foi possível porque vocês deram amor e carinho.
Que cada um encontre seu tempo, ame, sejam amados, que lutem pelas suas cores e bandeiras, que possam ser libertos, serem e amarem que quiserem, que haja alegria, paz, amor em seus corações e claro muita safadeza porque aqui ninguém é santo. Hahaha
Beijinhos de arco-íris nos corações 💋🏳️🌈💜 Vejo vocês nas novas obras que estão vindo. Baybay!
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