You fucked him.
[Como foram de páscoa? Ganharam muitos chocolates? Eu ganhei uma barrinha só kkkkkk): Boa leitura, comentem muito!!]
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- Se prepara que ele está todo estressadinho. - Camila fala ao abrir a porta do meu quarto dando espaço para que Zoe entre e eu lhe lanço o dedo do meio. - Cole, sem movimentos exagerados, é sério. - resmunga apontando para os fios que estavam espalhados pelo meu corpo. Reviro os olhos e apenas assinto com a cabeça.
Camila fecha a porta do quarto e Zoe se aproxima de mim. Ela estava com a mesma roupa de ontem, o cabelo bagunçado e já sem maquiagem.
- Seu quarto está parecendo um hospital... E esse é tão diferente do da sua casa. - observa olhando ao redor e eu arqueio a sobrancelha.
- Eu fiz a cirurgia e vim pra cá, meu pai pagou pelo aluguel dos equipamentos. - explico e dou de ombros. - E é diferente porque eu fui embora daqui ainda adolescente, e minha mãe manteve como eu deixei.
- Era perigoso deixar você no hospital? - questiona e se aproxima deixando um beijo em minha testa.
- Não, mas aqui é mais confortável, e os enfermeiros são particulares. - ela assente e passa a mão pelo meu cabelo.
- Você está muito machucado... - diz quase tocando os poucos ferimentos em meu rosto mas eu a reprovo com o olhar e ela recolhe a mão. - Que bom que você está a salvo, fiquei preocupada.
- Onde você estava? - a corto. - Camila disse que você ajudou Tommy a fugir e depois desapareceu.
- Eu achei melhor seguir com seu plano. - posso perceber o orgulho em sua voz e rio nasalado. - Segui Tommy até a casa dele... Nós conversamos, ele até pediu perdão pelo que fez comigo anos atrás, e eu fingi acreditar e perdoar. - encolhe os ombros. - Depois nós... nós...
- Vocês treparam. - ela assente e eu arqueio a sobrancelha. - Vai tomar um banho, se lave muito bem. Depois jogue essas roupas no lixo. Não quero que encoste em mim enquanto não estiver completamente limpa. - dito com certo nojo em minha voz.
- Você está com ciúmes? - ela questiona em um tom risonho e eu arqueio a sobrancelha, logo revirando os olhos.
Eu sou a pessoa mais desgarrada do mundo, nunca fui egoísta ou ciumento, a menos quando se tratava de Lili. Ela fora a única pessoa capaz de despertar um ciúme louco dentro de mim.
Percebi, naquele momento, que eu estava cruzando uma linha perigosa. Zoe queria que eu sentisse ciúmes dela. E agora me deixara com medo do que seria capaz para que isso acontecesse.
Eu tinha que parar de dormir com ela, ou então, aquela situação se tornaria incontrolável, e eu acabaria perdendo a única aliada que realmente pode foder com meus planos e minha vida.
- Não. Só com nojo. Agora me deixa sozinho. - respondo finalmente.
Zoe abre a boca, provavelmente para falar, mas eu apenas nego com a cabeça apontando para a porta. Ela suspira e assente cedendo à minha ordem e caminha até a porta.
- Vá pra minha casa, peça ao KJ para te levar. Mas mande ele vistoriar meu carro antes, não quero correr risco de estar sendo rastreado. - dito antes que ela passe pela porta.
- Tudo bem, mais tarde eu volto. - avisa e logo sai do quarto.
Me ajeito na cama com certa dificuldade por conta dos fios do soro e dos outros que monitoram-me de ponta a ponta.. Bufo ao ver a porta sendo aberta revelando uma das enfermeiras. Ela caminha até o móvel de meu quarto onde estavam arrumados os remédios e começa a separar os que eu deveria tomar. Não demora muito para que eu precise engolir os comprimidos e para que ela injete alguns líquidos no acesso do soro.
Era estranho estar em casa de novo, e mais estranho ainda meu pai deixar minha mãe e minha irmã terem acesso a mim.
Desde que eu resolvi tomar seu lugar no tráfico, ele passou a agir como se eu fosse um perigo para ela, como se eu pudesse machucá-las. Mas isso não era verdade, nunca foi. Eu só não conseguia entender porque ele se julgava tão bom pra cuidar das duas, e me via como um louco perigoso.
- Nós vamos ter que nos mudar por causa dele. - ouço meu pai falar alto enquanto passa pelo corredor no momento em que a enfermeira abre a porta de meu quarto para sair.
Ouço uma pequena discussão por alguns minutos, mas não consigo identificar muito bem as palavras ditas ou as vozes.
A porta do meu quarto é novamente aberta, e dessa vez é minha mãe quem passa por ela, com minha irmã caçula nos braços.
- Viu? Ele está bem, só está dodói. - minha mãe fala baixo com sua voz doce e atenção direcionada ao rosto da garotinha loira em seus braços. Trinity estava cada vez maior. Por mais que só tivesse quatro anos, sua altura não correspondia e minha mãe parecia carregar um bebê gigante nos braços. - Como está se sentindo, querido?
- Pronto pra outra. - sorrio sem mostrar os dentes e ela suspira.
- Nem brinque com uma coisa dessas, Cole Mitchell Sprouse. - ela me repreende, e por um momento eu me sinto com treze anos de novo.
Trinity me olha assustada e com pena. Ela suspira diversas vezes e aperta a boneca de pelúcia em suas mãos sem dizer nem uma palavra sequer.
Elas ficam ali comigo durante algumas horas. Até comida na boca eu recebi. Mas logo a enfermeira voltou. Eu precisava tomar banho e trocar meus curativos, e aquilo não seria algo bom de minha mãe e minha irmã presenciarem.
- Pense bem meu filho, volte para sua família. Você sabe que pode largar essa vida se quiser. - ela diz em meu ouvido e beija minha testa antes de sair do quarto.
Ela estava enganada, eu não podia. E o meu pai sabia disso. Ele sabia que um legado desses não era jogado no lixo, que precisava ser passado para outras pessoas, ou todos nossos crimes viriam à tona no momento em que nossos clientes ficassem sem as drogas. Não foi atoa que ele me deixou assumir seu lugar.
- Pronto. - a enfermeira murmura assim que termina meu curativo. Assinto em agradecimento e me ajeito na cama encarando o teto.
- Posso entrar? - a voz de Zoe soa baixa pela porta estar fechada.
A enfermeira me encara e eu assinto, ela caminha até a porta permitindo a entrada de Zoe.
- Ele não pode se irritar, nem fazer muito esforço, querida. - a enfermeira avisa Zoe e ela concorda com a cabeça. - Então assim que terminar de conversar com ele deixe-o descansar. - dita e logo se retira do quarto.
Zoe se aproxima de mim e beija meu rosto. Ela sorri de canto e solta um longo suspiro antes de falar:
- Como está se sentindo?
- Bem. - dou de ombros.
- Eu sei que agora não é um momento muito bom... Mas queria saber como eu devo agir com Tommy, e como dar continuidade ao seu plano. - diz receosa e junta suas mãos sentando-se na beira de minha cama.
Estreito os olhos, estranhando que ela nem se preocupara em reclamar das minhas atitudes para defender Lili. Talvez, ela soubesse como ela está, e isso seja preocupante.
- Bom, por mim eu o mataria com minhas próprias mãos depois de ontem, mas Camila me fez prometer que seguiríamos com o plano. - rio sem ânimo. - O que você vai fazer agora é continuar fazendo com que ele acredite que pode confiar em você, e quando ele começar com os planos dele, você diz que tem um plano final, como se fosse uma jogada de mestre pra fazer antes dele finalmente me matar. - explico enquanto ela me escuta atentamente. - Você vai dizer à ele que vai me convencer de te deixar fazer uma entrega sozinha, inventa que eu tô louco por você, apaixonado, e que vai ser fácil eu ceder isso pra você porque eu confio bastante em você. Feito isso, você vai combinar o dia com ele, que mais pra frente eu vou te dizer, e aí você vai dar a carga pra ele no lugar que supostamente foi combinado com o real cliente, e o resto você deixa comigo.
- E quando eu levanto essa hipóteses? - questiona curiosa.
- Assim que ele chegar pra você dizendo que tem todo o plano pronto. - ela concorda com a cabeça.
- Eu vou fazer tudo certo, prometo. - diz decidida e sela nossos lábios demoradamente, me fazendo recuar. - Fica bem logo, ok? KJ disse que eu não vou poder ficar vindo muito aqui... - ignora meu ato e suspira de maneira triste.
- Eu já estou bem, em alguns dias eu vou pra casa, fica tranquila.
- Eu já vou, ok? Descansa! - ela se despede de mim e logo sai de meu quarto.
Quando finalmente a movimentação em meu quarto parou de vez, graças a todos terem ido finalmente dormir, minha mente voou em direção a Lili e uma onda de preocupação tomou conta do meu peito.
Eu precisava saber como ela estava, se estava bem, e o que havia acontecido, ou então, eu enlouqueceria.
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Gente, vocês têm fc? se sim, me sigam lá no twitter, minha conta é @bugheadream, eu sigo todas de volta!
O que vocês acham que vai rolar com a Lili agora?? Tenho um pequeno spoiler, capítulo que vem ela vai causar muitooooo!
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