I'm here, baby.
[Eu tô muito feliz, a história chegou a 1k! Vocês não têm noção do quanto isso é importante pra mim!! Obrigada <3 E como eu havia prometido, essa semana vai ter um capítulo por dia, maratona em agradecimento a marca de 1k! Espero que gostem desse capítulo, boa leitura!]
1/7
- Onde você vai? - Tommy segura meu braço quando estou quase passando pela porta.
- Buscar uma encomenda, porque? - arqueio a sobrancelha me virando em sua direção.
- Não demora, vamos roubar uma carga hoje. - diz autoritário e eu apenas assinto.
Me solto de seu aperto e caminho em direção a garagem de casa indo em direção ao meu carro. O destravo e me jogo no banco do motorista. Encaro a tela de meu celular e releio aquela mensagem pela décima vez.
"Uma encomenda espera por você na saída de Nova York. Cuide bem do que é seu."
Eu queria conseguir entender o que aquilo queria dizer, mas era mais fácil ir até o local e ver o que esperava por mim, mesmo que meu sexto sentido me dissesse que não seria coisa boa.
Dirijo mais rápido do que deveria em direção a saída de Nova York, sentindo minhas mãos suarem mais quanto mais próximo eu chegava. Parecia que eu estava caminhando, ou melhor, dirigindo, pra morte.
Estaciono meu carro bruscamente ao ver uma moto que eu conhecia muito bem jogada no chão, e dois carros muito mal estacionados à frente dela. Saio do carro o deixando aberto e corro em direção aos gritos e gemidos de dor que me deixam apavorada.
- Meu Deus, o que é isso? - grito entrando em desespero e vejo os caras se espalharem e sumirem como formigas.
Meu coração praticamente parou ao ver do que se tratava. Cole estava jogado no chão, muito machucado e talvez até desacordado. Me aproximo rapidamente e me ajoelho ao seu lado. Ele tenta abrir os olhos sem sucesso e seu gemido de dor faz meu coração doer ainda mais.
- Vai ficar tudo bem, eu estou aqui. - murmuro nervosamente e toco sua testa com todo cuidado, mas ele geme novamente de dor e eu recolho minha mão rapidamente.
O que eu faço meu Deus?
Respiro fundo diversas vezes e olho ao redor como se fosse achar alguma resposta naquelas ruas frias e vazias.
Reviro os bolsos de Cole e encontro seu celular, reviro sua agenda e encontro o número do zelador do condomínio em que nós estávamos acostumados a dormir quando queríamos sumir de perto das pessoas. Aquele seria o único lugar que eu conseguiria entrar com ele sem chamar muita atenção.
- Cole, eu preciso que você me ajude. - pedi baixo olhando seu rosto e ele novamente tenta abrir seus olhos, que a essa altura já estão bastante inchados. - Eu vou estacionar o carro aqui ao seu lado e você vai fazer o máximo de esforço que puder pra me ajudar a te colocar dentro dele, ok? - ele apenas resmunga algo inaudível, e eu me levanto torcendo pra que aquilo tenha sido um sim.
Corro em direção ao meu carro e ligo o mesmo, desvio da moto de Cole e estaciono o mais próximo dele que consigo. Abro a porta do banco de trás e corro até ele.
Demorei pelo menos quinze minutos para finalmente conseguir mover Cole até meu carro e colocá-lo no banco de trás.
Eu nunca o tinha visto tão machucado, nem mesmo quando ele inventava de se meter em brigas clandestinas por pura diversão.
Dirijo o mais rápido que meu carro permite em direção ao apartamento e estaciono na garagem de qualquer jeito. Cole ainda estava acordado, mas parecia não absorver ou entender absolutamente nada que acontecia ao seu redor.
O levei pro seu apartamento com a ajuda do zelador, com a desculpa de que ele havia se metido em uma briga porque um cara tentou me agarrar a força. E o zelador caiu como um patinho, já que se fosse verdade, aquela não seria nem a primeira nem a segunda vez que Cole faria isso.
Deito Cole em sua cama com dificuldade e começo a me livrar de suas roupas o ouvindo resmungar e gemer de dor, e vez ou outra xingar palavrões que nem eu conhecia.
- Fica calmo. - murmurei baixo e passei os dedos por seu cabelo. - Eu preciso limpar você. Me ajuda, ok?
- Lili... - ele sussurra quase num gemido dolorido.
- Eu estou aqui, meu amor. - sussurro quase sem voz e suspiro pesadamente.
Ele estava delirando pela dor, não sabia quem eu era, mas ainda chamava por mim. E aquilo era prova suficiente de que ele ainda sentia o mesmo que eu.
Me levanto rapidamente de sua cama e corro até o banheiro abrindo o armário, pego a caixa de primeiros socorros e encontro um dos remédios tarja preta que serviam pra dor. Camila costumava usar aquilo pra dar ponto nos meninos quando não havia anestesia.
Pego um copo de água na cozinha e volto para o quarto. Me sento na beira da cama e coloco o copo e os comprimidos na mesa de cabeceira. Levo minha mão a nuca de Cole levantando minimamente seu rosto, coloco os comprimidos em sua boca e lhe dou um pouco de água para que ele engula os mesmos.
- Engoliu? - questiono baixinho e ele apenas assente ainda de olhos fechados. - Daqui a pouco sua dor vai diminuir. - asseguro mesmo sem ter certeza e o deito novamente na cama.
Termino de tirar a roupa de Cole e não consigo segurar o choro ao vê-lo tão machucado. Todo seu corpo tinha marcas vermelhas, algumas arroxeadas e cortes superficiais de todos os tamanhos. Sua pele branca estava completamente marcada, os nós de seus dedos estavam em carne viva, e seu rosto completamente inchado e ferido.
Espero meia hora até finalmente chamá-lo.
- Cole? - falei baixo e passo minha mão por seu cabelo o colocando pra trás. - Eu sei que você está acordado. - o ouço bufar. Se eu não estivesse tão preocupada poderia rir de seu ato infantil. - Sua dor diminuiu? - questiono num sussurro e ele abre os olhos minimamente.
- Um pouco. - diz rouco depois de limpar a garganta.
- Você está cheio de sangue, eu preciso te dar um banho. Consegue ficar em pé?
- Por que todo mundo gosta de me dar banho? - o encaro de sobrancelha arqueada e cruzo os braços. - Acho que consigo ficar de pé. - desconversa.
- Tudo bem. - digo baixo e me levanto. Levo as mãos pros ombros de Cole e o puxo para mim com cuidado.
Ele deita o rosto em meu ombro e solta um gemido rouco, que mesmo eu sabendo que era de dor me faz arrepiar dos pés a cabeça. Filho da puta.
O ajudo a sair da cama e apoio o peso dele em meu ombro. O guio até o banheiro de seu quarto e o encosto na parede. Ele me acompanha com os olhos e cruza os braços. Nem todo machucado ele perdia a pose. Ligo o chuveiro e volto em direção a Cole.
- Vou tirar sua cueca. - aviso levando as mãos pra barra da mesma e o ouço rir. - O que é? - questiono irritada pelo tom de deboche em sua risada e paro o que estava fazendo.
- Você nunca pediu permissão pra isso. - ironizou e eu revirei os olhos.
Abaixo sua cueca logo a tirando de seu corpo e tento ao máximo não encarar seu pau que estava próximo ao meu rosto. Me levanto e coloco sua cueca sobre a pia voltando a segurá-lo pelos ombros.
- Pode olhar, não é nada que você nunca tenha visto antes, talvez só esteja um pouco maior. - ele murmura levando a mão a minha nuca e abaixa meu rosto me fazendo encarar seu pau.
- Você não estava com dor? - digo encarando seu rosto. - Se você ficar de gracinha eu te largo aqui sozinho, e nem me dou o trabalho de ligar para Camila pra ela vir cuidar de você.
- O nome da minha mulher é Zoe, é ela quem cuida de minha agora.
Meu sangue ferve ao ouvir essas palavras saírem da boca dele, e sem pensar duas vezes soco seu ombro o fazendo gritar de dor.
- Se você abrir a boca mais uma vez eu juro que esse soco vai ser saco! - digo irritada e o empurro sem nenhuma delicadeza pra debaixo do chuveiro.
Cole me encara com um sorriso divertido no canto dos lábios e logo tomba a cabeça para trás deixando que a água morna molhe seu rosto e mantém suas mãos apoiadas em minha cintura.
Desgraçado, até todo arrebentado é lindo.
[COMENTEMMMMM!!!! E DEEM ESTRELINHA, NÃO ESQUEÇAM!]
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