Capítulo 12

ENTRE LUZ E SOMBRAS: O ECO DO DESTINO

Helianthus caminhou pelo pátio e encontrou um jardim suspenso, então voou até lá.

Ele flutuava suavemente no ar, suas asas negras como a noite contrastando com o brilho dourado que emanava das flores ao redor. As suas asas escuras, quase etéreas, absorviam a luz mágica do jardim, criando um contraste fascinante com o esplendor que cercava cada detalhe do lugar. Ele pairava, com as asas batendo de forma serena, admirando o vasto mar de flores feitas de pura luz dourada que cintilavam como constelações ao seu redor.

As flores não eram apenas belas, mas vivas com magia, suas pétalas ondulavam como se fossem feitas de energia líquida, acompanhando os suaves movimentos de Helianthus no ar. Ele estendeu a mão, e seus dedos, pálidos contra o negrume de suas asas, tocaram levemente uma dessas flores suspensas. Ao seu toque, ela se acendeu com uma intensidade maior, enviando um pequeno rastro de poeira de estrelas para o ar, e ele sentiu a magia, absorvendo um pouco dela, tão rara no lugar que ele viera. Encontrara ali, mais abundante, linda e respeitada — algo que não acontecia em Mediocris.

Enquanto ele voava, o chão de névoa mutante abaixo mudava de cor, respondendo à sua presença com tons de violeta e prata, criando um espelho dos céus noturnos. Helianthus sorriu suavemente, sentindo o ar carregado de magia ao seu redor, a brisa mágica envolvendo seus cabelos, seus olhos percorrendo as árvores prateadas que se erguiam como sentinelas brilhantes no horizonte.

O jardim era um lugar de pura beleza, mas, com suas asas negras, ele parecia uma sombra solitária em meio àquele esplendor luminoso. Contudo, não havia tristeza em sua presença — apenas uma quietude, um respeito silencioso por aquele santuário celestial. Helianthus respirou fundo, sentindo a energia mágica pulsar ao seu redor, como se o próprio jardim o estivesse acolhendo, e, por um momento, ele soube que fizera parte daquela harmonia. Ele sentiu o desejo de fazer parte de Nεrάιδα, mas não do jeito que sua mãe planejara para sua vida toda, e sim do jeito que ele quisesse.

Ele precisava encontrar Amarílis; não havia tempo a perder. Seu coração martelava no peito com uma urgência insuportável, cada segundo parecia uma eternidade que o sufocava. O plano macabro de Zaieva fervilhava em sua mente, uma teia de mentiras e traições da qual ele havia sido parte. Ele fora um peão, um cúmplice... mas agora, tudo era diferente, não era mais. Ele tinha que contar Amarílis, precisava contar a ela antes que fosse tarde demais. As palavras queimavam em sua garganta, sua mente correndo em mil direções. E se ela não acreditasse? E se ela já soubesse? Não, ele não podia pensar nisso, tinha que falar.

Ele se lembrou do plano de sua mãe para o resgate de Amarílis.

Naquela noite, deixara Mediocris com um objetivo: o plano de sua mãe era armar alguma coisa para resgatar a princesa e forçá-lo a entrar no palácio, obrigando Agave a aceitar algum tipo de acordo.

Então, ele viu a festa acontecendo — a festa de Amarílis — mas continuou sobrevoando o reino até encontrar um grupo de fadas que não estava na celebração. Esse grupo de fadas tinha idade suficiente para estar na festa, mas preferia ficar de fora. Foi até elas e recitou:

Επικαλούμαι τις αρχαίες δυνάμεις που κατοικούν πέρα από το πέπλο του χρόνου, αυτές που βλέπουν το κρυφό και γνωρίζουν τι έρχεται. Ας απλωθεί τώρα το αόρατο νήμα, συνδέοντας το πνεύμα σου με την αδιάσπαστη επιθυμία μου. Ας λυγίσουν οι σκέψεις σου στη θέλησή μου, όπως η φλόγα που χορεύει στον άνεμο, χωρίς να μπορεί να αντισταθεί. Από τις φλόγες της γης και τα ρεύματα της θάλασσας, θα είσαι δεμένος με αυτό που διατάζω, χωρίς να ξέρεις από πού έρχεται η δύναμη που σε σπρώχνει.

Από τους ανέμους του ουρανού και τις σκιές του φεγγαριού, το πεπρωμένο που σε περιβάλλει θα είναι αναπόφευκτο. Το σώμα σου θα ανταποκριθεί στην εντολή που ποτέ δεν θα ακούσεις, γιατί θα έρθει από τα βαθύτερα μέρη, όπου η λογική δεν φτάνει και ο φόβος βασιλεύει. Ας πυκνώσει το σκοτάδι στο μυαλό σου, μέχρι τα μάτια σου να βλέπουν μόνο τον δρόμο που διάλεξα για σένα. Δεν θα υπάρχει ανάπαυση ούτε παρηγοριά, μέχρι να εκπληρωθεί η αποστολή και να παραδοθείς εντελώς στην επιθυμία μου.

Με κάθε βήμα που κάνεις, το βάρος της θέλησής μου θα μεγαλώνει στους ώμους σου και η αλυσίδα που σε δένει θα είναι αόρατη, αλλά αδιάσπαστη. Ο χρόνος, όπως η άμμος που ρέει ανάμεσα στα δάχτυλα, θα κυλά μόνο για να σου θυμίζει ότι δεν υπάρχει διαφυγή. Η καρδιά σου θα χτυπά στον ρυθμό του ξορκιού, και κάθε παλμός θα είναι ηχώ της φωνής μου μέσα σου, καθοδηγώντας σε, σπρώχνοντάς σε, καταναλώνοντάς σε.

Τώρα, με τις τελευταίες λέξεις, ας ολοκληρωθεί το ξόρκι. Μέσω της ουσίας των αρχαίων αστεριών και των μυστικών που ποτέ δεν αποκαλύφθηκαν, σφραγίζω το πεπρωμένο σου και η σφραγίδα κλείνει: Εξαείρα νι βάενθ!

Então aconteceu: seus olhos passaram a ver através dos olhos da fada chamada Bromélia. Ele ordenou que ela fosse até a festa e levasse Amarílis para um lugar perigoso. Assim, seguiu-se a corrida até o vórtice, e quando Amarílis, Bromélia e as outras fadas chegaram lá, ele as fez entrar no vórtice, causando uma explosão. Dessa forma, matou dois guerbs com uma só cajadada, pois Amarílis estaria em grande perigo e as fadas enfeitiçadas estariam mortas, incapazes de revelar que foram enfeitiçadas.

Sua tarefa agora seria apenas se aproximar da princesa, enganá-la e, na primeira oportunidade, matá-la, juntamente com a família real, para tomar o poder com sua mãe, que traria a guerra. Mas ele já não queria mais isso, decidindo que iria abandonar tudo.

Ele repetia para si mesmo que agora estava livre, mas a culpa pesava em seus ombros como um fardo insuportável. Ele não fazia mais parte do plano — não, não fazia; ele havia decidido, ele havia se libertado. Mas então, por que as mãos tremiam tanto? Por que sua cabeça girava com a dúvida, com o medo? Não, ele não era mais parte do plano; ele amava Amarílis. Amava tanto que o pensamento de perdê-la era insuportável. O desespero crescia a cada batida do coração, um nó se formava em sua garganta enquanto ele lutava para respirar. Ele amava.

*** 

N do A.
Tradução literal do cântico

Invoco as forças antigas que habitam além do véu do tempo, aquelas que veem o oculto e conhecem o que está por vir. Que agora se desenrole o fio invisível, conectando teu espírito ao meu desejo inquebrantável. Que teus pensamentos se dobrem à minha vontade, como a chama que dança ao vento, incapaz de resistir. Pelas chamas da terra e pelas correntes do mar, estarás amarrado ao que ordeno, sem saber de onde vem o poder que te impulsiona.

Pelos ventos do céu e pelas sombras da lua, o destino que te envolve será inevitável. Teu corpo responderá ao comando que jamais ouvirás, pois virá dos lugares mais profundos, onde a razão não alcança e o medo reina. Que a escuridão se adense em tua mente, até que teus olhos vejam apenas o caminho que escolhi para ti. Não haverá descanso nem consolo, até que a missão se cumpra e te rendas completamente ao meu desejo.

A cada passo que deres, o peso da minha vontade crescerá sobre teus ombros, e a corrente que te prende será invisível, mas inquebrável. O tempo, como a areia que escorre entre os dedos, passará apenas para te lembrar que não há escapatória. Teu coração baterá no ritmo do feitiço, e cada pulsação será um eco da minha voz dentro de ti, guiando-te, empurrando-te, consumindo-te.

Agora, com as últimas palavras, que o feitiço se complete. Através da essência das estrelas antigas e dos segredos que jamais foram revelados, selo o teu destino e o selo se fecha: Exaeira ni vaenth!













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