Everything's gonna be ok. I'm here.

Dois dias haviam se passado e Zoe não conseguia tirar o acontecimento da boate do pensamento. Era ridículo ficar daquele jeito, tinha sido só um beijo. Ela sabia disso.
"Um beijo pra provar ao maldito do Tommy que Cole realmente estava comigo." - repetia ela para si mesma, constantemente.
A ruiva não conseguira nem ao menos pensar em sua namorada. Havia deixado-se levar pelo momento, e agora, era consumida por um sentimento repentino e angustiante.
Ela havia se apegado a todos daquela casa. Estava ali à apenas dois meses, porém, eles a trataram melhor naquele curto período de tempo, do que sua família a tratou a vida inteira. Era difícil não se apegar. E mais difícil ainda acostumar que pessoas tão jovens eram envolvidas com coisas tão erradas e perigosas, e ainda assim agiam como se fossem apenas pessoas normais, que saem, se divertem, mas tem como emprego o tráfico de drogas.
O celular da garota vibrou, puxando-a para fora de meus pensamentos. Sentou-se na cama e respirou fundo ao ver o nome de Noah brilhando no ecrã do celular.
Considerou em ignorar a ligação, mas se fizesse isso seria a quinta vez no dia. Era claro que ela não estava com cabeça para nada, mas não podia ficar evitando ou ignorando a própria namorada.
- Alô? - murmurou baixo ao aceitar a chamada.
- Nossa, que dificuldade falar com você. - a voz de Noah soa risonha,fazendo Zoe voltar a largar o corpo na cama com um sorriso no canto dos lábios. - Tô com saudades, faz mais de uma semana que eu não te vejo.
- Me desculpa... Eu tô toda enrolada com aquela situação, mas eu prometo que assim que eu tiver um tempinho eu apareço no seu apartamento, tudo bem? - Noah suspira, aparentemente decepcionada.
- Ah, ok... Eu ia te chamar pra comemorarmos, eu consegui um emprego. - comentou, e foi a vez de Zoe suspirar.
- Me desculpe. Eu tenho treino hoje, Cole não vai gostar se eu faltar.
Na verdade, era bem provável que não fizesse diferença para Cole ela estar ou não presente no treino, mas para ela; por algum motivo desconhecido, fazia muita diferença.
- Não faz mal. Nos vemos e comemoramos quando você puder. Se cuida, Zoe.
- Se cuida, Noah. - disse antes de desligar o celular.
- Zoe, o Cole mandou avisar que está te esperando na sala de treinamento. - a voz de KJ soa alta depois de algumas batidas na porta do quarto de Zoe.
- Ok, KJ, já estou indo. - responde no mesmo tom e se levanta da cama.
Ela coloca uma roupa apropriada para o treino e segue em direção a sala de treinamento, encontrando Cole já aquecendo enquanto socava um enorme saco vermelho de areia, com as mãos enfaixadas numa espécie de atadura.
Eles fizeram alguns aquecimentos juntos, trocaram alguns socos e chutes, atiraram, e por fim, foram pra defesa pessoal.
- Você precisa se concentrar que o que te faz forte são suas habilidades, muito mais que sua força. - Cole fala com os lábios próximos ao ouvido da garota.
Seu braço está ao redor do pescoço dela, como se fosse aplicar um mata-leão. A proximidade dos corpos deixa Zoe estranhamente nervosa. Estão tão colados que ela pode o volume natural na calça de moletom dele, em contato com o início de sua bunda.
- Você vai segurar firme nos meus braços e reverter essa situação. Presta atenção no seu posicionamento. - A voz de Cole soa grave.
Zoe assente com a cabeça e respira fundo, logo se colocando em posição. Ela se concentra nos movimentos que precisaria fazer e num ato rápido puxa-o por cima de suas costas e joga-o no chão bem à sua frente. Cole solta uma risada gostosa quando suas costas batem no tatame, e logo é a vez de Zoe rir quando se desequilibra e cai por cima dele.
As mãos de Cole param na cintura de Zoe, impedindo que seus rostos se choquem.
- Você se saiu muito bem. - ele diz com o olhar fixo e um tom risonho.
- Apenas porque você não fez esforço nenhum para me impedir, se não você sabe que eu não teria conseguido. - dita encarando os lábios rosados entreabertos e úmidos do rapaz.
- Mas esse golpe é pra quando a pessoa está distraída, por isso não tentei me defender. - explicou. - Distração é a pior fraqueza de qualquer pessoa. - diz baixo e os vira no tatame de forma brusca.
Ele se coloca entre as pernas de Zoe, e leva seu braço para o pescoço da garota, forçando-o contra o mesmo e a fazendo levantar o rosto a procura de ar.
- É distraída que você pode morrer. - ele sussurra.
Cole afrouxa o braço, mas minha respiração dela continua ofegante.
Zoe passa as mãos pelos braços de Cole, chamando sua atenção para o rosto dela e umedece os lábios com a ponta da língua lentamente. Leva as mãos para o pescoço dele e traz com cuidado seu rosto em sua direção. Ela sorri ao vê-lo afrouxar os braços em seu pescoço até retirá-los, e enfia a mão em seu cabelo, deixando seus rostos próximos o suficiente para que ela pudesse beijá-lo.
Ela os vira bruscamente no tatame e se senta sobre a cintura de Cole, o fazendo sorrir de maneira orgulhosa enquanto apoiava as mãos em suas coxas.
- Gostei de ver que está aprendendo... - O encarou, sorrindo orgulhosa.
- Tecnicamente eu sou sua mulher, certo? - desconversa, sem pensar. Cole a olhou com um sorriso estranho, e apenas assentiu com a cabeça. - Então seria errado se você me beijasse novamente como aquele dia na boate?
Ele passa a língua entre os lábios e tomba a cabeça minimamente pro lado, fazendo alguns fios de seu cabelo molhado pelo suor caírem em seu rosto.
- Pra mim não teria absolutamente nada de errado. Mas... acho que pra sua namorada teria, não? - lançou-lhe um sorriso debochado e ela encolheu os ombros.
- Ela sabe que faz parte do nosso acordo. - minto e mordo meu lábio inferior.
Cole não diz absolutamente nada, apenas a fita por alguns segundos.
Uma das coisas que Cole mais gostava de ver era uma mulher completamente entregue e submissa a ele, e era exatamente assim que Zoe estava. Entregue. Morta de vontade de dar para ele. Era nítido em seu rosto.
Mas nem aquilo o fazia entregar-se por inteiro. Na maior parte do tempo, sua mente estava tão presa a Lili, que era quase impossível que ele conseguisse comparecer para outra mulher. Mas ele precisava deixar aquela situação de lado, pois, provavelmente, sexo era uma boa maneira de conseguir prender Zoe a ele, para que ela não desse para trás em algum momento.
Seu corpo estava embaixo do dele. Os seios expostos tinham os mamilos enrijecidos por conta de seus toques, e seu rosto denunciava descaradamente o quanto ela gostava da maneira que eu ele a tocava.
Cole tentava concentrar-se enquanto suas mãos percorriam mecanicamente o corpo nú de Zoe. As arfadas da garota o faziam enrijecer, sentindo-se estranhamente culpado.
O celular de Cole começa a tocar freneticamente, e era justamente a única pessoa no mundo que ele jamais poderia recusar uma ligação. Seu pai.
Zoe abriu os olhos e ele fiz sinal com o dedo pra que ela se mantivesse calada.
- Quietinha. - pegou o meu celular e o atendeu, enquanto passava os dedos distraidamente pela buceta dela, a fazendo se contorcer e levar as mãos na boca.
- O que é? - questiona assim que ouve a voz do pai do outro lado da linha.
- Você precisa ir na clínica onde seu irmão está agora mesmo. - ditou autoritário.
Cole respira fundo sem tirar os olhos de Zoe e a penetra lentamente com dois dedos, logo os curvando minimamente dentro dela começando a estimulá-la. Ela solta um gemido alto e o pai de Cole se altera do outro lado da linha, fazendo-o rir abafado.
- Eu já vou. - murmurou baixo e continuou masturbando-a, esperando que suas reações a ele o causasse alguma coisa.
- Agora, Cole. Seu irmão está a ponto de ser colocado pra fora daquela clínica. - dita sério e o rapaz revira os olhos, logo finalizando a chamada.
- Onde você vai? - ela questiona rouca e um tanto quanto decepcionada enquanto veste seu top.
Ela havia acabado de derramar-se nos dedos dele, e ele não havia dado nenhum sinal de prazer, mesmo que ela não houvesse percebido isso.
- Preciso resolver um problema pro meu pai, mas prometo te recompensar. - sela os lábios da garota e logo se levanto guardando o celular em no bolso.
Cole deixa a sala de treinamento e dispara em direção ao quarto. Toma um banho rápido, veste uma roupa qualquer e sai em direção à clínica de reabilitação depois de pegar sua moto.
A clínica onde Dylan estava internado era quase saindo de Nova York, e por isso se forçava a passar por lugares nada agradáveis. O que o fez lembrar que ele não deveria ter saído de casa desarmado e sem seguranças.
O vento frio fazia a cabeça e os músculos do rosto de Cole doerem. Fazendo-o praguejar a si mesmo por ter esquecido o capacete.
Olhou para os lados ao perceber dois carros iguais, um em cada lado de sua moto quando parou no sinal vermelho. Arqueou a sobrancelha desconfiado e estreitou os olhos tentando enxergar alguma coisa dentro dos carros, mas falhou, os vídeos eram escuros demais.
Acelerou assim que o sinal fora aberto e freou bruscamente ao que ambos os carros pararam a sua frente, impedindo-o de passar. Tentou dar ré com a moto mas desistiu no momento em que ouviu dois tiros em minha direção, e logo os pneus murcharam.
Cole não tinha para onde correr. Quatro homens encapuzados vinham em sua direção, e eles estavam armados. Pulou de sua moto a deixando cair e mesmo sabendo que não era muito inteligente de sua parte, saiu correndo. Foi quando sentiu uma bala rasgar sua calça jeans, pegando de raspão em sua panturrilha e o levando ao chão por conta da dor, dando oportunidade para que os quatro homens o pegassem facilmente.
- O que vocês querem? - questiona alto tentando não deixar que o desespero tome conta de si.
Eles não disseram nem uma palavra, apenas o arrastaram para uma pequena rua sem saída.
Um dos caras o joga no chão com força fazendo com que seus braços arrastassem no chão de cimento, os esfolando. Cole contraiu o maxilar com o ardor nos mesmos e respirou fundo tentando controlar o desespero e o ódio que tomavam conta de seu corpo. Ele sente o sangue esquentar de raiva e se levanta de supetão indo para cima dele.
- Filho da puta, eu vou te matar! - grunhe entredentes avançando em cima do cara mas acaba por levar um soco tão forte na boca do estômago, que cai no chão.
Ele se vira rapidamente tentando levantar mas sente um chute em sua costela, o fazendo arfar de dor involuntariamente. Abre os olhos tentando ver o rosto dos homens para ver se os reconhecia mas todos estavam usando uma máscara preta estilo ninja.
- Que porra vocês querem? - grita mais que exaltado e tenta levantar-se, mas outro cara pisa em suas costas o fazendo ir de cara no chão.
Cole fecha as mãos em punho e sente o gosto de ferro na boca, devido ao sangue que escorria pelos cantos dos lábios. Abre os olhos mais uma vez e cospe o sangue no chão. Mais chutes são deferidos por sua barriga, costas e costelas, e mesmo sendo inútil, ele tenta colocar as mãos nos locais para se defender.
Um deles ajoelha-se sobre Cole e começa uma sequência de socos em seu rosto enquanto os outros chutavam todas as partes possíveis do corpo do rapaz. Ele tenta de todas as formas sair dali, mas a dor em todo seu corpo era absurda e só piorava a cada soco e chute que recebia.
Assim que o cara que o socava se levanta, ele já não conseguia mais lutar contra absolutamente nada, era impossível conseguir me mexer, apenas encolhe seu corpo tentando proteger-se o máximo possível com seus braços, sentindo seu corpo ferver de raiva com as risadas que ouvia. Mas nem toda raiva do mundo fora suficiente para dar-lhe forças para lutar contra os golpes daqueles filhos da puta.
De repente, sente um chute na cabeça que faz tudo a sua volta girar. As risadas ecoam longe e ele sente todo seu corpo arder e doer, logo sendo largando no chão já sem forças.
Cole escuta uma voz feminina ao fundo e logo os chutes e socos param. Luta para manter os olhos aberto e consegue ver um pouco embaçado os agressores se afastando.
Ele se vira de barriga para baixo com dificuldade, e resmunga de dor fechando as mãos em punho ao senti-las tremerem ao forçá-las no chão tentando se levantar sem sucesso.
Seu corpo cai novamente no cimento e ele acaba decidindo por ficar por ali.
Respira fundo tentando ignorar a vontade repentina de vomitar que o invade e escuta passos rápidos em sua direção. Tenta abrir os olhos para ver quem era, mas os sente pesados demais e nesse momento ele só estava rezando para o que não fosse um daqueles filhos da puta voltando para terminar de me matar.
- Vai ficar tudo bem, eu estou aqui. - sua voz baixa soa nervosa e logo um sinto um toque em minha testa que mesmo leve, me faz gemer de dor.


[Quem será o resgate do nosso Cole, em? rsrs

Não esqueçam de comentar e deixar estrelinhas!!!

Quero postar outro capítulo ainda hoje, por que amo o próximo... ENTÃO COMENTEM MUITO!!!!!]

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